IstoÉ Dinheiro - SP 05/05/2023
A CSN espera preços estáveis de aço no segundo trimestre no Brasil, após promover reajustes em abril que ficaram abaixo do que pretendia no final do primeiro trimestre, afirmou o diretor comercial da companhia, Luis Barbosa Martinez, nesta quinta-feira.
A companhia também espera normalizar sua produção a partir deste mês após problemas internos de logística de insumos que fizeram a empresa reduzir volume produzido no primeiro trimestre, afirmou o executivo.
“Sobre preços, falei (em março) que ia aumentar de 7,5% a 10% em abril…mas ficamos em patamar abaixo de 7,5%. Fomos mais seletivos para capturar valor”, afirmou o executivo durante teleconferência com analistas.
“Em abril, tivemos preço médio majorado em 4,5%”, disse Martinez, afirmando que a companhia tem uma carteira de pedidos de 680 mil toneladas, suficiente para dois a três meses de comercialização.
A companhia divulgou na noite da véspera prejuízo de 822,5 milhões de reais no primeiro trimestre, com queda nas vendas de aço de 11% sobre o mesmo período do ano passado.
O presidente-executivo da CSN, Benjamin Steinbruch, afirmou que a empresa cometeu um “erro primário” de excesso de recebimento de insumos na usina siderúrgica da companhia em Volta Redonda que dificultou o fluxo de produção dentro da unidade.
“Passamos os quatro primeiros meses do ano à mercê deste problema, mas em maio voltamos à produção normal e espero conseguir reverter isso e que tenhamos em junho produção a pleno vapor”, disse Steinbruch durante a teleconferência.
A alavancagem da CSN, uma preocupação constante dos analistas, subiu no primeiro trimestre para 2,45 vezes dívida líquida sobre Ebitda, se afastando da meta da empresa de chegar até o final do ano com um nível de endividamento abaixo de duas vezes.
Porém, Steinbruch afirmou que a empresa segue comprometida com a meta e que com a esperada melhora dos resultados operacionais da empresa a partir do segundo trimestre, aliada com uma possível entrada de um sócio para as operações de energia elétrica, o nível de alavancagem deve ceder até o fim de 2023 para dentro da previsão.
Questionado sobre eventual interesse da companhia em ativos siderúrgicos da alemã ThyssenKrupp, o vice-presidente de finanças, Marcelo Cunha Ribeiro, disse que “ativos bons que vão a mercado são poucos e raros, mas nesse caso não temos nada a comentar”.
A Reuters publicou em março que a CSN estava entre os interessados na divisão de siderurgia do grupo alemão de engenharia. Na Alemanha, a CSN já controla a produtora de aços longos SWT, comprada em 2012, quando a empresa não tinha embarcado na estratégia atual de redução e controle de endividamento.
“A gente sempre tem atenção às oportunidades, principalmente de ativos diferenciados como os da ThyssenKrupp em mercados importantes como os da Europa e dos Estados Unidos, mas não temos nada de concreto”, disse o executivo.
“Nosso foco total é melhorar o desempenho operacional e ter no segundo trimestre resultados melhores”, acrescentou.
As ações da CSN caíam 5%, a 12,21 reais, por volta de 13h10, na bolsa paulista, onde o Ibovespa recuava 0,5%.
Valor - SP 05/05/2023
Indicador atingiu 2,45 vezes no fim do 1º trimestre, subindo desde o final de 2021; dívida líquida fechou em R$ 30 bilhões e empresa reportou prejuízo de R$ 823 milhões
Steinbruch: compromisso de chegar ao final do ano com alavancagem abaixo de 2% — Foto: Claudio Belli/Valor
Na sede da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), na avenida Faria Lima, região Sul da capital paulista, o alvo é estancar a disparada da alavancagem financeira da companhia. Acendeu uma luz amarela na empresa, tal a relevância dada ao assunto na quinta-feira (04) no encontro com analistas de bancos e investidores para comentar o resultados operacionais e financeiros.
A empresa fechou o balanço do primeiro trimestre com uma relação dívida líquida sobre o Ebitda (lucro antes de juro, impostos, depreciação e amortização) acumulado em 12 meses, até final de março, de 2,45 vezes.
“Vou reiterar com vocês nosso compromisso de chegar ao final do ano com a alavancagem abaixo de 2%”, disse Benjamin Steinbruch, presidente executivo da companhia e também do conselho de administração.
Segundo o empresário, houve um desembolso grande [R$ 9 bilhões] pelas aquisições de ativos de energia e da cimenteira Lafarge Holcim no segundo semestre de 2022, o que engrossou o nível do endividamento da companhia.
A CSN encerrou o primeiro trimestre de 2023 com dívida líquida de R$ 30,16 bilhões. Um ano atrás, o valor era de R$ 18,63 bilhões - aumento de 62% no período. O caixa ficou levemente maior, 2%, em R$ 14,29 bilhões.
A alavancagem da CSN evoluiu trimestre a trimestre, desde o último de 2021. Saiu de 0,76 vez para 2,21 vezes no quarto trimestre do ano passado, subindo agora para 2,45 vezes. “Esse aumento temporário da alavancagem é consequência da saída da base de cálculo dos fortes resultados do início de 2022 em razão dos efeitos da guerra na Ucrânia”, justificou a empresa em seu documento com os dados do balanço divulgado na noite de quarta-feira.
Steinbruch disse que melhoras virão a partir deste trimestre, principalmente na segundo semestre, com ganhos de sinergias dos ativos adquiridos - “maiores do que o previsto na época da aquisição” -, com a redução de custos, estabilidade de preços - especialmente de minério de ferro - e a “prática normal dos três grandes negócios” do grupo. Além disso, destacou, a CSN busca um parceiro estratégico para o quarto negócio: energia.
O empresário também fez um mea culpa dos problemas vividos pela CSN na área siderúrgica, na usina de Volta Redonda (RJ) - um problema na aciaria - que afetou a produção de aço em ao menos 200 mil toneladas de placas. Isso afetou a venda de produtos siderúrgicos da empresa no trimestre, tanto no país como ao exterior.
“Fomos surpreendidos com um problema na gestão de logística, ficando sufocados por falta de capacidade de mobilidade na usina”, disse Steinbruch, destacando a gravidade da situação. Foram cerca de quatro meses para ser resolvida. “Neste mês já estamos voltando à produção normal e, a partir de junho, estaremos a pleno vapor, tanto em qualidade quanto em custo”, disse.
A empresa teve perda financeira da ordem de R$ 400 milhões com esse problema, além da perda significativa de vendas de aço.
A CSN, que opera cinco grandes negócios - mineração, cimento, aço, logística e energia - sofreu alguns revezes no desempenho do primeiro trimestre. Encerrou com prejuízo de R$ 823 milhões, ante lucro líquido de 1,36 bilhão no mesmo período de 2022.
A empresa atribuiu o resultado à “dinâmica mais fraca nos segmentos de aço e cimento”, compensada, em grande parte pelo resultado do negócio de mineração de ferro, que se beneficiou com os preços no período. O Ebitda da mineração foi de R$ 2,02 bilhões, enquanto o da siderurgia ficou em R$ 754 milhões.
No resultado consolidado, a companhia reportou Ebitda ajustado de R$ 3,2 bilhões, decréscimo de 32% sobre um ano atrás. A receita líquida no trimestre recuou 4%, para R$ 11,32 bilhões - 36,6% da mineração, que respondeu por 63% do Ebitda.
A empresa informou que houve perda da ordem de R$ 600 milhões com a política de hedge feita para a venda de minério de ferro [produto mais pobre]. Marcelo Ribeiro, CFO e diretor executivo de RI disse que esse montante deverá ser revertido ao longo deste e do próximo trimestre. A operação vai de janeiro a setembro.
O executivo reforçou que a empresa vai trabalhar na busca de um sócio para a área de energia para garantir que a alavancagem fique em 2 vezes. Esse negócio ganhou musculatura com várias aquisições em 2022, levando a um desembolso de R$ 4 bilhões.
Ele lembrou que a empresa mantém seu plano de investir mais de R$ 4 bilhões no ano, com ênfase no projeto P15, de minério pellet-feed. Mas vai ser mais parcimoniosa no pagamento de dividendos, em linha com a meta de conter a alta na alavancagem. “É o foco hoje dentro da companhia”.
Segundo analistas do Bradesco BBI, os resultados ficaram em linha com as expectativas, sendo mais fortes em cimento e ligeiramente mais fracos em minério de ferro.
A ação da empresa na B3 fechou a R$ 12,06 com queda de 6,22%.
Monitor Digital - RJ 05/05/2023
Em novo movimento contrário aos sinais da economia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa de juros Selic em 13,75%, a mais alta (descontada a inflação) do mundo. O tom do comunicado foi o de prolongar o aperto monetário, sem dar sinais de recuo. Ao contrário, a nota divulgada ao final da reunião manteve o alerta de que o “Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.
A decisão pode elevar o tom do governo Lula contra o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e motivar a mudança nas metas de inflação para 2024 e 2025, hoje fixadas em 3%, com tolerância entre 1,5% e 4,5%.
Para o Dieese, a meta de inflação de 3,25% para 2023 é irrealista. “Ela pressupõe derrubada do nível de crescimento do país, ou seja, implica que se lance a economia em brutal recessão, sem que se resolvam as causas reais da inflação.”
Pouco antes do encerramento da reunião do Copom, o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Rafael Cervone, salientou que há uma contradição entre os próprios indicadores colhidos no meio empresarial e setor financeiro pelo Banco Central e a manutenção da taxa básica em seu patamar mais alto nos últimos seis anos.
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“Pela quinta semana consecutiva, a estimativa para o IPCA em 2023 avançou de 6,04% para 6,05%, bem acima da meta de 4,7%, conforme dados do Boletim Focus divulgado na terça-feira (2) pela instituição, que contém as expectativas do mercado. Ou seja, fica muito claro que os juros estratosféricos não têm sido eficazes para conter a inflação”, pondera.
“O único instrumento que o Banco Central possui para controlar inflação é subir juros. A inconsistência é flagrante. É evidente que subir juros não faz cair o preço de combustíveis, energia e alimentos, os quais têm sido os maiores responsáveis pela inflação”, analisou Maria Lucia Fattorelli, coordenadora nacional da Auditoria Cidadã, em recente artigo.
Entre os países que, na América Latina, adotam o regime de meta de inflação, todos têm inflação maior e juros menores do que o Brasil. Só para mencionar alguns, Colômbia, Chile, México e Peru. E todos têm crescido mais do que o Brasil.
Para Cervone, os juros altos (que também aumentam a dívida pública), o rombo fiscal, o baixo crescimento e a inflação retroalimentam-se, criando um círculo vicioso no qual o País vem patinando há muitos anos.
O Estado de S.Paulo - SP 05/05/2023
O comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central após a decisão desta quarta-feira, 3, que manteve a taxa de juros em 13,75% ao ano deixou no mercado praticamente uma certeza: a Selic deve continuar neste patamar ainda por algum tempo. O mais provável, na avaliação dos analistas, é que o ciclo de queda se inicie somente a partir das reuniões de setembro ou até novembro (haverá ainda reuniões em junho e agosto). Mas, também, a hipótese contrária, de uma alta dos juros, que chegou a constar das últimas atas do Copom, está cada vez mais afastada.
Para a equipe de economistas do banco Santander, o comunicado do Copom reforçou a expectativa de que a Selic só volta a cair a partir do quarto trimestre. “A ata do Copom, que sai na próxima terça-feira, pode trazer novos elementos, mas, a julgar pelo comunicado, o Copom parece manter o plano de voo de juros estáveis por período prolongado”, escreveu o superintendente de Pesquisa Macroeconômica do banco, Mauricio Oreng. O cenário do Santander prevê cortes graduais da Selic a partir de novembro, com a taxa caindo dos atuais 13,75% ao ano para 13% até a reunião de dezembro e 11% ao fim de 2024.
O economista destaca que, embora tenham deixado de piorar, as projeções de inflação, atualizadas no cenário de referência do BC, sugerem não haver espaço para corte de juros no curto prazo. A autoridade monetária, segundo Oreng, evita celebrações ao indicar que a inflação ao consumidor segue acima do intervalo compatível com a meta de inflação.
O Citi também espera que o ciclo de queda dos juros só tenha início em novembro. Em relatório, o banco informou que o Copom mantém em seu comunicado a indicação de que não há espaço para uma redução dos juros no curto prazo.
“Vemos o Copom um pouco mais confiante em sua estratégica de ficar mais tempo parado, dando suporte à nossa projeção de que o ciclo de afrouxamento monetário no quarto trimestre de 2023", dizem os economistas do banco, que reiteraram expectativa de início de ciclo de cortes nos juros em novembro e taxa básica em 12,25% no fim do ano.
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Para o Citi, o Copom manteve o tom “hawkish” (mais duro, sinalizando possibilidade de alta dos juros) em seu comunicado, mas acrescentou que a possibilidade de retomada do ciclo de aperto caso “o processo de desinflação não transcorra como esperado” passou a ser um cenário “menos provável”.
Na mesma linha, a avaliação dos economistas do banco Barclays é que o comunicado suavizou o risco de uma retomada do ciclo de aperto monetário, mas sinaliza que não há espaço para uma redução da taxa Selic em junho ou agosto. O banco manteve a expectativa de início do ciclo de cortes em setembro, com queda dos juros a 12,5% no fim de 2023.
Em relatório, o economista para Brasil do banco, Roberto Secemski, destaca o trecho no qual o Copom defende “paciência e serenidade na condução da política monetária” como um sinal de que não há espaço para redução dos juros no curto prazo, mesmo após o colegiado reconhecer como um “cenário menos provável” a possibilidade de retomar o ciclo de aperto.
Para o economista, a tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso, a discussão sobre propostas do governo para aumentar a arrecadação, possíveis mudanças das metas de inflação e a evolução do cenário externo serão fatores decisivos para determinar os próximos passos da política monetária no Brasil. O Barclays espera redução da Selic a 10,5% até meados de 2024.
Paciência e serenidade
O Bank of America (BofA) aumentou a sua projeção de Selic no fim de 2023, de 11% para 11,75%, após a decisão de ontem do Copom. O banco - que esperava cortes dos juros já nesta reunião - postergou a previsão de início do ciclo de afrouxamento monetário para agosto.
“Dada nossa percepção sobre o estado da economia, efeitos defasados cumulativos do aperto monetário e deterioração do mercado de crédito, postergamos nossa projeção para o início de um ciclo de afrouxamento de 425 pontos-base (0,425 ponto porcentual) para agosto (após a reunião do Conselho Monetário Nacional, que pode mudar as metas de inflação)”, diz o BofA, em relatório.
A expectativa do banco, agora, é de que o ciclo comece com um corte de 0,5 ponto porcentual dos juros e, ao todo, leve a taxa Selic a 9,5% no fim de 2024, conforme o texto assinado pelo chefe de Economia para Brasil e Estratégia para América Latina do banco, David Beker, e pela economista Natacha Perez.
O Itaú, por sua vez, avaliou que o comunicado do Copom trouxe algumas mudanças cautelosas “em uma direção baixista”. Embora esteja pronto para subir a taxa de juros, se necessário, “esse risco se tornou menos provável”, ponderam os economistas do banco. Para a instituição, o Copom indica que a situação exige “paciência e serenidade”.
O Itaú mantém a projeção de início de um ciclo cauteloso de flexibilização na reunião dos dias 31 de outubro e 1.º de novembro, levando a taxa Selic para 12,5% ao final do ano.
Monitor Digital - RJ 05/05/2023
Pelo menos oito entidades manifestaram apoio à Medida Provisória 1.147/22, que pode tornar mais barato o crédito destinado à inovação. A expectativa é que a MP, aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 25 de abril e que ainda será apreciada pelo Senado, pode viabilizar cerca de R$ 5 bilhões anuais a custos mais acessíveis para projetos de inovação. Caberá ao Conselho Monetário Nacional (CMN) definir os critérios para que as entidades possam ter acesso aos recursos.
O texto estipula que até 1,5% do saldo dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) repassados ao BNDES e utilizados no apoio a operações de inovação e digitalização sejam remunerados pela Taxa Referencial (TR) e não pela Taxa de Longo Prazo (TLP), principal indexador utilizado nas operações do Banco. Enquanto a TLP de maio é de IPCA + 5,93% ao ano, a TR acumulada entre abril de 2022 e março de 2023 foi de 2,01%.
Para o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, a iniciativa dá mais fôlego ao setor produtivo para competir no ambiente internacional. “Ao mesmo tempo em que a inovação é fator-chave para o desenvolvimento, ela carrega muito de incerteza e, portanto, as principais economias contam com sistemas de apoio a essa atividade. Com a possibilidade de financiar operações de apoio à inovação e à digitalização a um custo mais acessível, o Brasil dá um importante passo nesse sentido”, declarou o executivo.
Em matéria da Agência de Notícias da Indústria, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou que a entidade “considera a aprovação da Medida Provisória (MP) 1.147/23, pela Câmara dos Deputados, um passo importante para a agenda de inovação e digitalização das empresas brasileiras”.
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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou nota assinada por seu presidente, Josué Gomes da Silva, elogiando a iniciativa, que “adiciona recursos ao sistema nacional de inovação, alinhado às melhores práticas internacionais”, aspecto também destacado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
Nota da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) avalia que a iniciativa “atende aos propósitos de modernização e aporte tecnológico da manufatura”. O texto da entidade ressalta que a ampliação da competitividade brasileira depende de avanços na agenda da inovação, que por sua vez necessita de incentivos.
Pouco investimento
Já o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) divulgou posicionamento avaliando que o Brasil ainda investe pouco dado o tamanho do PIB nacional e elogiando a aprovação da MP 1.147/22 pela Câmara. Para a entidade, “no Brasil, o processo acelerado de desindustrialização, a necessidade de aumentar a densidade da pauta exportadora, bem como a garantia de mais produtividade no campo e de digitalização no comércio e serviços, não são missões superáveis sem um considerável aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação”.
A aprovação na câmara também foi celebrada em nota pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que apontou que a medida “viabiliza o financiamento de até R$ 5 bilhões por ano para projetos de inovação apoiados pelo BNDES, pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e pela Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo).
O Estado de S.Paulo - SP 05/05/2023
Radares do mercado e do Banco Central (BC) mostram inflação bem acima da meta neste ano e até 2026. Expectativas ainda ruins, ou desancoradas, segundo o jargão oficial, têm destaque em nota do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a manutenção dos juros básicos em 13,75%.
A ruidosa campanha do presidente Lula contra os juros altos seria bom motivo para essa decisão, mas ele tem contribuído mais amplamente para a continuação do crédito apertado. Iniciado seu quinto mês de mandato, ele nada fez, até agora, para aumentar a segurança sobre a evolução dos preços e justificar um real otimismo quanto à atividade econômica.
Em quatro semanas, a inflação projetada para 2023 subiu de 5,96% para 6,05%, segundo a pesquisa Focus. Nesse intervalo, a expansão estimada para o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 0,90% para 1%, sem expectativa de se atingir 2% em 2026.
Não há como negar: juros básicos de 13,75% ao ano são muito altos, prejudicam a atividade econômica e dificultam a redução da dívida pública. Mas, embora o Copom deva levar em conta o emprego e a produção ao tomar suas decisões, o governo é o responsável principal pela política econômica e pela promoção do crescimento. Para isso, o Executivo tem de fixar seu rumo e oferecer ao mercado a sinalização adequada. Mas isso se resume na palavra governar, um verbo inadequado para descrever as atividades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste início de seu terceiro mandato.
Desde janeiro, ele restabeleceu políticas sociais, aliviou a tributação dos grupos de menor renda, mexeu no salário mínimo e prometeu bondades, mas sem explicar como financiará os gastos adicionais. O arcabouço fiscal enviado ao Congresso foi saudado como sinal positivo pelo BC, mas esse projeto é limitado por exceções e, além disso, falta saber como ficará depois de passar pelo Legislativo. A demora no desenho e na apresentação desse esquema talvez seja o sinal mais forte da carência de governo.
Pouco empenhado na gestão governamental, o presidente conseguiu, no entanto, cometer alguns erros importantes. Além de falar bobagens sobre política internacional, de atacar a autonomia do BC e de contrastar responsabilidade social e responsabilidade fiscal, incorreu em tolices graves e notáveis, como a transferência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Órgão fundamental da política de preços mínimos e da formação e gestão de estoques estratégicos, a Conab tem sido muito mais importante, econômica e socialmente, do que parece ter percebido o presidente da República, limitado por seu petismo de palanque. O ministro da Agricultura tem familiaridade com esses temas e poderá, se ouvido pelo chefe, consertar e evitar erros.
Em seu terceiro mandato, o presidente Lula tem-se mostrado, no entanto, menos inclinado a ouvir bons conselhos do que nos anteriores. Essa autossuficiência pode resultar em danos econômicos. Se isso ocorrer, ainda poderá, naturalmente, jogar a culpa no BC.
IstoÉ Dinheiro - SP 05/05/2023
A atividade industrial da China contraiu inesperadamente em abril, com a queda dos pedidos e a demanda doméstica fraca arrastando o setor manufatureiro, mostrou uma pesquisa privada nesta quinta-feira, colocando em risco as perspectivas econômicas para o segundo trimestre.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Caixin/S&P Global para a indústria chinesa caiu para 49,5 em abril, de 50,0 em março. A marca de 50 separa o crescimento da contração mensalmente.
A leitura ficou abaixo da expectativa de 50,3 em uma pesquisa da Reuters e marcou a primeira contração desde janeiro, quando o fim da política de Covid zero levou a uma onda de infecções em toda a China e atingiu brevemente as linhas de produção.
A pesquisa ecoa o PMI oficial igualmente decepcionante divulgado no domingo e reflete a desigualdade da recuperação econômica da China, com o setor de serviços até agora superando a manufatura e ajudando a segunda maior economia do mundo a crescer robustos 4,5% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior.
“As últimas leituras da pesquisa são consistentes com um crescimento ainda rápido no início do segundo trimestre, mas o impulso está diminuindo em relação ao que foi alcançado no primeiro”, disse Julian Evans-Pritchard, chefe de economia da China na Capital Economics.
O crescimento da produção desacelerou pelo segundo mês consecutivo em abril, uma vez que novos pedidos mais fracos do que o esperado reduziram a produção, mostrou a pesquisa privada do Caixin.
Os novos pedidos encolheram pela primeira vez em três meses, embora as novas encomendas de exportação tenham voltado a crescer após contração em março.
Money Times - SP 05/05/2023
O minério de ferro afundou para menos de US$ 100 a tonelada, o nível mais baixo desde novembro, diante da queda dos preços de aço na China e sinais de uma contração inesperada na produção industrial do país.
O baixo consumo força as usinas siderúrgicas a reduzirem ainda mais os preços, em um sinal de fraqueza prolongada, apesar do início do período que normalmente corresponde à alta temporada de construção na China. Projetos imobiliários e de infraestrutura há anos representam o principal motor da demanda por aço no país.
Enquanto isso, um levantamento junto a gerentes de compra sinalizou que a atividade das fábricas caiu em abril, destacando os desafios da recuperação econômica pós-Covid Zero.
As usinas chinesas têm poucos motivos para reabastecer seus estoques de minério neste momento, com preocupações crescentes de recessão no exterior, enquanto a produção das mineradoras tende a aumentar nos próximos meses, disse a Yongan Futures em nota. Isso pode fazer com que o minério se acumule nos armazéns dos portos chineses.
Enquanto isso, as importações chinesas de minério da Austrália subiram para 14,7 milhões de toneladas na semana até 21 de abril, recuperando-se da semana anterior, quando um ciclone interrompeu embarques do principal porto australiano.
Os preços podem continuar sob pressão no segundo semestre, com a demanda decepcionante na China e expectativas de volumes maiores do Brasil, disse o Bank of America.
A matéria-prima siderúrgica foi negociada em queda de até 2,3% em Singapura nesta quinta-feira, a US$ 99 a tonelada, ampliando sua queda na semana para mais de 5%, e declínio de 25% em relação ao pico de meados de março.
Brasil Mineral - SP 05/05/2023
A CSN produziu 8.939 mil toneladas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2023, um crescimento de 38% em relação ao 1T22 e uma redução de 4% em relação ao 4T22, em linha com a sazonalidade do período. Além disso, é válido ressaltar que após passar pelo período mais crítico de chuvas sem maiores problemas no processo produtivo, a CSN manteve o seu guidance de produção e compras para 2023, estipulado em um intervalo de 39-41 milhões de toneladas. O volume de vendas atingiu 8.618 mil toneladas até março, um desempenho 24,3% superior ao 1T22 e 11,4% inferior em relação ao 4T22. Além da sazonalidade, as vendas do 1T23 também foram limitadas por problemas operacionais de escoamento pela via férrea e pela queda nas vendas para o mercado interno.
A CSN registrou receita líquida de R$ 11.319 milhões no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 1,7% quando comparado com o último trimestre do ano passado. Esse desempenho é resultado dos melhores preços realizados no setor de mineração, em linha com a alta do Platts e com a sólida atividade comercial observada no período. Tais fatores compensaram a dinâmica mais fraca observada no mercado siderúrgico doméstico no início de ano e a menor rentabilidade no segmento de cimentos. O custo dos produtos vendidos (CPV) totalizou R$ 8.073 milhões até março, uma alta de 2,9% em relação ao trimestre anterior, como resultado, principalmente, dos maiores volumes na siderurgia e no cimento. A combinação de aumento de receita com pequena pressão de custos resultou em uma margem bruta praticamente estável no trimestre, atingindo 28,7% entre janeiro e março deste ano.
As despesas com vendas, gerais e administrativas alcançaram R$ 1,020 bilhão no trimestre, 16% inferior ao registrado no quarto trimestre de 2022, como consequência do menor volume comercializado na mineração, gerando uma menor despesa com fretes, além do maior controle orçamentário realizado pela Companhia. O grupo de outras receitas e despesas operacionais foi negativo em R$ 1.655 milhões, como resultado, principalmente, das operações de hedge de minério de ferro (R$ 568 milhões) realizadas no período e do hedge accounting de fluxo de caixa (R$ 362 milhões). No primeiro trimestre, a CSN teve resultado financeiro negativo em R$ 1.190 milhões, o que representa uma estabilidade em relação ao trimestre anterior, como consequência da manutenção do custo da dívida e menor impacto das ações da Usiminas. No trimestre, a CSN registrou prejuízo líquido de R$ 823 milhões, revertendo o lucro observado no trimestre anterior, como resultado de impactos não recorrentes, como o hedge de minério e o hedge accounting de câmbio, sem impacto de caixa.
O EBITDA ajustado atingiu R$ 3.203 milhões, com uma margem EBITDA ajustada de 27,5% ou 0,5 p.p. acima da registrada no trimestre passado. O aumento de rentabilidade é consequência direta da melhora dos resultados de mineração que mesmo com um menor volume de vendas, acabou por apresentar um EBITDA maior em razão dos preços realizados, compensando a dinâmica mais fraca observada nos segmentos siderúrgico e cimentícios.
No final de março de 2023, a dívida líquida consolidada atingiu R$ 30.158 milhões, com o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA LTM alcançando 2,5x. Esse aumento temporário da alavancagem é consequência da saída da base de cálculo dos fortes resultados do início de 2022 em razão dos efeitos da guerra na Ucrânia. Quando se observa as perspectivas de resultados e geração de caixa para 2023, inclusive com a normalização das condições do capital de giro, espera-se uma redução gradual da alavancagem para dentro da meta estabelecida pela CSN, o que reforça o efeito transitório e excepcional dessa alavancagem acima do teto. Adicionalmente, a CSN manteve a sua política de carregar um caixa elevado, que neste trimestre atingiu o patamar de R$ 14,3 bilhões.
Na siderurgia, a CSN produziu 748 mil toneladas de placas no trimestre, um desempenho 22% inferior em relação ao trimestre anterior. Por sua vez, a produção de laminados planos atingiu 702 mil t, uma retração de 20% em relação ao 4T22, refletindo a sazonalidade e paradas não programadas para manutenção, que limitaram os volumes durante o trimestre. As vendas totais atingiram 1.033 mil toneladas no primeiro trimestre de 2023, 2% superior ao registrado no 4T22.
Diário do Comércio - MG 05/05/2023
A CSN Mineração, braço de operações minerárias da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), investiu R$ 248 milhões no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados do balanço divulgado ontem.
Boa parte desse valor foi destinada aos projetos ligados à planta P15 (nova planta de pellet feed), na Mina Casa de Pedra, em Congonhas (Campo das Vertentes), além das sobressalentes. O valor é 14,2% menor que o verificado em igual período do ano passado (R$ 289 milhões) e 11,7% maior na comparação com o quarto trimestre de 2022.
Em dezembro do ano passado, a companhia anunciou investimentos de R$ 13,8 bilhões no complexo de Casa de Pedra, com o objetivo de elevar a capacidade de produção da planta entre 2023 e 2027. Os aportes médios são de R$ 2,76 bilhões por ano.
No primeiro trimestre deste ano, a companhia teve um lucro líquido de R$ 516 milhões, resultado 30% menor que o contabilizado em igual período de 2022 (R$ 739 milhões). Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, a queda foi ainda mais intensa (40,8%), como consequência das despesas com hedges realizadas no período.
Durante a teleconferência, que aconteceu ontem, o CFO da CSN Mineração, Pedro Oliva, destacou que somados os dividendos aprovados na assembleia com os deliberados pelo conselho, a companhia irá distribuir, via dividendos, R$ 2,5 bilhões, correspondendo ao valor bruto de R$ 0,448 por ação a ser pago a partir de 17 de maio.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 2,01 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 16% frente igual intervalo de 2022. Já na comparação com o quarto trimestre do ano passado houve um avanço de 13%. A margem Ebitda trimestral foi de 49,1%.
A receita líquida da companhia totalizou R$ 4,11 bilhões no acumulado dos três primeiros meses deste ano, alta de 7% na análise anual e 17,2% superior à registrada no trimestre anterior, mesmo com um menor volume de embarques. O resultado é fruto, conforme Oliva, da forte realização de preços verificada no período.
Produção aumenta
O volume de produção no acumulado dos três primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo intervalo de 2022 teve alta de 38%. Já frente ao quarto trimestre de 2022, foi verificado recuo de 4%, justificado pela sazonalidade do período. O executivo destacou que o início do ano foi marcado pelas chuvas.
Ele explicou que, no que se refere à demanda, o primeiro trimestre de 2023 foi marcado pelas flexibilizações das restrições relacionadas à Covid na China, bem como pelo início dos estímulos econômicos que elevaram as expectativas em relação à demanda chinesa por produtos siderúrgicos. Dessa forma, desde o início do ano houve uma forte recuperação dos preços do minério de ferro que chegou a ultrapassar o patamar de US$ 130 por tonelada ao longo do trimestre.
Oliva destacou a renovação da declaração de estabilidade das barragens da empresa com nível máximo de segurança em março deste ano. Ele acrescentou que a partir deste ano a companhia passou a ser avaliada por agências de rating ESG de forma independente do Grupo CSN. Como resultado, a Sustainalytics avaliou a empresa como a quarta melhor pontuação entre 156 empresas de siderurgia e minério de ferro em todo o mundo.
O presidente do conselho de administração da CSN, Benjamin Steinbruch, também esteve presente na teleconferência, e se mostrou otimista com o desempenho dos negócios nos próximos meses. “Os números vão ser melhores no segundo trimestre em função da redução de custos e aumento de volume e da compensação do hedge. Estamos muito otimistas com o ano de 2023”, diz.
CNN Brasil - SP 05/05/2023
Em 1995, a cidade de São Paulo registrava uma área construída de 328 quilômetros quadrados (km²), número que saltou para 516 km² em 2023, indicador 72% maior do que o registrado pela prefeitura por meio do cadastro dos contribuintes do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Isso equivale a dizer que, nos últimos 28 anos, São Paulo construiu 2 mil edifícios do porte do Copan, ou seja, um prédio do tamanho do famoso cartão-postal paulistano projetado por Oscar Niemeyer foi levantado a cada cinco dias, em média, na cidade.
Esta é apenas uma das diversas informações sobre uma das maiores cidades do mundo que podem ser encontradas no Painel Cadastral da Cidade de São Paulo, uma nova plataforma digital cartográfica que disponibiliza dados sobre o município baseados no IPTU de 1,7 milhão de lotes da capital.
O novo sistema foi desenvolvido pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM) para a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento de São Paulo (SMUL). O CEM é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) por meio do Programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs).
O site traz informações como a área total construída, o tamanho dos terrenos, o número de pavimentos, os padrões construtivos, os coeficientes de aproveitamento e a taxa de ocupação. A plataforma inova na forma de apresentação dos dados cadastrais processados pelo município para o lançamento do IPTU entre 1995 e 2023.
Segundo a SMUL, o objetivo principal é facilitar a leitura e o acesso das séries históricas do cadastro do IPTU disponibilizadas pelo Portal GeoSampa de 1995 a 2023, além de promover uma ampla disseminação e de oferecer suporte para a elaboração de políticas públicas de desenvolvimento urbano baseadas em dados científicos.
“A plataforma simplifica o acesso aos dados do IPTU da cidade e atende não apenas pesquisadores e gestores de políticas públicas, mas também estudantes do ensino médio e cidadãos de forma geral”, afirma Fernando Gomes, pesquisador do CEM responsável pelo desenvolvimento do painel.
O projeto foi coordenado por Mariana Giannotti, professora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) que coordena a Área de Transferência e Difusão do CEM. Luciana Salvarani foi responsável pelo design.
Possibilidades
A tela inicial mostra o mapa da cidade, na qual o usuário pode selecionar as variáveis que desejar, usando como critérios principais a área total construída em 2023 ou a diferença em área total construída de 1995 a 2023.
No menu esquerdo, é possível escolher o tipo de agregação espacial desejado: por subprefeituras; por distrito; por Zonas Origem-Destino (OD) – área de pesquisa definida pelo Metrô para a Pesquisa Origem-Destino, que equivale à menor área urbana de validade dos dados, próximo do tamanho de um bairro; e por áreas de ponderação do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – essas áreas são a união das zonas censitárias, unidades territoriais de controle cadastral da coleta dos censos.
Além disso, a linha do tempo possibilita a escolha por anos específicos ou que se delimite o período do tempo desejado.
Graças ao Painel Cadastral foi possível saber que, em São Paulo, o total de área construída de unidades habitacionais horizontais (casas) cresceu cerca de 40%, passando de 136 km² construídos para 190 km², enquanto a área construída em unidades residenciais verticais (prédios) cresceu 137%, passando dos 85 km² em 1995 para 202 km² em 2023.
Outra informação interessante levantada por meio da plataforma: somados todos os valores atribuídos pela municipalidade às construções, elas valem R$ 1,29 quatrilhão. “Para ter uma noção de valor, o Produto Interno Bruto (PIB) estimado para o Brasil em 2022 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) foi de R$ 1,89 quatrilhão”, afirma Gomes, que levantou os dados citados a título de exemplo de informações possíveis de serem encontradas na plataforma.
Acesso gratuito
Todos os dados exibidos no mapa podem ser baixados pelo canal “Download dos Dados”. Eles estão disponíveis no formato GeoPackage (GPKG), arquivos que podem ser abertos por programas como QGIS. Essa aplicação do Painel Cadastral é especialmente útil para pesquisadores e gestores de política pública.
O intuito da ferramenta é disseminar e facilitar o acesso a esse conjunto de dados importantes para entender as dinâmicas de uso e ocupação na cidade de São Paulo. O Painel Cadastral da Cidade de São Paulo é o primeiro resultado dessa colaboração, que prevê outras iniciativas a serem anunciadas futuramente.
A plataforma foi elaborada somente a partir de dados abertos, disponíveis a qualquer pessoa, e utilizando apenas bibliotecas e softwares livres, conforme a política de acesso livre do CEM. Todo o processo de desenvolvimento e código está disponível para download, melhorias e contribuições.
Valor - SP 05/05/2023
Rodovia agora será operada pela estatal MTPar tem 850 km de extensão
O governo do Mato Grosso assina na manhã desta quinta-feira (4) a aquisição da concessão da BR-163 no Estado, que passa a se chamar Nova Rota. A Odebrecht, antiga operadora do trecho rodoviário, receberá um valor simbólico de R$ 1 pelo ativo, que o grupo vinha tentando devolver ao governo federal.
A rodovia agora será operada pela estatal MTPar, que recebeu um aporte de cerca de R$ 1,6 bilhão do Estado — uma parcela será usada para quitar dívidas da antiga concessionária e cerca de R$ 1,2 bilhão irá para a realização das obras. A ideia é já iniciar os trabalhos, afirmou ao Valor o governador, Mauro Mendes (União Brasil).
“Vamos iniciar imediatamente a parte de requalificação de mais de 400 km de rodovias. Também já está na praça o edital de licitação para contratar os primeiros 90 km de duplicação, esse processo está em andamento. Além disso, já contratamos algumas obras de travessias urbanas em alguns trechos. Esse é o primeiro plano de ataque, que terá que ser feito em um período de três anos, mas que queremos antecipar para dois anos”, disse.
A concessão tem cerca de 850 km de extensão, e as pistas terão que ser duplicadas. A Odebrecht, que pelo contrato inicial era responsável por cerca de 450 km da duplicação, executou apenas 120 km. O restante era de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que também não concluiu sua parte das obras — ficaram faltando 100 km.
Agora, a nova concessionária operada pela MTPar assume a totalidade das obrigações, que envolvem 442 km de duplicações.
O plano do governo estadual é concluir todas as obras em cinco anos. O contrato prevê um prazo máximo de até oito anos, mas a ideia é antecipar os investimentos, segundo Mendes.
Para assumir a concessão, o Estado também quitou todas as dívidas que antiga concessionária Rota do Oeste, da Odebrecht, detinha com sete bancos, de cerca de R$ 920 milhões. O acordo com os credores foi um dos desafios para conseguir destravar a operação. Ao fim, o governo conseguiu negociar um corte de 50% do valor dos créditos.
Com isso, a nova operação nasce sem dívida bancária. “Agora vamos começar a tratar do financiamento para demais etapas de obras, que vão permitir duplicar 100% do trecho”, afirmou o governador.
Com a assinatura do acordo, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) também deverá autorizar o reajuste tarifário dos pedágios, que estavam congelados há cerca de cinco anos, devido aos descumprimentos contratuais da Odebrecht.
Nova solução
A transferência da concessão da Odebrecht para a MTPar é fruto de um acordo inovador proposto pelo governo estadual e que poderá abrir caminho para outras soluções alternativas a concessões problemáticas.
O arranjo, que aval do Tribunal de Contas da União (TCU) em setembro do ano passado, prevê, além da transferência da totalidade das ações da concessionária para a estatal, a renegociação de diversos termos do contrato original.
Foram diversas mudanças aprovadas: o prazo final da concessão foi estendido, de 2043 para 2048, e o cronograma de obras foi totalmente renegociado. Além disso, caso as obrigações sejam cumpridas, todas as multas e desequilíbrios regulatórios acumulados serão perdoados. Outro ponto relevante é uma alteração na matriz de risco, que passará a prever um compartilhamento de riscos caso o tráfego da rodovia seja impactado por novas ferrovias.
O aval do TCU a essas alterações surpreendeu o mercado. Na votação, o ministro Bruno Dantas deixou claro que a autorização se deu apenas porque se tratava de uma venda a uma estatal. Porém, após o acordo, o mercado de infraestrutura passou a debater outras soluções inovadoras para solucionar as demais concessões problemáticas do setor.
A Rota do Oeste, da Odebrecht, era uma das concessões fracassadas da chamada terceira rodada do governo de Dilma Rousseff. Licitado sob premissas excessivamente otimistas, o contrato se tornou inviável a partir dos escândalos de corrupção revelados pela Operação Lava Jato e do fechamento do mercado de crédito às construtoras, inclusive do BNDES. Como resultado, as obrigações contratuais, que eram elevadas, foram descumpridas.
Diante da ameaça de caducidade e da dificuldade para vender o ativo a outro grupo privado, a empresa aderiu, no fim de 2021, à devolução amigável do contrato, que seria relicitado pelo governo federal.
No entanto, a demora para que a solução saísse do papel desagradou o Mato Grosso. A percepção era que a relicitação levaria anos, o que postergaria ainda mais os investimentos na BR-163. Com isso, o governo passou a costurar esse novo acordo.
Na avaliação de Mendes, a nova solução proposta deverá antecipar em ao menos cinco anos os investimentos, em relação ao cenário da relicitação.
O acordo aprovado pelo TCU também permite que, após a fase inicial de investimentos (de até três anos), o governo do Mato Grosso poderá vender o ativo a um outro ente privado. Em relação a esse ponto, o governador diz que o plano será avaliado. “Depois da etapa inicial, vamos ver. Entramos temporariamente para resolver um problema de logistíca do Estado”, afirmou.
Portal Fator Brasil - RJ 05/05/2023
O mês de maio começa de forma festiva na Portos RS, em razão do primeiro ano de atuação como empresa pública comemorados no dia 02 de maio (terça-feira). Mesmo se tratando de um curto espaço de tempo, muitos foram os avanços promovidos no sistema hidroportuário do Rio Grande do Sul, mudanças que seguirão acontecendo ao longo dos próximos anos.
A Autoridade Portuária está atualmente dividida entre as diretorias de Meio Ambiente, de Infraestrutura, de Operações e de Gestão, Administrativa e Financeira, as quais trabalharam em conjunto para chegar aos resultados que são conhecidos da comunidade portuária. A alteração de natureza jurídica permitiu dar aos portos gaúchos a certeza de um desenvolvimento seguro.
Como resultado das ações deste período em Rio Grande destacam-se a realização da dragagem de manutenção do canal de acesso e a pavimentação das vias internas, obras estruturantes que se caracterizavam como um anseio da comunidade portuária. Houve, ainda, a melhoria do sistema de iluminação com a troca de postes em trechos da unidade e no pátio automotivo.
Outra conquista importante foi a assinatura do contrato para a implantação do sistema de controle de tráfego de embarcações, conhecido pela sigla em inglês VTS. O ato foi realizado junto ao I Fórum de Desenvolvimento da Economia Azul, evento que integrou a programação do Festimar.
O Porto de Pelotas recebeu uma modernização do Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI) e no Porto de Porto Alegre foram realizadas as manutenções corretivas das balanças rodoviárias, das luminárias na área da beira de cais e dos extintores da área operacional, além da instalação de luminárias na área de acesso de motoristas e setor de cadastro.
De acordo com o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, o primeiro ano da Empresa Pública foi de muito trabalho e assim permanecerá a condução dos processos. Ele também agradeceu a todos os colaboradores pelo trabalho e dedicação ao longo deste primeiro ano, fazendo com que as atividades fossem desenvolvidas ao longo da transição.
IstoÉ Online - SP 05/05/2023
A Transpetro, subsidiária de transportes e logística da Petrobras, retomará a construção de navios próprios em estaleiros brasileiros, afirmou nesta quinta-feira o presidente da companhia, Sérgio Bacci, em sua primeira coletiva de imprensa após tomar posse na semana passada.
O executivo pontuou que um grupo de estudos foi criado para trabalhar por cerca de dois meses no levantamento de informações para a elaboração de um amplo e novo programa com essa finalidade, incluindo dados sobre demandas necessárias de navios, os estaleiros que podem atuar e os custos necessários.
Bacci frisou, no entanto, que o movimento não ocorrerá a qualquer preço e a qualquer prazo. Ressaltou ainda que a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União (TCU) estarão envolvidos nesse programa de construção desde o início.
“Passei nos últimos 20 anos da minha vida falando sobre construção naval, a importância de construir navios… chego à Transpetro com essa missão de retomar a construção de navios em estaleiros brasileiros”, afirmou Bacci, que foi presidente do Sinaval, sindicato que representa a indústria naval no país.
No momento, não há navios em construção por encomenda da Transpetro.
Segundo o executivo, a Transpetro não será privatizada. “Vamos ampliar serviços, construir navios e buscar novos clientes”, destacou.
O executivo pontuou que a retomada do segmento naval é uma bandeira clara do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além disso, disse que já esteve reunido com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que demonstrou o seu apoio ao futuro programa.
“O Brasil tem pressa, precisamos gerar emprego”, disse Bacci, pontuando no entanto que diversos parâmetros precisarão ser cumpridos para que as construções ocorram “sem problemas”.
“A gente aprendeu muito com a história”, adicionou, destacando que já esteve reunido com TCU e CGU e que também busca levantar quais os estaleiros que poderão participar de licitações, uma vez que diversos deles ficaram impedidos, após o escândalo de corrupção apontado pela operação Lava Jato no passado.
Bacci evitou dar detalhes sobre o programa que ainda será elaborado, mas ressaltou que contará com o Fundo da Marinha Mercante (FMM) e que vai se juntar em discussões com Petrobras e BNDES, sobre projetos que podem ser desenvolvidos.
O presidente da Transpetro frisou ainda que, para se consolidar, a indústria naval brasileira precisa de uma demanda de longo prazo, e que o país precisa construir um projeto de Estado e não de governo.
“O que a gente quer construir aqui na Transpetro é projeto de Estado”, frisou.
Na avaliação de Bacci, o governo retomará a discussão sobre a questão de conteúdo local das embarcações, e a companhia estará pronta para contribuir com sugestões de exigências que tornem possível o desenvolvimento do setor, a partir de aprendizados do passado.
Atualmente, a Transpetro conta com 26 navios de cabotagem de longo curso, que foram construídos a partir do Programa de Modernização e Expansão da frota (Promef) e outros 10 navios aliviadores afretados.
O último navio entregue à Transpetro via Promef foi em 2019.
Bacci frisou que a prioridade da Transpetro permanecerá sendo a Petrobras, mas que a companhia também poderá avaliar novos clientes.
Hoje, segundo o executivo, a empresa é superavitária, registrando 75% da receita com dutos e terminais e os demais 25% com transporte.
“A Transpetro não tem problema de caixa”, afirmou, ponderando que a empresa atuará com bastante critério nas aprovações de aporte de capital e controle de custos.
DUTOS
Bacci afirmou que a companhia também criou um outro grupo de trabalho que está avaliando a atual malha de dutos e terminais para verificar se necessitam de investimentos para melhora de condições ou para ampliação da capacidade.
A empresa também planeja a realização de concursos públicos.
Valor Investe - SP 05/05/2023
Houve relevantes paradas programadas em três refinarias no período, sendo duas delas as maiores da história dessas unidades, o que impactou a companhia
A uma semana da divulgação de resultados do primeiro trimestre deste ano a Petrobras soltou o seu relatório de produção. No período, os volumes de petróleo, gás natural e líquido de gás natural (LGN) da companhia somaram 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/dia), o que representa uma queda de 4,2% na comparação com igual período de 2022.
Ainda assim, os números vieram dentro das expectativas de analistas que acompanham o mercado e a companhia. Houve relevantes paradas programadas em três refinarias, sendo duas delas as maiores da história dessas unidades.
Mas um dos principais destaques do período foi positivo: o início a operação da plataforma P-71, no pré-sal da Bacia de Santos, e a entrada de oito novos poços de petróleo na Bacia de Campos, segundo a petroleira.
A plataforma ajudou a elevar a produção de petróleo no pré-sal no primeiro trimestre, na comparação anual, para 1,702 milhão de boe/dia, o que traça perspectivas otimistas para os próximos trimestres.
A companhia conseguiu manter o patamar de vendas de barris de derivados praticamente estável, diante do recuo de 0,2% na comparação com igual período de 2022. Já as vendas de gasolina da Petrobras foram as maiores para a empresa em um primeiro trimestre nos últimos seis anos. Entre janeiro e março, a venda de gasolina ficou 3,1% acima do primeiro trimestre do ano passado.
Confira como os analistas receberam o relatório de produção da Petrobras e que indícios ele dá para o balanço que será apresentado na próxima semana, no dia 11.
XP
O relatório de produção e vendas da Petrobras não apresentou surpresas no primeiro trimestre, vindo majoritariamente em linha com o esperado e jogando o foco dos investidores na divulgação dos resultados financeiros na próxima semana, diz a XP.
Os analistas André Vidal, Guilherme Nippes e Helena Kelm escrevem que a produção de 2,14 milhões de barris por dia ficou 2% abaixo das estimativas, com a variação acontecendo por conta de queda natural da produção de campos maduros.
A corretora estima que a Petrobras vai registrar um Ebitda ajustado de US$ 13,5 bilhões no primeiro trimestre, com margens maiores compensando parte da queda nas receitas do período.
Eles acreditam que a empresa vai manter, pelo menos por enquanto, a política de dividendos, projetando anúncio de pagamento de acordo com a fórmula mínima, em US$ 4,5 bilhões, ou R$ 1,9 por ação, rendimento de 8%.
“Mas há riscos de a nova diretoria optar por ignorar a atual política de dividendos e não declarar remuneração aos acionistas”, afirma a XP, mesmo não sendo o cenário mais provável.
A XP tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 35,50, potencial de alta de 56,6% sobre o fechamento de ontem.
Itaú BBA
Os resultados operacionais da Petrobras no primeiro trimestre mostram os esforços da companhia em fortalecer a produção doméstica de petróleo e gás, mantendo uma taxa de utilização elevada mesmo com muitas manutenções no período, diz o Itaú BBA.
Os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello escrevem que a produção foi impulsionada pelo aumento da produção na plataforma P-71, além de novos campos e melhor eficiência na Bacia de Campos.
No entanto, as vendas caíram 6% na comparação com dezembro, com efeitos sazonais e a venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman). O banco calcula que o Ebitda da Petrobras será de US$ 13,2 bilhões no primeiro trimestre.
Eles projetam que, caso a nova diretoria acompanhe a atual política de dividendos, a companhia pode pagar cerca de R$ 2,50 por ação, um rendimento de 11% por ação, mas que há incertezas já que não são obrigados por estatuto a isso.
O Itaú BBA tem recomendação neutra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 27 para as ações preferenciais.
Credit Suisse
A Petrobras divulgou seu relatório de produção e vendas com uma leitura positiva para os resultados do primeiro trimestre, que serão divulgados no dia 11 de maio, com destaque para a redução de 190 mil barris por dia (bpd) de estoques, diz o Credit Suisse, em relatório.
“Isso significa que a Petrobras vendeu mais volumes do que produziu no trimestre, o que normalmente é uma indicação de fortes resultados à frente”, escrevem Os analistas Regis Cardoso, Marcelo Gumiero e Henrique Simões.
Segundo eles, embora a redução dos estoques sugira que os resultados à frente podem ser mais fortes do que a produção sugerida, o Ebitda deve cair em base trimestral devido aos preços mais baixos do petróleo e derivados, o que deve se traduzir em uma geração orgânica ainda robusta de fluxo de caixa livre para o acionista de US$ 6,4 bilhões, com rendimento de 10%.
Os analistas afirmam esperar que a Petrobras mantenha sua política de dividendos, o que levaria à distribuição de US$ 4,3 bilhões em dividendos, com 7% de rendimento, relativos aos resultados do primeiro trimestre.
O Credit Suisse tem recomendação neutra para os recibos de ações (ADRs) da Petrobras, com preço-alvo de US$ 15, potencial de alta de 48% ante o fechamento de ontem na Bolsa de Nova York.
Citi
A produção de petróleo e gás da Petrobras no primeiro trimestre ficou estável, impactada positivamente pela intensificação nas operações da plataforma P-71 e negativamente pela venda da dos campos de Albacora Leste e Papa Terra, diz o Citi.
Os analistas Gabriel Barra, Joaquim Alves Atie e Andrés Cardona escrevem que o destaque positivo foi a produção média recorde do pré-sal chegando a 2,05 milhões de barris por dia no período.
Em refino, os números foram negativos, com menor taxa de utilização, o que acabou reduzindo os volumes totais de destilados, muito por conta de sazonalidade típica do trimestre e também da venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman).
O resultado de energia no primeiro trimestre também foi fraco, com o fim de contrato de compra e menor produção de gás natural em meio à melhora na situação hidrológica, o que reduziu despachos das termelétricas.
O Citi tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 19 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 87,5% sobre o fechamento de ontem.
Ativa
A Petrobras divulgou números de produção e vendas razoáveis e conforme as expectativas, mostrando que a empresa apresentará bons resultados no primeiro trimestre, de acordo com a Ativa Investimentos, em relatório.
“Com a manutenção na produção de petróleo, esperamos que Petrobras deva manter a margem Ebitda de produção e exploração próxima à 70%”, escreve o analista Ilan Arbetman. Ele diz que a produção veio dentro do previsto e destaca a manutenção da alta participação proporcional do pré-sal no mix da companhia em 79,5%, ante 77,6% no trimestre anterior.
No refino, as vendas diminuíram em função de menor demanda, enquanto a produção também caiu, com fator de utilização das refinarias seguindo elevado, diz. Para ele, a taxa de utilização alta deve ajudar a companhia a manter as margens em dois dígitos baixos.
Por fim, no segmento de gás e energia, houve menor geração elétrica, estabilidade nos volumes de gás natural oriundos da Bolívia e menores vendas em base trimestral, diz o analista. Ele prevê margem positiva no primeiro trimestre. “Os investidores devem ficar atentos se a companhia anunciará novidades quanto à sua política de proventos, de preços de derivados e seus planos quanto à novos investimentos.”
A Ativa Investimentos tem recomendação neutra para as ações preferenciais da Petrobras, com preço-alvo de R$ 28.
Safra
A produção total da Petrobras no primeiro trimestre de 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) ficou 2% abaixo da projeção do Banco Safra, avalia a casa em relatório. O resultado, contudo, ficou 1% maior no trimestre.
“O volume teve apoio da maior produção no pré-sal, devido ao ‘ramp-up’ da P-71 e ao início de quatro novos poços em Campos, parcialmente compensado pela menor produção no pós-sal, em função do fechamento das plataformas P-18 e P-20, além da venda dos campos de Albacora Leste e Papa-Terra”, comentam os analistas Conrado Vegner e Vinicius Andrade.
As vendas totais de derivados caíram 6% no trimestre, para 1,69 milhão de barris por dia, devido às menores vendas de diesel e gasolina, ambos com queda de 7% de janeiro a março deste ano.
O resultado foi impactado por fatores sazonais e pelo desinvestimento da refinaria de Reman. Já a produção de derivados caiu 4% no trimestre, afetada por paradas programadas em três refinarias, a Revap, Refap e RPBC.
Para os resultados financeiros dos primeiros três meses do ano, os analistas esperam um Ebitda de R$ 68,16 bilhões, o que significa queda sequencial de 10%, principalmente devido ao menor preço médio do petróleo em relação ao trimestre anterior e às menores vendas de derivados. O lucro líquido estimado é de R$ 30,52 bilhões
A Petrobras deve divulgar os resultados financeiros em 11 de maio, após o fechamento do mercado.
O Safra mantém a recomendação neutra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de R$ 34 tanto para os papéis preferenciais quanto ordinários.
BB Investimentos
Os dados operacionais de primeiro trimestre da Petrobras não trouxeram grandes surpresas, com relativa estabilidade em produção e dados um pouco menos favoráveis em refino, diz o BB Investimentos.
O analista Daniel Cobucci escreve que a expectativa em relação aos resultados se mantém direcionada sobre os dividendos, se a companhia vai seguir a regra atual, o mínimo legal ou até mesmo deixar de pagar de maneira antecipada o provento.
“Assim, as expectativas que temos sobre a distribuição de dividendos trimestrais começam em zero, mas o mais provável é que fiquem entre R$ 0,55 e R$ 2,18 por ação”, comenta.
A produção média da Petrobras no primeiro trimestre foi beneficiada pela escalada nas operações da plataforma P-71, na Bacia de Campos, compensada parcialmente pelo encerramento das plataformas P-18 e P-20, além da venda de ativos.
Em refino, o volume de vendas teve queda de 5,5% na comparação com dezembro, com menores vendas de gasolina e diesel. A produção de derivados foi impactada pela venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman).
O BB Investimentos tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 43 para as ações ordinárias e preferenciais.
Com informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico.
Valor - SP 05/05/2023
Os investidores avaliam as consequências do aperto monetário nos EUA e na zona do euro, em meio a um cenário global que sugere demanda fraca pela commodity no curto prazo
O petróleo encerrou a sessão desta quinta-feira (4) sem fôlego e com movimentos mistos, à medida que investidores avaliam as consequências do aperto monetário nos EUA e na zona do euro, em meio a um cenário global que sugere demanda fraca pela commodity no curto prazo.
O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para junho fechou em queda de 0,06%, a US$ 68,56, e o do Brent, a referência global, para julho subiu 0,24%, a US$ 72,50.
O petróleo acumulou várias quedas robustas consecutivas nos últimos dias e segue sem impulso para uma recuperação, ainda que parcial.
“Agora, observamos uma leitura pessimista de commodities, refletindo um sentimento macroeconômico significativamente mais fraco após a surpreendente contração no índice de gerentes de compras (PMI) industrial da China em abril e a escalada da taxa de juros do Federal Reserve (Fed)”, comenta em nota o vice-presidente da Rystad Energy, Kaushal Ramesh.
Ontem, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou a elevação de seu juro básico em 0,25 ponto percentual (p.p.), decisão que foi seguida pelo Banco Central Europeu (BCE) na manhã desta quinta.
Segundo o analista Edward Moya, da Oanda, o mau humor recente vem também da crise bancária nos EUA e da perspectiva de que o evento possa “estagnar a maior economia do mundo”.
Com a forte redução do preço do Brent — acima de 10% até agora nesta semana — a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) pode optar por reduzir novamente sua oferta, diz o economista James Swanton, da Capital Economics. No começo de abril, a Opep+ anunciou um corte de oferta que fez os preços da commodity saltarem, em alta que já foi completamente revertida nos últimos dias.
“Também existe a possibilidade de que a queda nos preços leve a Arábia Saudita a realizar novos cortes voluntários na produção de petróleo, mesmo que outros membros da Opep+ não sejam convencidos a aderir”, acrescenta Swanton.
O Petróleo - SP 05/05/2023
Uma tendência intrigante vem sendo observada nos mercados de petróleo: há uma grande desconexão entre os dados de estoque e os preços do petróleo. Os estoques de petróleo bruto caíram abaixo da média de cinco anos pela primeira vez este ano, mas os preços do WTI e Brent diminuíram significativamente.
Essa desconexão ocorre quando os preços são movidos principalmente por outros fundamentos do mercado de petróleo, expectativas, mercados de ativos mais amplos e fluxos financeiros. Nesse caso, o otimismo recente em relação aos cortes de produção da OPEP + não conseguiu conter as preocupações sobre a demanda ligada a um cenário econômico enfraquecido e um Federal Reserve hawkish.
Apesar dessa desconexão, analistas como o Goldman Sachs aconselham os investidores a comprar ações de energia e mineração, prevendo que o petróleo bruto Brent e WTI subirá 23% e será negociado perto de US$ 100 e US$ 95 por barril nos próximos 12 meses de negociação. Além disso, as perspectivas para o setor de energia permanecem positivas, com a Moody’s prevendo que os preços das commodities provavelmente permanecerão ciclicamente fortes até 2023.
Transformação do superávit de petróleo em déficit
A maior razão para ser otimista sobre o setor de energia é que o atual superávit de petróleo provavelmente se transformará em déficit com o passar dos trimestres. Os analistas do Standard Chartered estimam que os estoques atuais de petróleo sejam 200 milhões de barris maiores do que no início de 2022 e bons 268 milhões de barris acima do mínimo de junho de 2022.
No entanto, eles estão otimistas de que a construção nos últimos dois trimestres terminará em novembro se os cortes forem mantidos durante todo o ano ou até o final do ano se os cortes atuais forem revertidos por volta de outubro.
O Estado de S.Paulo - SP 05/05/2023
A Petrobras espera que o Ibama se posicione sobre o pedido para iniciar testes preparatórios para a esperada campanha exploratória da Margem Equatorial, que abrange uma área do Amapá até o Rio Grande do Norte, nas próximas semanas. A demora por um desfecho tem gerado críticas de diferentes lados da indústria e que apontam para uma decisão política e também determinante para o futuro do setor de óleo e gás no Brasil em meio à expectativa de desaceleração da produção do pré-sal até 2030.
Chamada nos bastidores de “novo pré-sal”, a área desperta grande expectativa em toda a cadeia e esteve no centro dos debates da Offshore Technology Conference (OTC), maior evento da indústria de exploração de petróleo e gás no mar, que acontece em Houston (EUA), nesta semana, devido ao sucesso visto nos países vizinhos. Na Guiana, mais de 10 bilhões de barris de petróleo já foram descobertos. Do lado brasileiro, a chamada Margem Equatorial é formada por cinco bacias: Foz do Amazonas, Potiguar, Pará-Maranhão, Barreirinhas e Ceará.
“Como a gente está em um momento de se obter ou não o direito de fazer um teste, o que é necessário antes da licença, então, a temperatura acaba ficando um pouco alta naturalmente porque está na hora de uma decisão”, diz o diretor de exploração e produção da Petrobras, Joelson Mendes, em entrevista ao Estadão/Broadcast.
De acordo com ele, não há um prazo definido para o Ibama se posicionar. “A gente tem expectativas de que essa resposta seja nas próximas semanas”, afirma o diretor da Petrobras, que se diz “otimista” em relação ao tema.
Mendes acrescenta que a companhia está disponível para responder aos questionamentos do Ibama, como tem feito recentemente, e fazer tudo o que é necessário para obter o aval ambiental para explorar a Margem Equatorial. Dentre as principais dúvidas do órgão, estão questionamentos técnicos e, principalmente, como a produção na área poderia afetar a comunidade local. Mendes afirma, porém, que isso ainda não está em debate no momento.
“Quando a gente faz uma descoberta, se a gente for muito rápido vai levar seis, oito anos para desenvolver. O processo de desenvolvimento da produção na indústria do petróleo é lento. Hoje, o que a Petrobras está querendo saber é se tem petróleo ali ou não”, explica o diretor da Petrobras. “Como desenvolveríamos na hipótese de haver é uma outra questão, um outro processo de licenciamento.”
Em parecer obtido pelo Estadão/Broadcast, dez analistas do Ibama defendem rejeitar o pedido da Petrobras para realizar testes na Margem Equatorial, sob a justificativa de forte impacto na região. O pedido de licenciamento ambiental foi iniciado pela britânica BP no passado e foi continuado pela estatal brasileira.
Mendes diz que a Petrobras já perfurou mais de mil poços em águas profundas ou ultraprofundas, sem causar nenhum problema ambiental, nem pequeno, muito menos, de grande porte. Além disso, afirma que desde o acidente da BP, nos Estados Unidos, em 2010, um dos piores desastres ambientais, o setor de óleo e gás evoluiu muito no que chama de “capacidade de resposta” e que a Petrobras está alinhada às maiores empresas do mundo.
“A Petrobras opera há mais de 30 anos em terra (onshore) e também entendemos que podemos fazer isso no mar. Nós já perfuramos mais de mil poços no Brasil em lâminas de águas profundas ou ultraprofundas, sem nenhum problema, nada, zero”, afirma. “Estamos cada vez mais preparados para não deixar acontecer.”
Para o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Rodolfo Henrique de Saboia, a decisão de explorar ou não a Margem Equatorial é uma “questão estratégica” para o País e não uma “mera decisão técnica”.
Além do potencial da região, que é “enorme”, o Brasil precisa encontrar novas fronteiras energéticas considerando que o pré-sal vai engrenar em uma trajetória de desaceleração até 2030, alerta. Como no setor de óleo e gás, os projetos são de longo prazo, a decisão, de explorar ou não o potencial da Margem Equatorial, tem de ser tomada agora.
“É um potencial enorme (na Margem Equatorial) e que a gente simplesmente pode estar deixando de transformar em riqueza para uma região tão carente de investimento e que vai se beneficiar dela”, diz Saboia. “O que eu acho é que a gente tem que enfrentar a decisão. Decidir, olhar, ouvir todos os atores envolvidos e uma decisão política a ser tomada a respeito.”
O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, afirma que está otimista em relação ao futuro posicionamento do Ibama sobre a Margem Equatorial, evidenciando que se trata apenas de um “poço exploratório” para saber se há realmente petróleo, como no lado da Guiana, em um cenário de declínio das reservas de petróleo no Brasil. “Todos os dias, à meia-noite, o Brasil produz 3,5 milhões de barris de petróleo, com eficiência, cuidado operacional e muita responsabilidade ambiental”, diz.
O diretor-presidente da Enauta, Décio Oddone, reforçou o coro de críticas à pressão ambiental em torno da Margem Equatorial, durante a OTC. “É uma decisão política no nível mais alto”, afirmou, a uma plateia de investidores estrangeiros e atores do setor, também chamando atenção para a necessidade de se explorar novas fronteiras na indústria visto que a produção do pré-sal, tido como muitos ainda como um ‘bilhete premiado’, está em vias de desacelerar à frente.
Segundo Mendes, da Petrobras, caso o Ibama rejeite o pedido da Petrobras para iniciar um teste na Margem Equatorial, a companhia seguirá com o seu planejamento de exploração, mas em um local diferente. O “plano B” prevê a migração dos trabalhos para outro ponto da região, mais precisamente na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, onde a estatal brasileira prevê dois poços. São eles Pitu Oeste e Anhanga. “O nosso planejamento é fazer um investimento de US$ 2,9 bilhões na Margem Equatorial nos próximos cinco anos. Estamos falando de uma região inteira”, conclui.
Cultivar - RS 05/05/2023
A New Holland levou para a Agrishow deste ano o lançamento do T4 75S, um trator robusto e versátil, para diferentes aplicações. Entre as características, motorização de 76 cavalos e com três cilindros, que permitem grande desempenho no campo e economia de combustível; combinação de potência hidráulica para se adequar em diferentes tipos de implementos e em qualquer operação.
Mas o grande diferencial do modelo fica para as duas possibilidades de transmissão: 12x12 mecânica ou 20x20 Power shuttle.
No vídeo, o Gerente de Marketing de Produto, Flávio Rieli Mazetto, fala mais sobre as características e tecnologias presentes no trator T4 75S da New Holland.
IstoÉ Online - SP 05/05/2023
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) não vê perspectiva para redução do preço de máquinas agrícolas, especialmente considerando os atuais custos com matéria-prima e logística. A previsão está em linha com o que consideram outros executivos do mercado presentes na 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), que começou na segunda-feira (1º) e vai até sexta-feira (5), em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
“Não são só as máquinas que estão mais caras, tudo está mais caro pelo desarranjo que tivemos no mundo”, afirmou o diretor de Relações Governamentais da CNH Industrial, Alexandre Bernardes, em coletiva de imprensa na Agrishow. “Tudo se estabilizou em outro patamar”, completou a diretora de Assuntos Governamentais da AGCO e vice-presidente da Anfavea, Ana Helena Andrade.
A indústria de máquinas e equipamentos agrícolas, assim como outros segmentos de mercado, enfrentou restrição no fornecimento de peças e matérias-primas em função do período da pandemia. Apesar da perspectiva de preços ainda sustentados, os executivos acreditam que o agricultor continuará comprando os produtos em função da necessidade de renovação da frota.
As negociações devem ser estimuladas também pelo aumento da produtividade provocado pelos novos produtos e pela busca por mais conectividade. “Quando compra uma máquina, o agricultor investe em um bem de capital e espera retorno em produtividade que supere o investimento. Ele olha o custo da máquina versus o quanto ele vai ter de receita e lucro com ela”, afirmou Andrade.
Agrolink - RS 05/05/2023
As fabricantes de máquinas vieram preparadas para realizar negócios durante a Agrishow 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, que se encerra nesta sexta-feira, dia 5 de maio. A Baldan, por exemplo, além das linhas tradicionais que todas praticam no mercado, oferece uma linha de financiamento diferente, com equalização de taxa (flet), com 12,5% para os compradores (80% dos negócios para os revendedores nos primeiros dias) e a empresa complementa com mais 3%. “O índice de 12,5% ainda é alto, mas está melhor do que a taxa atual praticada no mercado”, diz o diretor financeiro Eduardo Fernandes. Além disso, há uma linha própria para aquisição de dois produtos (uma pulverizadora e uma plantadeira) na feira, exclusivamente para as revendas da marca. Nessa linha foram usados 25% de R$ 30 milhões disponibilizados.
A Kuhn tem parceria com o DLL, com taxa de 9,90% da Agrishow até o final de maio, para pagamento em até 36 meses, e taxa de 12,5% para cinco anos. “Tivemos bastante procura pelos produtores rurais, via revenda “, afirma a analista comercial Luciane Lechiu. A condição oferecida tem ajudado a alavancar os negócios. A Kuhn também está lançando na feira – e fazendo simulações – um consórcio com o Bradesco (até 90 vezes), que deverá entrar em operação pós-evento.
A Jacto tem parceria estreita com o DLL, praticando uma linha similar ao Moderfrota (esta do governo federal), com taxa de 12,5%, mas com o cliente financiando até 85% do valor do negócio e pagando 15% à vista, com pagamento em até 60 vezes. “Está surtindo efeito e fizemos bons negócios, pois o produtor precisa de maquinários para a próxima safra”, informa o gerente nacional de vendas da Jacto, Marcos Aukar. Por meio dessa parceria foram realizadas 40% das vendas da empresa na feira, nos primeiros dias.
Além dos bancos tradicionais, a Jumil fez um convênio especial com o Banco do Brasil, o BB Agro Parceria, com taxa de juros final de 14% ao ano. Segundo a coordenadora financeira, Andrea Silvestre, o convênio ajudou nas vendas e, nos três primeiros dias, a empresa negociou quase 30% do montante da edição de 2022. “Os dois últimos dias de feira são os melhores para fechamentos de negócios”, garante Andrea. O convênio não possui prazo determinado para terminar.
“As vendas estão semelhantes ao ano passado e, se tivéssemos juros controlados, a situação seria melhor”, garante o membro do Conselho Administrativo da Tatu Marchesan, João Carlos Marchesan. A empresa faz financiamento com todos os bancos e os juros são negociados caso a caso, segundo Marchesan.
A Stara Financeira é uma instituição de negócios exclusiva para financiar as concessionárias da Stara, que vão desde pagamentos semestrais (taxa de 13,5%) em planos de 24 e 36 meses até 6 anos (12,5% para o anual). Os recursos são oriundos da própria empresa e do BNDES. Essas condições são responsáveis por 40% dos negócios da Stara na Agrishow, segundo o coordenador nacional da Stara Financeira, Oberdan de Oliveira da Roza.
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