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04 de Maio de 2023

SIDERURGIA

IstoÉ Online - SP   04/05/2023

O grupo siderúrgico Gerdau teve lucro líquido de 3,2 bilhões de reais no primeiro trimestre, alta de 9,4% sobre o desempenho de um ano antes, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira.

A empresa anunciou ainda pagamento de 892 milhões de reais em dividendos, em uma antecipação do mínimo obrigatório, em 15 de maio.

Em termos ajustados, a Gerdau teve queda de cerca de 19% no lucro líquido do primeiro trimestre na comparação anual, a 2,39 bilhões de reais.

O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 4,3 bilhões de reais no período, queda de 25,3% sobre o primeiro trimestre do ano passado. Segundo a empresa, apesar da queda, o resultado da linha marcou o segundo melhor desempenho da companhia para o período.

Analistas, em média, esperavam lucro líquido de 2,12 bilhões de reais e Ebitda de 3,98 bilhões para a Gerdau no primeiro trimestre, segundo dados da Refinitiv.

No que chamou de um “início de ano desafiador”, a Gerdau teve queda de 2,5% nas vendas de aço no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2022, a 2,98 milhões de toneladas. A receita líquida recuou 7,2%, a 18,9 bilhões de reais.

A companhia enfrentou no Brasil queda na demanda por aços especiais, que tem entre os principais clientes a indústria automotiva, impactada por paralisações de fábricas por falta de componentes e queda de vendas no período. O recuo nas vendas da divisão de aços especiais foi de 11,5% sobre o final de 2022, “parcialmente compensada pela expansão do mercado norte-americano”.

Apesar disso, na comparação com o quarto trimestre, a Gerdau afirmou que “todas as nossas operações de negócios apresentaram, no período, uma importante retomada das vendas físicas de aço e uma redução de custos, o que resultou na melhora das margens”. A margem Ebitda ajustada do primeiro trimestre foi de 22,9%, ante 20,2% no final do ano passado e 28,7% nos três primeiros meses de 2022.

A Gerdau terminou março com uma alavancagem de 0,31 vez dívida líquida sobre Ebitda ante 0,2 vez no final do primeiro trimestre do ano passado e 0,33 vez no fim de 2022.

 

Valor - SP   04/05/2023

Siderúrgica prevê alta de demanda de sua produção na região, que gerou mais de 53% do Ebitda do grupo, no médio e longo prazo

Para Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, a demanda por aço no Brasil neste ano deve ficar em linha com volume apresentado em 2022 ou ser um pouco maior — Foto: Divulgação

Com um peso expressivo das operações na América do Norte, o grupo Gerdau divulgou na quarta-feira (03) lucro líquido de R$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre. O resultado representou aumento de 9,6% em relação a igual período do ano passado. A receita líquida total da companhia foi de R$ 18,8 bilhões, porém com recuo de 7,2% na mesma base de comparação.

A empresa informou ainda um lucro líquido ajustado de R$ 2,4 bilhões devido à recuperação de crédito de item extraordinário de R$ 1,1 bilhão, com recuo de 18,8% sobre o primeiro trimestre de 2022.

Os negócios das unidades de produção no México, EUA e Canadá responderam por 53,5% do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) consolidado do grupo. Essa unidade deve ter sustentabilidade nos resultados no longo prazo, afirmou Gustavo Werneck, CEO da empresa, durante teleconferência com investidores.

Ele afirmou que os pacotes de incentivo anunciados pelo governo americano, como para infraestrutura e a indústria de chips, ainda não se traduzem em demanda, mas devem trazer pedidos adicionais na próxima década. “Acreditamos que em algum momento a economia americana vai ter dificuldade, mas não no curto prazo”.

Segundo Werneck, o setor no qual a Gerdau atua na América do Norte - de aços longos - tem baixa penetração de importados, demanda crescente e está sem novas plantas previstas. A companhia também faz aços especiais nos EUA, outra de suas quatro divisões de negócios, com Brasil e América do Sul. O executivo reforçou a “assertividade” de ter a operação do Brasil e América do Norte como as duas grandes plataformas

No trimestre, a produção de aço na região atingiu 1,18 milhão de toneladas, queda de 2,3% ante o mesmo período de 2022. As vendas cresceram 0,9% em volume e a receita somou R$ 7,8 bilhões e o Ebitda, R$ 2,35 bilhões.

O grupo brasileiro não tem a intenção de investir [nos EUA] em novas fábricas ou em aquisições no futuro próximo. “Existe espaço nas usinas americanas para colocar adicional de capacidade”.

Uma surpresa positiva foi a operação mexicana, que teve um “primeiro trimestre histórico”, com falta de vergalhões no mercado. O México será parceiro dos EUA na reindustrialização da região. Werneck apontou que Tesla, BMW e Nissan já anunciaram fábricas no país. “Está gerando uma demanda de aço muito consistente”.

O Ebitda consolidado do grupo foi de R$ 5 bilhões, menos 11,7%. Em termos ajustados, recuou 25,8%, em R$ 4,3 bilhões. Ainda assim, informou a companhia, foi o segundo melhor resultado do indicador para um primeiro trimestre.

O executivo disse que a demanda por aço no Brasil não é uma preocupação no momento e deve ficar em linha com o resultado do ano passado ou ser um pouco maior. “A principal batalha é recuperar a rentabilidade do vergalhão [um tipo de produto da fabricante]”, afirmou Werneck.

A operação brasileira, que foi 24,2% (R$ 1.60 bilhão) do Ebitda consolidado, recuou 17,8% na produção no trimestre, a 1,25 milhão de toneladas. As vendas caíram 7,7%, a 1,28 milhão de toneladas. Para Werneck, a preocupação do mercado com a demanda por aço no Brasil está “forte demais”, pois setores como a construção civil estão com bom nível de pedidos.

Segundo o executivo, a Gerdau não quer ser conhecida apenas como produtora de vergalhões, já que atende dez segmentos. “Produtos para a construção representam um terço do que fazemos”.

O setor automobilístico que consome aços especiais, passa por um momento delicado, com a paralisação de montadoras. O CEO diz que não há sinais de melhora no curto prazo na demanda em veículos leves. Já em pesados pode haver aumento nos próximos meses.

Rafael Japur, vice-presidente executivo de finanças, disse que o ambiente atual no Brasil não é “nem de terra arrasada, nem de otimismo”. “A economia brasileira talvez seja mais resiliente do que imaginamos”.

A dívida líquida da Gerdau fechou março em R$ 5,45 bilhões, alta de 24,3% (alavancagem de 0,26 vez). A posição de caixa ao fim do trimestre era de R$ 6,8 bilhões. E fluxo de caixa livre de R$ 2,72 bilhões.

IstoÉ Dinheiro - SP   04/05/2023

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou prejuízo líquido de R$ 823 milhões no primeiro trimestre de 2023, revertendo um cenário que vinha sendo de lucro, tanto no mesmo período do ano passado, quando lucrou R$ 1,364 bilhão, como no quarto trimestre de 2022, quando o saldo havia ficado positivo em R$ 197 milhões.

Em seu relatório financeiro sobre o primeiro trimestre, a companhia afirma que o resultado se deu em função de impactos não recorrentes, como o hedge de minério e o hedge accounting de câmbio, sem impacto de caixa.

“É importante ressaltar também que o efeito do hedge de minério é apenas transitório, uma vez que a forte queda do Platts após o final do primeiro trimestre deve trazer um impacto positivo para a posição em aberto, de forma a compensar majoritariamente o impacto do primeiro trimeste”, afirma a CSN no relatório divulgado nesta quarta-feira.

O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da CSN atingiu R$ 3,203 bilhões, com queda de 32% na comparação com igual intervalo de 2022 e alta de 3% em relação ao quarto trimestre do ano passado. A margem Ebitda foi de 27,5%, o que representa um leve avanço em relação aos 27,1% do trimestre imediatamente anterior, mas queda na comparação com os 39,1% ante o período de janeiro a março de 2022.

De acordo com a empresa, o resultado foi consequência direta da melhora dos resultados de mineração que, mesmo com um menor volume de vendas, acabou por apresentar um Ebitda maior em razão dos preços realizados, compensando a dinâmica mais fraca observada nos segmentos siderúrgico e cimentício.

A receita líquida da CSN ficou em R$ 11,319 bilhões nos três primeiros meses de 2023, queda de 4% em um ano e alta de 2% em relação ao quarto trimestre de 2022. “Esse desempenho é resultado dos melhores preços realizados no setor de mineração, em linha com a alta do Platts e com a sólida atividade comercial observada no período. Esses fatores acabaram por compensar a dinâmica mais fraca do mercado siderúrgico doméstico nesse início de ano e a menor rentabilidade no segmento de cimentos”, afirma a CSN.

Diário do Comércio - MG   04/05/2023

O grupo gaúcho Gerdau anunciou que está estudando novos investimentos em Minas Gerais. A projeção é aportar mais R$ 5 bilhões no Estado. O valor deverá ser utilizado na modernização e ampliação das unidades mineiras, no aumento do maciço florestal e na geração de energia limpa, principalmente a eólica e a solar.

Conforme o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, Minas Gerais concentra mais de 60% da capacidade de produção da empresa e está nos planos, ao longo dos próximos anos, ampliar fortemente os investimentos no Estado.

Werneck reforçou que o pacote de investimento de cerca de R$ 5 bilhões anunciado para o Estado em 2019 está em andamento e boa parte do valor já foi desembolsado para o projeto de ampliação de bobinas a quente em Ouro Branco. Dependendo das condições, um novo pacote deve ser anunciado. O prazo do investimento seria até 2030.

“Nesse momento, estamos discutindo, internamente, um novo pacote de cerca de R$ 5 bilhões a ser anunciado assim que a gente estiver próximo da conclusão desse primeiro. O anúncio vai depender das condições adequadas, mas é uma perspectiva que eu diria bastante provável. Minas Gerais tem se tornado, nos últimos tempos, um ambiente muito propício para se fazer investimentos. O Estado tem avançado de forma sólida em criar as condições para que os investimentos privados continuem.

Ainda segundo Werneck, o possível novo pacote de investimentos no Estado deverá seguir o padrão do atual, priorizando os aportes em modernização e expansão das minas para atender as usinas próprias, na ampliação do maciço florestal, em meio ambiente, na mineração segura e em parques solares e eólicos para geração de energia elétrica limpa.

Com o novo aporte, além de produzir apenas para consumo próprio, a Gerdau pretende eliminar o uso de barragens de rejeitos e eventuais danos ambientais causados pela atividade.
Resultados

Ao longo do primeiro trimestre de 2023, a Gerdau registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,38 bilhões, o resultado ficou 18,8% inferior ao mesmo período de 2022, quando a empresa lucrou R$ 2,94 bilhões. Já na comparação com o último trimestre de 2022, houve avanço de 79,1%.

No mesmo período, a Gerdau registrou receita líquida de R$ 18,9 bilhões, valor 5,1% superior na comparação com o último trimestre do ano anterior, mas 7,2% inferior ao apurado no mesmo período do ano passado.

Em relação às vendas, foram 3 milhões de toneladas comercializadas no trimestre, ficando 2,5% menores frente a igual trimestre de 2022. Já na comparação com o último trimestre de 2022, foi registrada alta de 11,5%.

Segundo o CFO da Gerdau, Rafael Japur, o resultado do primeiro trimestre de 2023 é o segundo melhor da série histórica para o período em 122 anos da Gerdau. O resultado só não foi superior ao primeiro trimestre de 2022, que foi considerado excepcional.

“Sobre a queda frente ao primeiro trimestre de 2022, é importante lembrar que o resultado no início do ano passado foi o melhor da história da companhia. No período, o resultado foi muito expressivo e puxado por resultados fortes na operação da América do Norte e também da operação no Brasil”.

Ainda segundo Japur, naquela ocasião, o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia puxou os preços internacionais para cima, estimulando as exportações. Além disso, no mercado doméstico a economia enfrentava um período de menos incertezas, havia um nível de juros mais baixo e uma inflação sob controle.

Valor - SP   04/05/2023

Gustavo Werneck, presidente da siderúrgica, destacou que a companhia não quer ser conhecida apenas como produtora de vergalhões e que já atende dez segmentos diferentes

Para a Gerdau, a demanda por aço no Brasil não é uma preocupação no momento e deve ficar em linha com o resultado do ano passado ou ser um pouco maior, afirmou Gustavo Werneck, presidente da siderúrgica, em teleconferência com analistas nesta quarta-feira (3). “A principal batalha é recuperar a rentabilidade do vergalhão”, disse.

O executivo destacou que a Gerdau não quer ser conhecida apenas como produtora de vergalhões e que já atende dez segmentos diferentes. Produtos para a construção, afirmou, representam hoje um terço do que a companhia produz.

Nesse setor, a empresa tem visto boa demanda em obras para indústrias, principalmente de papel e celulose.

O setor automobilístico, que consome aços especiais, passa por um momento mais delicado no país, com a paralisação de montadoras. Para Werneck, não há sinais de melhora no curto prazo na demanda vinda dos automóveis leves. Já no segmento de pesados pode haver alta na procura por aço nos próximos meses.

Perguntado sobre a preocupação da Gerdau com a saúde da economia norte-americana, o executivo afirmou que isso está no radar da companhia há muitos trimestres, mas sempre é postergada por conta de indicadores que mostram resiliência do mercado da região. Destacou ainda que estão pouco expostos ao mercado imobiliário dos Estados Unidos, por terem vendido a operação de vergalhões no país.

Uma surpresa positiva para a siderúrgica no início do ano foi a operação mexicana, que teve um “primeiro trimestre histórico”, segundo Werneck. “Nunca tinhamos ouvido falar em falta de vergalhão no mercado mexicano, e no primeiro trimestre faltou”, disse.

Mais cedo, em coletiva com jornalistas para comentar o balanço do primeiro trimestre, o executivo havia apontado o papel do México como parceiro dos EUA no processo de reindustrialização da região. “A Tesla, a BMW e a Nissan vão fazer fábricas no México e isso está gerando uma demanda de aço muito consistente”.

Segundo Werneck, a principal planta mexicana da Gerdau está entrando em fase de capacidade máxima.

A companhia prevê terminar 2023 com um resultado inferior ao apresentado em 2022 e 2021, mas superior à sua média histórica.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   04/05/2023

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano. A decisão divulgada após reunião nesta quarta-feira (3) foi unânime.

"O ambiente externo se mantém adverso. Os episódios envolvendo bancos no exterior têm elevado a incerteza, mas com contágio limitado sobre as condições financeiras até o momento, requerendo contínuo monitoramento. Em paralelo, os bancos centrais das principais economias seguem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente em que a inflação se mostra resiliente", destaca o comunicado divulgado pelo Banco Central (BC).

O documento também afirma que, em relação ao cenário doméstico, "o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue corroborando o cenário de desaceleração esperado pelo Copom, ainda que exibindo maior resiliência no mercado de trabalho".

"A inflação ao consumidor, assim como suas diversas medidas de inflação subjacente, segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus elevaram-se marginalmente e encontram-se em torno de 6,1% e 4,2%, respectivamente", acrescenta o comunicado.

A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Essa foi a sexta vez seguida em que o BC não mexeu na taxa, que permanece nesse nível desde agosto do ano passado. Anteriormente, o Copom tinha elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica, iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o comunicado, a manutenção da taxa considerou entre outros fatores, a persistência das pressões inflacionárias globais, incerteza sobre o desenho final do arcabouço fiscal a ser analisado pelo Congresso Nacional e uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada.

"Por um lado, a reoneração dos combustíveis e, principalmente, a apresentação de uma proposta de arcabouço fiscal reduziram parte da incerteza advinda da política fiscal. Por outro lado, a conjuntura, caracterizada por um estágio em que o processo desinflacionário tende a ser mais lento em ambiente de expectativas de inflação desancoradas, demanda maior atenção na condução da política monetária", diz o comunicado.

O Estado de S.Paulo - SP   04/05/2023

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,5% em fevereiro ante janeiro, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e divulgado nesta quarta-feira, 3. Na comparação com fevereiro de 2022, a atividade econômica teve expansão de 2,7% em fevereiro de 2023.

“O forte crescimento de 2,5% da economia em fevereiro foi devido, principalmente, à atividade agropecuária. Embora a indústria e os serviços também tenham crescido na comparação com janeiro, o expressivo desempenho agrícola, justificado principalmente pela safra recorde de soja e sua elevada participação no valor adicionado da agricultura, é o grande destaque da economia no mês. Com a maior parte da colheita de soja sendo realizada nos meses de fevereiro, março e abril, este resultado sugere persistência do bom desempenho econômico no início do ano”, afirmou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB - FGV, em nota oficial.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

No trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2023, o PIB teve expansão de 2,7% ante o mesmo período do ano anterior. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 4,4%, puxado pelo consumo de serviços e de produtos não duráveis.

“Como já tem sido observado nos meses anteriores, no consumo de serviços há disseminação desse crescimento entre vários segmentos. Já no consumo de não duráveis destaca-se a contribuição do segmento alimentício e, principalmente, o de combustíveis”, apontou a FGV, em nota.
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A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve uma elevação de 2,4% no trimestre até fevereiro, ante o mesmo período do ano anterior.

“Embora o segmento de máquinas e equipamentos tenha apresentado contribuição negativa (-0,3 p.p.), ela foi menor do que a observada no trimestre findo em janeiro (-1,2 p.p.), o que explica, em parte, a melhora do indicador total. Outra contribuição importante foi o desempenho de outros da FBCF. Neste caso, destaca-se o crescimento da FBCF relacionada a serviços prestados as empresas”, informou a FGV.

A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 0,2% no trimestre até fevereiro, enquanto a importação aumentou 1,6%. Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 1,829 trilhão no primeiro bimestre de 2023, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 16,6% em fevereiro de 2023.

CNN Brasil - SP   04/05/2023

De janeiro a abril de 2023, o saldo da balança comercial brasileira teve um salto em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), divulgados na última terça-feira (2), a relação entre exportações e importações do país chegou a um superávit de US$ 24,069 bilhões no primeiro quadrimestre do ano, contra US$ 20,4 bi em 2022.

O resultado do acumulado de 2023, segundo especialistas consultados pela CNN, reflete o momento favorável que a economia brasileira passa, puxado, principalmente, por uma combinação de demanda externa firme, preços elevados das commodities internacionais e perda de fôlego nas importações.

Ao que tudo indica, segundo especialista, o saldo até aqui pode ser interpretado como um presságio do que vem pela frente para a balança comercial do país.

“Vemos um aumento de quantum, com uma safra recorde de grãos, somado aos preços internacionais das commodities ainda em patamares elevados. Ao mesmo tempo, existe uma demanda externa consistente por produtos brasileiros, mesmo com a previsão de desaceleração em diversas economias do mundo, como Estados Unidos e União Europeia”, afirma Rodolfo Margato, economista da XP.

A reabertura da economia da China, segundo ele, é um fator que também tem forte peso no resultado.

“Ao mesmo tempo, o valor das importações tem diminuído, em linha com o crescimento mais moderado em vários setores no país, com destaque para a indústria da transformação. Quando a gente combina esses elementos, o resultado é um superávit da balança comercial bastante robusto, que deve se manter no decorrer de 2023. Não à toa, vemos que o acumulado do ano até agora é maior do que o observado no mesmo período de 2022”, ressalta.

De acordo com os dados do MDIC, o mês de abril teve um saldo positivo de US$ 8,22 bilhões — alta de 5,5% em relação ao mesmo mês do ano passado –, fruto de US$ 27,365 bilhões em exportações contra US$ 19,140 bilhões em importações.

Entre os destaques, a soja, por exemplo, registrou US$ 7,74 bilhões em exportação, uma alta de 21% sobre abril do ano passado. Na análise dos economistas do Bradesco, “o desempenho da commodity só não foi maior por conta de um atraso na colheita”, reforçando a previsão de que o desempenho do setor do agronegócio será um dos pilares de sustentação da economia brasileira em meio à desaceleração prevista para 2023.

Na mesma linha, Margato destaca o peso do agronegócio na projeção da balança comercial. “Só falando da agropecuária, a partir do PIB do país, a gente projeta um crescimento anual perto de 10%, com o aumento da produtividade bem expressivo”, diz ele.

“Prevemos um ano muito favorável para o agro mais uma vez, que tem exportado cada vez mais, e ainda tem a dinâmica local de ganho de produtividade, com tecnologia em expansão ano após ano, áreas produtivas crescendo também em comparação ao ano passado, fora aqueles drivers externos que, em termos relativos, seguem favoráveis para o Brasil.”

Os economistas da LCA Consultores ainda acrescentam que as exportações foram impulsionadas pelo aumento do volume de mercadoria. “Na análise por produtos, segue o comportamento do último mês, liderado pelo complexo da soja, óleos brutos de petróleo e minério de ferro, sendo os dois últimos responsáveis pelos menores preços das vendas”, afirmam.

Na outra ponta, a queda nos preços de fertilizantes, combustíveis e semicondutores em abril “reverteram a tendência de alta dos preços de importação que ocorreu no primeiro trimestre”.

Em relação às projeções, o Itaú estima um viés de alta para o superávit comercial, em US$ 60 bilhões. “Tanto as exportações quanto as importações devem seguir em patamar elevado nesse ano. Dado o melhor resultado da balança comercial, também devemos ter melhora nas contas externas, com menor déficit esperado na conta corrente este ano”, avalia.

Para economistas do mercado financeiro, segundo o último Boletim Focus divulgado na terça-feira, a projeção é também de US$ 60 bilhões. A XP, por outro lado, estima um superávit na casa dos US$ 70 bilhões.

IstoÉ Online - SP   04/05/2023

O Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevou, nesta quarta-feira (3), em um quarto de ponto percentual, sua taxa básica de juros pela décima vez consecutiva, desde março de 2022, para frear a inflação, apesar dos sinais de desaquecimento da economia e da recente crise bancária.

A principal taxa de juros dos EUA situa-se agora entre 5,00% e 5,25%, a mais alta desde 2006. A decisão foi tomada de forma unânime, anunciou o banco central americano em comunicado, depois de dois dias de deliberações do comitê de política monetária (FOMC, na sigla em inglês).

Agora, atores do mercado esperam uma pausa nos aumentos, que encarecem o crédito para pessoas físicas e jurídicas. Além disso, ao frearem a atividade econômica, os juros altos devem contribuir para aliviar a pressão sobre os preços.

O presidente da instituição, Jerome Powell, disse que, na reunião, não foi cogitada uma pausa nos aumentos, mas assinalou que houve uma mudança de tom na linguagem do comunicado.

O Fed já não indica que prevê novos aumentos: “eliminamos essa parte”, disse. Trata-se de “uma mudança significativa”, ressaltou.

Na nota, os dirigentes do banco central disseram que vão observar os efeitos de suas decisões e o prazo de seus impactos na economia real, assim como “a evolução econômica e financeira”, para definir a necessidade de um endurecimento maior das medidas para que a inflação volte à meta de 2,00%.

Powell disse aos jornalistas que a política monetária é agora “restritiva”, ou seja, impede que a atividade econômica superaqueça ainda mais.

Consequentemente, “hoje não foi tomada nenhuma decisão sobre uma pausa”, assinalou. O apoio a uma elevação de 0,25 ponto percentual “era muito forte no Comitê”, destacou. “Falou-se de uma pausa, mas não realmente para esta reunião.”

E não está prevista nenhuma redução dos juros antes do fim deste ano, pois a inflação “não vai cair rapidamente”, frisou Powell.

Para Joe Manimbo, analista da Convera Financial Services, “o comunicado do Fed dá aos funcionários políticos plena flexibilidade para suspender os aumentos de taxas ou continuar com os mesmos, em função da evolução da inflação e dos riscos que a economia vai enfrentar, como a contínua instabilidade de alguns bancos regionais”.
– Sinais de fragilidade –

A crise bancária deu um apoio inesperado à luta do Fed contra a inflação.

“É provável que o aperto das condições de crédito para famílias e empresas tenha um peso na atividade econômica, no emprego e na inflação”, advertiu o Fed em sua nota. Contudo, insistiu em que “o sistema bancário americano é sólido e resistente”.

Embora estivesse resistindo, a economia americana vem mostrando sinais de desaceleração, que eram esperados há algum tempo e agora estão visíveis.

No primeiro trimestre, a maior economia do mundo cresceu 0,3% em comparação com os três últimos meses de 2022, e apenas 1,1% em estimativa anualizada. Além disso, a probabilidade de uma recessão é amplamente antecipada pelos mercados.

No entanto, “a possibilidade de se evitar uma recessão é, na minha opinião, mais provável que a possibilidade de uma recessão”, ponderou Powell.

A fragilidade de alguns bancos voltou ao primeiro plano, com a quebra do banco regional First Republic, finalmente comprado na segunda-feira pelo gigante JPMorgan Chase, o número um do setor.

A preocupação com a solidez dos bancos de médio porte continua forte e vários deles registraram pequenas reduções nos preços de suas ações nesta quarta-feira em Wall Street, após a forte queda de ontem.

Apesar de a elevação dos preços ter registrado uma queda significativa em março, o núcleo da inflação – que exclui os preços mais voláteis, como alimentos e energia – apenas desacelerou e é agora mais alto que a inflação propriamente dita.

Powell disse reiteradamente nos últimos meses que trazer a inflação de volta à meta de 2% será um esforço longo e difícil, mas também necessário porque, caso contrário, isto teria consequências mais nefastas no longo prazo.

Veja - SP   04/05/2023

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu pela manutenção da Selic em 13,75% ao ano, pela sexta vez consecutiva. A decisão desta quarta-feira, 3, veio em linha com as expectativas de economistas do mercado financeiro, que apostavam majoritariamente na manutenção da taxa, que tem o maior patamar desde 2016.

“Considerando a incerteza ao redor de seus cenários, o Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação. O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, afirma o colegiado, sem indicar um horizonte para o corte dos juros. “O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, completa.

O que o mercado ainda digere é o comunicado, mais brando do que o anterior, mas ainda considerado duro. “Eles fizeram a ponderação de que esse cenário (voltar ao ciclo de alta da Selic) é o menos provável, no entanto eles reforçaram, assim como nos comunicados anteriores, que devem preservar a taxa no atual patamar até que se consolide o processo de desinflação bem como a ancoragem das expectativas em torno da meta”, afirmou Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos. “Eles também fazem questão de reforçar que não há relação mecânica entre a convergência da inflação e a aprovação do arcabouço”, completou.

O Copom afirmou que o ambiente externo se mantém adverso e os episódios envolvendo bancos no exterior têm elevado a incerteza, mas com contágio limitado sobre as condições financeiras até o momento, requerendo contínuo monitoramento. “Em paralelo, os bancos centrais das principais economias seguem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente em que a inflação se mostra resiliente”, afirmou.

“O comunicado veio com um tom mais duro, sinalizando que as projeções de inflação subiram e ainda permanecem acima da meta. Adicionalmente, ainda existem incertezas acerca do arcabouço fiscal que foi apresentado ao Congresso e deixa dúvidas sobre quais serão os impactos no cenário futuro da inflação”, afirmou Cristiane Quartaroli, economista do Ourinvest. “A Selic deve permanecer neste patamar no curto e médio prazo”, completou.

O Estado de S.Paulo - SP   04/05/2023

Com o fim do ciclo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed) à vista, o mercado agora tenta antever o momento da guinada para o corte de juros. A expectativa de investidores é de que o processo de relaxamento comece ainda este ano, diante do crescente risco de que a economia dos Estados Unidos entre em recessão. Mas as turbulências no sistema bancário e a incertezas sobre se haverá aperto de crédito complicam os planos.

O primeiro trimestre já forneceu evidências preliminares de um pé no freio na atividade econômica, com crescimento anualizado de 1,1% no Produto Interno Bruto (PIB) americano, ante expansão de 2,6% nos três meses finais de 2022. O consumo e o emprego, em particular, ainda dão sinais de resiliência, mas analistas esperam que o efeito atrasado do aperto monetário irá pesar fortemente a partir de meados deste ano. A desaceleração, dizem eles, será a deixa para o chamado “Fed Pivot” - a virada para um afrouxamento das condições financeiras.

Conforme a ata referente à reunião de março do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), a equipe técnica do Fed já projeta uma recessão na virada deste ano para o próximo. A visão é consistente com a de boa parte de especialistas: levantamento do jornal The Wall Street Journal indicou que 61% dos economistas entrevistados, em abril, esperavam um quadro recessivo nos EUA em algum momento nos próximos 12 meses.

Até agora, os dirigentes do banco central americano têm sido claros na mensagem de que ainda não é a hora de declarar vitória na batalha contra a inflação. O próprio presidente do Fed, Jerome Powell, indicou uma tolerância para o crescimento da taxa do desemprego, do nível atual de 3,5% para pelo menos 4%.

“Embora a inflação tenha moderado nos últimos meses, o processo de reduzi-la para 2% tem um longo caminho a percorrer e provavelmente será acidentado”, afirmou ele a senadores em março.
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Apesar disso, ao Estadão/Broadcast, o vice-economista-chefe para os EUA da Capital Economics, Andrew Hunter, antecipa uma mudança no discurso oficial em breve, para abrir espaço a cortes de juros já em setembro. “Achamos que a inflação cairá muito mais rápido nesse estágio do que o Fed está indicando”, afirma.

Hunter acredita que o Fed evitará sinalizar os planos de relaxamento com muita antecedência, com objetivo de deixar as condições financeiras apertadas por um período maior e, assim, garantir de vez a restauração da estabilidade de preços. “Portanto, como vimos com frequência no passado, a guinada provavelmente ocorrerá rapidamente, com pouco ou nenhum aviso prévio do Fed”, prevê.

O ING lembra que, nos últimos 50 anos, a média de tempo entre o último aumento de juros do ciclo e o primeiro corte seguinte foi de seis meses. Dessa forma, o cronograma pressupõe que a redução da taxa básica viria em novembro. Segundo o banco holandês, os efeitos da quebra de bancos regionais prejudicarão a oferta de crédito, o que amplificará a pressão sobre a inflação. Nesse cenário, o Fed optará por um relaxamento monetário mais rápido, com cortes de 50 pontos-base em novembro e dezembro, prevê o ING.

Cortes podem ficar para 2024

Nem todo analista, no entanto, concorda com a trajetória delineada pelo mercado. A Oxford Economics, por exemplo, projeta duas elevações de 25 pontos-base em cada um dos encontros de maio e junho, embora não descarte a possibilidade de que haja apenas mais uma alta este mês.

A consultoria acredita que uma virada para relaxamento monetário virá apenas no começo de 2024. “Com a inflação ainda bem acima da meta de inflação de 2% do Fed, é improvável que o banco central corte as taxas tão cedo quanto os mercados preveem, porque quer evidências claras de que quebrou a espinha dorsal da inflação”, ressalta.

O Danske Bank também vê cortes de juros “bem distantes” no horizonte e espera a manutenção da taxa dos Fed Funds no pico entre 5% e 5,25% pelo resto deste ano. A curva de rendimentos invertida - isto é, o retorno de títulos públicos de curto prazo mais elevados do que os de longo prazo - permitirá que o BC aperte a política monetária passivamente sem precisar fazer novos ajustes, de acordo com o banco. “Ainda achamos que manter as taxas em níveis modestamente restritivos por períodos mais longos assegura o melhor equilíbrio entre evitar um pouso forçado e garantir que a inflação caia de vez”, avalia.

Para o Rabobank, o Fed deve incorporar de maneira mais relevante as condições de crédito nas deliberações sobre os próximos passos da política monetária. Os eventos em torno do First Republic ampliaram os temores relativas ao setor bancário, que vinham relativamente adormecidos desde a quebra de Silicon Valley e Signature Bank e a fusão do UBS com o Credit Suisse, em março. “Se o aperto de crédito não terminar o trabalho do Fed (contra a inflação), o Fed pode ter de retomar o ciclo de alta de juros até que a economia dos EUA finalmente entre em recessão”, alerta o Rabobank.

Teto da dívida no radar

Os planos podem ser complicados ainda pelo impasse quanto ao teto da dívida americana. Ontem, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, estimou que o governo pode ficar impossibilitado de cumprir obrigações a partir de 1° de junho se o limite não for elevado. Sob o controle dos republicanos, a Câmara dos Representantes aprovou, na semana passada, um projeto que prevê o aumento do teto em troca de cortes de gastos, que o presidente dos EUA, Joe Biden, considera inaceitáveis.

Os integrantes do Fed tem repetido o discurso de que não querem se intrometer em questões fiscais, que são de responsabilidade do legislativo e do executivo. De qualquer forma, Powell já alertou que a autoridade monetária seria incapaz de proteger a maior economia dos EUA dos efeitos de um eventual default. “Há apenas um caminho a seguir aqui, e é o Congresso aumentar o teto da dívida”, disse.

Na análise da Oxford Economics, uma batalha prolongada para ampliar o teto representaria um choque externo que poderia dificultar o objetivo do Fed de alcançar um “pouso suave”, isto é, restaurar a estabilidade de preços sem um impacto significativo no emprego e na atividade econômica.

A consultoria já espera uma recessão a partir do terceiro trimestre. “Mas, como a maioria dos observadores, nossa previsão de cenário base não leva em conta um primeiro calote da dívida que poderia gerar tremores secundários imprevisíveis e talvez mais duradouros”, adverte.

MINERAÇÃO

Valor - SP   04/05/2023

Mineradora está separando suas operações de metais na forma de uma entidade autônoma com sede em Toronto e com um conselho independente presidido por Mark Cutifani

O próximo presidente do conselho de administração da recém-criada unidade de metais básicos da mineradora Vale disse que pretende orientar seu foco às margens de lucro e à comercialização, com a incumbência de prepará-la para uma possível abertura de capital.

“Enquanto indústria mineradora, temos uma tendência a não entender e [não] nos sair terrivelmente bem na comercialização de nossos produtos”, disse Mark Cutifani, ex-executivo-chefe da mineradora Anglo American, que assumirá o cargo na Vale em julho, ao “Financial Times”.

“Sempre fui de ter foco nas margens”, acrescentou. “Se fizermos isso, então, achamos que o mercado possivelmente reavaliará o valor de nosso negócio.”

A Vale está separando suas operações de metais na forma de uma entidade autônoma com sede em Toronto e com um conselho independente presidido por Cutifani. O processo será concluído em julho.

A unidade é uma das maiores produtoras mundiais de níquel, cobre e cobalto, com minas e instalações de processamento no Canadá, Indonésia e Brasil. Estima-se que tenha um valor em torno a US$ 22 bilhões, segundo analistas do RBC.

O executivo-chefe da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse em teleconferência em abril que Cutifani ajudaria a empresa a explorar um “evento de liquidez”.

“Um IPO [oferta pública inicial de ações] mais à frente é um evento de liquidez que você poderia tentar”, disse Bartolomeo na teleconferência. “Mas a razão fundamental pela qual trouxemos Mark é para nos ajudar na execução deste plano para este evento de liquidez – isso poderia ter várias formas de liquidez.”

A Vale também venderá uma participação minoritária de até 10% na unidade de metais básicos. A lista de interessados inclui fundos soberanos, fundos de pensão e montadoras de carros, de acordo com consultores a par da operação.

Embora o minério de ferro hoje represente 80% da receita total da Vale, Bartolomeo acredita que as operações de metais básicos podem, algum dia, ficar maiores que as da controladora.

Cutifani disse que a escassez mundial dos metais necessários para a transição mundial para fontes de energia mais limpas – como cobre, cobalto e níquel – faz com que a unidade de metais básicos esteja bem posicionada para crescer.

“Há uma oportunidade de construir um tipo de negócio diferente do que vimos no passado na mineração”, disse Cutifani, em razão da necessidade de garantir o fornecimento de metais para a transição energética.

Cutifani sinalizou que a unidade de metais básicos da Vale poderia ter um papel maior na comercialização de seus produtos e realizar negócios de longo prazo com os clientes.

A Vale já tem um contrato de longo prazo para fornecer à Tesla níquel para suas baterias. Jerome Guillen, um ex-executivo da Tesla, se juntará ao conselho da unidade de metais básicos.

A mineradora também se associou à Ford e à Huayou Cobalt em uma instalação de processamento de níquel de US$ 4,5 bilhões na Indonésia.

“Existe uma oportunidade de construir um relacionamento diferente com clientes que buscam a certeza de fornecimento de produtos, o que, no longo prazo, deve melhorar nossas margens”, disse Cutifani. “Se fizermos isso, achamos que o mercado possivelmente reavaliará o valor de nosso negócio com base nessa certeza.”

A Vale pretende concluir a venda de uma participação minoritária na unidade de metais básicos até meados deste ano, mas não indicou um cronograma para o possível IPO.

Consultor Jurídico - SP   04/05/2023

Em pedido de direito de resposta enviado à revista eletrônica Consultor Jurídico, a mineradora Zona da Mata Mineração negou ter provocado a ruptura do córrego que abastecia quatro propriedades rurais familiares na cidade de Teixeiras (MG).

A mineradora, que teve decisão favorável do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, afirma que "não realizou qualquer intervenção em curso d’água, não causou danos a terceiros, não provocou o desabastecimento de propriedades, não intimidou quem quer que seja e não violou direitos humanos".

Na nota enviada à reportagem, a empresa ressaltou que tem todas as licenças, autorizações e licenciamento ambiental para extração do minério de ferro magnetita no local.

A mineradora afirma ainda que o desvio que abastecia as famílias, que perpassava a área do empreendimento, era clandestino e foi construído "de forma ilegal" e que "a própria natureza cuidou de reconduzir o trecho desviado para o seu curso natural, tendo em vista o processo erosivo."

As famílias afirmam que o desvio foi construído há mais de cem anos e abastecia quatro propriedades rurais, e que teria sido destruído após ação da mineradora no local. A defesa dos agricultores entrou com pedido de liminar para obrigar a mineradora a reconstruir o córrego, mas perdeu.

De acordo com a companhia, "os proprietários querem dinheiro e a restituição do desvio artificial, que era ilegal desde a sua origem" e um dos vizinhos "trava diversas ações contra a companhia por ser, ao que parece, ideologicamente contrário à mineração."

Leia na íntegra a nota de resposta enviada pela defesa da mineradora:

"Tendo em vista que, em 24.04.2023, o CONJUR veiculou matéria jornalística intitulada 'CÓRREGO DESTRUÍDO — Mineradora não terá que restaurar curso d'água que abastecia agricultores em MG', na qual constou informações errôneas e distorcidas acerca do empreendimento minerário da Zona da Mata Mineração, os seguintes esclarecimentos se mostram necessários para o resgate da realidade dos fatos.

Ao contrário do alegado na reportagem, a Zona da Mata Mineração não realizou qualquer intervenção em curso d’água, não causou danos a terceiros, não provocou o desabastecimento de propriedades, não intimidou quem quer que seja e não violou direitos humanos.

O empreendimento minerário é devidamente licenciado e possui todas as autorizações e licenças para operação, as quais foram obtidas em legítimo e regular processo de licenciamento ambiental e precedido de robusto estudo ambiental.

Na verdade, o que a reportagem omite é o fato de que a Zona da Mata Mineração já demonstrou em juízo que, em momento incerto, terceiros realizaram clandestinamente um desvio no Córrego Vista Alegre, que perpassa a área do empreendimento, retirando-o do seu curso natural sem qualquer autorização do órgão ambiental competente, como deveria ter ocorrido por força de lei.

O desvio artificial construído passou a beneficiar propriedades vizinhas do empreendimento, que, embora defendam ser regular, nunca conseguiram demonstrar que possuíam licenças e autorização para realização do desvio e uso do recurso hídrico para fins econômicos e particulares nos termos da legislação aplicável.

Ao contrário, os autos contêm fortes elementos probatórios e de ordem técnica no sentido de demonstrar cabalmente que o desvio é recente e sua construção clandestina é ilegal e atrai a tríplice responsabilidade ambiental àqueles que a fizeram.

Em que pese a inequívoca e reconhecida situação irregular do desvio clandestino que os vizinhos pretendem ver reconstruído às custas da mineradora, fato é que a própria natureza cuidou de reconduzir o trecho desviado para o seu curso natural, tendo em vista o processo erosivo do curso desviado que não era e nunca foi adequado para a passagem d’água de um córrego.

O que os vizinhos pretendem, então, nada mais é que regularizar aquilo que nunca tiveram regularizado, além de retirar o Córrego Vista Alegre do seu curso natural sem nenhuma justificativa ou motivo relevante.

Ainda assim, a Zona da Mata Mineração, como empresa séria e responsável, por ato de solidariedade e humanidade, ofereceu ajuda a todos os interessados por meio do fornecimento pontual e emergencial de caminhões pipa e consultoria para regularização do uso da água.

Apenas dois vizinhos, dos quais um deles trava diversas ações contra a companhia por ser, ao que parece, ideologicamente contrário à mineração, resolveram submeter seu pleito ao crivo do Judiciário, utilizando-se do nobre apelo de proteção ambiental, mas com clara pretensão patrimonial, na tentativa de obterem algum proveito precipuamente econômico e financeiro, mas sem êxito.

Tentando-se passar de autores a vítimas, as queixas e reclamações apresentadas vêm sendo refutadas uma a uma, o que demonstra a lisura das medidas e procedimentos adotados pela empresa. Sem sucesso junto ao Poder Judiciário, o mencionado vizinho vem tentando engajar a sociedade civil, mas os fatos deveriam servir como alerta para apuração no âmbito de matérias jornalísticas e interessados em se posicionar sobre o assunto.

Como dito, no caso concreto, apesar da apelativa narrativa que os vizinhos tentam construir em desfavor da mineradora, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais analisou todos os argumentos dos vizinhos e acertadamente reconheceu que não havia nenhuma evidência em desfavor da Zona da Mata Mineração e que não estavam preenchidos os requisitos legais para concessão de uma medida liminar.

O Ministério Público também acompanha o caso, assim como o órgão ambiental, que já vistoriou a área várias vezes e não encontrou qualquer indício de irregularidade em relação ao evento narrado pelos vizinhos.

Aliás, o próprio órgão ambiental confirmou que todas as atividades da empresa estão amparadas com licenças e autorizações ambientais e, portanto, encontram-se em situação regular.

A Zona da Mata Mineração nunca realizou qualquer tentativa de intimidação dos vizinhos, mas apenas exerce a defesa dos limites da área do seu empreendimento que costumam ser transpassados por estes vizinhos, o que coloca em risco a si próprios e terceiros, sempre nos limites legais admitidos, com o reforço policial e notificações.

Igualmente, a empresa nunca violou direito humanos e rechaça veementemente a infundada, gravosa e leviana acusação lançada pelo procurador da parte adversa. Todas as suas atividades estão dentro da lei e são amparadas por licença e autorização dos órgãos competentes.

Lamentavelmente, o que se percebe é uma escala de agressões e ilações contra a imagem e reputação da empresa, o que impõe uma atuação firme e legítima da mineradora na defesa dos seus interesses.

O sítio vizinho possui diversas fontes de captação de água, inclusive poço artesiano, não havendo que se falar em violação de direitos humanos. Meios de assistência técnica para regularização do uso da água no sítio foram oferecidos, mas os proprietários querem dinheiro e a restituição do desvio artificial, que era ilegal desde a sua origem.

Esclarecidos os fatos, a empresa reitera que sempre agiu de boa-fé e permaneceu — e permanece — aberta ao diálogo."

A mineradora é representada pelo advogado Igor Orselieri, do escritório Sion Advogados.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   04/05/2023

A Caterpillar anunciou vendas e receitas de 6,7 bilhões de dólares no 1º trimestre de 2023, um aumento de 631 milhões de dólares (+10%) na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, quando chegou a 6,1 bilhões de dólares.

A América do Norte impulsionou grande parte desse crescimento, registrando um aumento de 33% nas vendas em relação ao 1º trimestre de 2022, para 3,6 bilhões de dólares.

A região EMEA (Europa, Oriente Médio e África) também obteve um crescimento expressivo, embora com um aumento menor, de 5%, elevando as vendas na região para 1,3 bilhão de dólares.

As vendas na Ásia-Pacífico caíram 21%, para 1,1 bilhão de dólares, sendo que, além do menor volume de vendas, a fabricante atribuiu o resultado “aos impactos cambiais desfavoráveis, principalmente relacionados ao iene japonês e ao yuan chinês".

Além das vendas mais baixas, a Cat avalia que os estoques dos revendedores na região também aumentaram menos que no mesmo período de 2022.

Já a América Latina teve queda de 4% nas vendas, para 599 milhões de dólares.

Por área de negócios, o lucro da divisão de construção foi de 1,7 bilhão de dólares no período, aumento de 69% na comparação ao 1º trimestre de 2022.

"Alcançamos crescimento de dois dígitos e um lucro ajustado recorde por ação, ao mesmo tempo em que geramos um forte fluxo de caixa livre", afirmou Jim Umpleby, presidente e CEO da Caterpillar.

As vendas das indústrias de recursos (que incluem equipamentos de mineração) chegaram a 3,4 bilhões milhões de dólares no 1º trimestre de 2023, um aumento de 21% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Nesse segmento, todas as regiões registaram crescimento nas vendas, sendo que a América do Norte registrou avanço de 28%, América Latina de 19%, EMEA de 1% e Ásia-Pacífico de 31%.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   04/05/2023

Frotistas, principalmente locadoras, responderam por 65% dos emplacamentos de comerciais leves e 45,4% de carros em abril

Andreta Jr.: “No caso dos automóveis, ainda estamos mais de 32% abaixo de 2019, período que antecedeu a pandemia” — Foto: Rogerio Vieira/Valor

A venda de carros e comerciais leves novos continua em ascensão. Mas são os frotistas, principalmente as locadoras, os maiores responsáveis pelo aquecimento desse mercado. O consumidor continua retraído. Por isso, a comparação com um ano atrás, quando faltavam peças, não serve de parâmetro para indicar a realidade do varejo no setor automotivo.

Em abril, a ausência do consumidor foi mais nítida nos comerciais leves. O varejo representou em torno de um terço das 33,5 mil unidades vendidas. Frotistas, sobretudo locadoras, foram responsáveis por 65% dos emplacamentos desses veículos, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave).

Os números totais de vendas de comerciais leves, porém, revelam 25,64% de crescimento. No caso dos automóveis, 45,4% dos negócios foi venda direta.

Os primeiros meses de 2022 foram fracos para a indústria automobilística, que ainda enfrentava escassez de peças, principalmente semicondutores.

A situação levou as locadoras a adiar compras. Agora, com a produção normalizada, recorrem à compra diretamente das montadoras para repor os carros de uma frota que ficou envelhecida.

No quadrimestre, a chamada venda direta representou 46,99% dos 588,5 mil carros e comerciais leves comercializados. O número total, incluindo o varejo, representou crescimento de 15,17% na comparação com os primeiros quatro meses de 2022. Fiat, General Motors e Volkswagen foram, pela ordem, as marcas campeãs da venda direta. No varejo, Fiat e GM também ocupam os dois primeiros lugares. Mas no terceiro aparece a Toyota.

Com 160,6 mil unidades, a venda total de veículos, incluindo caminhões e ônibus, cresceu 9,14% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. No quadrimestre, foram 632,3 mil unidades, aumento de 14,38%.

O resultado é insuficiente para refletir uma recuperação, segundo o presidente da Fenabrave, Andreta Jr. “Apesar do aumento percentual de emplacamentos, isso não representa motivos de comemoração, no caso de automóveis, pois ainda estamos mais de 32% abaixo de 2019, período que antecedeu a crise provocada pela pandemia”, afirma.

Andreta demonstra preocupação em relação às restrições ao crédito e alta dos juros. A Fenabrave projeta estagnação de vendas em automóveis em 2023.

No caso dos caminhões, a situação se complica à medida que a demanda se retraiu desde janeiro, quando os preços subiram em razão da inclusão de peças necessárias para os veículos atenderem às novas normas de emissões. Em abril, a venda de 7,2 mil unidades representou queda de 22,16% em relação ao mesmo mês de 2022.

Desde terça-feira, Volkswagen, Mercedes-Benz e Scania reduziram a produção de caminhões e ônibus ao eliminar um dos dois turnos.

Em contraste com o quadro da indústria, as marcas importadas, principais responsáveis pelos carros de luxo vendidos no país, registram avanços expressivos.

A participação no mercado brasileiro ainda é pequena. Mas os 9,9 mil veículos dessas marcas vendidos no primeiro quadrimestre representaram alta de 83,9% na comparação com os primeiros quatro meses de 2022. O volume de abril representou avanço de 54,5%, segundo a Abeifa, a entidade que representa os importadores que, em maioria, não possuem fábricas no Brasil.

Esse setor também se queixa dos juros. “Embora 70% das nossas vendas aconteçam por meio de pagamento à vista, a restrição de crédito e as elevadas taxas de juros têm influenciado a decisão de compra”, afirma João de Oliveira, presidente da Abeifa.

A chinesa Great Wall, novata no Brasil, iniciou a pré-venda de sua linha. Total de 1,4 mil unidades chegaram ao país para atender os clientes que fizeram a pré-reserva. Por meio do Mercado Livre, compradores de 500 cidades deram um sinal de R$ 9 mil (63% por meio de PIX) e vão receber os carros este mês. Os preços do Haval H6, híbrido que estreia no país, vão de R$ 214 e R$ 315 mil.

Diário do Comércio - MG   04/05/2023

A venda de veículos novos em Minas Gerais cresceu 20,4% no primeiro quadrimestre deste ano sobre o mesmo período do ano passado. Ao todo, o Estado negociou 186.325 unidades neste intervalo de tempo em 2023, contra 154.782 unidades em 2022.

Belo Horizonte seguiu o cenário e teve crescimento parecido na mesma base de comparação, de 20,2%. A Capital comercializou 116.399 unidades no acumulado dos primeiros quatro meses deste ano, ante 96.856 unidades no ano anterior. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e foram divulgados ontem.

Entre os segmentos, automóveis e comerciais leves se destacaram em Minas. Juntos, registraram avanço de 18% ao emplacarem 135.705 unidades no quadrimestre. As demais categorias: ônibus, moto, implemento rodoviário e outros, apresentaram aumentos. A exceção foram os caminhões, com queda de 7,8% ao negociarem somente 4.663 unidades no período.

Em Belo Horizonte, automóveis e comerciais leves também foram destaque. Agrupados, os segmentos tiveram alta de 19,1% ao comercializarem 105.662 unidades no acumulado de janeiro a abril de 2023. Assim como no Estado, todas as outras categorias alcançaram evolução, com exceção dos caminhões, com recuo de 28,2% ao venderem apenas 1.395 unidades.

Preços e juros altos impactam, e volta do carro popular em negociação

Apesar dos resultados, o diretor-executivo da Fenabrave em Minas, Carlos Barreto, ressalta que os números ainda estão aquém de 2019 (pré-pandemia), base de referência utilizada pelo setor.

De acordo com dados da entidade, no acumulado do mesmo período em 2019, o Estado emplacou 221.248 unidades. O volume foi 11,8% superior ao deste ano. Da mesma forma, a Capital registrou a comercialização de 140.608 unidades, montante 17,2% maior.

Segundo Barreto, a retração do mercado de venda de veículos novos tem relação com o elevado valor do chamado “zero quilômetro” e com a alta taxa básica de juros (Selic, atualmente em 13,75%). Ele denomina a junção dos dois fatores de “tempestade perfeita”.

“O aumento dos preços dos veículos está dificultando o acesso do consumidor. Inclusive, está em negociação com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) a volta do carro popular, abaixo de R$ 50 mil. Hoje não temos carros com este valor no Brasil. O mais barato custa cerca de R$ 70 mil. E os juros muito altos também estão afastando o consumidor, fazendo com que ele não tenha acesso ao crédito”, avalia.

Conforme o diretor, a tendência para os próximos meses é de continuação do cenário a menos que algo seja feito, de fato, como o retorno do carro popular. Ele salienta, porém, que durante as tratativas algumas montadoras deram o sinal verde e outras demonstraram não querer isso.

“Hoje, para você ter um carro popular, é preciso tirar alguns componentes como ar condicionado, trava elétrica e controle de tração. Então muitas montadoras não querem voltar atrás nos produtos e isso está dificultando. O governo também teria que abrir mão de impostos, mas atualmente está averso a diminuí-los, pois está querendo aumentar a arrecadação. Mas tudo está sendo negociado”, ressalta.
Números de abril

Ainda segundo dados da Fenabrave, em abril, a venda de veículos novos em Minas teve queda de 18,5% em relação a março e alta de 12,8% frente ao mesmo período de 2022. Ao todo, o Estado negociou 30.363 no período. Já BH registrou recuo de 17,7% e avanço de 14,5%, respectivamente. Ao longo do mês, a Capital comercializou 25.729 unidades.

Rodoviário

Agência Brasil - DF   04/05/2023

O governo federal irá leiloar para a iniciativa privada 1,1 mil quilômetros de rodovias do Paraná. Nesta quarta-feira (3), foi oficializada a delegação das estradas à União em encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o governador Ratinho Junior e o ministro dos Transportes, Renan Filho.

O repasse possibilita à União incluir os 1,1 mil quilômetros de rodovias paranaenses no pacote a ser leiloado, que soma 3,3 mil quilômetros. Os trechos ficarão com a iniciativa privada por 30 anos.

A previsão é que os editais de concessão sejam publicados nas próximas semanas. De acordo com o ministro Renan Filho, os dois lotes devem gerar R$ 18 bilhões em investimentos, como recuperação das estradas, obras de duplicação e implantação de novas faixas.

“O melhor modelo é esse: fortalecer os investimentos públicos e também a atração do capital privado a fim de impulsionar a infraestrutura nacional. Ao longo dos últimos anos, por imposição do teto de gastos, o Brasil se transformou no país que menos investiu com recursos públicos. Isso também dificultou a atração do capital privado”, disse o ministro em entrevista à imprensa, no Palácio do Planalto.

O modelo prevê que o ganhador é o que oferecer a menor tarifa. De acordo com a Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes, na praça de pedágio de Lapa, por exemplo, os motoristas pagarão até 33% a menos em comparação à tarifa corrigida praticada no encerramento do contrato anterior. Em Porto Amazonas, a diferença é maior: 36%. Em valores absolutos, sem contar a inflação, os preços caem em até 28%.

Renan Filho informou que será definido se o leilão dos dois lotes, na Bolsa de Valores, será no mesmo dia ou em datas diferentes. As concessionárias deverão assumir a responsabilidade pelas vias nos últimos três meses de 2023.

O ministro destacou que a concessão integrada de rodovias estaduais e federais melhora a rentabilidade, reduz as taxas de pedágio e aumenta montante de investimentos em adequações.

Segundo ele, estão previstos quatro leilões de rodovias em 2023, com publicação dos editais no primeiro semestre. Entre elas, da BR 381, em Minas Gerais, BR 040, no trecho Rio de Janeiro-Belo Horizonte-Brasília.

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   04/05/2023

A PortosRio divulgou que o Porto de Itaguaí agora possui novos calados operacionais, que passaram de 17,8 metros para 18,3 metros no Canal Principal e no Canal da Ilha das Cabras. O navio graneleiro Golden Amreen, que operou no Porto Sudeste no dia 19 de abril (quarta-feira), foi o primeiro a utilizar esses novos calados máximos do Porto de Itaguaí.

A gerente de Acesso Aquaviário do Porto de Itaguaí, Julia Crisóstomo, informou que —a ampliação dos calados operacionais foi autorizada pela Capitania dos Portos do Rio de Janeiro, e os novos parâmetros entraram em vigor no dia 10 de abril, com a publicação da portaria da Autoridade Marítima, que alterou a tabela de calados dos canais e bacias do complexo portuário—. Julia explicou que —o ganho de calado foi possível após as obras de corte da rocha e de dragagem de manutenção concluídas no ano passado—.

Segundo Alexandre Neves, superintendente de Gestão Portuária de Itaguaí e Angra dos Reis da PortosRio, — os novos calados operacionais proporcionam melhores condições de segurança à navegação e aumentam a eficiência operacional—. Neves também enfatizou que —os projetos da Autoridade Portuária visando à melhoria da infraestrutura aquaviária permitem elevar o nível de competitividade para as atividades do Complexo Portuário da Baía de Sepetiba, que engloba o Porto de Itaguaí e terminais privados—.

Vale lembrar que a profundidade máxima do Canal Principal do Porto de Itaguaí chega a 20 metros, mas o limite do calado operacional é de 18,3 metros, por isso, é importante não confundir os dois termos. Calado é a altura da parte do casco do navio que fica submersa, medida entre a quilha e a linha d’água. O calado operacional é um limite máximo estabelecido para a segurança da navegação nos diversos trechos dos canais de acesso, bacias de evolução e cais acostáveis, no intuito de impedir que as embarcações encostem o fundo do casco no leito, mantendo uma distância segura.

Portos e Navios - SP   04/05/2023

A SCPAR Porto de Imbituba recebeu nesta quarta-feira (3) a Licença Ambiental de Instalação (LAI) para realizar a obra de recuperação, reforço e ampliação do Cais 3, com aporte previsto de mais de R$ 92 milhões, totalmente custeado pela autoridade portuária. A empresa recebeu também a LAI, do Instituto do Meio Ambiente (IMA), para dar início à obra de construção do Píer Turístico da cidade de Itapema (SC).

“Santa Catarina é o único estado do Brasil que tem cinco portos, isso é uma pérola que nós temos que cuidar. O IMA está fazendo a sua parte, fazendo andar todos os pedidos represados. Seja sim ou não, estão dando resposta. Criamos secretarias para setores estratégicos justamente por isso. Portos, aeroportos, ferrovias. Temos que inovar em tudo”, ressaltou o governador catarinense Jorginho Mello.

Com previsão de entrega em 2025, o reforço estrutural do Cais 3 alargará o berço e permitirá maior automatização, permitindo a instalação de novos equipamentos de movimentação de cargas, como shiploader. O Cais 3 receberá, também, dois dolfins, um de atracação e um de amarração, para viabilizar o recebimento de navios maiores, passando do limite atual de 205 metros (LOA) para embarcações com até 300 metros. Após a obra, o planejamento da SCPAR é realizar a dragagem de aprofundamento do local, equiparando a capacidade do Berço 3 a dos Cais 1 e 2, que possuem profundidade de 15 metros.

“Estamos felizes por emitir essa licença ambiental para a execução das obras do Cais 3, sabemos que o empreendimento está comprometido com a preservação ambiental e vai operar dentro das exigências estabelecidas para garantir o desenvolvimento social, econômico e sustentável da região portuário e, consequentemente, do nosso estado”, destacou a presidente do IMA, Sheila Meirelles.

Luís Antonio Braga Martins, diretor-presidente da SCPAR Porto de Imbituba, destacou ser “um dia de muita satisfação e realização para o Porto de Imbituba porque, coincidentemente, no momento em que batemos em abril o novo recorde de movimentação mensal, temos a autorização para iniciar essa obra fundamental para o Porto alcançar um novo patamar operacional e atender o incremento esperado na operação de cargas nos próximos anos, com maior capacidade e eficiência”.

O Porto de Imbituba fechou abril com a maior movimentação mensal já realizada no complexo portuário, em torno de 770 mil toneladas, segundo os números prévios da Autoridade Portuária, que tem os dados finais em fase de fechamento.

PETROLÍFERO

Valor - SP   04/05/2023

Montante está relacionado a investimentos do setor privado em unidades de fertilizantes, unidades de processamento de gás, novas rotas de escoamento e gasodutos de transportes

O programa Gás para Empregar, anunciado em março pelo ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), deve contar com R$ 94,6 bilhões de investimentos do setor privado para garantir a oferta adicional de 14 milhões de metros cúbicos (m³) por dia de gás natural no mercado nacional.

A informação foi passada pelo secretário de petróleo, gás natural e biocombustíveis da pasta, Pietro Mendes, que acompanha nesta quarta-feira (03) o ministro em audiência pública na Câmara dos Deputados.

De acordo com Mendes, que teve o nome aprovado para presidir o conselho de administração da Petrobras, o valor de investimento foi calculado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O montante está relacionado a investimentos em unidades de fertilizantes (R$ 39,3 bilhões), unidades de processamento de gás (R$ 15,4 bilhões), novas rotas de escoamento (R$ 14,9 bilhões) e gasodutos de transportes (R$ 25 bilhões).

A implantação do programa é tratada em grupo de trabalho criado em março pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), reunião que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Silveira anunciou o envio de medida provisória (MP) para ampliar o escopo de atuação estatal PPSA, responsável por representar o interesse da União nos contratos do pré-sal, na modalidade de partilha da produção, e comercializar o óleo do governo.

O Estado de S.Paulo - SP   04/05/2023

A Petrobras obteve na última sexta-feira, 28, autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para retomar a produção de mais seis instalações localizadas nos campos de Taquipe, Buracica, Fazenda Alvorada, Rio do Bu e Cidade de Entre Rios no Polo Bahia Terra. Antes, a Petrobras já tinha sido autorizada a voltar com a produção em 10 instalações do polo.

Em comunicado, a companhia informou que já iniciou o processo para retomar a produção dessas instalações que, somado à produção das unidades já autorizadas pela ANP, possibilitará o restabelecimento de aproximadamente 43% da produção total do Polo Bahia Terra.

A Petrobras também alegou estar trabalhando para garantir o retorno seguro do processo produtivo dessas instalações no menor tempo possível.

A ANP interditou 38 unidades que compõem o Polo, operado pela Petrobras, em dezembro do ano passado, alegando motivos de segurança. “A Agência entende que não pode se furtar ao seu dever de fazer cessar as situações de risco grave e iminente aos trabalhadores, à população e ao meio ambiente, mas, ao mesmo tempo, não medirá esforços para que a retomada da produção ocorra o mais rápido possível.”

Em fevereiro deste ano, a agência criou um grupo de trabalho para monitorar a situação e articular as ações necessárias para a retomada gradual e segura das operações do Polo Bahia Terra - que é composto por 28 campos terrestres.

Valor - SP   04/05/2023

Produção de petróleo, gás natural e LGN da Petrobras no Brasil no primeiro trimestre deste ano somou 2,64 milhões de boe/dia

A produção de petróleo, gás natural e líquido de gás natural (LGN) da Petrobras no Brasil no primeiro trimestre deste ano somou 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia (BOE/dia), o que corresponde a uma queda de 4,2% na comparação com igual período de 2022. Somando a produção no exterior, a estatal somou 2,68 milhões de BOE/dia entre janeiro e março.

A produção de petróleo e LGN ficou em 2,14 milhões de barris por dia entre janeiro e março, queda de 4% frente ao primeiro trimestre do ano passado. A produção de gás natural foi de 499 mil BOE/dia, um recuo de 5,1% na comparação com os três primeiros meses do ano passado, de acordo com relatório de produção da companhia no primeiro trimestre, divulgado na quarta-feira (3).

No período, teve início a operação da plataforma P-71, no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, e a entrada de oito novos poços de petróleo na Bacia de Campos, segundo a petroleira. A P-71 ajudou a elevar a produção de petróleo no pré-sal no primeiro trimestre, na comparação anual, para 1,702 milhão de BOE/dia.

O fator de utilização total das refinarias da Petrobras nos três primeiros meses de 2023 foi de 85%, queda de dois pontos percentuais frente a igual período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2022, a queda foi de 1 ponto percentual, mesmo considerando as relevantes paradas programadas nas refinarias Henrique Lage (Revap), Alberto Pasqualini (Refap) e Presidente Bernardes (RPBC). As paradas da Refap e RPBC foram as maiores da história dessas unidades, as quais englobaram mais de 800 grandes equipamentos e contaram com a participação de mais de 10 mil pessoas no pico dos trabalhos.

A companhia vendeu 1,697 milhão de barris de derivados, um recuo de 0,2% na comparação com igual período de 2022. Em relação ao trimestre passado, a produção de derivados recuou 4,2% nos primeiros três meses de 2023, acompanhando a redução de vendas e impactada pelas paradas programadas de Revap, Refap e RPBC. Comparada ao primeiro trimestre de 2022, a produção teve queda de 4,3% em função dessas paradas e da saída da refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, que representava 2,4% da capacidade do parque de refino.

As vendas de gasolina da Petrobras entre janeiro e março foram as maiores da empresa para um primeiro trimestre em seis anos. Esse marco aconteceu mesmo com a queda de 7,4% nas vendas do derivado em relação ao quarto trimestre do ano passado. Entre janeiro e março, a venda de gasolina somou 414 mil barris por dia, 3,1% a mais que no primeiro trimestre do ano passado.

“Isso ocorreu, principalmente, em razão do ganho de participação da gasolina sobre o etanol no abastecimento dos veículos flex devido ao aumento de sua competitividade”, disse a companhia. A queda frente aos três últimos meses de 2022 aconteceu em razão da sazonalidade típica com pico de consumo no último trimestre. Além disso, houve o desinvestimento da refinaria de Manaus.

No diesel, as vendas no primeiro trimestre caíram 7% ante o quarto trimestre de 2022, também devido à sazonalidade de consumo. As exportações de petróleo no primeiro trimestre foram de 204 mil barris/dia, alta de 15,3% frente ao primeiro trimestre de 2022.

O Estado de S.Paulo - SP   04/05/2023

A área técnica do Ibama negou a licença ambiental para a exploração da Petrobras na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira. O documento, assinado por dez analistas do órgão, servirá de base para a decisão do presidente, Rodrigo Agostinho, que poderá seguir ou não a indicação dos analistas para definir o destino do projeto da Margem Equatorial, apontada como a principal aposta para ampliar a produção de petróleo no País.

Os técnicos afirmam que os possíveis benefícios econômicos para a região, alegados para o pedido de atividade no local, não seriam obtidos na fase de exploração, a que se refere a licença solicitada, mas apenas após comprovada a existência de petróleo e depois da instalação de sistemas de produção e escoamento, o que traria vários impactos intrínsecos que não estão contemplados nos planos apresentados pela estatal para perfurar o primeiro poço na região e investigar o potencial da produção.

“Deve-se atentar também, ainda na fase exploratória, que o Bloco FZA-M-59 não está isolado, mas relacionado a uma série de outros projetos na região. Apenas na bacia da Foz do Amazonas, estão em concessão outros oito blocos exploratórios e com processos de licenciamento em curso, além de 47 blocos em oferta permanente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)”, explicam os analistas no parecer ao qual o Broadcast teve acesso, ressaltando que estão em curso sete solicitações de licença ambiental para atividades de pesquisa sísmica marítima apenas na bacia da Foz do Amazonas.

A chamada Margem Equatorial é formada por cinco bacias - Foz do Amazonas, Potiguar, Pará-Maranhão, Barreirinhas e Ceará. Na terça-feira, 2, o diretor de exploração e produção da Petrobras, Joelson Mendes, disse durante a Offshore Technology Conference (OTC), que se o Ibama não aprovar a licença para a Foz do Amazonas pretende mudar o pedido de licenciamento para a bacia Potiguar.

A Margem Equatorial é a última grande fronteira do setor no Brasil, e fundamental para garantir reservas de petróleo e gás para a empresa no longo prazo, já que os gigantescos reservatórios do pré-sal entrarão em declínio, assim como ocorreu com a bacia de Campos, que já foi o principal local de produção da Petrobras. O declínio natural das reservas é de 10% a cada ano, segundo a estatal.

O parecer do Ibama cita impactos permanentes na Foz do Amazonas, como o sobrevoo constante sobre terras indígenas, que serão mais intensos após o início da produção, e classifica como uma das inconsistências do projeto a falta de apresentação de medidas específicas no Plano de Comunicação Social para as comunidades indígenas, além de deficiências significativas do Plano de Proteção à Fauna, integrante do Plano de Emergência Individual do empreendimento.

“Em relação ao Plano de Proteção à Fauna, destaca-se que, após os detalhamentos apresentados em função dos questionamentos do Ibama nos últimos pareceres técnicos, constatou-se que, apesar das revisões e otimizações, o seu desenho representa a remota possibilidade de resgate e reabilitação da fauna e, consequentemente, a provável perda da biodiversidade impactada no caso de acidentes envolvendo derramamento de óleo”, diz o parecer.

Na região, além da fauna marinha, existem estruturas semelhantes a corais e uma biodiversidade ainda desconhecida. Está também próxima à Floresta Amazônica e há risco de um eventual vazamento atingir países vizinhos, com correntes marítimas tornando a contenção dos vazamentos mais complexa do que no sudeste do País (bacias de Campos e Santos).

O documento destaca ainda que, para além dos impactos específicos do projeto de produção e escoamento, que poderia vir a ser a continuidade da perfuração requerida, a instalação da indústria de petróleo e gás promove a formação de uma extensa cadeia de empreendimentos inter-relacionados, que propiciam transformações significativas em diferentes meios e escalas na região. Aumento de tráfego aéreo, de resíduos e impacto sobre a atividade pesqueira são outros pontos destacados para a negativa do empreendimento.

“Em uma perspectiva ainda mais ampla, caberia ainda ao governo brasileiro avaliar a pertinência da expansão de um novo polo produtor de hidrocarbonetos, quando o País vem assumindo compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa e de promoção de uma transição energética em face à crise climática global”, afirma o parecer.

Infomoney - SP   04/05/2023

Os preços do petróleo caíram 4% nesta quarta-feira, ampliando as perdas acentuadas da sessão anterior, depois que o Federal Reserve elevou as taxas de juros dos Estados Unidos e com os investidores preocupados com a economia.

O Brent caiu 2,99 dólares, ou 4%, para 72,33 dólares o barril, o menor valor de referência global no fechamento desde dezembro de 2021. O Brent atingiu a mínima da sessão a 71,70 dólares o barril, o menor valor desde março de 2020.

O petróleo nos EUA (WTI) caiu 3,06 dólares, ou 4,3%, para 68,60 dólares. A mínima da sessão do WTI foi de 67,95 dólares o barril, a menor cotação desde 24 de março.

Um dia antes, ambos os índices de referência caíram 5%, a maior queda percentual diária desde o início de janeiro.

Na tarde desta quarta-feira, o Fed elevou as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, pressionando os preços do petróleo, enquanto investidores temem que um crescimento econômico mais lento possa afetar a demanda por energia.

Mas o Fed também sinalizou que pode interromper novos aumentos, dando às autoridades tempo para avaliar as consequências das recentes falências de bancos, aguardar a resolução de um impasse político sobre o teto da dívida dos EUA e monitorar a inflação.

Valor - SP   04/05/2023

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as empresas de exploração e produção declararam 14,856 bilhões de barris de petróleo e 406,324 bilhões de metros cúbicos (m³) de reservas provadas

As reservas provadas de petróleo no Brasil tiveram crescimento de 12,2% na comparação com 2021, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Segundo a agência, as empresas de exploração e produção declararam 14,856 bilhões de barris de petróleo e 406,324 bilhões de metros cúbicos (m³) de reservas provadas.

A soma de reservas provadas e prováveis é de 21,943 bilhões de barris de petróleo e de 517,422 bilhões de m³ de gás natural.

O total de reservas provadas, prováveis e possíveis no país no ano passado foi de 26,922 bilhões de barris de petróleo e de 587,752 bilhões de m³ de reservas de gás natural, ainda de acordo com a ANP.

De acordo com a ANP, reservas provadas correspondem à quantidade de petróleo ou gás natural indicada como recuperáveis, com probabilidade igual ou maior que 90%.

Reservas prováveis são as que possuem probabilidade da quantidade recuperada de óleo e gás de pelo menos 50%.

Reservas possíveis são aquelas cuja quantidade recuperada de óleo e gás possui probabilidade de 10%.

O chamado índice de reposição de reservas provadas (IRR) de petróleo em 2022 foi de 246,3%, o que correspondeu a cerca de 2,717 bilhões de barris em novas reservas.

O índice aponta a variação de volume recuperável provado de óleo e gás em relação à produção acumulada.

"Os campos de Búzios, Sépia e Tupi foram os que mais contribuíram para a maior variação positiva de reservas em valores absolutos", disse a ANP em comunicado.

AGRÍCOLA

Portal Fator Brasil - RJ   04/05/2023

Entre as 15 máquinas em exposição estão as novas Motoniveladora 4160D e a Miniescavadeira 9017F.

A LiuGong, multinacional chinesa fabricante de máquinas pesadas, é presença confirmada na 28ª edição da Agrishow. A empresa, que oferece uma linha completa de máquinas modernas para trabalhos em diversos tipos de aplicação como construção civil, agricultura, movimentação de carga, terraplenagem, construção de estradas, pedreiras, mineração, dentre outros, apresentará sua linha focada no segmento agrícola com destaque para os lançamentos Motoniveladora 4160D e a Miniescavadeira 9017F.

A Motoniveladora 4160D é voltada para a manutenção de estradas rurais, é ágil, de fácil operação e baixo custo de manutenção. Com peso operacional de 14.900 kg, motor com 148 HP de potência e cabine certificada com estrutura de proteção contra capotamento e queda de objetos tornam o equipamento ideal para o serviço de nivelamento com produtividade e um alto nível de acabamento do serviço.

Já a Miniescavadeira LiuGong 9017F oferece conforto, desempenho e baixo custo operacional com o tamanho adequado para vários portes de obras. O raio de giro zero permite trabalhar em locais de difícil acesso com toda segurança e produtividade. Usando motor com 15,8 HP, a LiuGong 9017F entrega a potência necessária para escavar até 2,2m com sua caçamba de 0,045m³ e peso de 1.750 kg na configuração de esteira de borracha e 1.850 kg com esteira de aço.

Atualmente, a LiuGong oferta no Brasil uma linha completa com 36 modelos de equipamentos entre Pás Carregadeiras, Escavadeiras, Mini Carregadeiras, Mini Escavadeiras, Rolos Compactadores, Motoniveladoras, Empilhadeiras e Plataformas Elevatórias.

A empresa inaugurou recentemente o segundo centro de treinamento na sua planta fabril em Mogi Guaçu (SP), com uma infraestrutura moderna e de alta tecnologia, projetada para fornecer um ambiente ideal para treinamento técnico e prático. O espaço abrange uma área de 100 m² com salas de aula equipadas com tecnologia de ponta, oficinas para treinamento prático e campo de provas, além de programas de formação de alta qualidade para os técnicos da rede autorizada, funcionários da LiuGong e para clientes de toda a América Latina. —Com a inauguração do novo centro de treinamento, a LiuGong comemora também seus oito anos da fábrica no Brasil, reforçando o seu compromisso em fornecer produtos e serviços de alta qualidade aos seus clientes e fortalecer sua marca no mercado de máquinas pesadas. Estamos otimistas com a Agrishow que é uma grande vitrine para nossos produtos e uma feira importante para a realização de negócios —afirma Hebert Francisco, Diretor de Operação e Estratégia da LiuGong Latin America.

Perfil — LiuGong: Fundada em 1958, a LiuGong levou a primeira carregadeira de rodas modernizada para a China em 1966, expandindo desde então para 30 linhas de produtos diferentes. Com 20 instalações de fabricação, mais de 17.000 funcionários, 5 bases de P&D, bem como 17 centros regionais de peças, a LiuGong permanece na vanguarda da tecnologia, produção e logística de abastecimento.

Desde 2008 presente no Brasil, a LiuGong começou a fabricar equipamentos no país em 2015, e vem crescendo no mercado brasileiro e latino americano. Este ano, impulsionada pelas vendas das consagradas Pás Carregadeiras 835H, 856H e modelos-chaves de escavadeiras como a 922E e 915E, essa realidade tende a crescer, já que a marca segue com investimentos na complementação de seu portfólio de produtos, lançando modelos de Trator de Esteiras, Plataformas Elevatórias, Mini Escavadeiras, Mini Carregadeiras, Retroescavadeira, Empilhadeiras e Caminhão fora de estrada, além da abertura de novos pontos de venda, peças e serviços pelo país, na estruturação da fábrica em Mogi-Guaçu (SP) e no fortalecimento do corpo de profissionais.

Portal Fator Brasil - RJ   04/05/2023

As empresas de implementos agrícolas festejam as primeiras vendas efetivadas na Agrishow 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, que vai até sexta-feira, dia 5 de maio. A Jumil, que está com lançamentos, como a plantadeira JM Expressa e a semeadora adubadora Garra, comemora os resultados positivos no primeiro dia. "Vendemos 130% a mais do que na edição passada", informa o engenheiro agrônomo Rômulo Venturini, coordenador de marketing.

O gerente comercial da Grazmec, Mário Bandeira Filho, emitia notas fiscais na tarde do segundo dia de feira, otimista. — Temos 20 vendas efetivadas, não intenções de compras —explica. Isso representa cerca de R$ 2 milhões, com prazo de 40 dias para entregar os implementos. A meta é superar os R$ 10,5 milhões de 2022. Desde 2011 na feira, a Grazmec produz máquinas para tratamento de sementes para cultivos de soja e milho.

A Inroda, de Avaré (SP), também fechou os dois primeiros dias com pelo menos R$ 2 milhões em vendas, 10% do total de 2022 (R$ 20 milhões). —A meta é superar o ano passado, ou pelo menos igualar— afirma o supervisor de pós-venda da empresa, Bruno Gustavo da Silva. A empresa produz implementos de preparo do solo. O maior faturamento da Inroda vem dos estados de Goiás e Mato Grosso e as negociações diretas com os produtores rurais ocorrem até os últimos dias de feira.

Na Antoniosi, as vendas estão dentro do esperado, segundo o diretor comercial da empresa, Eduardo Mondini. A meta é superar a edição de 2022 entre 10% e 15%. Os principais implementos são voltados para a cana.

Associação Brasileira do Agronegócio(Abag), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos(Abimaq), Associação Nacional para Difusão de Adubos(Anda), Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de São Paulo(Faesp) e Sociedade Rural Brasileira(SRB), e é organizada pela Informa Markets, integrante do Grupo Informa, uma das maiores promotoras de feiras, conferências e treinamentos do mundo com capital aberto.

Mulheres ampliam a força e a presença no campo — Seja no talhão ou nas máquinas agrícolas, as mulheres ocupam cada vez mais o espaço do agro brasileiro. A Agrishow 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação ressalta a importância feminina no setor com o Agrishow Pra Elas. Em sua segunda edição, a iniciativa é o ponto de encontro das mulheres, promovendo uma série de debates.

A produtora piauiense Lucia Bortolozzo visita a feira e participa ativamente de iniciativas para as mulheres do agro. — Precisamos fortalecer ainda mais nossa representatividade no campo, começando pelas entidades de base, como os sindicato, associações e eventos, como a Agrishow — destaca a produtora de café em Araraquara e de soja, milho e algodão, em Uruçuí no Piauí.

Também visitando o espaço estavam as produtoras Karina Catto, que arregaçou as mangas e está se firmando no agro à frente do sítio Rio do Peixe, na cidade paulista de Dois Córregos, que produz hortaliças e frutas, Rosana Teixeira Arle, de Marília e Rita de Cássia Caetano, de Terra Roxa. —Apesar dos grandes avanços que vemos nos últimos anos, a mulher ainda tem muitos desafios para superar no agro— pondera.

Caminhões são vendidos com o novo sistema que regulamenta emissão de poluentes — Com a entrada em vigor do sistema Euro 6, um conjunto de normas que regulamentam a emissão de poluentes para motores a diesel desde 1º de janeiro, as empresas fabricantes de caminhões apresentam na Agrishow 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação os seus produtos já atualizados para seguir a exigência ambiental.

— Relançamos toda a família de caminhões, com mais de 30 modelos e 270 variações, focando em eficiência, conforto, segurança e tecnologia — diz o diretor de marketing da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Luciano Cafure. Para a empresa, a feira representa a maior oportunidade de negócios neste ano e os produtos voltados ao agro estão em exposição, como o Delivery 11180 (pequeno porte), o Constelation 32380 (6x4) e o Meteor 29530 (6x4), este mais voltado para o escoamento de grãos.

Com a expectativa de que o mercado melhore devido à renovação de frota para os modelos que atendem a Euro 6, a Scania demonstra otimismo nos negócios após o primeiro dia de feira, já efetivando vendas, informa o analista de marketing Rafael Meroti. Para o agro, a empresa apresenta o Super Bitrem 500 cv para o setor florestal e o Super 6x4 500 cv, um rodotrem com capacidade para 90 t de grãos. Outro destaque é o P280 6x4, movido a gás e biometano.

Na DAF Caminhões, os veículos também seguem as normas Euro 6, como o CF bitruck (8x2), CF 6x2 e o lançamento XF 6x4, este com 530 cv e capacidade legal para 91 t (para até 11 eixos), voltado para o setor sucroalcooleiro.

Da mesma forma, a Mercedes-Benz expõe 5 caminhões de quatro famílias do agro: Accelo 1017 (voltado para serviços de apoio nas fazendas), Atego 2730 (mais vendido para apoio nas fazendas, cana, combate a incêndio), Arocs (para as áreas florestal e de cana) e Actros 2651 (robusto e que transporta até 74 toneladas).

Guia dá dicas sobre comunicação e reputação positiva do agronegócio — A comunicação como ferramenta para aumentar a reputação positiva do agronegócio é o conteúdo do Guia de Comunicação para o Agronegócio (Editora Aberje), do jornalista Nicholas Vital, que teve pré-lançamento no dia 02 de maio (terça-feira) na Agrishow 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação.

— A falta de comunicação do agro contribuiu para problemas reputacionais do setor e o livro surgiu de uma demanda das próprias empresas por uma comunicação mais eficiente— observou o autor.

A obra traz informações importantes para a construção de um diálogo eficaz entre a empresa e públicos diversos e como ela pode e deve ser usada para ressaltar a relevância econômica, social e ambiental, tanto da empresa em si quanto do próprio agronegócio.

— O conteúdo apresenta o que existe de mais moderno em termos de comunicação, com exemplos/cases que se mostraram eficazes para ampliar o diálogo do agro com a sociedade. Busca auxiliar e orientar as pessoas de comunicação dentro das empresas e, mais importante, levar essa informação também para as lideranças, fundamentais no trabalho de criar uma cultura de comunicação dentro das organizações — ressaltou o Vital.

De olho no material escolar fecha parcerias com grandes empresas para mobilizar cerca de 3 mil estudantes na Agrishow 2023

Cerca de três mil estudantes da região de Ribeirão Preto tem a oportunidade de conhecer as melhores práticas do agronegócio brasileiro, em temas como inovação, produtividade e agenda ESG (ambiental, social e de governança), durante a Agrishow 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, graças a uma parceria entre a associação De Olho no Material Escolar e grandes empresas relacionadas ao setor, com apoio também da Prefeitura da cidade.

“Vivenciando a Prática” é o nome da atividade que levará os alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio para uma imersão educativa em processos de pesos-pesados como Jacto, John Deere, Coopercitrus, Sicoob Cocred, Cimoagro/Bayer, Stara, Credicitrus, Coplacana, Romancini, Ocesp – Sicoob SP, Massey Ferguson, New Holland e Bradesco.

. Agrishow 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, de 1º a 05 de maio (segunda a sexta-feira), das 9 às 18 horas, na Rodovia Antônio Duarte Nogueira, Km 321 - Ribeirão Preto (SP). | www.agrishow.com.br | . Mais sobre o evento, clique no banner ao lado neste Canal Agronegócios.

Canal Rural - SP   04/05/2023

Executivos do setor relatam reajustes superiores a 10% no último ano, e não vislumbram uma redução no curto prazo.

Nesta quarta-feira (3), durante a Agrishow, o vice-presidente da New Holland para a América Latina, Eduardo Kerbauy, disse que os preços de máquinas agrícolas não devem baixar.

Segundo Kerbauy, embora a inflação no setor seja mais previsível, ela não é amena. “Os crescimentos de preços foram lineares nos últimos anos, diferentemente de fertilizantes, em que as variações são maiores devido à especulação. No caso de máquinas agrícolas, pesa mais a disponibilidade”, diz.

“Essa inflação veio para ficar. Seria leviano pensar que agora chegou o momento [de os preços] de máquinas baixarem”, complementa.

A opinião é compartilhada por Marco Rangel, presidente da FPT Industrial para a América Latina.

“A cadeia de fornecimento ainda não se recuperou e isso tem impacto nos preços. Não vislumbramos mudanças no curto e médio prazo”, afirma. A FPT fabrica motores automotivos e 25% de seus clientes são empresas do agronegócio.
‘Produtor ganha em economia e produtividade’

Ana Helena Andrade, diretora de Assuntos Governamentais da AGCO, ressalta que a alta nos preços, no entanto, é normal e que isso aconteceu com todas as indústrias, não apenas no Brasil, mas no mundo. E que o preço não impede o produtor de comprar.

“O agricultor vai ver o quanto ele vai ganhar com aquela máquina em produtividade e economia. Se o valor for vantajoso, ele vai comprar. Além disso, uma máquina de cinco anos atrás é totalmente diferente de uma máquina hoje, que tem muito mais tecnologia embarcada. Preço não é um fator impeditivo”, diz.
Venda de máquinas agrícolas permanece estável

Ainda nesta quarta-feira, também na Agrishow, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa montadoras de automóveis, caminhões e máquinas agrícolas, apresentou os resultados mensais das vendas de máquinas agrícolas no mês e no trimestre.

Nos três primeiros meses deste ano, a venda de tratores e colheitadeiras ficou estável em relação ao mesmo período de 2022: foram 14.145 em 2023, contra 14.128, um aumento de 0,1%.

No mês de março deste ano, foram comercializadas 6.207 máquinas agrícolas, um aumento de 32,4% na comparação com o mesmo mês de 2022.

Segundo o vice-presidente da Anfavea, Alexandre de Miranda, depois de um ano muito bom para o setor, 2023 tem demonstrado estabilidade, por enquanto.

“Ainda é cedo para dizer como será o ano. Em fevereiro, a Anfavea divulgou a previsão de uma queda de 3,5%, que possivelmente será revisada no meio do ano. Nos estandes aqui da feira tem muita gente que está vendendo o mesmo que no ano passado, o que indica que o mercado está bom. Em volume, provavelmente o resultado da Agrishow será melhor, mas não com o mesmo número de unidades vendidas”, afirma.
Plano Safra

Miranda defende a suplementação de recursos para linhas de crédito e diz que um novo Plano Safra robusto é essencial para o setor.

“Os produtores, especialmente os médios e os pequenos, precisam das linhas com recursos subsidiados para fazer investimentos e comprar. Neste momento, está comprando apenas aquele produtor que precisa mesmo”, diz.

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