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03 de Outubro de 2023

SIDERURGIA

IstoÉ Dinheiro - SP   03/10/2023

As compras de aço por parte do setor de automóveis dos Estados Unidos começaram a abrandar durante o verão dos Estados Unidos, à medida que a greve do sindicato United Auto Workers (UAW) parecia mais provável, aumentando a pressão sobre os preços do aço que já tinham sido pressionados pela fraqueza nos setores da indústria transformadora e da construção comercial. O preço do mercado spot para chapas de aço bobinadas de referência caiu 40% desde abril.

A demanda por aço da indústria automobilística foi um ponto positivo para a indústria siderúrgica no ano passado. Os volumes de produção de veículos recuperaram dos estrangulamentos da cadeia de abastecimento durante a pandemia da covid-19.

As siderúrgicas têm investido em fábricas novas e existentes, antecipando o aumento da procura de aço proveniente de projetos federais de infraestruturas, fábricas de baterias para veículos elétricos e aumento da produção automóvel.

Petro Notícias - SP   03/10/2023

A ArcelorMittal promove a Maratona de Inovação 2023. A edição deste ano será realizada na próxima quarta-feira (4) no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e contará com a participação de grandes nomes, empresas e startups de destaque. A 3ª edição da Maratona de Inovação somará mais de 10 horas de conteúdo, com palestras, painéis e rodadas de negócios. O evento prevê a emissão de certificado de participação, como destaca Rodrigo Carazolli, Líder de Inovação Aberta da ArcelorMittal: “Teremos conosco especialistas para compartilhar estratégias, cases, dicas e experiências. Nós queremos promover discussões, inspirar e engajar as pessoas, fortalecendo o ecossistema de inovação aberta e a consciência para criação de um futuro mais sustentável”.

Nesta edição, destaque para cinco nomes importantes em sua programação: vão falar sobre as temáticas ESG, futuro e inovação na edição deste ano. Roberta Machado, CEO da In Press Porter Novelli, vai falar sobe “ A influência a favor do futuro.” Tatiana Velasco, Diretora de Futuro da ArcelorMittal, falará sobre “ STEAM para um futuro sustentável.”

Os participantes do evento também contribuirão para uma causa social. O valor arrecadado com a venda dos ingressos será totalmente revertido para o “Centro Cultural Lá da Favelinha“, uma iniciativa independente e sem fins lucrativos. Criada em 2015, promove a educação, a cultura e o desenvolvimento humano dos moradores do Aglomerado da Serra em Belo Horizonte. A Belgo Arames, o Açolab (primeiro laboratório de inovação aberta da indústria do aço) e o iNO.VC (espaço de inovação aberta do segmento de Aços Planos da ArcelorMittal) também são apoiadores do evento.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   03/10/2023

As previsões do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos em 2023 ficaram estáveis na edição do boletim Focus desta segunda-feira (2). A pesquisa - realizada com economistas - é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).

Para este ano, a expectativa para o crescimento da economia permaneceu em 2,92%. Já para 2025, o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país - deve ficar em 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

Superando as projeções, no segundo trimestre do ano a economia brasileira cresceu 0,9%, na comparação com os primeiros três meses de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%.

O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.

Inflação

A previsão para este ano do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerada a inflação oficial do país – permaneceu em 4,86% nesta edição do Focus. Para 2024, a estimativa de inflação subiu de 3,86% para 3,87%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em agosto, influenciado pelo aumento do custo da energia elétrica, o IPCA foi de 0,23%, segundo o IBGE. O índice é superior ao registrado em agosto do ano passado, quando havia sido observada deflação (queda de preços) de 0,36%.

O IPCA acumula 3,23% no ano. Em 12 meses, a inflação acumulada é de 4,61%.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

Ainda assim, em ata divulgada na terça-feira (26), o Copom reforçou a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista para que se consolide a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025 e a ancoragem das expectativas. As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta preocupam o BC e são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Demanda

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Por fim, a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 4,95 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,02.

IstoÉ Online - SP   03/10/2023

O Banco Mundial reduziu a previsão de expansão econômica para a China neste ano para 5,1%, de 5,6% projetado em junho, diante das dificuldades internas persistentes do país, incluindo o enfraquecimento da recuperação vinda da reabertura da economia, o endividamento elevado e a fraqueza no setor imobiliário. Fatores estruturais como o envelhecimento da população também pesarão sobre o crescimento na China, desacelerando o ritmo da economia para um crescimento de 4,4% em 2024, segundo relatório de atualização econômica sobre a região do Leste Asiático e Pacífico.

O crescimento da região do Leste Asiático e Pacífico deve seguir robusto em 2023, com ritmo projetado de 5%, mas perderá vigor no segundo semestre de 2023 e deverá ser de 4,5% durante 2024, de acordo com o documento. A recuperação do crescimento global e a flexibilização das condições financeiras podem compensar o impacto da desaceleração da expansão da China e das medidas de política comercial nos outros países, diz o Banco Mundial.

Mesmo assim, o crescimento regional este ano é superior ao crescimento médio projetado para todos os outros mercados emergentes e economias em desenvolvimento, diz o documento.

A intensificação das tensões geopolíticas e a possibilidade de catástrofes naturais, incluindo fenômenos meteorológicos extremos, constituem riscos adicionais que podem afetar negativamente as perspectivas, destaca o Banco Mundial.

“A região do Leste Asiático e Pacífico continua sendo uma das regiões de crescimento mais rápido e mais dinâmicas do mundo, mesmo que o crescimento esteja a moderar”, afirmou a vice-presidente do Banco Mundial para a Ásia Oriental e Pacífico, Manuela Ferro. “A médio prazo, a sustentação de um crescimento elevado exigirá reformas para manter a competitividade industrial, diversificar os parceiros comerciais e liberar o potencial de aumento da produtividade e de criação de emprego do setor dos serviços.”

Na avaliação do Banco Mundial, os setores dos serviços podem desempenhar um papel cada vez maior na condução do desenvolvimento na região, ainda reconhecida pelo crescimento liderado pela indústria. Os setores dos serviços já se tornaram contribuintes essenciais para o crescimento agregado da produtividade do trabalho ao longo da última década. As exportações de serviços cresceram mais rapidamente do que as exportações de bens. E o crescimento do investimento direto estrangeiro nos serviços excedeu o da indústria transformadora na China, Indonésia, Malásia, Filipinas e Tailândia.

Endividamento

O relatório observou que a dívida como porcentual do PIB aumentou significativamente ao longo da última década na maioria dos países da região. O endividamento corporativo também subiu significativamente na China e no Vietnã em mais de 40 pontos porcentuais do PIB desde 2010, e agora excede o nível nas economias avançadas, ponderou o Banco Mundial.

E a dívida das famílias é agora significativamente mais elevada na China, na Malásia e na Tailândia, em comparação com níveis em outros mercados emergentes.

Transição na China

A China tem procurado novos motores de crescimento com base no consumo e na inovação que evitem os problemas inerentes ao antigo modelo de crescimento, mas a transição está sendo difícil, segundo o Banco Mundial. Algumas escolhas e mudanças políticas exacerbaram a incerteza para consumidores e investidores e provocaram perda de confiança, atribuível em parte à queda dos preços dos imóveis, aumentando o endividamento. E as implicações do envelhecimento levaram a um novo aumento da já elevada taxa de poupança para 33%.

O crescimento do investimento privado em ativos fixos oscila em torno de zero porcentual desde 2021, pressionado pela dívida elevada, diminuindo lucros operacionais e causando incerteza persistente.

Reformas estruturais, incluindo uma maior liberalização do sistema Hukou, que tinha entre seus objetivos principais desencorajar a movimentação dos habitantes do campo para as cidades, seria um dos passos para criar a base para um crescimento inclusivo e sustentável, diz o relatório.

Infomoney - SP   03/10/2023

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, abriu evento na manhã desta segunda-feira, 2, em São Paulo, chamando a atenção para a piora recente provocada pelo aumento dos preços de energia na inflação global. Assim, observou, a barra para corte de juros ficou mais alta no mundo.

Durante evento da Abracam, associação que representa as corretoras de câmbio, Campos Neto pontuou que a inflação vinha caindo quase no mundo inteiro, porém, recentemente, mostrou uma piora, basicamente em função do aumento do petróleo.

Ele atribuiu o avanço da cotação do barril da commodity para perto de US$ 100 à política de corte da oferta pela Opep, somada à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Ao falar sobre o cenário internacional, o presidente do BC frisou que a resiliência da inflação força bancos centrais a manter os juros altos por mais tempo.

Em alguns países, afirmou, a inflação parou de cair, sofrendo pressão da mão de obra apertada e volta do aumento dos preços de imóveis. “Isso tem sido levantado por alguns banqueiros centrais. Não é o caso do Brasil, mas é o caso de alguns países desenvolvidos”, declarou.

Apesar disso, emendou Campos Neto, os núcleos de inflação mostram, em geral, trajetória benigna, incluindo queda maior em emergentes, em especial na América Latina.

No Brasil, destacou, a inflação está abaixo da média global e dentro da margem de tolerância da meta até 2025. “Os países ou estão na meta ou estão entrando na meta”, assinalou.

IstoÉ Dinheiro - SP   03/10/2023

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a elogiar nesta segunda-feira, 2, a manutenção da meta central de inflação em 3% nos próximos anos. Ele repetiu a avaliação de que o aumento da meta reduziria o grau de liberdade da política monetária, uma vez que as expectativas não apenas convergiriam para a meta mais alta, como incorporariam um prêmio pelo risco de o governo voltar a mexer no objetivo.

“Foi uma decisão correta”, disse Campos Neto, durante evento da Abracam, associação que representa as corretoras de câmbio. “O governo brasileiro faz bem em manter a meta de inflação na meta de 3%”, reiterou.

Embora tenha chamado a atenção para a piora da inflação no mundo por conta, principalmente, do aumento do petróleo, Campos Neto ponderou que, em geral, a inflação está em situação benigna no Brasil por conta da desinflação dos alimentos.

Globo Online - RJ   03/10/2023

A balança comercial brasileira registrou um superávit acumulado de US$ 71,309 bilhões no período de janeiro a setembro de 2023, o maior valor já contabilizado desde o início da série histórica, em 1989. O recorde anterior foi em 2020, quando as exportações superaram as importações de US$ 56,43 bilhões nos nove primeiros meses do ano.

Pelos números divulgados, nesta segunda-feira, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, no acumulado do ano as vendas externas somaram US$ 253,009 bilhões e as importações, US$ 181,7 bilhões. No mês, o saldo foi positivo em US$ 8,904 bilhões, resultado de US$ 28,431 bilhões em exportações e US$ 19,527 bilhões em importações.

O desempenho positivo do comércio exterior brasileiro levou o governo a revisar para cima sua projeção de saldo positivo para este ano. A nova estimativa passou de US$ 84,7 bilhões para US$ 93 bilhões, o que seria um novo recorde histórico, com exportações de US$ 334 bilhões e importações de US$ 241 bilhões.

— Com os resultados ao longo do ano, as previsões se mantiveram, e agora com essa nova projeção, temos a expectativa de ter um saldo de US$ 93 bilhões, mais de 50% superior ao recorde anterior, que foi o de 2022 — disse o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.

Os números tornados públicos mostram que, ao longo do ano, a balança está superavitária, principalmente, devido à expansão das vendas de soja e petróleo, do lado das exportações — que no entanto tiveram uma alta de apenas 0,4% nos nove primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2022. Outro fator que teve forte influência foi a queda de 11,3% nas importações na mesma base de comparação.

Os principais produtos exportados foram soja, óleos brutos de petróleo, minério de ferro e açúcar. Já entre os importados, destacaram-se fertilizantes e máquinas e equipamentos.

Diário do Comércio - MG   03/10/2023

A exemplo de experiências bem-sucedidas como as que aconteceram na Alemanha no século XIX, e na Coreia do Sul, no século XX, a industrialização no Brasil também é considerada um processo tardio e impulsionado pela figura do Estado. As primeiras manufaturas foram abertas ainda durante o século XIX, mas não se consolidaram em função do domínio político exercido pelos representantes do setor primário.

Com a Crise de 1929 e a derrocada das lavouras de café, o progresso da industrialização passou a ganhar prioridade, desta feita no contexto do governo Vargas e do Estado-novo. Neste período, os capitais privados, proveniente dos cafeicultores, e o capital estatal foram a base para a construção de siderúrgicas, ferrovias e portos.

A chegada de Juscelino Kubitschek ao poder e com o acirramento da Guerra Fria ensejaram oportunidades para uma nova etapa de industrialização marcada pelo ingresso de empresas multinacionais e capital para o financiamento de novas plantas industriais no País. A composição do capital estatal, privado, nacional e internacional promoveram a cadeia produtiva do automóvel, resultando no crescimento da malha rodoviária brasileira e na maior conexão do território nacional.

Durante os anos 1960 e 1970 houve um boom da industrialização no Brasil com uma variedade de fábricas que produziam desde os bens de consumo não duráveis e bens de capital.

A partir de uma importante revolução produtiva associada à microeletrônica e às tecnologias da informação, passaram a ocorrer mudanças significativas no modo de produção. Neste cenário de final da Guerra Fria e da cessação da oferta de capitais estrangeiros, a indústria brasileira, cada vez mais sucateada e menos competitiva internacionalmente, passou a ser objeto de medidas neoliberais, intensificando a concorrência interna com a maior presença das empresas estrangeiras. Esse período foi marcado por uma onda de privatizações de organizações estatais, pelo processo de fusão e aquisição de companhias menores por outras de maior porte e pelo fechamento ou aquisição de diversas fábricas nacionais pelas internacionais.

Superados os desafios da crise da dívida externa e da hiperinflação, com o início do atual milênio passaram a ser recorrentes as tentativas de reindustrialização do País. Não obstante os PACs 1 e 2 tenham logrado êxito em alguns setores como o da construção de infraestrutura, produção de energia limpa e petróleo, não se conseguiu criar um processo consistente de desenvolvimento sustentado a partir da indústria. Seja pela ausência de foco das medidas do PACs 1 e 2, ou pela inexistência de um consenso político a respeito do tema, o fato é que a reindustrialização ainda não pegou.

Com a eleição do novo governo em 2022, o tema voltou à agenda de prioridades com o anúncio do PAC 3, quando o governo federal anunciou um valor previsto de R$ 1,7 trilhão, com a expectativa de desembolsos até 2026 de R$ 1,4 trilhão. Esse aumento dos investimentos tem a potência de elevar a taxa de investimentos para algo em torno de 21,5% do PIB, teria efeitos multiplicadores caracterizando um novo ciclo de reindustrialização ou neoindustrialização. Dessa forma, entendendo-se este processo como a reedição da indústria em novos setores sustentáveis, nos quais o Brasil poderá ter maiores vantagens competitivas.

Detentor da melhor matriz energética do mundo, além de futuro produtor com saldo de carbono zero e exportador de energia sustentável, o Brasil tem potencial para se destacar como ofertante internacional de produtos verdes. Esses fatores podem ainda ser potencializados a partir das sinergias com a produção do agronegócio e com o aumento da preocupação mundial com a aceleração das mudanças climáticas.
Todavia, há alguns óbices relevantes para a consecução desta nova etapa de industrialização.

Primeiramente, é indispensável a participação do capital privado nacional e internacional no processo, mas estes dependem, logicamente, da construção de um relativo consenso político a respeito da importância do tema. Outra questão importante é a superação de alguns gargalos no transporte e na infraestrutura (aero) portuária, além da falta de qualificação no Brasil que não dispõe da oferta de ensino de qualidade e tem a presença de jovens brasileiros reduzida nas universidades.

Infomoney - SP   03/10/2023

Diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Michelle Bowman afirmou nesta segunda-feira, 2, que considera “apropriado” elevar mãos juros e mantê-los em “nível restritivo por algum tempo” a fim de que a inflação volte à meta de 2%. Ela falou em evento da Mississippi Bankers Association e da Tennessee Bankers Association, e comentou que a inflação “continua muito elevada” no país.

Michelle Bowman disse que a leitura mais recente do índice de gerentes de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) nos EUA mostrou que a inflação respondia em parte aos preços mais altos do petróleo. “Eu vejo um risco continuado de que os preços altos de energia possam reverter parte do progresso visto na inflação nos últimos meses”, advertiu.

Ao mesmo tempo, a economia “tem se mantido forte” no momento em que o Fed aperta a política monetária, com crescimento “em ritmo sólido” do Produto Interno Bruto (PIB). Os gastos dos consumidores “permanecem robustos” e o setor imobiliário parece continuar a reagir. O dado mais recente mostrou também um mercado de trabalho “com ganhos sólidos”.
O sistema bancário, por sua vez, continua “forte e resiliente”. Apesar do aperto nos padrões de empréstimo, não houve uma grande contração no crédito que se traduziria em desaceleração significativa da atividade, notou.

Michelle Bowman considera que revisões de dados dificultam a tarefa do Fed, mas continua a esperar que mais altas de juros sejam necessárias para levar a inflação à meta, de modo sustentável e no momento adequado. Mas ela ressaltou que a política “não está em rumo predefinido”, e que as decisões serão baseadas nos indicadores e suas implicações para a perspectiva econômica.

A diretora do Fed também falou sobre regulação bancária. Comentou que o BC americano está concentrado em revisar regulações que envolviam bancos que quebraram.

Segundo ela, há atualmente uma oportunidade de revisitar a trajetória da reforma regulatória, e ainda é preciso trabalhar para avaliar todos os fatores que contribuíram para a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e as quebras subsequentes do Signature Bank e do First Republic.

Ela disse que as prioridades na supervisão já têm sido influenciadas pelas quebras mais cedo neste ano dos bancos citados.

IstoÉ Online - SP   03/10/2023

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,7 ponto em setembro ante agosto, para 94,1 pontos, informou nesta segunda-feira, 2, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador se manteve pelo quarto mês consecutivo dentro de uma faixa de confiança moderadamente baixa, entre 94 e 95 pontos, ressaltou a FGV.

“A confiança empresarial acomoda em patamar inferior ao nível neutro de 100 pontos, mas com resultados heterogêneos entre os setores. A percepção sobre a situação atual dos setores de Serviços e Construção indica certa resiliência, enquanto na Indústria e no Comércio as avaliações sugerem uma fase de desaceleração. As expectativas vêm se tornando menos otimistas em todos os setores exceto na Construção, segmento que ainda prevê um ambiente de negócios favorável para os próximos meses. O pessimismo das empresas no horizonte de seis meses preocupa por ser uma variável que costuma antecipar decisões de investimentos e contratações nos meses seguintes”, avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,9 ponto em setembro ante agosto, para 94,5 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 2,1 pontos, para 93,1 pontos, com perdas em todos os componentes no mês. Os destaques negativos foram a avaliação sobre a demanda no horizonte de três meses, queda de 1,9 ponto, e a tendência dos negócios seis meses à frente, redução de 2,1 pontos, fechando o mês em 90,0 pontos, “mais distante do nível neutro de 100 pontos que os outros componentes de expectativas”, apontou a FGV.

Na passagem de agosto para setembro, a confiança dos serviços caiu 0,5 ponto, para 96,9 pontos; a do comércio diminuiu 1,6 ponto, para 92,2 pontos; a da indústria teve redução de 0,4 ponto, para 91,0 pontos; e a construção aumentou 2,2 pontos, para 98,1 pontos.

Em setembro, a confiança avançou em 43% dos 49 segmentos integrantes do ICE.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.818 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 26 de setembro.

MINERAÇÃO

Diário do Comércio - MG   03/10/2023

A produção industrial no Estado cresceu no mês de agosto e registrou 52,3 pontos na pesquisa Sondagem Industrial, da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). É a primeira vez que o índice fica acima dos 50 pontos – ou seja, registra aumento da produção – em três meses. Apesar disso, é o número mais baixo para o mês nos últimos quatro anos. Em 2022, o índice de evolução da produção registrou 53,6 pontos.

Para a economista da Fiemg, Daniela Muniz, ainda não dá para mensurar se o aumento da produção foi pelo maior número de dias úteis em agosto ou pela entrada do segundo semestre, tradicionalmente mais aquecido que o primeiro. “No segundo semestre nós costumamos ter um aumento da produção. As empresas começam a contratar, por conta da Black Friday, das festas de final de ano, mas só vamos saber se realmente é um aquecimento para o segundo semestre agora a partir dos próximos meses”, comenta.

A economista explica que a produção de agosto ser a menor para o mês nos últimos anos é um reflexo da alta taxa de juros estabelecidas pelo Banco Central. Apesar do BC ter começado um ciclo de cortes, o impacto das alterações na economia é refletido apenas após algum tempo. “Nós temos um descasamento do prazo do aumento da taxa de juros e o tempo que ela chega na economia. O Banco Central teve que aumentar a taxa de juros ao longo de um certo período para desacelerar a economia e conter a inflação, só que isso demora um pouco para atuar na economia. E estamos vendo que agora está atuando com essa desaceleração que temos visto na atividade”, disse.

Além disso, a pesquisa mostra que o indicador de estoques de produtos finais recuou em agosto (49,1) e ficou próximo do planejado pela indústria, após cinco meses de estoques indesejados. A representante da Fiemg explica que, desde 2021, a indústria aponta problemas de estoque excessivo, resultado de uma demanda enfraquecida pela política monetária restritiva para conter a inflação.

“O mecanismo de transmissão da política monetária atuou sobre a demanda doméstica e consequentemente sobre setores que dependem dessa demanda. Após muitos meses acima do planejado, os estoques ficaram ajustados, ou seja, mostra que a demanda foi de acordo com o esperado. Vamos ver no próximo mês se vai continuar como uma tendência ou se foi apenas um movimento pontual”, afirma.

A pesquisa da Fiemg captou que os industriais mineiros continuam otimistas com a economia do País, mas mais moderados nessa confiança. O índice de expectativa de demanda de setembro, de 55,6, é 2,3 pontos menor do que o mesmo mês do ano passado. Os indicadores de expectativa de compra de matéria-prima (53,9), de número de empregos (51,9) e intenção de investimento (59,4) são, respectivamente, os mais baixos para o mês em seis, quatro e três anos.

A economista explica que fatores externos e internos contribuíram para essa moderação do otimismo. No mundo, ela aponta a desaceleração da economia chinesa e a manutenção da política monetária nos Estados Unidos. No Brasil, ela destaca a inflação acima da meta e o conflito entre uma política fiscal expansionista com uma política monetária restritiva, que deve dificultar uma redução mais intensa da taxa de juros.

“As expectativas positivas foram influenciadas pela resistência do mercado de trabalho, medidas de transferência de renda promovidas pelo governo, alívio recente da inflação e início da redução dos juros. Mas há muitos desafios pela frente e com isso os empresários ficam cautelosos. Isso impede que os índices de expectativas se alterem muito”, disse.

Daniela Muniz expressa que a incerteza com o equilíbrio das contas públicas brasileiras ainda é um fator de relativa intranquilidade para o empresariado. Mesmo que medidas como o arcabouço fiscal e a reforma tributária tenham avançado no Congresso Nacional, não há muita clareza sobre como serão finalizadas e quais seus impactos.

“Essas medidas dão um pouco mais de tranquilidade. Nós vemos que os empresários têm continuado otimistas, mas ao mesmo tempo tem vários fatores que ainda estão um pouco nublados. Nós temos dúvidas como vai acontecer, não está muito definido. Até que o empresário tenha um terreno mais firme para poder pisar, ele vai continuar cauteloso. A tendência é que esse otimismo não deslanche por enquanto”, finalizou.

Máquinas e Equipamentos

Tribuna - PR   03/10/2023

A fábrica da Perkins, empresa da Caterpillar, localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), parou a linha de produção na tarde de sexta-feira (29) para comemorar 20 anos de funcionamento. A unidade é parte do grupo internacional líder mundial de equipamentos e motores para a agricultura, construção e mineração, turbinas industriais a gás e locomotivas.

A unidade, instalada em 2003 na capital paranaense, produz motores para os setores agrícola, de construção e geração de energia que são exportados para Ásia, Europa e Américas, contribuindo para Curitiba ser referência em tecnologia.

O prefeito em exercício Eduardo Pimentel participou da celebração exaltando a força da CIC, que este ano completou 50 anos com 20 mil empresas e 80 mil empregos.
250 funcionários

Em Curitiba, a fábrica conta com uma equipe de 250 funcionários. Em agosto, o grupo chegou à marca de 375 mil motores produzidos.

“É com muito orgulho que celebramos hoje todas as transformações que passamos desde 2003, com conquistas importantes. Investimentos em tecnologia, inovação e compromisso com a sustentabilidade permitiram que, desde 2009, produzíssemos motores dentro dos requisitos de emissões de carbono atualmente vigentes no Brasil e homologados para operar com combustíveis de baixa intensidade”, ressaltou o gerente geral da fábrica em Curitiba, Rodrigo Chibior.

A unidade curitibana também soma o recorde de 18 anos consecutivos sem acidentes de trabalho com afastamento e as ações de apoio social à comunidade local, como o suporte financeiro ao Hospital Erasto Gaertner, via leis de incentivo.

Fundada em 1932 em Peterborough (Reino Unido) e há 70 anos no Brasil, com unidades em quatro estados, a Caterpillar somou US$ 59,4 bilhões em vendas e receitas no ano passado.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   03/10/2023

As vendas totais de veículos novos em setembro caíram 4,8% na comparação com o mês anterior, e somaram 197,7 mil unidades, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O resultado negativo é explicado pela menor número de dias úteis em setembro, em razão do feriado prolongado do Dia da Independência. Na média diária, os números do mês passado estão melhores.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o resultado foi 1,9% maior, segundo dados preliminares do setor. De janeiro a setembro foram vendidos 1.629,6 milhão de unidades, alta de 8,5% em relação ao acumulado em igual período de 2022. Dados oficiais serão divulgados amanhã pela Federação Nacional das Distribuidoras de Veículos Automotores (Fenabrave).

Somente em automóveis e comerciais leves foram licenciadas no mês passado 187,8 mil unidades, queda de 4,9% ante agosto, mas 3,4% melhor ante os números de setembro de 2022. No ano, as vendas do segmento totalizam 1.537,6 milhão de unidades, 9,9% melhor que o volume do ano passado.

GM quer reduzir pessoal

Ainda que o mercado venha se recuperando lentamente, pelo menos uma fabricante já confirmou esperar números abaixo do previsto para este ano ano e para 2024. A General Motors negocia programas de demissão voluntária (PDV) com os trabalhadores de suas três fábricas de São Paulo.

Em nota divulgada aos funcionários no mês passado, a GM afirmou que “o cenário de vendas de veículos no Brasil está obrigando a indústria automotiva a fazer ajustes em suas capacidades produtivas. Agora, os ajustes não são mais por falta de peças: é necessário adaptar as fábricas ao tamanho do mercado”.

No mês passado, a GM vendeu quase 28 mil automóveis e comerciais leves, ficando com 14,9% da fatia do mercado total, atrás da Volkswagen, com 15,9% (29,8 mil unidades) e da Fiat, com 23% (43,2 mil). No ano, a Fiat também segue na liderança, com 22,1% das vendas. As quatro melhores posicionadas na sequência são Volkswagen (15,6%), GM (15,4%), Toyota (9,1%) e Hyundai (8,3%).

Na sexta-feira, 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgará o balanço de produção, exportações e empregos relativos a setembro e ao acumulado do ano.

Valor - SP   03/10/2023

Novo acordo abrange cerca de 4 mil funcionários da montadora em fábricas localizadas nos Estados de Pensilvânia, Maryland e Flórida.

O sindicato United Auto Workers (UAW) anunciou na noite do domingo que chegou a um acordo para novo contrato trabalhista com a Mack Trucks, do grupo Volvo, evitando uma possível paralisação.

O novo acordo abrange cerca de 4 mil funcionários da montadora em fábricas localizadas nos Estados de Pensilvânia, Maryland e Flórida. O contrato anterior terminaria à 1h da manhã (horário de Brasília) desta segunda-feira.

Os detalhes do novo acordo ainda não foram divulgados, mas mostram que uma resolução rápida similar pode ser alcançada com Ford, Stellantis e General Motors (GM), que estão em greve desde meados de setembro.

Por outro lado, com menos uma montadora em greve, a UAW terá recursos adicionais para focar em uma paralisação mais longa contra as três grandes montadoras americanas, dando maior poder ao sindicato nas negociações.

Quando a greve começou, em 15 de setembro, o fundo da UAW tinha cerca de US$ 825 milhões e o sindicato planejava pagar US$ 500 por semana a cada trabalhador grevista. Evitando a paralisação na Mack Trucks, sobram recursos para a grande greve.

Na última sexta-feira, o sindicato anunciou novas paralisações contra fábricas da GM e Ford, poupando Stellantis. Na semana anterior, a UAW não havia escalado a greve contra a Ford, o que indica que as negociações não avançam mais como eles querem.

Valor - SP   03/10/2023

Em carros de passeio o desafio da autonomia é maior pois cidades e rodovias estão pouco conectadas.

A indústria tem avançado rapidamente no desenvolvimento de veículos que dispensam o motorista. Embora não estar ao volante do seu próprio carro possa ser o sonho de consumo de muita gente, é nos veículos comerciais que a direção autônoma tem se mostrado mais relevante. As experiências abrangem desde o miniveículo que entrega sanduíches dentro de um condomínio no Brasil e o microônibus que transportou atletas em Tóquio até o caminhão que “trabalha” dentro de uma mina da Suécia.

Caminhões autônomos têm ajudado a melhorar a produtividade nas situações em que existe uma rota definida ou a operação é feita em local confinado. Há sete anos, a Volvo começou a testar, na Suécia, veículos autônomos nessas condições. Um modelo pesado autônomo começou a ser usado em operações subterrâneas na mina de Kristineberg, na Lapônia sueca, ao Norte do país escandinavo. O caminhão carrega pedras de um lado para o outro, em estreitos túneis, a uma profundidade de 800 metros.

O veículo que dispensa motorista representa uma ameaça para os caminhoneiros? Em princípio, sim. Mas, ao mesmo tempo, os engenheiros da indústria argumentam que a automação em algumas aplicações, como a da mina em Kristineberg, livram os motoristas de situações insalubres.

Como exemplo de rota fixa, a Volvo já testou caminhões de lixo autônomos. O veículo circula em trajeto predefinido, parando ao lado de cada um dos contêineres de lixo dispostos em fileira ao longo de uma via. O trabalho humano fica para o operador que, do lado de fora do veículo, vai organizando a coleta. O sistema funciona, claro, desde que os contêineres estejam em seu devido lugar.

Em carros de passeio o desafio é maior pois cidades e rodovias estão pouco conectadas.

No Brasil, a Volvo chegou a testar um caminhão autônomo numa lavoura de cana-de-açúcar no Paraná. O objetivo era aumentar a produtividade. A precisão da direção autônoma evita o pisoteamento das mudas que normalmente acontece no processo tradicional. Apesar de bem-sucedida, a experiência não foi adiante por esbarrar nos altos custos do equipamento.

Há alguns, a Ford fez uma parceria com a Domino’s para testar a entrega de pizzas em Michigan, nos Estados Unidos. Foi uma espécie de teste para o futuro da direção autônoma. O veículo era programado para determinada rota e endereço. O cliente podia acompanhar o processo pelo aplicativo e recebia uma senha para destravar a porta num teclado colocado no lado de fora do veículo.

A automação em carros de passeio também avança. Mas nesse caso os desafios são maiores porque as rotas não são constantes e poucas cidades e rodovias estão conectadas o bastante para dispensar a intervenção humana ao volante.

Em carros de passeio, existem vários níveis de automação. O inicial, e mais usado hoje, permite que o motorista tire as mãos do volante por um curto período de tempo sem comprometer o traçado. Num nível mais adiantado, ele pode desviar totalmente a atenção da pista para realizar outras tarefas, enquanto o carro é auxiliado por câmeras e sensores que identificam o movimento dos demais objetos e veículos ao redor. Na fase totalmente autônoma, que ainda passa por testes, o motorista poderá até dormir - ou nem estar no carro.

Mesmo sem o meio urbano devidamente conectado aos veículos, é possível incluir a automação em algumas situações do dia a dia. Em automóveis de luxo das alemãs BMW e Audi ou da sueca Volvo vendidos no Brasil torna-se cada vez mais comum o uso do sistema que automaticamente recoloca o carro na faixa de rolagem se o motorista vacilar, desde que a faixa esteja visível aos sensores do carro. O motorista de carros da chamada linha premium também começa a se habituar a “deixar” o carro fazer a baliza sozinho numa vaga de estacionamento.

Muitos veículos de luxo importados chegariam ao mercado brasileiro com maior dose de automação. Mas, em alguns casos, a fabricante sequer ativa o sistema porque ele não funcionaria pela falta de conectividade nas cidades e estradas. Isso abrange desde as faixas de rolamento nas pistas até semáforos e placas de trânsito.

A automação também estimula a criatividade das equipes de design. Quando o carro definitivamente não precisar mais de humanos na direção não haverá mais a necessidade do espaço para o motorista. Nem sequer a maioria das informações que aparecem no painel de controle.

E para que duas pessoas se sentarem nos bancos da frente e mais duas ou três no traseiro, como se estivessem num teatro? A indústria já fez protótipos de veículos que fazem do carro uma sala de reuniões, em que os participantes podem se sentar de frente uns para os outros. E não precisa ser só para trabalho. Alguns podem querer jogar cartas enquanto viajam, por exemplo. As portas não precisarão abrir da forma como abrem hoje. As soluções da direção autônoma são infinitas.

No caso dos veículos de passeio, a direção autônoma ainda é uma solução para poucos. Mas as oportunidades se ampliam à medida que a tecnologia avança nos veículos maiores, como vans.

Na Olimpíada de Tóquio 2020, que ocorreu em 2021 em razão da pandemia, a Toyota ofereceu veículos autônomos para transportar os atletas dentro da Vila Olímpica. O chamado e-Palette, o veículo testado, é uma espécie de micro-ônibus com capacidade para 20 passageiros. Os veículos, que ofereciam acomodação para cadeirantes, também foram usados durante os Jogos Paralímpicos.

A expectativa é que veículos como esse se transformem em táxis sem motorista que trafegam o dia todo pelas cidades e não precisam parar nem na hora do almoço. A ideia é que a direção autônoma se transforme numa forma eficiente e segura de transporte nos grandes centros urbanos. Pesquisas da Volvo indicam que 90% dos acidentes, em todo o mundo, são provocados por falha humana.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Infomoney - SP   03/10/2023

Os investimentos em construção nos Estados Unidos subiram 0,5% em agosto ante julho, a uma taxa anual sazonalmente ajustada de US$ 1,983 trilhão, segundo dados publicados nesta segunda-feira, 2, pelo Departamento do Comércio do país.O resultado veio em linha com a previsão de analistas consultados pela FactSet.

O valor de investimentos de julho foi ligeiramente revisado para cima, de US$ 1,972 trilhão para US$ 1,973 trilhão.

Rodoviário

Diário do Comércio - MG   03/10/2023

Com investimentos de mais de R$ 455 milhões, durante os próximos dois anos, para serviços de manutenção rotineira das rodovias mineiras, o governo do Estado, acaba de lançar o ConservaPro, uma iniciativa da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) e do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG).

Os recursos estão previstos nos dois primeiros editais lançados, compostos por sete lotes rodoviários cada um, abrangendo cerca de 8.400 quilômetros de rodovias já pavimentadas. Nos trechos contemplados, serão realizados tratamentos pontuais dos defeitos de pavimento de forma preventiva e corretiva, que contemplarão ações como remendo profundo; pequenos segmentos de reperfilamento e fresagem.

Os contratos preveem ainda reparos de defeitos de pavimento; operações tapa-buracos; limpeza de bueiros e dispositivos de drenagem; limpeza mecanizada dos bordos para melhor escoamento das águas pluviais; roçada e capina das faixas de domínio; entre outros. Limpezas preventivas dos bueiros de concreto ou aço antes dos períodos chuvosos também estão previstas.

De acordo com o secretário de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Pedro Bruno, o ConservaPro funcionará como um complemento ao Provias, garantindo que as estradas que ainda não necessitam de recuperação funcional tenham a vida útil do pavimento ampliada.

“O ponto-chave do programa é garantir que pequenos problemas nas rodovias não evoluam para situações mais complexas, que coloquem em risco os usuários e gerem custos excessivos para os cofres público“, diz.

A proposta do Governo de Minas é implantar o novo modelo de manutenção em todas as 40 unidades regionais do DER-MG à medida que os atuais contratos forem vencendo.

E para garantir que o programa traga resultados efetivos à sociedade, os investimentos também serão ampliados. “Anualmente, o DER-MG vinha investindo, aproximadamente, R$ 7 milhões na manutenção da malha rodoviária de cada regional. A partir do ConservaPro, esses segmentos passam a receber, em média, R$ 24 milhões em investimentos”, explica o diretor-geral do DER-MG, Rodrigo Tavares. (Com informações da Agência Minas)

Rodovias de Minas Gerais contempladas com os primeiros editais:

Regional DER-MGExtensão em KMValor em R$
Barbacena808,8 R$ 59.075.097,00
Araxá445,3 R$ 45.388.427,46
Patos de Minas491,9 R$ 49.516.428,28
Gov. Valadares794,1 R$ 55.720.439,72
Uberaba733,7 R$ 48.441.724,13
Pirapora539,0 R$ 37.241.065,75
Abaeté571,1 R$ 42.427.903,76
Itabira625,5 R$ 17.971.227,44
Araçuaí439,9 R$ 14.565.617,38
Pedra Azul552,5 R$ 17.646.743,87
Janaúba676,4 R$ 17.411.043,80
Januária501,3 R$ 16.046.846,43
Capelinha628,1 R$ 16.423.830,97
Coronel Fabriciano585,6 R$ 17.471.424,36
TOTAL8.400 R$ 455.347.820,35

NAVAL

Valor - SP   03/10/2023

A companhia, que é controlada pelo conglomerado de energia e infraestrutura Cosan, e a processadora de grãos Caramuru Alimentos possuem uma fatia de 50% no T39 cada.

A Rumo, maior operadora de logística ferroviária independente do Brasil, avalia a venda de sua participação em um terminal localizado no maior porto da América Latina, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

A companhia, que é controlada pelo conglomerado de energia e infraestrutura Cosan, engajou o Itaú BBA à medida que considera a venda de sua fatia no terminal T39 no porto de Santos, disse uma das pessoas, que pediram anonimato porque a informação não é pública. A Rumo e a processadora de grãos Caramuru Alimentos possuem uma fatia de 50% no T39 cada.

O ativo atraiu o interesse de tradings agrícolas, segundo as pessoas.

Rumo, Caramuru e Itaú não comentam.

No ano passado, a Rumo vendeu uma fatia de 80% em dois terminais no porto de Santos para a Corredor Logística e Infraestrutura SA (CLI) por R$ 1,4 bilhão. À época, a Macquarie Asset Management concordou em adquirir uma participação de 50% na CLI, ajudando-a a financiar a aquisição.

A Rumo opera cerca de 13.500 quilômetros de linhas ferroviárias que conectam estados agrícolas, incluindo o maior produtor de soja Mato Grosso, a terminais de exportação. As ações da companhia sobem 22% no acumulado do ano.

PETROLÍFERO

O Estado de S.Paulo - SP   03/10/2023

O Ibama optou por conceder licença ambiental para a Petrobras perfurar a bacia mais conhecida da Margem Equatorial, de Potiguar, no litoral do Rio Grande do Norte e Ceará, avaliou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em uma rede social. Mas ele ressalta que a prioridade da estatal continua sendo a bacia da Foz do Amazonas. Nessa região há a expectativa de reservatórios gigantes como os encontrados pelos vizinhos Guiana e Suriname.

“Ao que parece, Ibama e MMA (Ministério do Meio Ambiente) optaram por começar a licenciar a possibilidade de perfuração marítima em águas profundas da Margem Equatorial pela região em que há mais estudos, atividades e experiência operacional: a bacia Potiguar (costa do Ceará e do Rio Grande do Norte) possui 7 poços produzindo petróleo e gás, 437 poços marítimos já perfurados pela Petrobras historicamente, além de mais de 8.680 poços em terra”, disse Prates no Twitter.

Mas, de acordo com o presidente da estatal, a prioridade da Petrobras sempre foi a Foz do Amazonas (FZA), Potiguar e Barreirinhas, nesta ordem”, ressaltou. Ele informou que os pedidos de licença iniciais foram apresentados em abril do ano passado ao Ibama, e que o órgão segue analisando o pedido de reconsideração para a licença da Foz do Amazonas.

“A Petrobras já cumpriu todas as novas exigências e requerimentos colocados pelo Ibama em seu parecer mais recente sobre o caso”, afirmou.

A autorização do Ibama ocorreu após a realização de uma recente e bem sucedida Avaliação Pré-Operacional (APO) na bacia de Potiguar, onde foi realizada uma simulação de vazamento para atestar os procedimentos de combate/remediação.

“Foram mais de 1.000 pessoas envolvidas (pessoal próprio, terceirizado, e frentes de atuação local), incluindo mais de 30 forças-tarefa atuando no mar e nas praias, 150 empregados no Posto de Comando central no Edisen (sede da Petrobras no Rio), 50 empregados no Posto de Comando local em Fortim-CE, 400 agentes ambientais e profissionais de fauna, além de pessoal da Transpetro, da UN-RNCE (unidade Rio Grande do Norte-Ceará) e de 13 CDAs (Centros de Defesa Ambiental) espalhados pelo Brasil”, informou Prates.

“É diante do êxito dessa simulação técnica e operacional que estamos otimistas quanto à obtenção, nesta próxima semana, da licença para perfurar Pitu Oeste (na bacia Potiguar) e, concomitantemente, prosseguir com a finalização bem sucedida do processo de licenciamento no Amapá”, destacou. De acordo com o Broadcast, a licença foi concedida na sexta-feira, 29.

Para realizar a operação, a Petrobras vai retornar com a sonda que ficou meses aguardando o licenciamento do bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas, a 560 quilômetros da Foz do rio Amazonas. A sonda está no momento realizando trabalhos na bacia de Campos, e voltará a ser deslocada para o norte do País a fim de perfurar dois blocos no campo de Pitu Oeste.

“Essa perfuração em águas profundas da Margem Equatorial deve durar de 4 a 5 meses. Caso o Ibama ainda autorize a realização de similar APO na bacia da Foz, a Petrobras deverá conduzi-la imediatamente, com vistas à obtenção da licença também no Amapá”, informou.

Transição

Segundo Prates, a campanha da Petrobras para a Margem Equatorial brasileira consiste de um total de 16 poços exploratórios (busca de novas reservas) a serem perfurados entre 2023-2027, um investimento estimado em R$ 15 bilhões (US$ 3 bilhões). As bacias sedimentares onde a Petrobras possui blocos exploratórios a perfurar são: FZA (Foz do Amazonas), PAMA (Pará-Maranhão), BAR (Barreirinhas) e POT (Potiguar).

A ida para o norte do País visa à reposição de reservas de petróleo, movimento necessário para que o Brasil mantenha a produção para o abastecimento interno e exportação.

“A Petrobras está consciente (e efetivamente operante) do seu papel de protagonista no abastecimento de petróleo para o Brasil, de forma a garantir a segurança energética tão importante para consolidar a atual rota de desenvolvimento sustentável a partir da autonomia e uso consciente dos ainda necessários recursos petrolíferos e gasíferos”, explicou o executivo.

Segundo Prates, a busca de novas reservas e os investimentos exploratórios na Margem Equatorial brasileira não são contraditórios em relação à transição energética em curso, tanto na Petrobras quanto no mundo.

“Ela representa um potencial de investimentos de US$ 21 bilhões (mais de R$ 100 bilhões de reais) na região, geração de quase 500 mil empregos diretos e indiretos e cerca de R$ 160 bilhões em receitas governamentais (União, Estados e Municípios) nos próximos cinco anos”, informou Prates, destacando que os recursos da produção de petróleo na região podem ajudar a organização da economia circular da “floresta em pé”, desenvolvendo a infraestrutura da Amazônia em harmonia com a natureza e o bem estar dos povos da Amazônia.

O Estado de S.Paulo - SP   03/10/2023

Licença para explorar Bacia Potiguar mostra que é possível um meio-termo na querela ambiental

O “plano B” da Petrobras para a Margem Equatorial recebeu do Ibama a primeira licença para exploração em águas profundas. Como informou o Broadcast, serviço de informações financeiras do Grupo Estado, o aval refere-se a dois blocos de petróleo na Bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande do Norte. Em Foz do Amazonas permanece o bloqueio do Ibama, que frustrou o planejamento exploratório, o que intensificou o debate sobre como o País pretende tratar a nova fronteira de petróleo.

A bacia onde será iniciada a exploração é a última das cinco que compõem a Margem Equatorial, começando a contagem pela costa do Amapá. A primeira, de Foz do Amazonas, é marcada pelo simbolismo de pertencer ao litoral próximo à Floresta Amazônica, embora a mais de 500 quilômetros da foz do rio, distância superior à que separa as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Quando o Ibama emitiu a polêmica negativa, o navio-sonda que faria os primeiros testes já estava na região, além de um aparato gigantesco de embarcações e aeronaves de apoio.

A sonda, que na ocasião foi deslocada para o Sudeste, será remanejada para a Bacia Potiguar, numa operação que está sendo tratada como decisiva para a definição da controvérsia em torno da produção de petróleo na nova fronteira que, para muitos especialistas, tem potencial equivalente ao da região do pré-sal. Chegar a esse meio-termo já representa um avanço, apesar da apreensão em torno do resultado das perfurações, que deixará fortalecido um dos dois Ministérios envolvidos na contenda: o de Minas e Energia ou o do Meio Ambiente.

Mais importante do que apostar no resultado exploratório é revestir de caráter político a decisão de permitir a perfuração ultraprofunda na Margem Equatorial. É evidente que se deve levar em conta a segurança ambiental, mas, considerando-se a reconhecida expertise da Petrobras, não parece sensato criar obstáculos intransponíveis. Do contrário, não faria sentido algum licitar qualquer área exploratória, porque sempre haverá o risco inerente à atividade.

O bloco de Poti, na Bacia Potiguar, um dos dois para os quais o Ibama concedeu aval, foi arrematado há 17 anos. É, portanto, um leilão ainda mais antigo do que o de Foz do Amazonas, que ocorreu há uma década. Em toda aquela região, os trabalhos exploratórios se resumiram a blocos em águas rasas (profundidade até 300 metros), o que parece inconsistente com as premissas de riscos ambientais, já que se situam ainda mais próximos da costa do que os de ultraprofundidade (mais de 1.500 metros da superfície).

A Advocacia-Geral da União (AGU) considerou que as áreas leiloadas contaram com a anuência de todos os órgãos do governo envolvidos nas licitações e que, portanto, não faz sentido criar dificuldades para as empresas, muitas das quais desistiram da empreitada depois de anos de tentativas. A exploração na Bacia Potiguar não deve ser encarada como um prêmio de consolação para quem pretendia explorar a de Foz do Amazonas, mas sim como o início de uma prospecção responsável da região. Trata-se de respeito aos contratos.

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