Valor - SP 04/10/2024
“A questão da importação de aço da China que entra no Brasil é uma competição desleal”, afirmou Gustavo Werneck
A demanda de aço segue estável no Brasil, mas a importação da mercadoria da China é algo que incomoda o setor no país. “A questão da importação de aço da China que entra no Brasil é uma competição desleal”, diz o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck.
Durante o “Gerdau Investor Day”, o CEO da empresa apontou para as dificuldades que do segmento com relação ao mercado de aço importado.
A China vem inundando o mercado internacional com seu excedente produtivo de aço, estimado em mais de 100 milhões de toneladas em 2023.
Países da Europa, Estados Unidos e o México adotaram políticas de defesa comercial. No Brasil, passou a vigorar em junho deste ano um sistema de cotas para o aço importado.
CEO da Gerdau, Gustavo Werneck — Foto: Carol Carquejeiro/Valor
Investing - SP 04/10/2024
O presidente-executivo da Gerdau (BVMF:GGBR4), Gustavo Werneck, anunciou nesta quinta-feira que o laminador de bobinas a quente instalado na usina siderúrgica de Ouro Branco (MG) entrará em operação em janeiro do próximo ano, com uma expectativa de crescimento gradual de produção ao longo de cinco meses.
O equipamento tem capacidade para 250 mil toneladas de aços planos laminados e deverá ajudar a companhia a alcançar previsão de ter 40% das entregas no próximo ano sendo de produtos planos, disse Werneck em apresentação a investidores.
O percentual marca forte evolução do segmento no conjunto de negócios da Gerdau no Brasil, uma das mais tradicionais produtoras de aços longos das Américas. A companhia inaugurou a operação de planos no Brasil na usina de Ouro Branco em 2013, e em 2017 a categoria representava 25% das vendas.
Segundo Werneck, se o novo laminador já estivesse operando à plena capacidade a Gerdau já teria toda a futura produção adicional vendida, em meio a uma demanda no mercado interno que segue se mostrando com tendências sólidas.
A Gerdau anunciou mais cedo ajustes em sua projeção de investimentos para os próximos anos, que passou a ser de 9,2 bilhões de reais, dos quais 3,4 bilhões já foram concluídos e incluem o novo laminador de Ouro Branco. Os 5,8 bilhões de reais restantes do total projetado devem ser aplicados "majoritariamente até 2027".
Werneck afirmou que a Gerdau já concluiu as revisões de operação de capacidade produtiva no Brasil, com as paralisações neste ano das usinas de Barão de Cocais (MG) e Cearense (CE) e transferência de produções para outras instalações no país. As decisões foram tomadas para melhorar a competitividade da empresa em meio à forte concorrência com os aços importados.
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O executivo citou que as medidas de proteção comercial anunciadas pelo governo em abril, que impuseram um regime temporário de cotas e sobretaxas sobre alguns produtos siderúrgicos conseguiram, "no geral", reduzir importações, mas que a política contem "furos", como os realçados pelo forte volume de material que tem chegado ao país via Manaus.
Segundo o Werneck, o setor está conversando sobre os problemas com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), que tem se mostrado "aberto" a ajustes. A Gerdau quer a inclusão de novos produtos na lista original atingida pelas medidas.
"A parte mais difícil foi vencida e vamos chegar a um ponto de equilíbrio com o Mdic", disse Werneck. "Estou otimista com o que vem pela frente."
Questionado sobre preços no mercado interno, Werneck afirmou que a Gerdau está em "uma jornada para recompor rentabilidade" em produtos longos e que nos próximos trimestres a operação da empresa no Brasil deve entregar resultados maiores.
Já sobre os projetos de mineração, que têm na programação da empresa investimentos de 3,2 bilhões de reais, a Gerdau pode tomar uma decisão sobre eventual aumento de produção para além de 5,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano em Miguel Burnier (MG) no começo de 2026.
MÉXICO E EUA
No México, a Gerdau segue com estudos para a implantação de uma usina de aços especiais de 500 milhões de dólares no país, mas Werneck afirmou que a empresa ainda "está distante" de tomar uma decisão definitiva sobre a execução do projeto. O levantamento da viabilidade técnica-financeira deve ficar pronto até o final do ano, disse o vice-presidente financeiro da empresa, Rafael Japur.
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Os executivos comentaram que parte da decisão para um eventual sinal verde para o empreendimento passa pelo resultado das eleições nos Estados Unidos e pelas primeiras medidas a serem tomadas pelo governo da presidente mexicana Claudia Sheinbaum, que tomou posse nesta semana. "Vamos ser muito parcimoniosos numa decisão dessas", disse o presidente da Gerdau.
Na América do Norte, o presidente da operação, Chia Yuan Wang, lembrou que anos eleitorais costumam ser marcados por retardos em decisões de investimentos por consumidores de aço e que a demanda está fraca em comparação com últimos anos, mas que as tendências para a economia norte-americana são positivas. Wang citou o movimento de queda de juros, a estratégia de "reshoring" e programas de investimento governamental em infraestrutura.
"Com certeza 2025, 2026 e 207 vão ser anos mais intensos de infraestrutura nos EUA", disse o executivo ao comentar sobre as expectativas para a demanda futura por aço do país.
Money Times - SP 04/10/2024
A Gerdau (GGBR4) revisou suas projeções de CAPEX estratégico e Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) potencial anual por projeto, conforme apresentado no Investor Day 2024.
Para o CAPEX, a companhia estima que os investimentos estratégicos somem R$ 9,2 bilhões. Desse valor, R$ 3,4 bilhões já foram investidos e R$ 5,8 bilhões estão projetados para os próximos anos, até 2027.
Já em relação ao Ebitda, a expectativa é de que os investimentos ainda não concluídos, após a maturação, tenham o potencial de gerar um retorno anual de R$ 2,8 bilhões.
As atualizações das projeções refletem a nova visão que desconsidera projetos já concluídos, a inclusão de projetos de downstream na América do Norte e a readequação de investimentos florestais em função das hibernações de Barão de Cocais e Sete Lagoas (Rota Bio).
As demais estimativas permanecem inalteradas, afirma a Gerdau.
O Estado de S.Paulo - SP 04/10/2024
As contas do governo central registraram déficit primário em agosto. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 22,404 bilhões. O resultado sucedeu o déficit de R$ 9,283 bilhões em julho.
O valor do rombo já havia sido publicado pelo governo no Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) do Tesouro Nacional na segunda-feira, 30. As publicações de dados do Tesouro estão sofrendo atrasos em razão da mobilização dos servidores. A divulgação oficial do resultado das contas aconteceu nesta quinta-feira, 3.
Em agosto do ano passado, o saldo (que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) havia sido negativo em R$ 26,730 bilhões, em valores nominais.
O resultado do oitavo mês do ano veio praticamente em linha com as expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um déficit de R$ 22,30 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast. O intervalo das estimativas variava de déficit de R$ 25 bilhões a superávit de R$ 8,50 bilhões.
No acumulado do ano até agosto, o governo central registrou déficit de R$ 99,997 bilhões. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$ 105,884 bilhões, em termos nominais.
Em agosto, as receitas tiveram alta de 9,6% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado, houve alta real de 8,8%. Já as despesas subiram 2% em agosto, já descontada a inflação. No acumulado destes oito meses, a variação foi positiva em 7,1%.
Em 12 meses até agosto, o governo central apresenta déficit de R$ 227,5 bilhões, equivalente a 1,98% do PIB. Desde janeiro de 2024, o Tesouro passou a informar a relação entre o volume de despesas sobre o PIB, uma vez que o arcabouço fiscal busca a estabilização dos gastos públicos. No acumulado dos últimos 12 meses até agosto, as despesas obrigatórias somaram 18,4% em relação ao PIB, enquanto as discricionárias do Executivo alcançaram 1,8% em relação ao PIB no mesmo período.
Para 2024, o governo persegue duas metas. Uma é a de resultado primário, que deve ser neutro (0% do PIB), permitindo uma variação de 0,25 ponto porcentual para mais ou menos, conforme estabelecido no arcabouço. O limite seria um déficit de até R$ 28,8 bilhões. A outra é de limite de despesas, que é fixo em R$ 2,089 trilhões neste ano.
No último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, publicado em setembro, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um resultado deficitário de R$ 28,3 bilhões nas contas deste ano.
Exame - SP 04/10/2024
Um relatório recentemente publicado pela Agência Nacional de Estatísticas da China, mostra que, desde a fundação da República Popular da China, 75 anos atrás, a força econômica, científica, tecnológica e nacional do país aumentou significativamente, assim como sua influência internacional. De 1979 a 2023, a economia da China cresceu 8,9% ao ano em média, valor muito mais alto do que a média mundial de 3% no mesmo período. A contribuição média anual da China para o crescimento econômico mundial foi de 24,8%, ocupando o primeiro lugar do mundo.
No início da fundação da República Popular da China, a base econômica do país era muito fraca e a escala econômica era pequena. Em 1952, o Produto Interno Bruto (PIB) era de apenas US$ 30 bilhões. Em 1978, aumentou para US$ 149,5 bilhões, representando 1,7% da economia mundial. Desde a reforma e abertura da China, a economia chinesa continua em expansão, atingindo US$ 17,8 trilhões em 2023, com a participação no total mundial aumentando para 16,9%, mantendo firmemente a posição de 2º lugar no mundo.
Força científica e tecnológica e capacidade de inovação
Após a reforma e abertura, com o sistema de direitos de propriedade intelectual crescendo do zero e sendo gradualmente aprimorado, a produção de conhecimento da China se desenvolveu rapidamente. Em 1985, o número de pedidos de patente de invenção da China era de 8.558, subindo para 526.000 em 2011, ocupando o primeiro lugar do mundo. Até ao final de 2022, o número de pedidos de patente de invenção da China atingiu 1,619 milhão, mantendo-se firme em primeiro lugar mundialmente, e o número de pedidos internacionais de patentes PCT está em primeiro lugar global por quatro anos consecutivos.
No que diz respeito ao comércio externo, em 1950, o volume total do comércio de bens nas importações e exportações da China era apenas de US$ 1,1 bilhão, representando 0,9% do mundo. Após a reforma e abertura, o comércio externo de bens da China entrou em um período de desenvolvimento acelerado. Em 1999, o volume total do comércio de bens nas importações e exportações da China atingiu US$ 360,6 bilhões, saltando para o nono lugar do mundo; em 2009, o volume total do comércio de bens nas importações e exportações atingiu US$ 2,2075 trilhões, saltando para o segundo lugar do mundo.
Desde o 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, o volume total do comércio de bens da China nas importações e exportações em valores e sua posição no mundo têm sido ainda em ritmo mais aceleradas. Em 2013, a China tornou-se o maior país do mundo em comércio de bens nas importações e exportações. Em 2023, o volume total em valores do comércio de bens nas importações e exportações da China atingiu US$ 5,9 trilhões, elevando a participação no mundo para 12,4%, mantendo-se firme no primeiro lugar do mundo por sete anos consecutivos.
O comércio de serviços também mudou radicalmente. No início da fundação da República Popular da China, o comércio externo de serviços da China era quase zero. Em 1982, o volume total do comércio externo de serviços da China era de US$ 4,69 bilhões, ocupando o 34º lugar do mundo. Desde o 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, a escala do comércio de serviços da China continua a expandir-se. Em 2023, o volume total do comércio externo de serviços da China atingiu US$ 933,1 bilhões, ocupando o quarto lugar do mundo em termo de comércio externo de serviço.
IstoÉ Dinheiro - SP 04/10/2024
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, reconheceu que o montante de créditos extraordinários abertos atualmente é relevante. “O montante, quando você olha R$ 40 bilhões de créditos extraordinários abertos, claro que chama a atenção porque é um montante relevante. Mas a esmagadora maioria, 95% desse valor, é relacionado à catástrofe do Rio Grande do Sul”, disse durante a apresentação do resultado do governo central de agosto.
Ceron ponderou que nunca se imaginou uma tragédia dessa magnitude, que exigiu o suporte do governo federal. “Esse montante representa um incremento, tanto orçamentário quanto a alavancagem de crédito, equivalente a mais de 10% do PIB do Estado. O governo federal e toda a sociedade fizeram um esforço brutal para a recuperação do Rio Grande do Sul, fora a suspensão da dívida que vai gerar ao longo de três anos quase R$ 15 bilhões para investimento no Estado”, avalia.
A análise do secretário é de que os números mostram como a ajuda foi necessária e isso se reflete em um processo forte de recuperação econômica no Rio Grande do Sul, destacando a geração de empregos, ativação do comércio, indústria, serviços e do agro, além dos suportes para famílias e construção civil. “Claro que foi uma catástrofe, que destruiu muitos ativos, muita gente perdeu patrimônio e agora esse processo de recuperação, não quer dizer que as coisas estão resolvidas, mas há um processo de recuperação econômica muito importante lá”, pontua.
Ceron quis evitar falar sobre cancelamento de despesas, justificando que isso havia causado ruídos, mas ponderou que há diferença entre cancelamento de despesas e cortes. “O governo federal tem dado suporte e não vai cortar despesas ou cortar ações em função de ajuste fiscal para poder prejudicar o processo de recuperação do Rio Grande do Sul, não se trata disso. Mas, por exemplo, a política de compra de arroz, que tem um montante expressivo e dificilmente ele será executado, portanto, tem um cancelamento porque aquele objetivo não foi cumprido, meramente isso”, explicou.
O secretário ainda comentou que foi uma infelicidade uma tragédia dessa magnitude ocorrer no primeiro ano de vigência do novo arcabouço fiscal, o que gera ruídos sobre a condução do caso, mas pontua que não se espera que esse tipo de tragédia ocorra com recorrência. “A maior parte do crédito extraordinário do Rio Grande do Sul era necessário e nós fizemos de uma forma racional, inteligente, que ativou economicamente o Estado em um patamar muito inferior ao que o mercado estimava como necessário”, defendeu.
Globo Online - RJ 04/10/2024
A agência de classificação de rating Moody’s elevou a nota corporativa de diversas empresas brasileiras, além de 23 instituições financeiras do país.
A revisão do grau das empresas acontece dois dias depois da Moody’s elevar a nota de crédito soberana do Brasil, a deixando um nível abaixo do grau de investimento, perdido há quase uma década.
A instituição alterou a classificação de 12 bancos para Ba1, o atual grau soberano. Pelo menos oito empresas também tiveram seu rating elevado, como Vale, Gerdau, Ambev. A Moodys também reafirmou o grau de outras, como a Suzano. No caso da Petrobras, a perspectiva foi elevada à positiva.
O Santander Brasil foi uma das instituições que subiram para um grau acima do nível brasileiro, para Baa3, em grau de investimento. A instituição já estava no atual nível do rating soberano brasileiro, em Ba1, antes da alteração. A Moody’s elencou a sustentação dos negócios e a afiliação à sede na Espanha (que possui classificação A2) como fatores para subir o grau.
A B3, a bolsa brasileira, também subiu para o nível Baa3, vindo de Ba1, com sua classificação de depósitos de longo prazo em moeda local e estrangeira alterada para perspectiva positiva.
O Citibank do Brasil manteve o rating de depósitos de longo prazo em moeda local e estrangeira em Baa3. A Moody’s também elencou a nota à associação com a sede americana do banco, que tem nível Aa3.
Para Ba1, a Moody’s elevou as seguintes instituições financeiras:
Duas instituições financeiras subiram para o nível Ba2:
Nas empresas brasileiras, a Moody’s elevou:
Para Baa2 (dois níveis acima do rating brasileiro), foram elevadas ou se mantiveram estáveis:
A Suzano foi reafirmada em Baa3, um nível acima do grau soberano. A empresa de papel e celulose manteve a perspectiva positiva.
Para Ba1 (o atual nível do país), foram elevadas ou se mantiveram estáveis:
A um passo do grau de investimento
A espécie de selo de bom pagador é referência para investidores. A agência também manteve, na última terça-feira, a perspectiva positiva para o país, justificou a melhora citando crescimento robusto e histórico de reformas, mas pondera que a credibilidade do arcabouço fiscal ainda é “moderada”, o que tem impacto no custo da dívida.
“Essa elevação reflete melhorias substanciais no crédito, que esperamos que continuem, incluindo um desempenho de crescimento mais robusto do que o avaliado anteriormente e um histórico crescente de reformas econômicas e fiscais que conferem resiliência ao perfil de crédito, embora a credibilidade do arcabouço fiscal do Brasil ainda seja moderada, como refletido no custo relativamente alto da dívida”, diz trecho do relatório.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou e aproveitou para defender a agenda da equipe econômica de reequilíbrio das contas públicas.
IstoÉ Online - SP 04/10/2024
O Índice gerente de compras (PMI) sobre a atividade do setor de serviços do Brasil subiu para 55,8 pontos em setembro, após 54,2 em agosto, de acordo com dados divulgados pela S&P Global nesta quinta-feira, 3.
Os participantes da pesquisa atribuíram a recuperação na atividade de serviços a um aumento considerável da atividade de negócios, em meio a uma melhora mais forte na captação de novos negócios.
Além disso, os índices de preços mostraram aumentos mais brandos nos custos de insumos e preços de venda, mas as taxas de inflação permaneceram acima das suas respectivas médias de longo prazo.
“As pressões sobre os custos permaneceram elevadas e a um dos níveis mais altos já registrados em pouco mais de um ano e meio”, destacou em nota a diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna de Lima.
Segundo a S&P, os participantes da pesquisa destacaram aumento nos custos de diversas categorias, incluindo eletricidade, internet e alimentos em relação ao mês de agosto.
PMI Composto
A S&P Global também reportou que o PMI composto, que mede a atividade industrial de serviços, avançou de 52,9 pontos em agosto para 55,2 pontos em setembro. De acordo com a S&P, as entradas de novos negócios registraram o maior aumento em 27 meses.
“As entradas de novos negócios registraram o maior aumento em 27 meses. O setor de serviços continuou a registrar um aumento mais acelerado nas vendas do que aquele observado no setor industrial, mas as taxas de expansão aumentaram em ambos. No entanto, o setor industrial foi mais positivo no que diz respeito à criação de empregos”, disse a S&P Global.
CNN Brasil - SP 04/10/2024
A atividade do setor de serviços dos Estados Unidos saltou para um recorde de um ano e meio em setembro em meio ao forte crescimento de novos pedidos, mais uma evidência de que a economia permaneceu em uma base sólida no terceiro trimestre.
O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou nesta quinta-feira (3) que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor não manufatureiro acelerou para 54,9 no mês passado, o nível mais alto desde fevereiro de 2023, ante 51,5 em agosto.
Uma leitura do PMI acima de 50 indica crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da economia. O ISM considera que leituras do PMI acima de 49 ao longo do tempo geralmente indicam uma expansão da economia como um todo. Os economistas consultados pela Reuters previam que o PMI de serviços subiria para 51,7.
A pesquisa soma-se a dados bastante positivos de agosto sobre os gastos dos consumidores e a um déficit menor no comércio de mercadorias, sugerindo que a economia manteve grande parte de seu ímpeto do segundo trimestre.
O Federal Reserve de Atlanta está estimando que o Produto Interno Bruto aumentou a uma taxa anualizada de 2,5% no trimestre de julho a setembro. A economia cresceu 3,0% no segundo trimestre.
A medida de novos pedidos da pesquisa do ISM subiu para 59,4, também o nível mais alto desde fevereiro de 2023, de 53,0 em agosto.
Com o aumento da demanda, as empresas enfrentaram preços mais altos dos insumos. Isso provavelmente não altera a trajetória lenta da inflação, já que os preços dos produtos continuam em declínio. O aumento anual da inflação foi o menor em três anos e meio em agosto.
A medida do ISM de preços pagos por insumos de serviços aumentou para um recorde de oito meses de 59,4, em comparação com 57,3 em agosto. Sua medida de emprego no setor de serviços caiu de 50,2 em agosto para 48,1 em agosto, o que é consistente com uma desaceleração no mercado de trabalho.
Grande parte da moderação no crescimento do emprego deve-se ao arrefecimento da demanda após os fortes aumentos da taxa de juros em 2022 e 2023, mas há alguns focos de escassez de trabalhadores, especialmente no setor de lazer e hotelaria, onde as vagas de emprego aumentaram em 80 mil em agosto, enquanto as contratações caíram.
No mês passado, o Federal Reserve cortou sua taxa de juros de referência em 50 pontos-base, para a faixa de 4,75% a 5,00%, a primeira redução nos custos de empréstimos desde 2020, reconhecendo os riscos crescentes para o mercado de trabalho.
Veja - SP 04/10/2024
No atual contexto de gastos do governo federal, é “praticamente impossível” que o Banco Central consiga trazer a inflação de volta à meta de 3%. A dura opinião é de Luis Otavio Leal, economista-chefe da G5 Partners, casa que lidera o segmento de empresas independentes na gestão de patrimônio, assessoria em fusões e aquisições e reestruturação de crédito privado para famílias e empresas.
Segundo Leal, algumas atuações do governo no sentido contrário ao controle de gastos reforçam a leitura de o espaço para controle da inflação é pequeno. Um dos temas relevantes é o reajuste do salário mínimo, cuja previsão do governo é de aumento de 6,9% em 2025 ante o atual. “Não estamos falando do reajuste apenas para o setor privado, mas para 40 milhões de beneficiários do INSS”, afirma. “É difícil imaginar que, só com isso, não tenha uma pressão inflacionária importante.”
O economista também comenta a expectativa de analistas com quem teve contato a respeito das despesas obrigatórias, para a qual há expectativas de alguma proposta de controle do governo após as eleições. “Mas teremos que aguardar”, diz. “Se não forem resolvidas essas questões, como a desvinculação do salário mínimo, o arcabouço fiscal não fica de pé.”
Segundo pesquisa recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as despesas obrigatórias do governo podem chegar a 100% do orçamento disponível nos próximos cinco anos, o que deve exigir dos próximos governos a necessidade de uma reforma administrativa para liberar uma parcela dos gastos obrigatórios. O governo atual até chegou a dar sinais de que se preocupa com o tema, mas sem grandes indicações de como resolver a questão.
O controle inflacionário no Brasil passa também pela chegada de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central, no lugar de Roberto Campos Neto. O nome de Galípolo ainda precisa ser referendado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, mas é dado como certo. Para Leal, embora ele tenha dados passos corretos na mensagem de que vai perseguir a independência e tecnicidade nas decisões do órgão, o mercado financeiro “não comprou o discurso”.
“Galípolo terá uma trégua durante algum tempo, até o fim de 2025. Isso porque, por enquanto, elevar a Selic não é tarefa tão difícil. O ponto é: se ele não começar a cortar a taxa de juros no fim de 2025, com o Planalto mirando eleições, talvez ele enfrente um grande teste”, diz o economista. “Se chegar em uma situação de expectativas de inflação ainda desancoradas, baixo crescimento e piora fiscal do Brasil, será que ele vai resistir à pressão? O mercado sempre ficará com essa pulga atrás da orelha.”
Diário do Comércio - MG 04/10/2024
Acordo de livre comércio entre o Mercosul e a China, discutido há pelo menos duas décadas, ainda não é uma perspectiva absolutamente concreta, embora já situada num plano mais próximo da realidade. O governo brasileiro já se mostra otimista com a perspectiva de um desfecho a seu gosto, embora especialistas em comércio internacional pensem diferente e não apenas com relação a prazos. Preocupa também o que será acertado e as consequências do que for acertado, ocasião para que seja lembrado que nesses acordos o que é bom para a agricultura costuma não ser necessariamente bom para a indústria e vice-versa.
Evidentemente que entre extremos podem existir posições de equilíbrio e é nesse rumo que os negociadores brasileiros devem acertar sua mira, sem perder de vista a importância e volume do comércio bilateral, justamente no que toca às commodities agrícolas, que poderiam chegar à China com preços melhores e condições mais competitivas, porém sem que tal abertura signifique escancarar as portas a bens de consumo chineses. São estes fundamentalmente os temores da indústria brasileira neste momento. Cabe enxergar que estes não são meros delírios e sim uma possibilidade que deve estar na balança das negociações, que bem podem estar rumando para um patamar de concretude.
Hora, portanto, de estabelecer limites, bem entendidos ganhos e perdas, bem como a própria condição brasileira no Mercosul, o que claramente nos permite dar as cartas. Como já foi dito, inclusive nas páginas deste jornal, negócios encerram possibilidades e riscos ou importações boas e importações ruins. O que está sendo negociado pode ser boa ocasião para que o País importe máquinas e tecnologias a melhores custos, podendo assim, e em condições mais vantajosas, modernizar e ampliar sua própria indústria de bens de consumo duráveis. O lado ruim, justamente o temido pela indústria local, seria a importação produtos manufaturados para uso e consumo.
Saber negociar, saber escolher, será no final das contas o elemento capaz de fazer toda a diferença ou determinar se a aproximação com o gigante chinês poderá ser livre de riscos ou pelo menos com riscos minimizados e controláveis. Para resumir e para concluir, é disso que se trata no final das contas, tarefa que não tem porque ser dada como fora do alcance dos negociadores brasileiros. Para isso bastará fazer saber que somos tanto capazes de definir nossos objetivos quanto de alcançá-los, tudo isso numa perspectiva interessante para as duas partes.
Infomoney - SP 04/10/2024
As encomendas à indústria nos Estados Unidos caíram 0,2% em agosto ante julho, para US$ 590,4 bilhões, segundo dados publicados nesta quinta-feira (3) pelo Departamento do Comércio do país.
O resultado frustrou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,1% no período. O consenso LSEG de analistas, por sua vez, estimava estabilidade no mês.
Excluindo-se o setor de transportes, as encomendas recuaram 0,1% na comparação mensal de agosto.
Já sem a categoria de defesa, as encomendas tiveram declínio de 0,4% no mesmo intervalo.
Exame - SP 04/10/2024
Alinhado à demanda crescente da indústria siderúrgica por soluções mais sustentáveis, o Brasil, segundo maior produtor de minério de ferro do mundo, vem se destacando no mercado internacional por um produto diferenciado: o pellet feed de redução direta (PFRD), conhecido como minério verde.
O que é o pellet feed?
Mais fino, mais rico e com baixos níveis de impurezas, essa matéria-prima é destinada à produção de pelotas de minério de ferro que, quando utilizadas em processos de redução direta na siderurgia, diminuem até 50% as emissões de carbono.
Considerando que este é o setor industrial com maior lançamento global de CO2 na atmosfera, trata-se de um impacto extremamente relevante.
A redução do ferro, comumente feita em altos-fornos pelas siderúrgicas, é uma etapa da produção de aço com grande consumo de energia e emissão de CO2. Mas, quando é realizada com redução direta, o alto-forno é dispensado (o minério é reduzido diretamente do estado sólido) e o processo em vez de carvão coqueificável, usa gás natural ou hidrogênio como agentes redutores, cortando consideravelmente as emissões.
Além disso, o PFRD permite um melhor aproveitamento do recurso mineral, já que essas partículas mais finas antes eram consideradas rejeitos.
Crescente demanda global
Pela qualidade excepcional e uma alternativa promissora para a descarbonização, existe hoje uma alta demanda mundial pelo pellet feed de redução direta. Oriente Médio e Europa, por exemplo, já estão dando total prioridade para o minério verde. Porém, são poucos os produtores – o Brasil é um deles, e com a produção em expansão.
Em Minas Gerais, a Cedro Mineração, especializada em extração, beneficiamento e comercialização do minério de ferro, pretende produzir mais de 25 milhões de toneladas/ano de pellet feed até 2030, tornando-se uma referência no setor.
Infomoney - SP 04/10/2024
Mesmo investidores do setor de siderurgia e mineração com pouca experiência sabem que as ações da área têm forte correlação com a cotação do minério de ferro. Afinal, quando o produto dessas empresas está mais valorizado, a margem de lucro pode ser maior. Mas as ações da Vale (VALE3), principal mineradora do Brasil, caem desde a segunda-feira, quando a China anunciou um pacote de estímulos ao setor imobiliário que fez o minério de ferro disparar mais de 10%.
VALE3 chegou a subir 2% logo no início da primeira sessão da semana, quando o mercado acordou com a notícia do pacote de flexibilizações. Mas a euforia durou pouco e o papel fechou em queda naquele pregão. Do início da semana até o fechamento desta quinta-feira (3), a ação recua 3,64%, enquanto minério de ferro tem valorização de 17,63%, cotado a R$ 108.
Ver para crer
A história do pregão da última segunda-feira ajuda a explicar o descolamento entre VALE3 e minério de ferro. Primeiro, veio a euforia com o avanço da commodity no exterior. Depois, o otimismo deu lugar à desconfiança, que segue no comando dos sentimentos de investidores que medem o impacto real das medidas chinesas.
Idean Alves, planejador financeiro CFP e especialista em mercado de capitais, descreve o mercado como “pragmático” e diz que os investidores vão esperar para ver se o movimento do minério de ferro é “conjuntural ou estrutural”. Ou seja, os agentes ainda não estão convencidos de que a commodity pode se sustentar acima do patamar de US$ 100.
Ainda é verdade que“as ações da Vale tendem a acompanhar a alta da commodity, já que a rentabilidade da mineradora é amplamente influenciada pelos preços do minério”, como explica Mariana Conegero, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital. Porém, o receio do mercado é de precisar corrigir a cotação das mineradoras quando perceber que as medidas chinesas não tiveram impactos reais, por isso a espera.
Minério de ferro e China
Para entender a recente onda de otimismo com o minério de ferro, é preciso saber o que está acontecendo na China, a principal compradora da commodity que a Vale produz. O país asiático anunciou um pacote de estímulos imobiliários que inclui redução nas taxas de financiamento, redução na entrada mínima para compra do segundo imóvel e retirada de restrições de crédito para quem já tem um imóvel.
A ideia é estimular o consumo para conseguir atingir o objetivo de incremento de 5% do PIB em 2024, o que analistas ainda consideram distante. “Não vemos as medidas como um game changer e não acreditamos que a meta de 5% será alcançada”, diz a Genial Investimentos, em relatório.
A corretora espera que a “desaceleração significativa” do setor imobiliário continue e o fraco consumo doméstico ainda atrapalhe o crescimento da atividade econômica. “Nossa análise sugere que o problema central não é falta da oferta de crédito e sim desinteresse em tomar crédito”.
Conegero, explica que a China “enfrenta desafios estruturais e os estímulos podem não ser suficientes para resolver questões de longo prazo, como o colapso do setor imobiliário e o comportamento dos consumidores chineses”. Para ela, a sustentabilidade da alta no minério de ferro “depende do crescimento econômico chinês”. Com as dúvidas sobre a China, o ceticismo também impacta a commodity a médio prazo.
VALE3 a R$ 70 novamente?
Os papéis da Vale foram negociados a R$ 70 pela última vez em janeiro. As ações da mineradora acima deste patamar ajudaram o Ibovespa a alcançar sua máxima histórica em dezembro, então investidores sonham com esse valor novamente. Para analistas, porém, não vai ser tão fácil chegar lá.
“O desconto da Vale em relação ao preço do minério de ferro parece excessivo, mas existem outras variáveis que influenciam o movimento”, diz Alves, citando aumento de despesas, investimentos e impostos como fatores de atenção, além do acordo final com a Samarco para a indenização pelo rompimento de barragem em Mariana (MG).
Mas a sazonalidade pode jogar a favor da Vale, que “entra em rali no último trimestre desde 2021”, percebe Hayson Silva, analista da Nova Futura Investimentos.
A mineradora trocou de CEO recentemente: Eduardo Bartolomeo entregou o cargo para Gustavo Pimenta, ex-CFO, na última terça-feira, em um movimento visto como positivo pelo mercado e que pode aumentar a confiança de investidores. O Itaú BBA destaca a sucessão interna como positiva, já que “uma mudança na estratégia da Vale é improvável no curto prazo”.
A mineradora foi a principal pagadora de dividendos do Brasil em setembro, com R$ 9,5 bilhões distribuídos, segundo levantamento da Meu Dividendo, e tem recomendação de compra de corretoras como BB Investimentos, Genial, Ágora, BTG e Santander.
A Tribuna - SP 04/10/2024
Desenvolver uma política industrial adequada ao setor de máquinas e equipamentos exige uma abordagem multifacetada que aborde os desafios específicos enfrentados pela indústria e aproveite as oportunidades disponíveis. Assim, a relação entre política industrial, produtividade e desenvolvimento é fundamental para um crescimento econômico sustentável e inclusivo.
Políticas industriais bem elaboradas estimulam a produtividade e, consequentemente, promovem o desenvolvimento econômico. Da mesma forma, altos níveis de produtividade podem contribuir para o desenvolvimento ao permitir um crescimento econômico mais rápido e sustentável. A integração eficaz desses elementos é fundamental para o sucesso de qualquer estratégia econômica que vise o crescimento do Brasil.
Todos sabemos que o setor de máquinas e equipamentos desempenha um papel fundamental na economia de qualquer país, atuando como a espinha dorsal da atividade produtiva e contribuindo significativamente para a competitividade global. No entanto, para que o país possa atingir todo o seu potencial, é essencial que haja uma política industrial eficaz e adaptada às suas particularidades, que permita a ampliação do seu estoque de capital produtivo com máquinas modernas e sofisticadas.
No atual momento, percebemos que o Brasil se encontra em uma encruzilhada econômica, em que a eficácia da sua política industrial pode determinar seu futuro na economia global. Mas não está só – nações como Coreia do Sul, Estados Unidos, Alemanha e China, entre outros, têm implementado políticas industriais robustas, também fomentando a inovação, a sustentabilidade e a competitividade.
Ainda que haja dúvidas relacionadas ao tipo de instrumentos de políticas industriais ou em que medida os gastos orientados para esta finalidade retornarão em forma de benefício a toda a sociedade, prevalece a certeza sobre sua importância no desenvolvimento do país.
Neste mês, vamos aprofundar o tema no 9º Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas. Esperamos que traga respostas importantes ao debate público, principalmente porque sabemos que a política industrial é uma ferramenta poderosa para moldar o desenvolvimento econômico e melhorar a produtividade. No entanto, para ser eficaz na era contemporânea, ela deve evoluir para abraçar a flexibilidade, a inovação e a colaboração. Ao adotar uma abordagem mais adaptativa e orientada para o futuro, os países poderão enfrentar os desafios globais e criar economias mais resilientes e prósperas.
A capacidade de um país de se ajustar e inovar será, sem dúvida, o fator determinante para seu sucesso no cenário econômico global. Plagiando Charles Darwin, não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças. Isso vai valer para o nosso setor.
Infomoney - SP 04/10/2024
As vendas de veículo novos no Brasil entre os meses de janeiro a setembro tiveram uma alta de 15,9% ante o mesmo período do ano passado, informou nesta quinta-feira (3) a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram contabilizados 3,443 milhões de emplacamentos no período.
No balanço do mês de setembro, os emplacamentos de veículos somaram 413.081 unidades, o que significou uma leve retração, de 2,3%, ante agosto. Essa queda foi atribuída ao calendário, uma vez que houve um dia útil de venda a menos em setembro. No entanto, houve evolução de 17,6% sobre setembro de 2023 – que teve 20 dias úteis.
Segundo José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave, o mercado está se estabilizando com um bom volume de vendas. Ele destacou que os emplacamentos por dias úteis chegaram a 19,7 mil em setembro, dado superior aos 18,2 mil de julho e aos 19,2 mil de agosto.
Segundo ele, apesar da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa Selic em agosto, o cenário ainda é favorável para o crédito. “Além das taxas de juros, influenciam no crédito os níveis de inadimplência e de renda. Por isso, não percebemos impacto na oferta de crédito para financiamentos de veículos”, analisou Andreta Jr. em nota.
Segundo a Fenabrave, as vendas de automóveis e veículos comerciais leves somaram 222.686 unidades em setembro, com queda de 0,22% ante agosto. No acumulado do anos, foram contabilizados 1,750 milhão de emplacamentos nessas categorias, com alta de 14,6%.
Segundo a federação, considerando a evolução dos segmentos de caminhões, ônibus e implementos rodoviários, as projeções de emplacamentos para 2024 foram ligeiramente ajustadas para cima, com estimativa de vendas gerais 16,8% maiores, ante os 16,7% estimados em julho.
Auto Informe - SP 04/10/2024
No atual panorama de incertezas no mundo em relação ao que os consumidores vão decidir comprar, fica mais difícil ainda fazer projeções para o Brasil. Mas como a indústria automobilística tem que fazer investimentos altos e com grau de risco elevado porque não pode errar, tudo se torna complicado.
De nada adianta produzir só o que o governo quer, como na China, se os compradores com direito de escolha nos outros países estiverem inseguros sobre os rumos. Mesmo no maior mercado individual, o chinês, já se detectou este ano um soluço nas vendas de modelos elétricos. Isso está cristalino — e algo bem mais que um soluço — nos outros dois maiores polos mundiais, EUA e Europa. Na Índia e Japão, terceiro e quarto mercados tomados individualmente, o cenário está favorável aos híbridos.
Por isso, as conclusões do estudo da Anfavea e da especialista contratada Boston Consulting Group, que acaba de ser revelado em versão final, apontam três hipóteses dentro do escopo de descarbonização da atmosfera, pois o gás carbônico (CO2) é o principal responsável pelo efeito estufa.
“Se hoje os modelos eletrificados respondem por pouco mais de 7% do mix de vendas de veículos leves, em 2030 eles representarão de 39% a 54%, em 2035, de 65% a 78% e em 2040, de 86% a 91%. Primeira possibilidade, nível de adoção gradual; na segunda, nível de adoção acelerada”, afirmou a Anfavea em comunicação oficial.
Convém comentar o termo da moda “eletrificado”. Veículos híbrido básico (ou semi-híbrido), híbrido pleno e híbrido plugável enquadram-se na categoria de motores a combustão com diferentes níveis de auxílio de um motor elétrico. Diferente, portanto, de um carro 100% elétrico a bateria. No caso dos hipotéticos 91% em 2040, estão somadas as quatro opções.
Entretanto, mesmo essa análise pode não refletir a realidade atual, abalada por notícias recentes do exterior. A Northvolt está demitindo um quinto de sua equipe global e suspendeu a expansão de sua principal fábrica de baterias na Suécia. Stellantis e a empresa francesa Orano abandonaram o projeto para reciclar baterias de veículos. A empresa também congelou os planos de construir duas novas fábricas de baterias. Acea (Anfavea europeia) também solicitou revisão da meta de redução de emissões de 2025 porque contava com a “ajuda” de carros elétricos, contudo estes não encontraram compradores suficientes.
Audi Q7 2025 chega com novidades
A marca das quatro argolas entrelaçadas quer marcar os 30 anos de presença no Brasil com mais lançamentos. Um deles é o Q7 2025 de sete lugares, visual renovado e preço confirmado de R$ 692.000 já no final de outubro. Além da grade e para-choque traseiro novos, a Audi substituiu em boa hora as saídas de escapamentos, antes apenas decorativas, por elementos autênticos.
Faróis altos com tecnologia laser (opcionais) são acompanhados por assinaturas luminosas selecionáveis. Suspensões passaram a ser adaptativas com distância livre que pode variar entre 60 mm para cima e 30 mm para baixo, além de rodas de 22 pol. Há opção de eixo traseiro esterçante.
Nos próximos três anos haverá 20 novos modelos e agora em dezembro estreia o elétrico Q6 e-tron com preços a partir de R$ 530.000. O modelo terá alcance de 411 km no padrão Inmetro (bateria 100 kWh), 387 cv e sua arquitetura é a PPE (sigla em inglês para Plataforma Elétrica Premium, de origem Porsche).
Hyundai lança Palisade e Ioniq 5
Agora única responsável pela importação de todos os seus modelos (antes exclusividade do grupo Caoa) a marca sul-coreana já pôs à venda o SUV de oito lugares Palisade (R$ 449.990) e o elétrico Ioniq 5 (R$ 394.990).
O primeiro é um dos poucos SUVs de oito lugares no mercado brasileiro e suas dimensões impressionam: 4,99 m de comprimento, 2,90 m de entre-eixos, 1,97 m de largura e 1,75 m de altura. O porta-malas comporta 595 litros e com as duas fileiras de trás rebatidas são nada menos que 2.494 litros. Mesmo os dois passageiros da última fileira encontram espaço para ombros, pernas e cabeças surpreendentes. E o acesso a esta terceira fileira exibe menos contorcionismo do que em outros modelos de menor porte.
Bancos dianteiros têm comandos elétricos, o do motorista com memória. Central multimídia de 10,2 pol. tem boa resolução, mas poderia ser um pouco maior. Ergonomia interna também se destaca. Motor 3,8 L, V-6 entrega 295 cv e 36 kgf·m, com aceleração de 0 a 100 km/h em 7,7 s e velocidade máxima de 210 km/h. Mesmo com lotação total não deve demonstrar lentidão em ultrapassagens em estradas, pelo que demonstrou em um primeiro contato no autódromo Capuava, Indaiatuba (SP).
Consumo, no entanto, cobra seu preço como esperado: pelo padrão Inmetro 7,3 km/l (urbano) e 9,9 km/l (rodoviário).
Quanto ao Ioniq 5, como todo elétrico, impressiona muito bem pelo desempenho. São dois motores com a repartição correta: traseiro de 228 cv e 35,7 kgf·m e dianteiro de 101 cv e 26 kgf·m. Potência e torque combinados: 325 cv e 61,6 kgf·m. A sensação que passa, ao pisar fundo no acelerador, é parecida com a de um carro esporte logo nos primeiros 50 metros pela pressão no pescoço. Hyundai indica aceleração de 0 a 100 km/h em 5,3 s.
Embora a fabricante sul-coreana o classifique como SUV, parece mesmo um hatch de teto elevado dentro de um estilo agradável com um vinco lateral pronunciado em diagonal. Trata-se de um modelo avantajado em dimensões: 4,65 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,60 m de altura. Entre-eixos de 3,00 m acomoda com grande conforto os cinco passageiros.
Um pormenor interessante: na alavanca do que seria o câmbio (obviamente não existe) a posição D é para a frente e R para trás. Ao contrário do que se convencionou em modelos automáticos, onde a posição R é sempre colocada para a frente. Esse novo arranjo tem sua lógica, embora possa confundir em um primeiro momento. Achei razoável.
Mais potência e retoques no Porsche 911
Estreia está programada para o primeiro trimestre de 2025 nas versões cupê (R$ 868.000) e o cabriolet (R$ 920.000). Além do foco na redução de emissões, ainda assim a potência do boxer biturbo de 3 litros subiu para 394 cv e o torque manteve-se em 45,9 kgf·m. Receberá ainda freios maiores tanto na frente quanto atrás.
No estilo, mudanças sutis: os faróis agora são de LED HD-Matrix e incorporam as luzes auxiliares; atrás reduziu-se o número de grelhas de ar de resfriamento no capô, integrou mais duas entradas de ar e recebeu novos tubos de escape.
A marca alemã ainda não informou quando será a abertura de pré-vendas.
O Estado de S.Paulo - SP 04/10/2024
A Caixa Econômica Federal abrirá uma nova frente de atuação no mercado imobiliário, indo além da concessão de empréstimos para a compra e a construção de imóveis. A instituição planeja usar seu banco de investimento para estruturar operações no mercado de capitais que sirvam como alternativas de crédito para construtoras e que possam ser oferecidas a investidores institucionais especializados no setor.
O objetivo é aproveitar a experiência do banco no setor e preencher algumas lacunas que o financiamento tradicional não contemplava. A Caixa detém a maior carteira nacional de crédito imobiliário, no montante de R$ 780 bilhões, além de uma rede de profissionais treinados na avaliação de projetos, engenharia, fluxo de caixa e comportamento de mutuários, entre outros aspectos.
“Reunimos vários produtos de mercado de capitais já existentes. O foco principal é fechar o ciclo de tudo que envolve financiamento imobiliário”, afirmou o vice-presidente de Negócios de Atacado da Caixa, Tarso de Tassis, em entrevista ao Estadão/Broadcast.
O plano de ação abrange três grandes eixos. Um deles será a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que consistem em financiamento com lastro nas receitas das construtoras com vendas de apartamentos, distribuição de dividendos e crédito a clientes, entre outros.
O segundo é a assessoria financeira a empresas de construção na captação de recursos para aquisição de terrenos, conclusão de obras ou empréstimo-ponte, por exemplo. Esse eixo envolve duas principais frentes: uma de desenvolvimento, focada em captar investidor institucional que dê suporte à exposição de caixa inicial para novos lançamentos; e a outra de recuperação, com intuito de resgatar companhias que têm obras não concluídas por dificuldade financeira.
A atuação se dará tanto por meio de dívidas (emissão de títulos no mercado) como por busca de investidores que topem aportar capital em troca de participação acionária nos projetos.
Já o terceiro eixo é a assessoria a investidores institucionais na busca de oportunidades de aportes em empresas do segmento, como desenvolvimento de fundos, permuta de terrenos ou injeção de capital em empreendimentos.
“Vamos centralizar todos os produtos já existentes em cada uma dessas áreas para apresentarmos não só a investidores, mas também aos nossos clientes (construtoras)”, apontou Tassis. “Muitas vezes, os produtos já estão próximos das construtoras das grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. Mas a Caixa conhece o mercado imobiliário do País inteiro e pode conectar o capital a empresas de várias regiões.”
Experimento
A fase de testes já começou. A Caixa tem 19 operações em andamento e uma já concluída. Por ora, o banco não revela o valor movimentado nessas operações de crédito, citando apenas que os empreendimentos têm potencial de vendas estimado em mais de R$ 2,3 bilhões. Para 2025, a previsão é fazer mais 20 operações, e em 2026, mais 40. “Se funcionar, vamos acelerar. Se não funcionar, vamos revisar”, afirmou o superintendente de Mercado de Capitais, Marco Buzzo.
Esse trabalho começou a ser feito na Caixa há dois anos, quando foram mapeadas 400 gestoras de recursos (assets, no jargão do mercado) que já investem ou têm interesse em investir em ativos do setor. “Nós categorizamos essa turma e passamos a conversar com eles quando encontramos algum tipo de oportunidade de investimento nos ativos que estão dentro do banco”, disse Buzzo.
Segundo ele, o mercado mostrou muito interesse em ouvir o banco, considerando que a experiência no setor significa um acompanhamento mais preciso dos riscos dos projetos. “Estamos usando o nosso know-how e o nosso volume gigantesco de dados do mercado de construção civil para diminuir as assimetrias, levando o investidor a poder aportar recursos com um grau maior de segurança”, afirmou o superintendente.
Portal Fator Brasil - RJ 04/10/2024
Após 28 dias de manutenção programada em dique seco, a embarcação saiu do Estaleiro Rio Grande (RS) na manhã do dia 02 de outubro (quarta-feira) para concluir as obras no Rio de Janeiro, e neste mês de outubro concluir sua manutenção programada para entrar em operação.
O navio-sonda Norbe VIII, da Foresea, empresa líder no setor de perfuração offshore no Brasil, deixou o Dique Seco da Ecovix, no Estaleiro Rio Grande (RS) rumo ao Rio de Janeiro, no dia 02 de outubro (quarta-feira), após 28 dias de manutenção em dique seco. A embarcação, de propriedade da Foresea e que presta serviços para a Petrobras, recebeu atividades de reparo, limpeza, pintura, e revisão geral, — comuns à manutenção programada feita a cada cinco anos. O diferencial é que essa etapa da manutenção foi feita com o navio fora do mar, na segunda operação desse tipo já realizada no país.
— Estamos muito satisfeitos com os resultados da manutenção em dique seco, que é sempre uma operação complexa. Houve intenso planejamento e tudo correu como previsto, com êxito, de forma a garantir que a Foresea continue apresentando os melhores índices de eficiência do mercado —comemora o COO Heitor Gioppo.
—Foi mais um trabalho que atendeu às expectativas, tanto nossas como do cliente. Além disso, conseguimos mobilizar um grande número de trabalhadores em pouco tempo, com cada vez mais mão de obra local — afirma Ricardo Ávila, diretor operacional da Ecovix, proprietária do Estaleiro.
Com 238 metros de comprimento, a Norbe VIII pode operar em lâmina d’água de até 3.048 metros e foi a primeira sonda de perfuração de águas ultra profundas a oferecer no Brasil a solução de perfuração em lâmina abaixo de 500m com posicionamento dinâmico, sem uso de ancoragem. Após a manutenção, a embarcação retornará ao Rio de Janeiro.
Este foi o segundo serviço realizado pela Ecovix para a Foresea. No ano passado, o navio de perfuração ODN I passou dois meses no Estaleiro, onde recebeu revisão geral nos sistemas, limpeza do casco, pintura, serviços de tubulação, entre outros reparos. Foi a mais extensa manutenção feita pela empresa até então.
A previsão é de que a Norbe VIII chegue à Baía de Guanabara ainda na primeira quinzena de outubro para concluir sua manutenção programada. Essa foi a segunda vez na história da indústria offshore brasileira que uma embarcação de grande porte foi totalmente retirada da água para manutenção. A primeira experiência foi em 2023, quando, de forma pioneira, o navio-sonda ODN I, também da Foresea, permaneceu 66 dias em docagem fora da água e também bem-sucedida no Estaleiro Rio Grande.
Norbe VIII — Construída em 2011, a Norbe VIII é uma plataforma de perfuração com posicionamento dinâmico em lâmina d’água de até 3 mil metros, capaz de perfurar poços de até 12.195 metros. Foi a primeira sonda de perfuração de águas ultraprofundas a oferecer no Brasil a solução de perfuração em lâmina d’água abaixo de 500 metros com posicionamento dinâmico, sem uso de ancoragem.
Ecovix — Criada em 2010, a Ecovix é especializada em projetos e construções dedicadas a operações oceânicas. É responsável pelo Estaleiro Rio Grande, uma das mais avançadas infraestruturas navais do mundo, que inclui o maior dique seco da América Latina, com 130 metros de largura, 350 metros de comprimento e 13,8 metros de profundidade.
No pico da operação naval, construiu cinco plataformas FPSO, chegando a empregar 14 mil profissionais. Em seu atual plano de negócios, conta com complexos naval, industrial, logístico e portuário, além de um cais para operação multipropósito.
Foresea — A Foresea oferece soluções em perfuração offshore e conta com frota própria formada pelas sondas ODN I, ODN II, Norbe VI, Norbe VIII e Norbe IX, todas com contratos ativos. A empresa possui certificação internacional de qualidade e eficiência APIQ2 para toda frota e detém o maior índice de uptime operacional do mercado.
Atua em águas profundas e ultraprofundas para a indústria de Óleo e Gás upstream offshore no Brasil. Entre seus principais valores estão a alta performance operacional alcançada com respeito à segurança dos integrantes e meio ambiente, bem como parceria e confiança dos clientes. A companhia respeita os princípios de ESG e segue as mais rigorosas práticas ambientais, sociais e de governança.
A Tribuna - SP 04/10/2024
Repensar o negócio para se tornar mais atrativo no mercado global, investir em descarbonização para aumentar a eficiência nos portos e estreitar cada vez mais as relações do Brasil com os países latino-americanos para expandir as trocas comerciais são alguns dos pontos levantados por executivos entrevistados por A Tribuna no TOC Américas 2024. O evento, um dos maiores do setor, ocorre no Panamá desde terça-feira e termina nesta quinta (3).
Em paralelo às palestras e painéis de debates, ocorre a conferência Tech TOC, que oferece sessões focadas em tecnologia e uma feira onde os participantes têm a oportunidade de conhecer as últimas inovações do setor.
O Grupo Tribuna é representado no encontro pelo consultor para assuntos portuários Maxwell Rodrigues, que lamenta a ausência de autoridades de portos públicos brasileiros no evento. Ele entende que o encontro é oportuno para atrair investimento de empresas estrangeiras.
Diretor de Investimentos para as Américas na APM Terminals e colunista de A Tribuna, Leonardo Levy pondera que o Governo Federal demonstra interesse “em entender como o sistema portuário funciona no exterior, mas precisa estar mais presente”.
“Os portos de Antuérpia (Bélgica) e Roterdã (Holanda) estão no Brasil, então, a gente tem que pensar em levar os portos brasileiros para fora. A carga de importação escolhe o destino na sua origem. É importante, para efeito de trazer mais cargas para os terminais brasileiros, que essa promoção seja feita fora do País”, complementa.
Questionado se o TOC Américas poderia ocorrer em Santos, o executivo concorda. “Santos tem capacidade de receber um evento desse porte. Seria muito bom para a Cidade, para o setor e para aproximar o Brasil do mundo latino-americano”.
Negócios
Oriundo de um terminal de uso privado (TUP), o diretor de Operações e Serviços do Porto do Açu (RJ), Vinicius Patel, afirma que “repensar o negócio” é que os terminais fazem “incansavelmente”.
“O setor portuário tem uma oportunidade única de deixar de ser um elo da cadeia para se tornar a base, ou seja, acolher a indústria e transformação de bens e serviços para seu ambiente integrado com a cadeia logística”.
Segundo ele, portos não podem se limitar a ser entrepostos, ambientes de transbordo. “Uma indústria sustentável opera integrada com ativos de baixa emissão e os portos são a melhor opção. Concebemos e temos desenvolvido o Porto do Açu como um distrito industrial com ativos portuários em estado da arte, tendo sustentabilidade em seus três pilares priorizados”, salienta.
Enquanto vice-presidente central para as Américas da Associação Internacional de Portos e Portos (IAPH, sigla em inglês), Patel afirma que “nossa participação permite que essa discussão ecoe internacionalmente, pensando em desenvolvimento sustentável para todos os países e permitindo investimentos para adaptação climática aos desequilíbrios que já sentimos na pele”.
Competitividade
O CEO do Porto Itapoá (SC), Ricardo Arten, que há pouco meses atuava no Porto de Santos, afirma que repensar o negócio é essencial para aumentar a eficiência e a competitividade.
“Hoje, os terminais portuários são reativos à demanda, ou seja, esperam a demanda chegar para depois investir. Essa reatividade vira uma bola de neve e prejudica o comércio internacional”.
Ele ilustra com o exemplo de Itapoá, que é um porto privado. “Faremos o contrário. Lá seremos pró-ativos. Nós temos estudos de mercado que projetam qual será a demanda futura nos próximos cinco a dez anos, e vamos obedecer a essa projeção”.
Gargalos
Arten diz que um dos principais gargalos do setor no Brasil é a capacidade estrangulada e, mais uma vez, cita Itapoá como exemplo de solução.
“Hoje, o Brasil está muito pressionado em relação à capacidade, mas Itapoá prepara investimentos que vão ampliar a sua capacidade atual de 1,8 milhão de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) para quase 4 milhões de TEU. Essa capacidade adicional disposta ao mercado até 2033 colocará o Porto Itapoá como a melhor opção para carga de exportação e de importação, e como um porto concentrador de carga para o sul do País”, destaca.
Arten ressalta que aumentar a capacidade dos portos brasileiros é fundamental para o País “ser mais atrativo e sair da incômoda posição em que o Brasil se encontra, de apenas 1,06% de participação no trade internacional”.
Descarbonização
O diretor de Operações e Serviços do Porto do Açu (RJ), Vinicius Patel, participou de um painel sobre descarbonização e diz que o desafio é global e não tem solução fácil ou barata.
Patel observa que o Brasil está comprometido com a redução da pegada de carbono no setor portuário e que tem influenciado o mundo com as iniciativas com etanol, biodiesel e geração de energia renovável. “Cerca de 89% da energia de nosso sistema interligado nacional foi de origem renovável em 2023”.
De acordo com o executivo, as empresas estão focadas no aumento da eficiência das operações, substituindo combustíveis e equipamentos e aperfeiçoando processos. “A oferta de energia elétrica do cais para as embarcações também tem sido vista com frequência, principalmente para rebocadores”.
Patel aponta que os portos brasileiros têm papel relevante na transição energética em geral, apresentando projetos conectados à produção de combustíveis verdes, como hidrogênio, amônia e metanol.
“O Porto do Açu anunciou, recentemente, duas parcerias com players estrangeiros, uma com a norueguesa Fuella para a produção de hidrogênio verde e outra com a HIF global para a produção de e-metanol”, diz o diretor de Operações.
Ele chama a atenção para que haja uma “reflexão conjunta” com autoridades e um planejamento industrial e portuário para o Brasil foque na industrialização de baixo carbono, “gerando ciência e tecnologia, empregos de qualidade, distribuindo renda, contribuindo com o bem-estar social e respeitando o meio ambiente”.
Grupo Tribuna
O consultor para assuntos portuários do Grupo Tribuna, Maxwell Rodrigues, ressalta que o grupo busca cada vez mais estar perto da agenda internacional dos negócios portuários.
“Essa é uma das maiores feiras mundiais da área e eu tive a oportunidade de conversar com inúmeros executivos do Brasil e do mundo para entender da pauta do nosso setor”.
Maxwell destaca a importância de se discutir descarbonização e como reinventar o negócio portuário. “O mundo requer agilidade na tomada de decisões, mas com um fator que norteia os investimentos e o futuro das operações que é a maneira responsiva dos investimentos protegendo o meio ambiente no qual o mundo portuário está envolvido”.
Por fim, o consultor entende que é preciso “tratar de forma clara a relação do porto com a cidade sem que haja interferência no desenvolvimento de ambos. O mundo olhando para o todo e não somente interesses individuais. Será que estamos vendo um novo modelo de negócios?”
Globo Online - RJ 04/10/2024
Os trabalhadores portuários dos portos da Costa Leste e do Golfo dos EUA concordaram em retomar a movimentação de cargas enquanto continuam a negociação coletiva com seus empregadores sobre um novo contrato, informou o sindicato que representa os trabalhadores em um comunicado na quinta-feira.
A Associação Internacional dos Estivadores (ILA na sigla em inglês) disse que concordou em prorrogar o contrato até 15 de janeiro e que o trabalho será retomado.
Os portos de contêineres de Houston a Miami e até Boston foram fechados desde que o contrato de trabalho entre a ILA e a US Maritime Alliance, que representa os operadores de terminais e as linhas de navegação, expirou na terça-feira.
Os portos de contêineres, de Houston a Miami e até Boston, permaneceram fechados desde que o contrato de trabalho entre a ILA e a Aliança Marítima dos EUA (US Marine Alliance), que representa operadores de terminais e linhas de navegação, expirou na terça-feira.
Dezenas de navios transportando contêineres e automóveis ancoraram na costa dos principais centros comerciais, incluindo Nova York, Carolina do Sul e Virgínia, nos últimos dias.
Portal Fator Brasil - RJ 04/10/2024
A fabricação dos equipamentos começou em 2022 e envolveu mais de 3500 profissionais, movimentando a região sul do País.
O Estaleiros do Brasil (EBR) acaba de fazer uma importante entrega para a Saipem, contratada da Petrobras para a fabricação e montagem de módulos que serão instalados na FPSO P-79 (plataforma flutuante de produção, armazenagem e transferência de petróleo). No total serão cinco Módulos, que partem rumo à Coreia do Sul, onde serão integrados.
A atuação do EBR foi dividida em duas fases: três módulos entregues no dia 10 de setembro (terça-feira)e outros dois, serão em 08 de outubro(terça-feira). A fabricação foi iniciada em 2022 e envolveu mais de 3500 profissionais. Em apenas um dos módulos (M-10), o peso estimado é de 4.128 toneladas, sendo 500 de tubulação.
—Foi um projeto complexo, que envolveu muitos profissionais e impulsionou a mão de obra local, nos municípios de São José do Norte e Rio Grande (RS). No EBR, recebemos toda a engenharia do cliente para a construção dos módulos, que precisaram ser fabricados e montados com precisão impecável, antes de serem soldados em navios de embarque. O sucesso da entrega foi garantido pela forte integração entre as áreas do estaleiro e pela dedicação de todos os envolvidos— disse o gerente do Empreendimento (EBR), Francisco Emanuel Ricardo Junior.
A entrega do dia 10 de setembro (terça-feira), refere-se ao módulo 04, a ser utilizado para a remoção de dióxido de carbono; ao módulo 14, uma unidade composta por tanques de armazenagem de produtos químicos, bombas e laboratório para análises físico-químicas de todas as fases do processo; além do Módulo 15, composto por equipamentos necessários para a produção e armazenamento de água, diesel e distribuição de ar (instrumento/serviço).
Em um cenário de amplo diálogo acerca do ESG (Environmental, Social and Governance) o EBR se destacou durante a execução dos módulos, se tornando o primeiro estaleiro no Brasil a receber a certificação da SA8000, uma Norma Internacional de Responsabilidade Social. Implementação de práticas e políticas de direitos humanos, de repúdio ao trabalho infantil e ao trabalho forçado são assumidas pela alta administração e divulgadas a todos os profissionais. Além disso, a empresa atua com a disponibilidade de canais de denúncias em combate à discriminação, desenvolvimento de campanhas internas e levantamento e avaliação dos riscos sociais, devidamente monitoradas por uma Equipe de Desempenho Social, formada de forma equilibrada entre representantes da força de trabalho e alta administração.
No dia 08 de outubro (terça-feira) serão entregues o módulo 01, chamado de sistema Flare, que é responsável pela recuperação de parte do gás, reduzindo CO e COâ‚‚ (emitidos para a atmosfera e envio do excesso para a queima) e, também, o módulo 10, responsável pelo processamento de óleo e tratamento de água produzida.
FPSO P-79 — Os módulos entregues pelo EBR farão parte da FPSO P-79, oitava unidade a ser instalada no campo de Búzios, o maior de petróleo em águas profundas do mundo. Está localizado na região do pré-sal da Bacia de Santos, a aproximadamente 200 km da costa do Rio de Janeiro, com início da produção prevista para 2025.
A capacidade total de produção será de 180 mil barris de petróleo por dia, 7,2 milhões de m3 de gás diariamente. A operação de produção é de longo prazo (25 anos).
Em meio à grande mobilização de pessoas contratadas pelo EBR, o estaleiro, que é um dos três em funcionamento do Brasil, manteve a Certificação Internacional de Responsabilidade Social – SA8000. Em julho, a auditora da Norma visitou as instalações da empresa e atestou o cumprimento de todos os requisitos, incluindo a capacitação necessária e o bem-estar dos profissionais envolvidos no projeto.
Estaleiro EBR— O Estaleiros do Brasil contempla uma área de aproximadamente 1,7 milhão de metros quadrados, com instalações amplas e infraestrutura própria. Possui capacidade para processar cerca de 30 mil toneladas de topside por ano, com estruturas (workshop), oficina de tubulações (pipe shop), oficina climatizada de jateamento e pintura e área de montagem externa.
Com um cais de 530 metros lineares e calado com 12 metros de profundidade, o estaleiro pode executar serviços de integração de plataformas do tipo FPSO, além de oferecer serviços de atracação e hibernação (lay-up) para outros tipos de unidades e operações de load in e load out de grandes módulos.
Infomoney - SP 04/10/2024
A Petrobras (PETR4) e a Ternium assinaram contrato para o fornecimento de gás natural no ambiente livre de comercialização para atendimento à unidade da siderúrgica localizada no Rio de Janeiro, informou a petroleira em comunicado nesta quinta-feira.
O acordo, segundo a companhia, marca a migração da Ternium do mercado cativo para o mercado livre no Estado fluminense, com suprimento firme de gás natural realizado pela Petrobras.
As empresas também informaram que pretendem desenvolver outras parcerias e sinergias envolvendo negócios no setor de gás natural, aderentes à agenda de descarbonização do setor siderúrgico.
Money Times - SP 04/10/2024
A tensão no Oriente Médio vem passando por uma escalada nas últimas duas semanas com os bombardeios de Israel contra o Líbano, com a justificativa de ataques contra o Hezbollah. Como retaliação, o Irã deu início a ataques contra o estado israelense.
A preocupação com a região está pressionando os preços do petróleo. O tipo Brent, que é referência internacional, avança 3,86% por volta das 12h20, chegando a US$ 76,71 o barril. Já o WTI sobe 4,45%, aos US$ 73,94 o barril.
E as projeções são de que a commodity pode subir ainda mais caso a infraestrutura petrolífera iraniana seja atingida. Vale lembrar que o Irã é o oitavo maior produtor de petróleo no mundo, com uma produção de 3,9 milhões de barris por dia.
Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities do banco sueco SEB, destaca que os futuros do petróleo bruto podem subir para US$ 200 o barril, ou mais, em um cenário de destruição da infraestrutura do Irã.
“Se você tirasse as instalações de petróleo no Irã e forçasse as exportações para baixo em 2 milhões de barris, então a próxima pergunta no mercado seria o que aconteceria no Estreito de Ormuz? Isso, é claro, acrescentaria um prêmio de risco significativo ao petróleo”, disse em entrevista para a CNBC.
Localizado entre o Irã e Omã, o Estreito de Ormuz é uma hidrovia estrategicamente importante para o escoamento do petróleo bruto no Oriente Médio para os principais mercados do mundo. O Irã poderia fechar essa passagem, atrapalhando a oferta do produto.
“Tudo depende de como o conflito se intensificará ainda mais e acho que não preciso nem dizer que Israel vai retaliar após o último ataque iraniano — e isso vai acontecer dentro de cerca de cinco dias, provavelmente, antes do aniversário de um ano em 7 de outubro [dia do ataque do Hamas ao festival de música em Israel]“, completou Schieldrop.
Valor - SP 04/10/2024
As cotações da commodity fecharam em seu maior nível em um mês
Os preços do petróleo fecharam em forte alta nesta quinta-feira (3) impulsionados por temores de uma interrupção na oferta da commodity em meio a declarações do presidente americano, Joe Biden, de que analisa um possível apoio para que Israel ataque a infraestrutura de petróleo do Irã. As cotações fecharam em seu maior nível em um mês.
Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, teria dito, segundo a mídia israelense, que a resposta do país será dura e inclui várias opções. Além do receio de ataque nas instalações produtoras de petróleo iranianas, um potencial bloqueio ao transporte marítimo global com o fechamento do Estreito de Ormuz também preocupa.
O Irã produz cerca de 3,3 milhões de barris diários de petróleo e exporta perto da metade, cerca de 1,5 milhão de barris por dia.
Para Gregory Brew, analista sênior do Eurasia Group, o fechamento de Ormuz, por onde transitam navios iranianos, mas também de outros países do Golfo Pérsico, seria o pior cenário. “Um fechamento de sete dias no estreito elevaria os preços do barril em US$ 28”, disse à Dow Jones Newswires.
No fechamento, o contrato futuro de Brent – referência mundial – para dezembro subia 5,03% a US$ 77,62 por barril, enquanto o petróleo WTI – referência americana – para novembro avançou 5,15% a US$ 73,92. Em uma semana, os preços já subiram cerca de 10%.
Também dá sustentação aos preços a informação de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu sua oferta em 290 mil barris diários em setembro.
Globo Online - RJ 04/10/2024
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira uma “enorme descoberta” de gás natural na região do Caribe colombianas, que poderá duplicar as reservas do país, que enfrenta uma grave seca que ameaça o abastecimento energético. É a maior descoberta desde a década de 1990, com reservas de 6 trilhões de metros cúbicos de gás, e “tem potencial para dobrar as reservas da Colômbia”, informou Rogério Soares, gerente geral de ativos exploratórios da Petrobras, durante evento em Cartagena (norte).
O tamanho do reservatório é comparável ao do Campo de Cuchupa, em Ríohacha (norte), que fornece gás ao país há 45 anos.
“É uma grande conquista na história da exploração colombiana”, acrescentou Soares na VII Cúpula de Petróleo, Gás e Energia, o mais importante evento do setor no país.
Conheça plataformas de petróleo da Petrobras pelo Brasil
O anúncio ocorre após o governo de esquerda de Gustavo Petro lançar um plano para buscar investimentos de 40 bilhões de dólares (cerca de R$ 218 bilhões) e assim financiar a transição energética do país. Ferrenho defensor do ambiente, o presidente está empenhado em substituir a indústria ligada aos hidrocarbonetos, setor que representa 52% das exportações nacionais.
A Petrobras interrompeu os contratos de exploração de hidrocarbonetos para favorecer fontes renováveis, como energia solar e eólica. Mas a oposição e um setor da indústria consideram que esta decisão pode colocar em risco a auto-suficiência energética do país.
A Colômbia atravessa uma estação quente incomum, o que aumentou o risco de escassez de energia e apagões, alertam especialistas. Segundo dados da Naturgas, sindicato nacional das empresas de gás, a Colômbia terá um déficit do produto em 2025 equivalente a 7,5% da procura total e, em 2026, aumentará para 16%.
Larvas do inseto alimentam-se do lixo orgânico de milhares de habitantes do departamento de Boyaca, contribuindo para a gestão dos resíduos sólidos
No meio de uma crise hídrica causada pelo fenômeno climático El Niño, a Colômbia aumentou as suas importações de gás em 2.500% entre 2022 e 2023. O gás natural cobre entre 25% e 30% da procura energética nacional, segundo dados do setor.
Em 2023, as reservas comprovadas de gás do país eram de 2.373 pés gigacúbicos (Gpc), segundo dados oficiais.
Diário do Comércio - MG 04/10/2024
O agronegócio atual certamente é muito diferente da visão que boa parte da sociedade tem sobre as atividades agropecuárias, no que tange as tecnologias e processos ao longo das diversas cadeias de valor.
A começar pelas ferramentas, que se modificaram ao longo dos anos, desde o preparo do solo, que passou a ser mecanizado, o uso de fertilizantes, defensivos agrícolas, biotecnologias e até imagens de satélite e georeferenciamento para agricultura de precisão, que, através de mapas digitais, permitiram otimizar a aplicação de insumos agrícolas.
O GPS, tradução de Sistema de Posicionamento Global por satélites, começou a ser utilizado na década de 1990, sendo um dos principais recursos nas fazendas até hoje, que integrado aos diversos sistemas de inteligência artificial (IA), tornaram as ferramentas de agricultura de precisão ainda mais eficientes, possibilitando o desenvolvimento de máquinas agrícolas autônomas.
Esse é o conceito de Agricultura 5.0, a integração de tecnologias e evolução da digitalização no campo, que vem avançando nos últimos anos, fazendo com que produtores rurais passem a incorporar sensores, drones e plataformas digitais de análise de dados. As novas tecnologias baseadas na inteligência artificial permitem utilizar as informações para fazer previsões, identificar padrões que antes não eram evidentes e otimizar o uso de recursos. Isso significa que no Agro 5.0 os dados são transformados em informações para tomada de decisão em tempo real, trazendo benefícios financeiros, ambientais e sociais.
O agronegócio é um caso de sucesso no Brasil, já que o País passou de importador a exportador de alimentos nos últimos 50 anos, ou seja, fez a transição de uma agricultura 1.0 para chegar a versão 5.0 através da inovação e incorporação de tecnologias, expandindo a produção principalmente por ganhos de produtividade em comparação com o aumento da área plantada.
Ao longo desse período, o ganho de produtividade foi impulsionado pelo melhoramento genético através de novas cultivares, mais tolerantes e adaptadas ao clima tropical, avanço no uso de fertilizantes, defensivos agrícolas e mecanização, permitindo a adoção da agricultura de precisão. A chegada dos sistemas baseados em IA no campo, será um próximo passo nessa evolução.
Nesse cenário, as máquinas agrícolas mais avançadas são equipadas com GPS de alta precisão, modem de conexão à internet, câmeras de alta resolução e sistemas digitais de machine learning, permitindo que colheitadeiras sejam capazes de analisar, por meio de visão computacional, a qualidade dos grãos e ajustar automaticamente a velocidade e rotação para garantir os parâmetros definidos pelo operador. Outra tecnologia de pulverização permite que um sistema de IA identifique ervas daninhas, aplicando o herbicida somente na planta invasora. Na pecuária drones são usados para monitorar confinamentos, onde as imagens geradas são analisadas por IA que disponibiliza relatórios para eventuais ajustes no manejo dos animais, entre diversos outros exemplos.
Apesar de todos esses avanços, a adoção de tecnologias baseadas em inteligência artificial no agronegócio e a adaptação da estratégia para lidar com a inovação que ela representa é menor que a média das demais indústrias brasileiras. Isso é o que demonstra a 27ª Global CEO Survey da PwC, indicando que a IA generativa foi adotada por 23% das empresas do agronegócio, comparado com 32% das demais; sobre a mudança de estratégia de tecnologia por causa da IA generativa, somente 11% dos respondentes do agronegócio comparado com 34% dos demais.
Considerando o potencial disruptivo das tecnologias de IA no agronegócio, existem muitas oportunidades a serem exploradas, apesar dos desafios de conectividade, infra-estrutura e riscos de segurança cibernética, e para capturar essas oportunidades é importante que as empresas se preparem para operar nesse ambiente de novas ferramentas digitais, o que implica no desenvolvimento de novas habilidades da força de trabalho que certamente terão impactos na competitividade, além da maneira como as empresas criam, entregam e capturam valor.
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