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04 de Julho de 2023

SIDERURGIA

Infomoney - SP   04/07/2023

A Usiminas (USIM5) comunicou nesta noite de segunda-feira (3) que a Ternium, conglomerado itálo-argentino, concluiu a aquisição de 68.667.964 ações de emissão siderúrgica e titularidade do Grupo NSC (Nippon Steel Corporation, Mitsubishi Corporation e Metal One Corporation), as quais representam 14,20% do total de ações e 9,74% do total de ações ordinárias de emissão da companhia, pelo preço de R$ 10,00 por ação, equivalente a R$ 687 milhões.

Com o fechamento da operação, o Grupo Ternium passa a deter uma participação de aproximadamente 61,3% das ações da companhia, enquanto o Grupo NSC e o fundo de pensão dos empregados da siderúrgica brasileira (PU) passam a deter cerca de 31,7% e 7,1% das ações, respectivamente.
Em relação ao total de ações ordinárias de emissão da Usiminas, o Grupo NSC passa a deter cerca de 22,8% e a Ternium passa a deter cerca de 49,5%.

Além disso, o Grupo Ternium, o Grupo NSC e a PU celebraram um novo acordo de acionistas da companhia, o qual reflete a nova estrutura de governança acordada entre seus membros.

O novo acordo de acionistas adita, consolida e substitui inteiramente o Acordo de Acionistas e, a partir da presente data, regerá as relações entre as partes de tal acordo na qualidade de acionistas e membros do grupo de controle da Usiminas.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   04/07/2023

O mercado financeiro aumentou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano pela oitava vez. Segundo projeção do Boletim Focus, divulgada hoje (3) pelo Banco Central, o país crescerá 2,19% em 2023. Há uma semana, a previsão era de crescimento de 2,18%. Para o próximo ano também houve aumento na estimativa do PIB para 1,28%, ante os 1,22% da semana passada.

Para a inflação, o boletim manteve a tendência de recuo pela sétima semana consecutiva. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 4,98%. Há uma semana, a projeção do mercado era de que a inflação este ano ficasse em 5,06%%. Há quatro semanas, a previsão era de 5,69%.

A previsão continua acima da meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.), para cima ou para baixo. Dessa forma, a meta será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Para 2024, a projeção é de que o IPCA fique em 3,92%.

Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, a taxa básica de juros, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

A próxima reunião do Copom está marcada para o início do mês de agosto. Para o mercado financeiro, a expectativa é que haja uma diminuição na taxa. A projeção aponta que a Selic termine o ano em 12%.

Divulgado semanalmente, o Boletim Focus reúne a projeção de mais de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Para 2024, o mercado diminuiu a projeção de inflação para 3,92%. Na semana passada a projeção era de 3,98%. Há quatro semanas, a previsão era de que o índice fechasse o próximo ano em 4,12%. Já para 2025, a projeção é de que o IPCA fique em 3,60%.

PIB

Em relação ao PIB, o Focus estimou uma queda para o ano de 2025, com um crescimento de 1,81%. Para 2026, o boletim também apontou uma tendência e recuo no crescimento, ficando em 1,90%.

Câmbio

O mercado manteve pela segunda semana a previsão do câmbio, com o dólar fechando o ano em R$ 5,00. Ha quatro semanas a previsão era de que a moeda norte-americana ficasse em R$ 5,10. Para 2024, a projeção é que o dólar fique em R$ 5,08, menor do que o projetado na semana anterior, quando a previsão era de R$ 5,16. Para 2025, a previsão é que o câmbio feche em R$ 5,17.

O Estado de S.Paulo - SP   04/07/2023

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse nesta segunda-feira, 3, que a pasta está revisando os cenários de crescimento e estima que o PIB avançará entre 2,5% e 3% em 2023. Ele representou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na reunião de instalação da Comissão Temática de Assuntos Econômicos do Conselhão.

”Nossa previsão inicial era de 2%, enquanto mercado esperava menos de 1%. Mas este cenário será revisado para cima. Estamos mais próximos da realidade de crescimento de 2,5% a 3% esse ano”, afirmou.

O Boletim Focus divulgado hoje voltou a mostrar aumento na projeção de crescimento econômico para este ano, mas, desta vez, marginal. A mediana para a alta do PIB em 2023 subiu de 2,18% para 2,19%, contra 1,68% há um mês.

Mello trabalha com a revisão das expectativas no Focus. Aos conselheiros, o secretário afirmou que o cenário econômico melhorou, com inflação em queda e juros longos reduzindo e taxa de câmbio próxima do equilíbrio, o que aponta para retomada dos investimentos.

O secretário disse que essa melhoria no cenário é importante para a harmonização da política macroeconômica. “Estamos fazendo um trabalho muito duro no fiscal”, disse, citando ações de reconstrução da base fiscal, o novo arcabouço e mudanças microeconômicas, como o marco das garantias.

Na avaliação de Mello, essas ações, em conjunto com a mudança no sistema de meta de inflação, de ano-calendário para contínua, informado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana passada, ajudarão a harmonizar as políticas fiscal e monetária, o que refletirá na taxa de juros.Ele ainda comentou sobre outras ações que virão, como o novo plano de investimentos público e privado, a ser lançado, e o plano de neoindustrialização.

IstoÉ Online - SP   04/07/2023

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) teve deflação de 0,10% no encerramento de junho, após alta de 0,08% em maio. Na terceira quadrissemana do mês, o índice havia registrado queda de 0,24%. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 12 meses, o indicador acumulou variação positiva de 2,23% no fechamento de junho, ante 2,08% na terceira quadrissemana e 3,01% em maio.

O resultado ficou próximo do teto das estimativas colhidas na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de -0,30% a -0,11%. A mediana das estimativas indicava recuo de 0,20% para o índice.

Entre as classes de despesas que compõem o indicador, três registraram acréscimo na passagem da terceira para a quarta quadrissemana do mês, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa passou de -0,33%, para 0,87% no período, puxado por passagem aérea (-2,45% para 4,77%).

Também houve acréscimo em Transportes (-1,65% para -1,14%) e Vestuário (0,35% para 0,50%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: gasolina (-2,85% para -0,29%) e roupas femininas (-0,07% para 0,50%).

Em contrapartida, a FGV registrou desaceleração dos grupos Habitação (0,38% para 0,23%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,36% para 0,19%), Alimentação (-0,32% para -0,36%) e Despesas Diversas (0,28% para 0,12%). Nestas classes de despesa, vale citar os itens: taxa de água e esgoto residencial (1,78% para 0,82%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,11% para -0,39%), laticínios (0,32% para -0,45%) e jogo lotérico (2,54% para 0,00%)

Influências

As principais pressões de alta sobre o IPC-S do fechamento de junho, além de passagem aérea, vieram de tarifa de eletricidade residencial (1,39% para 1,20%): plano e seguro de saúde (0,71% para 0,50%); batata-inglesa (1,80% para 9,48%) e taxa de esgoto e água residencial (1,78% para 0,82%).

Na outra ponta, as maiores influências de baixa para o indicador nesta leitura vieram de automóvel novo (-3,83% para -5,47%); etanol (-7,48% para -6,08%); gás de bujão (-2,94% para -2,71%); óleo de soja (-8,73% para -7,31%) e leite tipo longa vida (-0,39% para -2,00%).

Monitor Digital - RJ   04/07/2023

A balança comercial fechou junho com superávit de US$ 10,592 bilhões, resultado que é o melhor para meses de junho e representa alta de 19,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, pelo critério da média diária. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

informou nesta segunda-feira que a balança comercial encerrou o primeiro semestre com superávit acumulado de US$ 45,514 bilhões, resultado recorde para o período desde o início da série histórica, em 1989.

Segundo a Agência Brasil, em relação ao resultado mensal, o recorde ocorreu apesar de tanto as exportações como as importações terem caído em junho. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 30,094 bilhões para o exterior, queda de 8,1% em relação ao mesmo mês de 2022 pelo critério da média diária. As compras do exterior somaram US$ 19,502 bilhões, recuo de 18,2% pelo mesmo critério.

Do lado das exportações, a queda das commodities (bens primários com cotação internacional) foi a principal responsável pela retração. Após baterem recorde no primeiro semestre do ano passado, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuaram nos últimos meses, provocando a retração nas vendas externas. A safra recorde de soja contribuiu para segurar a queda nas exportações.
Espaço Publicitário

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu apenas 6,7%, enquanto os preços caíram 15,2% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada caiu 3,3%, mas os preços médios recuaram 17,7%.

Setores

Ao comparar o setor agropecuário, a safra recorde de grãos pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 30,4% em junho na comparação com o mesmo mês de 2022, enquanto o preço médio caiu 18,2%. Na indústria de transformação, a quantidade caiu 5,7%, com o preço médio recuando 7,1%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 12%, enquanto os preços médios caíram 28,3%.

Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram milho não moído (-13,5%), café não torrado (-26,2%) e algodão bruto (-28,3%). Exceto no caso do café, afetado pela safra menor, essa diminuição se deve principalmente aos preços. O destaque positivo foi a soja, cujas exportações subiram 10,1% de junho do ano passado a junho deste ano por causa da safra recorde, mesmo o preço médio tendo caído 20,7%.

Na indústria extrativa, as maiores quedas foram registradas em minério de ferro e concentrados (22,8%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (25%). Nos dois casos, a quantidade exportada subiu, mas os preços médios caíram com a acomodação das cotações internacionais após o primeiro aniversário da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Na indústria de transformação, as maiores quedas ocorreram nos combustíveis (47,9%), gorduras e óleos vegetais industrializados (49%) e ferro industrializado (36%).

Em relação as importações, os maiores recuos foram registrados no trigo e centeio, não moídos (58,8%), milho não moído (92,5%) e látex, borracha natural e gomas naturais (63,9%), na agropecuária; carvão não aglomerado (56,8%), petróleo bruto (46,8%) e gás natural (29,6%), na indústria extrativa; e combustíveis (21,7%), compostos organo-inorgânicos (26%) e adubos ou fertilizantes químicos (66,1%) na indústria de transformação.

Em relação aos fertilizantes, cujas compras do exterior ainda são impactadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, a queda deve-se principalmente à diminuição de 55,2% nos preços. A quantidade importada caiu 24,3% em maio na comparação com junho do ano passado.

Estimativa

Apesar da desvalorização das commodities, o governo revisou levemente para cima a projeção de superávit comercial. Para 2023, o governo prevê saldo positivo de US$ 84,7 bilhões, contra projeção anterior de US$ 84,1 bilhões.

Segundo o MDIC, as exportações diminuirão 1,4% em 2023 e encerrarão o ano em US$ 330 bilhões. As estimativas são atualizadas a cada três meses. As importações recuarão 10% e fecharão o ano em US$ 245,2 bilhões. As previsões estão muito mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 63,76 bilhões neste ano.

IstoÉ Online - SP   04/07/2023

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 3,0 pontos em junho ante maio, para 94,5 pontos, segunda alta consecutiva, informou nesta segunda-feira, 3, a Fundação Getulio Vargas (FGV).

“O resultado de junho das sondagens empresariais do FGV Ibre sugere que o pior momento para a confiança empresarial em 2023 ficou para trás no início do ano. O ritmo de atividade, ainda que morno, caminha no sentido da normalidade, com sustentação de contratações e alta do nível de utilização na indústria. A melhora das expectativas no mês foi influenciada pela definição do novo regime fiscal e pela perspectiva de distensão da política monetária nos próximos meses. Mas a excessiva preocupação das empresas no horizonte de seis meses revela a persistência de um moderado pessimismo com a possibilidade de uma retomada mais consistente do nível de atividade este ano. A continuidade da tendência de alta da confiança dependerá da evolução do ambiente macroeconômico nos próximos meses”, avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 4,0 pontos em junho ante maio, para 95,1 pontos. Houve influência da melhora no componente de Demanda Atual, para 96,8 pontos, com alta disseminada entre os segmentos pesquisados.

O Índice de Expectativas (IE-E) aumentou 2,8 pontos, para 96,2 pontos, melhor desempenho desde setembro de 2022. No entanto, a FGV ressalta que ainda há preocupação do setor produtivo nos quesitos com horizonte de seis meses: o componente que mede as expectativas com o ambiente de negócios nos seis meses seguintes ficou em 92,8 pontos, abaixo do nível dos itens que medem o otimismo três meses à frente, como o de demanda prevista, aos 94,2 pontos, e o de emprego previsto, 98,3 pontos.

Na passagem de maio para junho, a confiança dos serviços subiu 3,7 pontos, para 96,6 pontos; a do comércio avançou 6,9 pontos, para 94,2 pontos; e a da indústria teve elevação de 1,1 ponto, para 94,0 pontos. A construção encolheu 0,1 ponto, para 93,9 pontos.

Em junho, a confiança avançou em 71% dos 49 segmentos integrantes do ICE.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.857 empresas dos quatro setores entre os dias 1 e 27 de junho.

Infomoney - SP   04/07/2023

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil recuou de 47,1 em maio para 46,6 em junho, de acordo com dados ajustados divulgados nesta segunda-feira (3) pela S&P Global. O patamar de 50,0 marca o limite entre expansão e retração da atividade.

Segundo a S&P Global, o setor industrial brasileiro continua a mostrar condições operacionais difíceis, com a retração da demanda levando a contrações adicionais em novos pedidos e na produção.

Em resposta a essa pressões do mercado e à dinâmica competitiva, as empresas baixaram seus preços de venda à taxa mais acelerada desde junho de 2009. A redução, segundo a pesquisa, foi fundamentada por uma segunda queda consecutiva nos custos dos insumos, que também foi a mais acentuada em 14 anos. Em outras áreas, houve novos cortes na compra de insumos, outra rodada de demissões e uma melhoria nos prazos de entrega.

A produção diminuiu pelo oitavo mês consecutivo e a um ritmo sólido e mais acelerado do que em maio. Os bens intermediários lideraram uma contração generalizada ao nível do subsetor. O mês de junho também registrou uma queda sólida em novos pedidos recebidos por fabricantes brasileiros, com os participantes da pesquisa mencionando condições de mercado difíceis e retração da demanda.
A contração mais recente em vendas foi a nona em meses consecutivos. A demanda internacional por produtos brasileiros continuou a piorar em junho, o que os participantes da pesquisa atribuíram a circunstâncias adversas nas vendas em todo o mundo. Em particular, as empresas observaram uma demanda mais fraca da América Latina, com controles de importação mais rígidos no país, impactando negativamente novos pedidos para exportação.

Segundo Pollyanna De Lima, diretora da S&P Global Market Intelligence, os dados mais recentes do PMI evidenciaram os desafios impostos pela demanda fraca e pelas vendas mais baixas, que obrigaram os fabricantes brasileiros a recalibrar suas estratégias e operações.

“As empresas reduziram os volumes de produção novamente, diminuíram a compra de insumos e cortaram o quadro de funcionários. Essa abordagem cautelosa refletiu a necessidade de alinhar a oferta de produtos com a demanda, gerenciando custos e otimizando recursos”, afirmou em nota.

Ela ponderou, no entanto, que a confiança nos negócios se manteve positiva em junho, o que pode vir a se tornar uma força impulsionadora para fomentar a resiliência e restaurar o crescimento do setor.

“Dito isso, o otimismo foi baseado em grande parte em expectativas de que as taxas de juros caiam e a demanda se recupere. Apesar de não indicar uma possível mudança de rumo da política monetária, o Banco Central do Brasil poderia tomar a iniciativa de cortar juros, considerando os indicadores de preços mais recentes”, afirmou.

MINERAÇÃO

Exame - SP   04/07/2023

A Vale (VALE3) obteve decisão favorável do Conselho Estadual de Política Ambiental da Semad de Minas Gerais pela aprovação da Licença de Operação da barragem Torto no complexo de Brucutu. A notícia ajudou a impulsionar o papel da mineradora na primeira hora de pregão da B3. A ação avançava 1,88%, para R$ 65,43, às 10h40.

O complexo Brucutu fica nos municípios de Barão de Cocais e São Gonçalo do Rio Abaixo. A barragem Torto é uma estrutura construída em etapa única, sem alteamentos e possui Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) desde junho de 2022.

A estrutura receberá parte dos rejeitos provenientes da usina de Brucutu. O complexo conta com uma planta de filtragem, que processa a maior parte do rejeito gerado e permite o empilhamento em estado sólido, além da produção de areia como coproduto, reduzindo-se, portanto, a dependência de barragens, explica a Vale.

"O início gradual das operações da Barragem Torto permite a melhora substancial da qualidade média do portfólio de produtos da Vale e maior produção de aglomerados, como pelotas e briquetes de minério de ferro, através da substituição da produtos de alta sílica por produtos de alta qualidade, como o pellet feed."

A melhora do mix de produtos possibilita a captura de maiores prêmios sobre os preços dos produtos, diz a mineradora, contribuindo positivamente para os resultados. Conforme divulgado anteriormente, a Vale espera produzir 36 a 40 milhões de toneladas de aglomerados de minério de ferro em 2023 e 50 a 55 milhões de toneladas em 2026.

Infomoney - SP   04/07/2023

Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura caíram nesta segunda-feira, com os traders cautelosos com uma queda na demanda depois que Tangshan, maior centro siderúrgico da China, ordenou que as siderúrgicas locais reduzissem a produção como parte dos esforços para melhorar a qualidade do ar.

O governo municipal de Tangshan, no norte da China, pediu às 11 siderúrgicas de classe A que tomassem a iniciativa de cortar a produção, enquanto as siderúrgicas classificadas como classe B ou abaixo precisam suspender 50% de seus equipamentos de sinterização de 1º a 31 de julho, disseram analistas da consultoria Mysteel em nota.

Não houve declarações nos sites e contas do wechat dos governos relevantes de Tangshan. O departamento municipal de ecologia e meio ambiente não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.

As usinas de classe A reduziram a produção em 30%, enquanto o restante cortou sua produção de sinterização em 50%, disse a Mysteel, acrescentando que muitas usinas locais têm estoque abundante de minério sinterizado para sustentar a produção por cerca de 20 dias.

O minério de ferro mais negociado em setembro na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou as negociações diurnas com queda de 1,68%, a 819 iuanes (112,94 dólares) a tonelada, a cotação mais fraca desde 27 de junho.

O minério de ferro de referência para agosto na Bolsa de Cingapura caiu 1,12%, para 107,85 dólares a tonelada, o menor nível desde 26 de junho.

A especulação do mercado sobre a intervenção do governo no mercado de minério de ferro na última sexta-feira também pesou no sentimento. Nenhuma declaração oficial foi vista.

O enfraquecimento dos preços ocorreu apesar de um acidente em uma mina de minério de ferro no norte da China ter levantado preocupações de que Pequim poderia ordenar verificações de segurança mais amplas nas minas, interrompendo o fornecimento doméstico de minério de ferro.

Outros ingredientes siderúrgicos também caíram, com carvão metalúrgico e coque recuando 1,08% e 0,8%, respectivamente.

Diário do Aço - MG   04/07/2023

Um novo empreendimento da Vale S.A. prevê a retirada de 47 milhões de toneladas por ano de minério de ferro bruto, sendo uma cava principal e 18 cavas satélites, com a construção de um mineroduto de 115 quilômetros de extensão. A exploração deve durar cerca de 40 anos e o empreendimento será instalado no leste da Serra Serpentina, no complexo da Serra do Espinhaço, abrangendo 11 municípios, entre eles Antônio Dias.

A reportagem do Diário do Aço teve acesso ao Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do projeto Serra da Serpentina. O documento contém apresentação, diagnóstico ambiental do meio físico, do meio biótico, do meio socioeconômico, além dos impactos ambientais e ações ambientais a serem realizadas.

Os 11 municípios diretamente atravessados, conforme o relatório, são: Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Morro do Pilar, Carmésia, Santo Antônio do Rio Abaixo, São Sebastião do Rio Preto, Itambé do Mato Dentro, Passabém, Santa Maria de Itabira, Nova Era e Antônio Dias. Um dos mais atingidos, diretamente, será Conceição do Mato Dentro.

Alex Ferreira/Arquivo DA
Mineroduto da Vale será construído em meio a serras e vales de Antônio Dias até chegar à EFVM

A partir destas áreas, o projeto inclui um mineroduto com extensão aproximada de 115 quilômetros, seguindo até a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), no município de Nova Era, onde será instalado um novo pátio de estocagem de produtos e sistema de filtragem. O minério filtrado será empilhado para posterior embarque.

Devido a suas grandes proporções, a implantação do plano terá 17 canteiros de obras, com duração prevista para três anos e meio, geração de 2.300 empregos no pico das obras. No entanto, durante a operação, o número máximo de mão de obra deve ser de 1.462 pessoas, conforme dados do Rima.

Rejeitos

Conforme o Rima, a disposição dos materiais estéreis e de rejeito será feita por meio de camadas espessas, formando uma sucessão de plataformas de lançamento. Conforme o documento, a “estabilidade do aterro será garantida pelo controle da largura e do comprimento das plataformas”.
Durante todo o período de beneficiamento até a exaustão da cava, o projeto prevê a geração de aproximadamente 1,1 bilhão de metros cúbicos de estéril e 510 milhões de metros cúbicos de rejeito filtrado.

Impactos em Antônio Dias

Com base no estudo socioeconômico, o município de Antônio Dias, localizado no Colar Metropolitano do Vale do Aço, está na área de influência indireta do projeto e não deve sofrer interferências em sua sede urbana. A administração do município ainda não se pronunciou sobre o assunto, pois ainda está tomando conhecimento do plano.

A implantação do projeto inclui a retirada de diferentes tipos de vegetação para a implantação de suas estruturas. Gráficos apresentados no Rima apontam a alteração da paisagem de uma área de 5,3 mil hectares, o equivalente a mais de 5 mil campos de futebol.

Cinquenta e nove por cento desta área corresponde a formações florestais e outros 26% a áreas de reflorestamento. Durante a operação, essa alteração será principalmente na região das cavas, com a remoção do material de uma área aproximada de 1.900 hectares, podendo ocupar em extensão de cerca de 30 quilômetros ao longo da Serra da Serpentina. Reprodução / Rima Serra da Serpentina
Mapa retirado do relatório apresentado pela Vale mostra as áreas das cavas e a linha do mineroduto

Revisão

O empreendimento é de grande porte e precisará de três licenças: a licença prévia, a licença de instalação e a licença de operação. A mineradora ainda está na primeira etapa. Por meio de sua assessoria de comunicação, a Vale alega estar revisando o projeto, não podendo, portanto, responder a questões técnicas sobre o Serra da Serpentina.

Licenças ambientais ainda estão em andamento

O Diário do Aço questionou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) sobre as licenças e impactos ambientais que o projeto irá causar. Em nota, a Semad informou que a Serra da Serpentina foi oficializada junto à Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) Jequitinhonha em 13 de setembro passado.

Com isso, foi estabelecido um prazo para solicitação de audiência pública, que expirou em 12 de dezembro de 2022. Nesse período, quatro entidades sem fins lucrativos e a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro solicitaram a realização da audiência, mas até o momento não foi realizada pela Vale.

Ainda conforme a nota da Semad, o estudo foi formalizado junto ao órgão por meio de Estudo de Impacto Ambiental (EIA), estando sujeito ao prazo regulamentar de análise de 12 meses, conforme estabelecido pelo Decreto Nº 47.383/2018. “O processo aguarda, portanto, a realização da audiência pública e encontra-se em análise pelo órgão ambiental”.

Os impactos, no entanto, estão sendo avaliados no âmbito do processo de licenciamento e de acordo com os estudos apresentados. O parecer ainda não foi finalizado, uma vez que é necessária uma análise cuidadosa e minuciosa de todos os aspectos para a conclusão do documento.
A Semad ressalta, ainda, que conduz a análise dos processos de licenciamento, assim como as demais atividades a ela inerentes, com extrema responsabilidade e transparência, buscando a melhor técnica e sempre com observância às normas vigentes e aplicáveis”, fecha a nota.

Valor - SP   04/07/2023

Setor financeiro perde espaço, enquanto papéis de empresas ligadas ao consumo ganham força na seleção mensal

Após o Ibovespa acumular uma alta de 9% em junho, a Carteira Valor ganhou um caráter mais arrojado. Para o mês de julho, ações de dois grandes bancos deram espaço para papéis de companhias mais ligadas ao consumo. Ainda assim, a lista segue com forte presença do setor de commodities, além das chamadas “utilities” (as empresas provedoras de serviços, como saneamento e energia).

Em julho, a liderança da Carteira Valor voltou a ser da Vale, com cinco indicações. Em junho, o Banco do Brasil e a Prio (ex-Petro Rio) foram os líderes. Neste mês, no entanto, as ações do BB saíram da lista das mais indicadas, e as da Prio foram apontadas apenas por quatro corretoras.

Além de Vale e Prio, do setor de commodities segue na lista a Gerdau, com três indicações.

O setor financeiro tinha três representantes em junho: Banco do Brasil, Itaú e BTG Pactual. Agora, no entanto, só o último segue na lista, indicado quatro vezes.

Do segmento de utilities, a companhia de saneamento Sabesp segue na seleção com três indicações. E, desta vez, ela ganhou a companhia de Eletrobras, apontada também por três casas.

Outras duas novidades, além da Eletrobras, são a rede de atacarejo Assaí e a fabricante de acessórios de luxo Vivara, com quatro e três indicações, respectivamente. Além delas, outra ação ligada ao consumo que está na lista é a administradora de shoppings centers Multiplan, que teve três indicações e também esteve presente na seleção de junho. Por fim, a companhia de softwares Totvs também segue na lista, apontada por três casas.

A Carteira Valor é formada pelas dez ações mais recomendadas pelas corretoras participantes

A Carteira Valor é formada pelas dez ações mais recomendadas pelas corretoras participantes, selecionadas a partir da indicação mensal de cinco papéis por instituição. Em caso de empate, prevalecem as ações com maior volume financeiro médio em bolsa, no período de 90 últimos dias úteis encerrado no fim de cada mês. O rendimento é calculado mensalmente com base na variação média simples das ações. As indicações não consideram diferentes pesos para cada papel.

Atualmente, compõem a Carteira Valor: Ativa, Ágora, BB Investimentos, Banco Inter, CM Capital, Genial, Guide, Mirae, Modalmais, MyCap, Nova Futura, Órama, Pagbank, Planner, Safra, Santander, Terra, Warren e XP.

Recentemente, a Carteira Valor apresentou novas funcionalidades. Agora, os leitores podem comparar o desempenho das corretoras participantes em diferentes períodos, ver os gráficos de desempenho da Carteira e do Ibovespa em tempo real, filtrar e classificar as instituições financeiras por desempenho, dentre outras novidades.

Em junho, a Carteira Valor subiu 7,27%, enquanto o Ibovespa teve alta de 9%. No ano até junho, a Carteira Valor teve alta de 2,52% e o principal indicador de referência da bolsa brasileira subiu 7,61%. Em 12 meses até junho, a Carteira Valor acumula alta de 14,72% e o Ibovespa subiu 19,84%.

No caso da Vale, a ação mais citada, a Órama lembra que a companhia é a maior produtora mundial de minério de ferro, com vendas acima dos 300 milhões de toneladas anuais. Segundo o time de analistas da corretora, a alta qualidade do minério, aliada às economias de escala auferidas com o grande volume produzido, tornam a produção da Vale competitiva internacionalmente.

Embora os analistas reconheçam que o preço do minério tem declinado, eles afirmam que os valores ainda se mantêm acima da média histórica. “A expectativa é de manutenção neste patamar atual, o que assegura um preço ainda muito bom para a Vale, ampla geração de caixa e capacidade de pagamento de proventos.” Por fim, os analistas também destacaram o robusto pagamento de dividendos semestrais da companhia, o que é um grande atrativo para os investidores.

Dentre as novas ações, para os analistas da Ágora o Assaí apresenta uma “combinação de perfil defensivo e oportunidades de crescimento”. Os analistas destacam o forte histórico de crescimento e lucratividade da companhia, que têm sido consistentes e devem continuar.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   04/07/2023

Após alcançar em 2022 o recorde histórico de vendas de máquinas da Linha Amarela, o mercado brasileiro sentiu no 1º trimestre do ano os efeitos da sazonalidade, das mudanças climáticas e da transição do novo governo.

Com isso, a avaliação da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) é de que o 1º semestre apresente um volume menor de comercialização de equipamentos da Linha Amarela em relação ao mesmo período do ano anterior.

“Nos dois últimos anos, o setor não passou pelo ciclo sazonal no 1º trimestre, devido à conjuntura apresentada pela pandemia. Este ano, a dinâmica da operação voltou ao período pré-pandemia”, explica Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, que acrescenta ainda que o volume recorde de 2022 também impacta as vendas em 2023.

“Os agentes que compram as máquinas são os mesmos. Por isso, são necessários pelo menos seis meses para que possam planejar novos investimentos”, complementa.

Outro fator a ser avaliado pelo mercado é o preço das máquinas. Durante a pandemia, Daniel lembra que o preço da tonelada do aço subiu para cerca de US$ 1.100, quando anteriormente era comercializado por um valor entre US$ 400 e US$ 500.

Essa alta expressiva elevou consideravelmente o preço das máquinas. Atualmente, a tonelada de aço está entre US$ 600 e US$ 700, o que resultou em uma queda nos preços dos equipamentos.

“A diferença entre valores de fabricantes de maior e menor porte começou a ficar discrepante, além de que os equipamentos da China e da Índia também chegaram ao mercado com preços competitivos e diferentes configurações”, analisa Daniel.

Para o 2º semestre, todavia, a expectativa é de recuperação nas vendas. “A indústria está se movimentando para ter esse viés de alta e os bancos das fabricantes podem favorecer o mercado”, conta o executivo.

“A queda da taxa de juros pode contribuir para essa retomada, bem como outras linhas de equipamentos, como motoniveladoras, rolos compactadores e miniequipamentos, que devem ajudar a equilibrar a oferta e a demanda”, aponta.

No caso do mercado de rental, Daniel ressalta que o nível de ocupação da frota subiu no período, chegando a 70%-80%, aumentando assim a rotatividade.

“Os locadores aproveitaram as ofertas, a redução de juros e os preços mais competitivos para fazer os investimentos, ao mesmo tempo em que mantiveram seu equilíbrio financeiro”, afirma Daniel, que participará do webinar “Atualização das Tendências no Mercado da Construção”, no dia 27 de julho.

Durante o evento, o consultor Mario Miranda, coordenador do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, apresenta o panorama e as perspectivas do setor em 2023.

Transmitido pelo Canal da Sobratema no YouTube, o webinar traz ainda a participação de Andrea Bandeira, economista da Ex Ante Consultoria Econômica, Eduardo Lema, diretor da Mills Rental e vice-presidente da Sobratema, e Leonardo Pinheiro Magalhães, engenheiro da Magalhães Junior Engenharia.

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   04/07/2023

Os embarques e faturamentos do setor de locação de máquinas representam aproximadamente 30% do mercado de equipamentos de Linha Amarela (movimentação de terra), via dealers ou diretamente da fábrica, segundo informações da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), em parceria com a Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas (Analoc).

O Rental conta atualmente com 30.132 empresas, que geram em torno de 210 mil empregos diretos.

Toda a pujança desse mercado poderá ser vista na 1ª Analoc Rental Show, que será realizada de 12 a 14 de julho, no Centro de Eventos Positivo, em Curitiba (PR) e que conta com o apoio da 12ª edição da M&T Expo – part of bauma NETWORK, principal feira de máquinas e equipamentos para construção e mineração da América Latina.

A Analoc Rental Show promoverá um encontro entre os locadores de todo o Brasil, que poderão estar frente a frente com os fabricantes, fazer networking com empresas contratantes e se atualizar com os principais temas do seu mercado de atuação. Em paralelo à feira, acontecem o 9º Congresso Nacional de Valorização do Rental e o 4º Encontro Locadores BR, duas importantes conferências no calendário de atrações.

Rolf Pickert, diretor geral da Messe Muenchen do Brasil, o segmento do Rental é vital para sustentar o crescimento da infraestrutura, da construção civil e da mineração, ao oferecer uma frota de equipamentos novos, com tecnologia embarcada, permitindo que as atividades atinjam alta produtividade, eficiência e segurança.

“Para a M&T Expo, a locação também possibilita a geração de empregos e de renda, trazendo desenvolvimento socioeconômico às diversas regiões do país”, afirma Pickert, que participará da solenidade de abertura.

Durante a 1ª Analoc Rental Show, a M&T Expo promoverá um happy hour no dia 12 de julho, a partir das 18h, no Auditório Analoc Rental Show, com o intuito de gerar mais oportunidades de negócios entre o mercado de locação de equipamentos e os fabricantes.

Para confirmar sua participação no happy hour, clique neste link. Os visitantes também podem visitar o estande da M&T Expo durante os três dias de evento.

A 12ª M&T Expo – part of bauma NETWORK será realizada de 23 a 26 de abril de 2024, no São Paulo Expo, e para estimular a interação entre os compradores e empresas, a M&T Expo está promovendo diversos encontros no Brasil, com o apoio de entidades parceiras, por meio do Projeto 365, que já percorreu capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Salvador. No segundo semestre deste ano, também está prevista uma extensão destes Road Shows pela América do Sul.

AUTOMOTIVO

G1 - RJ   04/07/2023

Começa nesta segunda-feira (3) a suspensão temporária do contrato de mais de mil funcionários da General Motors (GM) na fábrica de São José dos Campos, no interior de São Paulo.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, o layoff foi motivado por uma queda na venda de veículos e atinge cerca de 1,2 mil trabalhadores. O prazo de duração pode chegar a 10 meses e vai depender de avaliação da empresa.

A proposta foi aprovada pelos funcionários da fábrica na última terça-feira (27) após uma assembleia feita nos dois turnos. A medida foi aceita pois GM garantiu ao sindicato haverá estabilidade dos cargos durante a suspensão dos contratos.

A medida atinge operários de todos os setores da empresa, que suspenderá o segundo turno durante o período.

A produção na fábrica já está parada desde o dia 12 de junho. Na ocasião, a GM foi procurada pelo g1 e enviou uma nota informando que negociava com o sindicato medidas para ajustar a produção à atual demanda do mercado, de forma a garantir a sustentabilidade do negócio.

Segundo a montadora, a empresa propôs a realização de um layoff de cinco meses na fábrica de São José dos Campos, com início programado para o dia 3 de julho, podendo ser prorrogado por mais cinco meses.

Após a aprovação da proposta pelos trabalhadores na assembleia, o g1 procurou novamente a GM, que informou que "o layoff parcial na fábrica de São José dos Campos, acordado com o sindicato dos metalúrgicos local, foi aprovado pelos empregados e terá início nesta segunda-feira (3)".

O g1 acionou novamente a empresa e aguarda retorno.

A GM em São José dos Campos tem cerca de 4 mil trabalhadores e produz os veículos Picape S10 e Trailblazer.

Como vai funcionar o layoff

O acordo prevê que os trabalhadores em layoff recebam 100% do salário líquido. Uma parte será paga com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), e o restante será depositado pela GM.

Por conta do não recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), em virtude da suspensão dos contratos, ficou acertado que a GM pagará 8% a mais de salário como forma de compensação. Outro ponto é que os trabalhadores em layoff não terão desconto de Imposto de Renda.

A suspensão dos contratos não irá alterar o período de férias dos operários. Além disso, a GM firmou o compromisso de pagar o 13º salário completo para todos, bem como PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e reajuste salarial na data-base da categoria (1º de setembro). Os operários terão ainda o vale-alimentação e o plano de saúde mantidos.

Na vigência de um layoff, a legislação brasileira prevê que os operários façam cursos de requalificação. No caso dos metalúrgicos da GM, o curso será on-line. Por isso, o acordo prevê uma ajuda de custo a ser paga pela GM para gastos mensais com internet.

Exame - SP   04/07/2023

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, repetiu nesta segunda-feira, 3, que o programa de concessão de créditos tributários para a indústria automobilística reduzir os preços dos veículos novos é temporário, até que os juros comecem a cair. Na semana passada, o governo ampliou em R$ 500 milhões para R$ 800 milhões a parcela do programa voltada para os carros.

"A adesão ao programa automotivo foi enorme, o dinheiro acabou em quatro semanas praticamente. Foi complementado e continua o desconto. Isso vai passar. Os juros devem cair, os juros de mercado já estão caindo. Na hora que os juros caem, a maioria da população volta a comprar a prazo e reativa (a indústria)", afirmou em entrevista à BandNews.

Segundo Alckmin, as férias coletivas concedidas por algumas montadoras devem durar pouco, com a retomada da produção. "Temos uma indústria automobilística com capacidade de produzir 4,5 milhões de veículos por ano, e hoje 50% da capacidade dela está ociosa. Chegamos a vender 3,8 milhões de veículos por ano e no ano passado se vendeu 2,1 milhões", reafirmou o vice-presidente.

O vice-presidente voltou a criticar o elevando nível da taxa básica de juros, mas enfatizou, que ninguém no governo está questionando autonomia ou independência do Banco Central.

"Hoje a inflação é menor que 4,0%, está em queda, e a Selic está em 13,75%. Não tem problema quando precisa aumentar a Selic para segurar a inflação. O problema é o tempo que ela está nesse nível. Em agosto, vai fazer um ano que ela está em 13,75%. É evidente que isso é uma trava à economia, inibindo investimentos. O juro futuro, que não depende do BC, já está em queda", afirmou em entrevista à BandNews. "Estamos confiantes de que a taxa Selic vai cair", completou.

Valor - SP   04/07/2023

Presidente da Volks conta agora com a queda dos juros e reune-se com chefe global para discutir novo investimento no país

Schaefer: “Etanol não é combustível possível na maior parte do resto do mundo” — Foto: Gabriel Reis/Valor

O presidente da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, disse ontem que os R$ 300 milhões extras, em incentivos fiscais, que o governo liberou a partir desta semana para a compra de carros novos “vai ajudar”. No entanto, ele desconfia que os recursos estão prestes a se esgotar se é que já não terminaram.

Segundo o executivo, foi forte o movimento nas concessionárias no fim de semana, o que deixou uma certa “fila de espera” por novos incentivos para descontos. Os R$ 500 milhões liberados na primeira fase do programa, anunciada dia 6 de junho, se esgotaram em menos de um mês.

Os R$ 300 milhões adicionais são suficientes, segundo o executivo, para abranger em torno de 60 mil carros. “Só para nós (da Volks) já são 20 mil”, destacou.

As montadoras, disse Possobom, têm em seus pátios carros produzidos nos últimos dias que não haviam sido faturados à espera dos recursos extras, que podem ser usados para reduzir os preços de veículos com preços até R$ 120 mil. A Volks tem quatro modelos inscritos no programa.

Chegada dos chineses ajudará a desenvolver a rede de suprimentos”

— Ciro Possobom

Segundo o executivo, vai sobrar muito pouco para as vendas corporativas, sobretudo locadoras, que ficaram fora da primeira fase do programa. Por isso, o executivo já espera que muitos vão “chorar um desconto maior” para o fabricante a partir de uma realidade nova, sem incentivos, já que segundo ele mesmo ouviu do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o dinheiro público para esse programa para por aí.

Em junho, primeiro mês do programa governamental, foram licenciados 179,6 mil carros e comerciais leves, um aumento de 8,57% na comparação com junho de 2022 e incremento de 7,98% em relação a maio. Os dados, referentes aos licenciamentos informados pelo Denatran, foram apurados pela Bright Consulting, especializada no acompanhamento desse mercado.

No semestre, foram vendidas 934,5 mil unidades. Isso representa um aumento de 9,7% na comparação com os primeiros seis meses de 2022, mas uma queda de 7% em relação ao mesmo período de 2021.

Em julho, as vendas continuarão em bom ritmo, segundo Possobom, porque o estoque da rede de concessionários ainda terá carros faturados com os descontos, que variam entre R$ 1,6% e 11,6%, o equivalente a abatimentos entre R$ 8 mil a R$ 10 mil. As montadoras também fizeram promoções por conta própria, para veículos fora do programa.

Há poucos dias, a Volks anunciou paralisações em suas fábricas como forma de ajustar a produção à demanda. Segundo Possobom, em alguns casos, paradas técnicas, previstas para agosto, foram antecipadas pela necessidade de reduzir o ritmo. “Se houver novas paradas serão pontuais, para ajustar estoques”, destacou.

O executivo espera que o fim do programa de incentivos coincida com o início de um período de queda nas taxas de juros, o que ajudaria a compensar a elevação nos preços. É o mesmo raciocínio que o governo fez quando lançou o programa.

Possobom, Alexander Seitz, chairman da Volks na América do Sul, e Marcellus Puig, presidente da Volks Argentina, passaram o dia, ontem, reunidos com o presidente global da marca Volkswagen, Thomas Schaefer, em São Paulo. Um dos temas discutidos foi o próximo ciclo de investimentos para a região. O último programa destinado ao Brasil envolveu R$ 7 bilhões para o período entre 2022 e 2026. O próximo, segundo Possobom, será até 2030. Mas ainda não está definido.

Após a entrevista, executivos e convidados, inclusive de outros países, seguiram para uma grande festa, que a Volks preparou no ginásio do Ibirapuera, para celebrar os 70 anos da chegada da montadora ao Brasil.

Embora, a despeito das oscilações econômicas, Brasil e América do Sul representem região com grande potencial, segundo disse Schaefer numa entrevista antes da festa, esse talvez seja um dos períodos mais difíceis para decidir investimentos no país que a companhia conhece há sete décadas.

Globalmente, o grupo Volkswagen tem investido fortemente na eletrificação dos carros. Mas o Brasil ainda não se insere nesse contexto. Schaefer elogiou o etanol brasileiro e o papel do biocombustível na descarbonização do transporte. Reiterou que no Brasil a montadora alemã vai optar pelo desenvolvimento de carros híbridos que possam usar etanol, apesar de não fornecer detalhes do cronograma nessa direção.

“O etanol não é um combustível possível na maior parte do resto do mundo”, disse o executivo alemão. Além disso, para ele, “o mercado local é pequeno para sustentar individualmente a produção de carros elétricos, sem contar a ausência de infraestrutura de carregamento de baterias”. “O híbrido a etanol é a tecnologia que serve perfeitamente nesse mercado”, destacou Schaefer.

O momento de transformação desafia as montadoras mais antigas no país, como a Volks, à medida que novos concorrentes surgem. Principalmente asiáticos.

Um dia depois de a montadora alemã fazer festa para celebrar seus 70 anos no Brasil, a chinesa BYD anuncia nesta terça-feira (4), pela manhã, na Bahia, investimento numa nova fábrica de carros.

Em entrevista ao Valor na semana passada, Stella Li, vice-presidente global do grupo chinês, disse que além dos modelos elétricos, uma especialidade da empresa, a BYD pretende também produzir no Brasil veículos híbridos movidos a etanol. Esta semana, a marca lançou o carro 100% elétrico mais barato do mercado brasileiro: o Dolphin, a partir de R$ 149,8 mil.

Possobom não despreza a concorrência dos chineses. “Eles vêm fortes”, disse. Ao mesmo tempo, o executivo aponta o lado positivo dessa competição: “Agora eles chegam para produzir e isso é bom para desenvolver a rede de suprimentos (para carros eletrificados)”.

O Estado de S.Paulo - SP   04/07/2023

No embalo dos descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil patrocinados pelo governo, as vendas de veículos novos terminaram o mês passado com crescimento de 6,4% frente a igual período de 2022. No total, 189,5 mil unidades foram vendidas em junho, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

Na comparação com maio, as vendas subiram 7,4%, com o ritmo diário batendo a marca de 9 mil veículos pela primeira vez neste ano. O anúncio dos descontos nos preços de automóveis que custam até R$ 120 mil provocou corrida de consumidores às concessionárias, dada a tendência de esgotamento rápido dos bônus autorizados pelo governo.

Porém, a espera das locadoras pela liberação dos descontos nas compras de empresas, que só ocorreu no último dia do mês, limitou o resultado mensal, uma vez que o setor vem respondendo por três em cada dez carros vendidos no País.

As montadoras, que já tinham reforçado os estoques para atender o aguardado aquecimento das vendas, seguiram anunciando paradas de produção após o aviso de que os descontos durariam pouco tempo.

Com o resultado de junho, o primeiro semestre terminou com 998,6 mil veículos emplacados, volume 8,8% superior ao dos seis primeiros meses do ano passado, um período de vendas comprometidas pela falta de carros no mercado em razão da crise no fornecimento de componentes eletrônicos.

Obtidos pelo Estadão/Broadcast com pessoas da indústria, os números estão sujeitos a pequenos ajustes nos balanços oficiais a serem apresentados nesta terça-feira pela Fenabrave, a entidade que representa as concessionárias, e na sexta-feira pela Anfavea, a associação das montadoras.

FERROVIÁRIO

Agência Brasil - DF   04/07/2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (3), que o Brasil precisa de mais investimentos no modal ferroviário e que a indústria siderúrgica nacional pode ser mais competitiva. Para isso, segundo ele, o governo precisa oferecer estabilidade política, econômica e social aos empresários.

“Esse país precisa definitivamente cumprir com esses compromissos: estabilidade, credibilidade e previsibilidade. Nós temos que colocar no papel e cumprir aquilo que nós colocamos no papel para que ninguém seja pego de surpresa”, disse Lula, durante cerimônia de início das obras no Lote 1F da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), em Ilhéus, litoral da Bahia.

“Eu queria dizer aos empresários que estão nesta empreitada para construir a ferrovia que não é interesse de um empresário ou de outro empresário, é interesse da soberania nacional fazer essa ferrovia e outras ferrovias no país para que a gente possa ter esse país competitivo com qualquer outro país do mundo”, acrescentou.

Ainda para o presidente, o desenvolvimento do país e a melhoria da qualidade de vida da sociedade passam pela formação e qualificação profissional da população. Lula lembrou que, apesar do projeto de malha ferroviária do Brasil ser antigo, o país deixou de formar engenheiros ferroviários e de investir na indústria desse modal.

“Esse país não produz mais trilhos, aliás, esse país não produzia mais dormente. Eu lembro que nós criamos a maior fábrica de dormente do mundo quando começamos a fazer a Transnordestina. E ela hoje parou. A CSN [Companhia Siderúrgica Nacional] há 40 anos atrás produzia trilhos, hoje não produz mais”, disse Lula.

“Então, é uma vergonha um país do tamanho do Brasil, que quer ter uma malha ferroviária para facilitar o transporte da sua riqueza, ter que importar trilho de outro país, com a quantidade de minério de ferro que nós temos e a quantidade de siderúrgicas que nós temos. Isso é um desafio para nós, o Brasil está importando trilhos quando poderia produzir aqui, para gerar mais emprego no país e oportunidade de crescimento da cidadania do nosso povo”, argumentou o presidente.
Integração ferroviária

A Fiol é composta por três trechos, sendo que o primeiro - Fiol 1 - liga as cidades baianas de Ilhéus e Caetité, com 537 quilômetros de extensão, e passa por 19 municípios. A previsão de início da operação desse trecho é a partir de 2027, mas Lula pediu que seja feita “horas extra” para que a obra seja entregue antes do fim de seu mandato, em 2026.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o projeto da Fiol será incluído no novo programa de infraestrutura do governo, que deve ser lançado ainda neste mês.

De acordo com o governo, a integração ferroviária consolidará um corredor de escoamento para o mercado externo de minério de ferro da região sul do estado e de grãos da região oeste. Quando estiver em plena operação, a estimativa que é o uso do modal promova redução de 86% na emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.

As obras do Lote 1F da Fiol estão sob responsabilidade da Bahia Mineração (Bamin), que arrematou a concessão do trecho em leilão realizado em abril de 2021.

Com 127 quilômetros de extensão, o Lote 1F é um dos cinco lotes de construção da Fiol 1 e passa por Ilhéus, Uruçuca, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Aurelino Leal e Aiquara. Dos quatro lotes restantes, dois já estão concluídos.

As obras do trecho receberão R$ 1,5 bilhão em investimentos da Bahia Ferrovias (Bafer), subconcessão da Bamin, e serão executadas pelo Consórcio TCR-10, formado pela empresa brasileira Tiisa e pela chinesa CREC-10.

No total, a Fiol terá 1.527 quilômetros de extensão. A ferrovia ligará o futuro porto de Ilhéus ao município de Figueirópolis, no Tocantins, ponto em que se conectará com a Norte-Sul.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres trabalha para a concessão dos outros dois trechos: a Fiol 2, entre Caetité e Barreiras, na Bahia, com obras em andamento, e a Fiol 3, de Barreiras a Figueirópolis, que ainda aguarda licença de instalação.

O Estado de S.Paulo - SP   04/07/2023

O caso da Ferrogrão é riquíssimo para os profissionais voltados a projetos de infraestrutura. Escrevi algumas vezes sobre esse projeto e, mais recentemente, pude ilustrar o que chamei de "tentação do 'atalho' na modelagem de projetos de infraestrutura"[1]. Frequentemente, na ânsia de viabilizar no curto prazo um dado projeto de infraestrutura, o Governo acaba tomando decisões que, ao fim e ao cabo, apenas alongam o procedimento e geram desgaste.

É o que ocorreu no caso da Ferrogrão, quando o Governo optou por alterar o Parque Nacional do Jamanxim por meio de medida provisória, ao invés de passar pelo rito tradicional de aprovação de um projeto de lei no âmbito do Congresso Nacional. No final de 2016, apostou-se em uma tese sabidamente arriscada e, posteriormente, insistiu-se na tese mesmo após a propositura em 2020 da ADI 6553 - que apontava precedente contrário à possibilidade de alteração de parque nacional por meio de medida provisória - e o deferimento da liminar que suspendeu a realização de estudos sobre o projeto em março de 2021. Anos perdidos por conta de uma estratégia equivocada.

Felizmente, o Governo Federal se deu conta que era preciso desistir do "atalho" da medida provisória, como se viu na recente manifestação da Advocacia Geral da União ("AGU") encaminhada ao Supremo Tribunal Federal ("STF"), nos autos da ADI 6553. Ao reconhecer a inconstitucionalidade da lei que reduziu a área do Parque Nacional do Jamanxim, a AGU surpreendeu positivamente, pela ousadia e humildade de rever a estratégia, conquanto alguns supostos defensores da Ferrogrão tenham se mostrado desapontados. Ora, a AGU mais fez a favor do projeto da Ferrogrão ao reconhecer a inconstitucionalidade da lei - que, aliás, permitiu destravar os estudos a respeito - que as incontáveis manifestações de pressão política e midiática que tentavam curvar o STF a um entendimento contrário a precedentes dessa Corte, em afronta à segurança jurídica e que implicava um claro retrocesso socioambiental.

Feito o devido reconhecimento da acertada mudança de postura do Governo e da AGU, é preciso alertar para o risco, a julgar pelas declarações de algumas pessoas envolvidas na discussão, de uma interpretação enviesada em vista da última decisão do Ministro Alexandre de Moraes. Conquanto o último despacho do Ministro Relator tenha revisto a liminar anteriormente concedida e admitido a retomada dos estudos e dos processos administrativos que tratavam da Ferrogrão, deixou expressa a manutenção da "suspensão da eficácia da Lei 13.452/2017", i.e., a lei que alterava o Parque Nacional do Jamanxim, e, mais que isso, condicionou "qualquer execução [da Ferrogrão] à autorização judicial desta CORTE [o STF], para nova análise de todas as condicionantes legais, em especial as sócio-ambientais (sic.) ".

Não há dúvidas, portanto, de que a declaração definitiva de inconstitucionalidade da lei é iminente, bem como que o Governo continua sem autorização para a "execução" da Ferrogrão. Ainda que esse termo "execução" seja genérico, pode-se, concluir, pela leitura do inteiro teor do despacho, que o Governo por ora consegue apenas avançar com os estudos e processos administrativos, mas, em princípio, não tem permissão para licitar o projeto e, seguramente, não pode firmar sua contratação e iniciar sua implantação sem uma autorização prévia do STF.

O receio, nesse ponto, é que as autoridades governamentais envolvidas retomem os estudos e os projetos envolvendo a Ferrogrão, ignorando a iminente declaração de inconstitucionalidade, pleiteada pelo autor da ADI, antecipada pelo Ministro Relator - lastreada em precedente do STF - e já reconhecida pela AGU. Se isso vier a ocorrer, será mais um evento errático na trágica trajetória do projeto da Ferrogrão.

Nem se cogite que, ao encaminhar o conflito ao Centro de Soluções Alternativas de Litígios da Suprema Corte ("CESAL/STF"), o Ministro Alexandre de Moraes teria vislumbrado algum tipo de acordo para encerrar a ADI sem julgamento definitivo que confirme a inconstitucionalidade da referida lei. Não se trata de matéria sujeita a acordo. Uma lei é inconstitucional ou não é. Jamais seria objeto passível de transação. Assim, ninguém deveria esperar que o CESAL/STF, como que tirando coelho da cartola, sacasse uma solução jurídica para contornar a inconstitucionalidade da lei. Trata-se, aparentemente, de uma deferência do Ministro Relator aos defensores da implementação desse projeto, talvez para mitigar a crítica de que o STF seria responsável por a Ferrogrão não ter sido ainda implementada, diga-se de passagem, uma ilação absolutamente injusta, porque o STF não pode ser responsabilizado pela estratégica jurídica absolutamente equivocada adotada pelo Governo para esse projeto na sua partida.

Espera-se, assim, uma abordagem pragmática por parte das autoridades governamentais. Se realmente se pretende avaliar seriamente a Ferrogrão, é tempo de fazer as oitivas dos povos indígenas, com a profundidade e a deferência necessárias, observando-se rigorosamente os procedimentos e prazos dos protocolos estabelecidos e/ou negociados com esses povos. Ainda, será preciso atualizar e complementar o EIA/RIMA, dado que, em vista da pandemia, pelo que se tem notícia, não houve a devida coleta de dados primários. Por derradeiro, havendo a superação das referidas questões socioambientais, será preciso aprovar uma lei em sentido formal no Congresso Nacional, alterando a área do Parque Nacional do Jamanxim, pois, pelo que se pode depreender dos estudos atuais, não existe alternativa de traçado que não passe pelo referido Parque Nacional.

NAVAL

A Tribuna - SP   04/07/2023

A movimentação de bobinas, barras e chapas de aço aumentou 9% no Porto de São Francisco do Sul (SC) nos primeiros cinco meses do ano. Ao todo, entre janeiro e maio, foram descarregadas 1,4 milhão de toneladas de produtos contra 1,3 milhão de toneladas operadas no mesmo período de 2022. O polo siderúrgico do norte de Santa Catarina é o principal destino das cargas de aço que chegam ao complexo portuário.

As grandes empresas de beneficiamento, como Arcelor Mittal Vega, recebem o aço e o transformam em peças que são usadas na indústria automotiva, na construção civil e na produção de geladeiras e fogões. E as fábricas catarinenses são as maiores clientes: das 885 mil toneladas recebidas este ano pela Arcelor, através do Porto de São Francisco do Sul, 350 mil toneladas (40%) foram destinadas a empresas do Estado.

O restante do aço beneficiado pela multinacional foi negociado, principalmente, nos estados vizinhos, Rio Grande do Sul e Paraná, e na região Sudeste do país. O porto recebe aço do Espírito Santo e também do exterior, principalmente, da China.

“Esses números comprovam que a nossa indústria está crescendo. Entra mais material porque temos mais demanda. E o nosso trabalho é criar um ambiente ainda mais favorável para que as empresas cresçam cada vez mais. Anunciamos nessa semana R$ 220 milhões em obras para ampliar o fornecimento de energia elétrica no setor produtivo. Criamos a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias justamente para olhar com a atenção merecida o nosso setor logístico”, ressaltou o governador Jorginho Mello.

Segundo o presidente do Porto, Cleverton Vieira, os municípios localizados num raio de 100 quilômetros de distância do Porto de São Francisco concentram 50% do PIB industrial dos estados de Santa Catarina e do Paraná. O fato torna o Porto uma das principais portas de entrada de matéria-prima para abastecer a indústria metalmecânica do Norte catarinense.

“Assegurar as melhores condições para a recepção e o transporte dos insumos até as indústrias é um compromisso do governador Jorginho, sendo uma das principais metas do Porto”, garante Vieira, acrescentando que a eficiência da cadeia logística é um elemento essencial para que a produção industrial catarinense continue sendo referência no segmento.

A Tribuna - SP   04/07/2023

O secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Fabrizio Pierdomenico, assumiu a Presidência do Conselho de Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Consad) na última sexta-feira (30). Ele assume a vaga de representante da União que já foi ocupada pelos ex-secretários de Portos Mario Povia e Diogo Piloni.

“O porto de Paranaguá é um dos mais importantes portos do País, com um papel fundamental na economia brasileira. A gestão será focada na melhoria, na qualidade e no crescimento dos portos públicos paranaenses”, afirmou o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários.

Pierdomenico é economista especialista em Finanças, ocupou os cargos de secretário de planejamento e desenvolvimento portuário da Secretaria de Portos (2008 - 2011); foi diretor comercial e de desenvolvimento da Companhia Docas do Estado de São Paulo (2003-2007); e presidente do Conselho de Autoridade Portuária do Porto de Fortaleza (2008 - 2013).

Para o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a presença do secretário é importante para as discussões do Consad. “A experiência e a visão da secretaria são importantes para as decisões e debates que acontecem no conselho. Afinal, este é um órgão de deliberação colegiada, responsável pela orientação geral dos negócios da empresa pública”.

Novo conselheiro
Além de Pierdomenico, passa a integrar o conselho o advogado Adão da Silva Junior, que tem experiência na área civil e já atuou em conselhos de outras entidades. O mandato é de dois anos.

Porto Gente - SP   04/07/2023

Espera-se que o governo do Estado de São Paulo e demais autoridades atendam com presteza e eficiência o requerimento da autoridade portuária de Santos, especificando o envio da documentação relativa aos estudos dos projetos básico e executivo do túnel imerso Santos-Guarujá, realizados, em 2012, pelo Departamento de Estradas de Rodagens – DERSA e incluem as devidas licenças ambientais necessárias. Tendo em vista que o cronograma da obra prevê o início dos trabalhos em 2024.

Conforme destaca o presidente do Porto de Santos, Anderson Pomini, o Secretário de Estado de São Paulo, Rafael Benin, declarou, no dia 13 último, que a documentação estaria disponível e bastariam os procedimentos realizados, semana passada. Portanto, de acordo com essas declarações oficiais, dentro de 15 dias esses documentos poderão estar de posse da autoridade portuária. Trata-se de um assunto que é pautado, sem consequência, há quase cem anos. Agora, tem o compromisso pessoal do secretário de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB) de construir esse túnel imerso.

A causa dessa longa expectativa, por tanto tempo e até agora não concretizada, jamais foi a falta de justificativa dessa ligação, nem a incapacidade técnica de construir a obra necessária. Por anos, a proposta era a ponte.de concreto armado. Tampouco será o primeiro túnel brasileiro imerso. Em 1997, o escritório Figueiredo Ferraz fez um estudo robusto e meticuloso, à altura da sua grife, sobre este tipo de túnel ligando as margens desse porto. Por questões políticas que não foram esclarecidas, a sua construção foi frustrada.

O projeto e implantação do Porto de Santos que se conhece teve gestão sediada na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro. Se concretizado, este túnel imerso será marco de realização regional destacada. Ainda que a firma construtora possa ser estrangeira, a sua conquista será local e política, neste caso, de gestão e resultado, como aconteceu com os Guinle. Há muito a ser construído para a nova conjuntura deste complexo portuário. Para otimizar os seus espaços e seus tempo logísticos. O momento está posto e o túnel imerso é o primeiro passo dessa missão.

A ligação bioceânica Santos ao Chile, em 2024, é ameaça e oportunidade ao Porto de Santos. De inovação, com novos arranjos e tecnologias, pelas tão faladas e esperadas hidrovias, quanto é o túnel imerso Santos-Guarujá. Conectando os municípios entorno do porto, num processo produtivo, com pauta ESG (sigla em inglês de ambiental, social e governança) e de intensa produtividade, com destaque na produção e utilização de energia verde.

Os quatros anos, tempo que geralmente permanece a gestão de uma diretoria do Porto de Santos, devem se constituir numa missão de bater metas, como período de um planejamento estratégico comprometido como os próximos 25 anos. Entretanto, como é o caso do túnel e do aeroporto, esse horizonte temporal extrapola o razoável, por insuficiência de poder e baixa qualidade política no âmbito regional. Desse modo, permanecem obstruídas por décadas as hidrovias da região e contida a competividade do Porto de Santos.

PETROLÍFERO

Valor - SP   04/07/2023

O reino planeja manter a redução de 1 milhão de barris por dia até agosto e poderá estendê-la ainda mais

A Arábia Saudita vai prolongar em um mês seu corte unilateral da produção de petróleo, limitando a oferta em meio a temores persistentes sobre a economia global. A Rússia, aliada na Opep+, também anunciou novas restrições às exportações.

O reino planeja manter a redução de 1 milhão de barris por dia — lançada este mês, além dos cortes existentes acordados com a Opep+ — até agosto e poderá estendê-la ainda mais, de acordo com comunicado publicado pela estatal Saudi Press Agency. O país vai bombear cerca de 9 milhões de barris diários, o menor volume dos últimos anos. Por enquanto, a medida sacrifica os volumes de vendas em troca de uma recompensa mínima em termos de preços mais altos.

A iniciativa saudita será auxiliada pela Rússia, que reduzirá as exportações de petróleo em 500 mil barris por dia em agosto, disse o vice-primeiro-ministro Alexander Novak em comentários publicados por sua assessoria de imprensa. Posteriormente, Novak acrescentou que o país também pretende cortar a produção na mesma quantidade.

Neste ano, o governo de Moscou tem adiado os cortes acordados com a Opep+, enquanto enfrenta pressão para manter o fluxo de fundos para sua guerra contra a Ucrânia.

A aliança de 23 nações da Opep+ visa alcançar o equilíbrio nos mercados globais de petróleo e evitar o acúmulo de estoques, disse o ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Al Mazrouei, à agência de notícias estatal WAM. Os Emirados são os principais membros da coalizão.

Sem opções

“Diante da pouca confiança dos investidores e de um intervalo de negociação muito estreito, a Arábia Saudita praticamente não teve outra opção a não ser estender o corte de produção”, disse Viktor Katona, analista-chefe de petróleo da empresa de inteligência de mercado Kpler.

A demanda fraca na China tem mantido o petróleo perto de US$ 76 o barril, abaixo do nível que o Fundo Monetário Internacional acredita ser necessário para que a Arábia Saudita cubra o orçamento. Neste cenário, a extensão dos cortes do reino não surpreendeu: quase todos os traders e analistas consultados pela Bloomberg previam essa decisão.

A expectativa da maioria era de que os preços do petróleo subiriam este ano, mas as cotações caíram cerca de 11% devido a temores sobre a força da economia diante das crescentes taxas de juros. Analistas de Wall Street, incluindo as equipes do Goldman Sachs e do Morgan Stanley, descartaram projeções que colocavam o petróleo novamente em US$ 100 o barril.

O que for necessário

Em teoria, os cortes prolongados de oferta não seriam necessários, já que os mercados globais de petróleo tendem a encolher no segundo semestre. O departamento de pesquisa da Opep, com sede em Viena, projeta que os estoques mundiais de petróleo já estão a caminho de se esgotar, em um ritmo acelerado de cerca de 2 milhões de barris por dia.

No entanto, as medidas reveladas pelos governos de Riad e Moscou nesta segunda-feira sugerem que os países estão cautelosos em relação à narrativa de um mercado cada vez mais apertado. Quando anunciou pela primeira vez os cortes extras da produção no mês passado, o ministro de Energia saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, disse a repórteres que “fará o que for necessário para trazer estabilidade a este mercado”.

Nações consumidoras como os Estados Unidos protestaram contra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados por sua política de restrição de suprimentos, acusando o cartel de exacerbar a inflação e colocar em risco uma frágil recuperação econômica. A Agência Internacional de Energia condenou o grupo por “sitiar” consumidores vulneráveis.

Os sauditas indicaram em seu comunicado que novas prorrogações são possíveis, e o príncipe Abdulaziz — que vai discursar em uma conferência de energia organizada pela Opep em Viena na quarta-feira — prometeu manter traders em “suspense” sobre seus planos.

“Há pouco agora para posições vendidas especulativas que justifiquem a posição extremamente negativa que assumiram, então as medidas sauditas devem ajudar a normalizar o posicionamento no mercado”, disse Paul Horsnell, chefe de pesquisa de commodities do Standard Chartered.

Petro Notícias - SP   04/07/2023

A discussão sobre a exploração da Margem Equatorial Brasileira, a última fronteira do petróleo no Brasil, está cada vez mais latente no mundo do petróleo. A Petrobrás continua esperar uma decisão do IBAMA, que sentou em cima do processo como se estivesse mesmo estudando. Na verdade, o instituto não tem qualquer base científica ou técnica formada pelos seus funcionários. A base da decisão do órgão continua sendo um “estudo do Greenpeace”, desmentido pela pesquisa real feita pelos professores da Universidade do Pará (UFPA). E as pesquisas feitas por eles durante anos são categóricas: “Não há qualquer sinal de Corais na foz do Amazonas. E mesmo se houvesse, a exploração de petróleo fica a 500 quilômetros da foz e, com certeza, o Ibama não reúne qualquer informação própria que possa balizar um opinião seguro sobre esta região”. E o IBAMA continua no papel teatral para dar a impressão que está analisando dados. Na verdade, todos os dados foram apresentados na audiência pública organizada pelo próprio Ibama e os apresentados pela ONG internacional, desmentidos na hora pelo professor Luís Ercílio, que estudou a região durante anos. O que os técnicos do IBAMA estudam não se sabe. O que se sabe é que eles não possuem condições técnicas para elaborarem uma pesquisa como a que foi feita pela UFPA.

Já na audiência pública, o Professor Luís Ercílio, da Universidade do Pará, dizia: “O Greenpeace adotou uma informação que não é de reconhecimento científico e fez um mapa como se tivesse uma barreira de corais, que isso não existe. As fotos e as filmagens que eles apresentaram, não são dessa região da Amazônia”.

No final da semana passada, o INEEP – Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo e Gás publicou uma nota em que diz que a Margem Equatorial envolve questões de segurança energética, soberania nacional, transição energética e controle da Amazônia Brasileira. O Petronotícias selecionou um trecho para ampliar a divulgação das informações do Instituto, muito embora tenha faltado firmeza em sua posição, pelas provas já fornecidas pela UFPA, reconhece que há necessidade da exploração, mas não se posiciona com a firmeza necessária por ser um instituto estratégico. Ele despreza as pesquisas de mais de 15 anos da UFPA, dizendo que a “região é pouco conhecida”. Na verdade, ela é bem conhecida. Pede diálogo, como um tribunal de pequenas causas que sugere diálogo e conciliação. Mas esse tempo já se esgotou. O que se precisa é apresentar fatos reais que justifiquem a negativa para a exploração da área, coisa que o Ibama não tem. Baseia-se em narrativas de uma ONG Internacional.

“A Margem Equatorial é uma nova fronteira exploratória que desperta forte interesse da indústria petrolífera global. Em 2013, a ANP estimou que o volume de reservas recuperáveis de petróleo na Margem Equatorial poderia alcançar até 7,5 bilhões de barris, equivalentes a quase metade das reservas provadas no Brasil hoje. As similaridades geológicas entre a Margem Equatorial Brasileira e as bacias sedimentares da Guiana e Suriname, onde foram descobertas reservas que podem ultrapassar 10 bilhões de barris de óleo recuperáveis, amplificam esse apetite. O interesse da indústria de petróleo também é guiado pela projeção da Empresa de Pesquisa Energética de que a produtividade dos campos do pré-sal deve cair a partir de 2029.

A Margem Equatorial e, em especial, a Bacia da Foz do Amazonas, onde se localiza o bloco FZA-M-59, ainda em processo de licenciamento, é uma área de biodiversidade singular e sensível, e geologicamente ainda pouco conhecida. Essas características dificultam a avaliação precisa dos riscos e impactos sociais e ambientais da possível instalação da indústria petrolífera na região e tornam a Avaliação Ambiental de Bacia Sedimentar (AAAS) um instrumento imprescindível para redução de riscos e construção de parâmetros de desenvolvimento sustentável na região.

A audiência pública realizada na Câmara dos Deputados no último dia 31/05, expôs os desafios tecnológico, regulatório, ambiental, social e econômico inerentes à instalação da indústria de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas Não restaram dúvidas sobre a autoridade e legitimidade técnica do Ibama, tampouco sobre a expertise da Petrobrás na exploração e produção de petróleo em águas profundas. Ficou evidente que esse debate envolve atores e processos com interesses, trajetórias e temporalidades distintas. Os tempos do capital, da pesquisa e da natureza são díspares.

A decisão sobre novas fronteiras exploratórias de óleo e gás é uma questão estratégica e de soberania nacional. Critérios de eficiência energética, sustentabilidade ambiental, proteção às comunidades locais e promoção do desenvolvimento regional, com geração de emprego e renda em solo nacional, devem orientar essa escolha. Por isso, o Ineep defende a promoção de espaços de diálogo participativo sob a coordenação do Estado para elaboração de parâmetros de um paradigma de desenvolvimento sustentável, que oriente a indústria nacional em direção à transição energética justa.”

IstoÉ Dinheiro - SP   04/07/2023

Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam em queda nesta segunda, 3, pressionados por sinalizações de desaceleração de uma série de economias diante da divulgação de índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) para a indústria, mesmo depois de novos cortes voluntários na produção da commodity por parte da Rússia e da Arábia Saudita.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto fechou em queda de 1,20% (US$ 0,85), a US$ 69,79 o barril, enquanto o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,01% (US$ 0,76), a US$ 74,65 o barril.

Pela manhã, a Arábia Saudita anunciou uma extensão de um mês para o seu corte voluntário de um milhão de barris, seguido da Rússia, que noticiou que irá reduzir as exportações da commodities em 500 mil barris por dia a partir de agosto. Na visão de Craig Erlam, da Oanda, os cortes anunciados pelos países não deverão mudar os rumos do petróleo, visto que a reação dos preços do óleo indicam que os investidores “não veem as decisões de hoje como uma virada de jogo”. “O petróleo Brent continua a ser negociado na mesma faixa, aproximadamente entre US$ 72 e US$ 77 neste momento e apenas uma quebra de qualquer um desses níveis sugerirá que algo mudou fundamentalmente”.

Sobre o assunto, a Navellier também menciona o rompimento de oleoduto na província de Komi, no noroeste da Rússia, está interrompendo a produção e outros problemas de infraestrutura podem continuar reduzindo a produção de petróleo bruto russo nos próximos meses devido a sanções ocidentais. A maioria das grandes empresas de petróleo está explorando petróleo bruto offshore para aumentar os lucros, bem como substituir o petróleo bruto russo a longo prazo, pois percebe-se que a produção russa de petróleo bruto diminuirá constantemente sem a contribuição ocidental.

Apesar do impulso com a notícia, o petróleo virou e se firmou em território negativo após PMIs industriais americanos confirmarem uma contração no setor e aumentarem os temores pela demanda do óleo. Na visão do ING, os dados confirmam que a indústria dos EUA está em recessão, e avalia que a tendência é que a atividade siga pressionada, em meio às altas de juros pelo Federal Reserve (Fed) para o controle da inflação. Ainda, outras economias do mundo também apresentaram PMIs decepcionantes, incluindo zona do euro, Alemanha, China e Japão.

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