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03 de Agosto de 2023

SIDERURGIA

Infomoney - SP   03/08/2023

A CSN (CSNA3) registrou lucro líquido de R$ 283 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), recuo de 23% frente a igual etapa do ano anterior, de acordo com balanço publicado nesta quarta-feira. Em relação ao intervalo entre janeiro e março deste ano, a companhia reverteu prejuízo líquido de R$ 823 milhões.

A siderúrgica destacou menores impactos na linha de outras receitas e despesas operacionais devido a um efeito positivo com o hedge de minério, além da reversão de provisão com impostos verificado no período.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 2,26 bilhões, queda de 31% na mesma comparação.

A margem Ebitda ajustada foi de 19,8%, o que representa um recuo em relação aos 27,5% do trimestre imediatamente anterior e também ante os 29,7% de abril a junho de 2022.

“Essa redução de rentabilidade é consequência direta da piora dos preços do segmento de mineração, que, mesmo com um melhor volume de vendas, acabou por apresentar um Ebitda bem mais baixo no período. Além disso, o aumento de custos com matérias-primas na produção siderúrgica e cimentícia também contribuiu para a redução de margens no trimestre”, apontou.

A receita líquida foi de R$ 10,989 bilhões, alta de 4% em relação ao segundo trimestre de 2022.

Já a dívida líquida ajustada atingiu R$ 31,455 bilhões ao final do trimestre, um aumento de 50% ante o segundo trimestre de 2022 e 4,3% ante o período encerrado em março deste ano. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, fechou junho de 2023 em 2,78 vezes, 0,33 p.p acima do registrado ao final do primeiro trimestre do ano e 1,47 p.p frente ao patamar de um ano atrás.

“Esse aumento pontual da alavancagem é resultado, principalmente, do pagamento de R$ 2,7 bilhões em proventos verificado no período. Em contrapartida, quando se considera as operações de pré-pagamentos de minério e energia, em um total de R$ 3,4 bilhões, dos quais R$ 2,4 bilhões após o fechamento do trimestre, percebe-se uma alavancagem pro forma dei 2,57 vezes. Essas e outras iniciativas que estão sendo avaliadas no momento reforçam o compromisso da companhia em reduzir seu endividamento, trazendo a alavancagem para o guidance previsto para o final do ano”, apontou.

Adicionalmente, ressaltou no release de resultados, a CSN manteve a sua política de carregar um caixa elevado, que neste trimestre atingiu o patamar de R$ 12,5 bilhões.

Valor - SP   03/08/2023

Siderúrgica ítalo-argentina somou receitas de US$ 3,87 bilhões entre abril e junho, queda de 12,8% sobre o mesmo período de 2022.

A Ternium registrou lucro líquido de US$ 627 milhões, queda de 21,3% na comparação anual. A siderúrgica ítalo-argentina somou receitas de US$ 3,87 bilhões entre abril e junho, queda de 12,8% sobre o mesmo período de 2022.

A companhia destaca que realizou embarque de 2,98 milhões de toneladas de aço, alta de 1% no ano, e de 867 mil toneladas de minério de ferro, crescimento de 4% no ano, durante o segundo trimestre.

No entanto, a Ternium afirma que a receita por tonelada de aço caiu 13% no período, a US$ 1,27 mil, enquanto o faturamento por tonelada do minério de ferro teve queda de 4%, a US$ 127, na mesma base de comparação.

A empresa nota que a partir do terceiro trimestre irá consolidar os resultados da Usiminas em seu próprio balanço, o que vai causar diferenças materiais nas suas demonstrações financeiras.

Em julho, a Ternium finalizou a operação de tomada de controle da siderúrgica brasileira, após acordo para comprar participação da Nippon Steel por quase R$ 700 milhões no início do ano.

Retirando esses efeitos, a companhia espera uma deterioração nos seus resultados financeiros do terceiro trimestre, em especial na linha das margens e do Ebitda, resultado de queda nos preços internacionais e maiores custos.

Valor Investe - SP   03/08/2023

Além do cenário internacional, CSN e CSN Mineração recuam em meio às expectativas das divulgações dos resultados no 2º tri após o fechamento do mercado.

O cenário externo pressiona as ações das companhias brasileiras ligadas a aço e mineração no pregão de hoje do Ibovespa. Investidores ampliaram a cautela depois que a Fitch rebaixou a nota dos EUA pela primeira vez desde 2011 e em meio as dúvidas se os estímulos anunciados pelo governo chinês serão suficientes para manter a economia de pé.

No principal índice acionário da bolsa brasileira, que operou em queda à espera da decisão do Copom de logo mais, as ações da CSN fecharam com queda de 2,92 % e CSN Mineração 1,82% - as empresas divulgam seus resultados do segundo trimestre após o fechamento do mercado e esperado que seja uma delas esteja entre os destaques negativos da temporada -. Vale 1,63 %, Gerdau 1,37%.

A agência de classificação de risco de rebaixar nota dos EUA diante da deterioração fiscal esperada nos próximos três anos, bem como para perspectivas crescentes de aumento do endividamento geral no país.

No mercado asiático, dados sobre o crescimento da economia também levaram a mais ponderações entre os analistas. O índice de gerentes de compras (PMI) industrial da China caiu para 49,2 em julho, de 50,5 em junho, de acordo com dados divulgados pelo grupo de mídia Caixin e o S&P Global. Foi a primeira vez em três meses que o PMI industrial do Caixin caiu abaixo da marca de 50, que separa a expansão da contração da atividade.

O indicador adiciona ainda mais fôlego à retórica de que a China precisa de estímulos mais robustos. "Muitos especialistas preveem que as principais indústrias econômicas da China podem enfrentar dificuldades, pois o governo hesita em fornecer estímulos substanciais devido a preocupações com a alavancagem financeira", disse a SPI Asset Management. "No entanto, há indícios de que as autoridades estão começando a reconhecer a necessidade de mais ações, mas esperar é a parte mais difícil", completa.

As incertezas quanto ao ritmo de produção de aço na China e o desapontamento dos investidores em relação às medidas de estímulo anunciadas por Pequim pesaram sobre os negócios com minério de ferro nesta quarta-feira. A commodity atingiu o preço mais baixo em dois meses e acumula queda de 9% no ano.

Outro aspecto que entrou no radar foi a queda para o menor patamar em três anos da confiança de empresas dos Estados Unidos na China. Apesar da maioria relatar uma recuperação total ou parcial das operações comerciais no país, em uma pesquisa feita com 185 empresas de diversos setores, cerca de 60% dos entrevistados relataram que se sentem "otimistas" ou "ligeiramente otimistas" sobre as perspectivas de crescimento da China, o nível mais baixo desde 2020, quando estava em 84%.

A pesquisa realizada pela Câmara Americana de Comércio no Sul da China foi divulgada nesta terça-feira entre os dias 4 de maio e 21 de junho teve como objetivo avaliar o impacto da recuperação da China da rigorosa política de “covid zero”, que foi abruptamente encerrada no final de 2022.

Cerca de um quinto dos entrevistados não relataram nenhuma mudança, enquanto os 31% restantes sofreram com queda na receita causada pelo cancelamento e realocação de pedidos no segundo semestre de 2022 devido às expectativas de que a política de “covid zero” continuaria em 2023.

O sentimento de cautela também se reflete nas respostas dos entrevistados sobre os novos investimentos na China este ano. Mais de dois terços, ou 68%, mantêm os planos de novos investimentos feitos no final de 2022. Os entrevistados restantes planejam aumentar o investimento em diversos níveis, principalmente até US$10 milhões.

Nos primeiros seis meses de 2023, o investimento estrangeiro direto na China cresceu 14,8%, para US$ 62,3 bilhões, ante 0,6% no período correspondente do ano passado, mostraram dados oficiais.

Diário do Aço - MG   03/08/2023

Atualmente no Brasil 90% do ferro gusa produzido utiliza carvão mineral para a transformação do minério de ferro. No Vale do Aço, a Usiminas utiliza carvão mineral e a Aperam, carvão vegetal.

Estes dois processos produtivos têm resultados técnicos similares, mas consequências ambientais distintas: enquanto o carvão mineral é considerado o vilão da siderurgia, uma vez que sua utilização nos altos fornos leva à emissão de CO2 (gás carbônico) na atmosfera, o carvão vegetal - se produzido de forma correta - não gera este gás efeito estufa e contribui para a sustentabilidade da indústria siderúrgica.

Mais que isso: sendo originário de áreas de reflorestamento manejadas de forma correta - protegendo as nascentes, os cursos d'água; preservando reservas de vegetação natural, utilizando técnicas adequada de manejo florestal e combustão da madeira -pode tornar-se uma fonte de negócios de grande valor.

Isto porque o reflorestamento faz com que haja captura de carbono na atmosfera. São gerados desta forma os chamados créditos de carbono, que hoje já podem ser monetizados. As empresas que estejam em busca da sua neutralidade na emissão de carbono, mas que ainda sejam emissoras deste gás, podem atingir este objetivo adquirindo créditos de carbono de quem os tem para vender, ou seja, de empresas ou setores econômicos que capturam mais carbono do que geram.

Estudo recente da consultoria McKinsey (de grande prestígio internacional) revelou que esse mercado tem o potencial de movimentar impressionantes US$ 50 bilhões até 2030 em todo o mundo e o Brasil pode concentrar cerca de 15% desse montante, equivalentes a trinta e cinco bilhões de reais.

“Existem opções para produção sustentável de aço,
como a utilização do hidrogênio verde para a redução
direta do minério de ferro”

Tudo isto veio em função do Acordo de Paris, firmado em 2015, assinado por 196 países, com o objetivo de reduzir as emissões de gases efeito estufa em todo o mundo. Neste acordo, o Brasil assumiu o compromisso de restaurar 12 milhões de hectares de florestas.

O reflorestamento já foi objeto de muitas críticas em tempos passados, pois contribuiria para concentrar a propriedade da terra; gerar desemprego no campo; transformar vastas áreas rurais em florestas homogêneas, com pouca ou nenhuma vida rupestre. No entanto, hoje mostra-se uma alternativa não apenas de sustentabilidade ambiental, mas de forte geração de renda:

“Se antes o reflorestamento era considerado apenas como uma ação sustentável e responsável no planeta, hoje além de contribuir para a regeneração de florestas, impactando positivamente o clima, abre-se novas possibilidades de rentabilidade", explica a especialista Karin Neves.

A tendência do setor que utiliza carvão vegetal é expandir o reflorestamento para áreas degradadas ambientalmente. A Ministra Marina Silva já anunciou que o governo pretende encaminhar ao Congresso, em agosto, a sua proposta de regulamentação desse promissor mercado: quem pode comprar; quem pode vender; como aferir o cumprimento das metas ambientais pactuadas e valor base por tonelada de carbono capturada.

Segundo ela, tal regulamentação busca incentivar e fortalecer as atividades relacionadas ao reflorestamento, além de promover a transparência e a confiabilidade do mercado de crédito de carbono.

Existem outras opções para a produção sustentável de aço, como a utilização do hidrogênio verde para a redução direta do minério de ferro. Trata-se de outra oportunidade de substituir o uso do carvão fóssil. Combinado ao minério de alta qualidade do Brasil, a eficiência desse processo é muito alta.

Para a Usiminas, que sempre em toda sua trajetória utilizou carvão mineral, opção tecnológica feita desde sua fundação, a transição energética coloca novos desafios e oportunidades.

A empresa, certamente, já busca alternativas viáveis economicamente para a produção do chamado Aço Verde.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   03/08/2023

A forte queda da inflação fez o Banco Central (BC) cortar os juros pela primeira vez em três anos. Por 5 votos a 4, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano. A decisão surpreendeu o mercado financeiro, que esperava um corte de 0,25 ponto.

Votaram por uma redução de 0,5 ponto percentual o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores Ailton de Aquino Santos (Fiscalização), Carolina de Assis Barros (Administração), Gabriel Galípolo (Política Monetária) e Otávio Damaso (Regulação).  Votaram pelo corte de 0,25 ponto percentual os diretores Diogo Guillen (Política Econômica), Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais), Maurício Costa de Moura (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta) e Renato Dias Gomes (Organização do Sistema Financeiro).

O voto de desempate, portanto, coube a Campos Neto. Em comunicado, o Copom informou que a queda da inflação possibilitou a redução nos juros. “O comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”, destacou o texto.

O Copom também informou que os membros do colegiado preveem, por unanimidade, cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. Segundo o comunicado, o órgão avalia que esse será o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista (juros que desestimulam a economia) necessária para controlar a inflação.

A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em junho, o indicador ficou negativo em 0,08% e acumula 3,16% em 12 meses . Nos últimos dois meses, a inflação vem caindo por causa dos alimentos e dos combustíveis.

O índice fechou o ano passado acima do teto da meta de inflação. Para 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,75% nem ficar abaixo de 1,75% neste ano.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia 2023 em 5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista para baixo na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de setembro.

As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,84%. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,98%.
Crédito mais caro

A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 2% para a economia em 2023.

O mercado projeta crescimento maior, principalmente após a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 1,9% no primeiro trimestre . Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,24% do PIB em 2023.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

CNN Brasil - SP   03/08/2023

Empresas globais – como a gigante de bens de consumo Unilever, a montadora Nissan e a fabricante de máquinas Caterpillar – alertaram sobre desaceleração de resultados na China, à medida que a segunda maior economia do mundo perde impulso pós-pandemia.

A recuperação contínua foi limitada a alguns setores, como alimentação e artigos de luxo, impulsionando o crescimento das vendas na China de empresas como Starbucks, LVMH e Hugo Boss. Mas mesmo esses líderes de mercado pararam de elevar suas perspectivas para a China, cautelosos com os dados econômicos fracos.

Enquanto isso, empresas de bens de consumo como Procter & Gamble, L’Oreal e Coca-Cola adotam uma postura mais comedida.

“O que estamos vendo é um consumidor muito cauteloso na China, um mercado imobiliário em declínio e uma demanda de exportação reduzida”, disse o diretor de finanças da Unilever, Graeme Pitkethly, em teleconferência na semana passada.

“E há um alto índice de desemprego na China, principalmente entre os jovens. Até onde podemos dizer, estamos no ponto mais baixo da história em termos de confiança do consumidor chinês”, afirma Pitkethly.

O Kerry Group, sediado na Irlanda, que fornece ingredientes para empresas como McDonald’s, disse que seus volumes aumentaram na China desde o fim das restrições da pandemia de Covid-19. Mas o presidente-executivo, Edmond Scanlon, advertiu nesta quarta-feira (2) que os negócios não voltarão ao normal no país até 2024.

Pequim implementou uma série de medidas políticas nas últimas semanas para apoiar a economia em declínio. Contudo, os fracos dados de manufatura de julho, divulgados na terça-feira (1º), reforçaram as preocupações de que a virada ainda pode estar longe.

“A China está estimulando neste momento e teremos que ver o sucesso desses esforços”, disse Tony Roth, diretor de investimentos da Wilmington Trust Investment Advisors.

As montadoras globais também estão tendo de enfrentar o aumento da concorrência na China. Pela primeira vez, as rivais nacionais conquistaram uma participação de mais de 50% do mercado chinês no primeiro semestre de 2023.

A Volkswagen cortou meta para o ano inteiro na semana passada, depois que as vendas caíram na China, seu principal mercado.

“Infelizmente, nossa perspectiva de vendas [na China] está muito abaixo de nossa capacidade de produção no momento”, disse o presidente-executivo da Nissan, Makoto Uchida, na semana passada.

A recuperação dos lucros no maior mercado automotivo do mundo provavelmente levará algum tempo, disse o presidente da companhia.

As expectativas para os lucros do segundo trimestre já estão baixas devido, em parte, à fraqueza da China. Os dados da Refinitiv mostram que as empresas norte-americanas e europeias devem apresentar seus piores resultados trimestrais em anos.

A recuperação de curta duração da atividade econômica, depois que a China suspendeu as medidas de isolamento social da pandemia de Covid-19, também destaca a fraca demanda global, disse o DHL Group, uma das maiores transportadoras do mundo, na terça-feira.

A empresa registrou quedas de 15,95% e 7,1%, respectivamente, nos volumes de frete aéreo e marítimo no primeiro semestre, particularmente nas rotas entre a China e seus dois maiores parceiros comerciais, os Estados Unidos e a Europa.
Aquém do esperado

No setor de tecnologia, fabricantes de chips como Samsung e SK Hynix afirmaram que a reabertura da China após o isolamento social não conseguiu estimular a retomada do mercado de smartphones.

Logo, as fabricantes estão ampliando cortes na produção de chips de memória NAND usados em aparelhos para armazenar dados.

Até mesmo a Apple, que divulga resultados na quinta-feira (3), provavelmente registrará vendas estáveis do iPhone em seu terceiro maior mercado – embora melhor do que a contração de 2,1% que a empresa de pesquisa de mercado IDC estimou para o setor de smartphones da China entre abril e junho.

As principais mineradoras e fabricantes de maquinário pesado também foram atingidas por uma queda prolongada no setor imobiliário.

“Mencionamos que esperávamos que as vendas na China ficassem abaixo dos típicos 5% a 10% de nossas vendas empresariais. Agora esperamos um enfraquecimento ainda maior, já que o setor de escavadeiras de 10 toneladas ou mais caiu acima do esperado”, disse o presidente-executivo da Caterpillar, Jim Umpleby, na terça-feira.

A Rio Tinto, a maior produtora de minério de ferro do mundo, está, no entanto, cautelosamente otimista com relação à China, já que o governo prometeu mais políticas para impulsionar o crescimento.

“Nossa experiência com a China é que, se as coisas não estão indo tão bem, os chineses têm uma capacidade impressionante de administrar a economia”, disse o presidente-executivo da Rio Tinto, Jacob Stausholm, após divulgar resultados na semana passada.

Globo Online - RJ   03/08/2023

Os representantes da indústria e do setor de serviços consideraram "acertada" a decisão do Comitê de Política Monetária de cortar em 0,5 p.p. a taxa básica de juros, nesta quarta-feira. Desde agosto do ano passado, o Banco Central vinha mantendo em 13,75% o patamar do índice que é referência para os juros no país.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), apesar da decisão correta do Comitê de reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros foi correta, o ciclo de cortes da Selic precisa ser acelerado daqui para frente. O presidente da Confederação, Robson Andrade, diz que, mantido o cenário de controle da inflação nos próximos meses, os cortes deveriam se intensificar.

"As expectativas de inflação têm passado por sucessivas revisões para baixo e a apreciação da taxa de câmbio, nos últimos meses, também representa mais um elemento positivo para esse cenário de controle da inflação”, afirmou Robson Andrade, em comunicado.

A redução já era esperada pelo governo e por economistas. No mercado financeiro, a dúvida era o tamanho da queda: de 0,25 (em que a Selic iria para 13,5%) ou 0,50 pp (com os juros a 13,25%, como aconteceu). Na última vez que o BC decidiu pelo de juros, o mundo ainda passava pela pandemia de Covid-19 e a Selic chegou à sua mínima histórica de 2%, há três anos.

Menos incertezas e volta do consumo

A Firjan, que representa a indústria no Rio de Janeiro, considera que a decisão do Copom de reduzir a taxa Selic está na direção correta, em um ambiente em que as incertezas têm se dissipado, com redução da percepção do risco inflacionário, as justificativas que mantinham a taxa de juros em níveis elevados são eliminadas.

A entidade ressalta, no entanto, que é "essencial a materialização do novo arcabouço fiscal e o avanço célere da reforma tributária" para que o ciclo de corte de juros seja permanente e sustentável. A

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) também considerou acertada a decisão Copom. Em comunicado, a entidade afirma que a inflação no Brasil é uma das mais baixas do mundo e avalia que o início do ciclo de queda da taxa de juros "é um primeiro passo para um novo momento do varejo brasileiro".

Representante do setor de serviços, a entidade também afirma que o movimento "vai aliviar o orçamento das famílias e das empresas", além de abrir espaço para o aumento do consumo,

Essa foi a primeira reunião do colegiado com os dois novos diretores indicados pelo governo Lula, Gabriel Galípolo, como diretor de Política Monetária, e Ailton Aquino, como diretor de Fiscalização.

O Estado de S.Paulo - SP   03/08/2023

Escrevi este texto antes de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciar ontem a decisão de queda ou não da Selic, a taxa básica de juros, que estava em 13,75% ao ano. Na terça-feira, este jornal publicou a matéria 70% do mercado vê Selic 0,25 menor (1/8, B1). Os 30% restantes previam redução de 0,50. A Selic passou a subir quando estava em 2% e repetiu-se, aqui, um debate que na literatura sobre o assunto é conhecido como um entre gaviões e pombos.

Os gaviões argumentam que manter a inflação baixa é a prioridade maior da política monetária, enquanto os pombos defendem, entre outros aspectos, reduções da taxa básica de juros para estimular o crescimento da economia. Aqui, no Brasil, o líder do primeiro grupo é o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enquanto Lula se destaca no segundo grupo, tendo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como seu parceiro, ainda que mais discreto.

Entendo que uma inflação alta desorganiza a economia e deve ser combatida aumentando a Selic, mas há uma questão de dosagem: logo que a inflação for cedendo claramente, a atitude dos pombos deve entrar em cena. Contudo, aqui, a inflação começou a ceder logo depois de a Selic chegar a 13,75%, mas esta mantém-se inalterada por 12 meses, com sérias consequências, como o aumento do custo do crédito e menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Vejamos alguns números: medida em 12 meses, a inflação avaliada pelo IPCA, o índice-meta da política monetária, estava em 2,13% em junho de 2020, e a partir daí começou a subir, atingindo um máximo de 12,13% em abril de 2022. De sua parte, a Selic estava em 2,0% ao ano em meados de março de 2021, quando passou a 2,75% e foi aumentando até alcançar 13,75% em agosto de 2022.

Percebe-se que o Copom demorou a agir, pois quando, em março de 2021, resolveu iniciar um ciclo de aumento da Selic, a inflação medida pelo IPCA já estava em 6,1% em 12 meses, três vezes o valor da Selic no início do mês. E, depois, atrasou-se também na hora de reduzir a Selic, pois quando ela chegou a 13,75%, em agosto de 2022, a inflação já havia caído para 8,7% em 12 meses e continuou a cair até atingir 3,6% em junho deste ano. Ou seja, a inflação caiu a menos da metade em dez meses, enquanto a Selic não se alterou nesse período!

A Selic pode ser vista como um remédio contra a inflação, mas a análise anterior mostra que sua dosagem veio atrasada quando a inflação começou a subir e a última e alta dose da Selic ficou no mesmo nível por um longo período, prejudicando tomadores de crédito e o andamento da economia. E, entre outros aspectos, as finanças públicas foram afetadas, porque a Selic também impacta a taxa de juros do financiamento da dívida pública.

O Banco Central deveria ter sido cobrado pelo Congresso, chamando o presidente do banco para se explicar por esses malfeitos, numa reunião em que pombos também fossem representados e pudessem se manifestar. Como já dito, o Copom exagerou como pombo mantendo a Selic em 2% quando a inflação já estava subindo e passou a se comportar como gavião bravo mantendo a Selic muito alta, relativamente à inflação que caía bastante.

É interessante que a lei de independência do Banco Central dá prioridade aos gaviões, pois diz no seu primeiro artigo que o “(...) Banco Central tem por objetivo fundamental assegurar a estabilidade de preços”. Mas também tem um ninho para pombos no parágrafo único desse artigo: “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental, o Banco Central do Brasil também tem por objetivos zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego” (ênfases minhas).

O Banco Central pode cantar de gavião ou de pombo. A gestão da política monetária é uma arte que se sustenta em informações e num modelo de causalidade e quem faz essa gestão precisa dominá-la com base no seu conhecimento e na sua experiência. Como professor, eu daria nota mais baixa para o último período, em que atuou como gavião, pois o exagero de sua dosagem claramente alongou-se além da conta.

Reconheço que a posteriori é mais fácil ver os problemas conforme a ótica que apresentei, mas a discrepância entre a queda da inflação e a manutenção da Selic em 13,75% é por demais evidente para não isentar de crítica o comportamento gaviônico do Copom. Também se pode dizer que, se a queda da Selic foi de 0,25 ou de 0,50 ontem, isso não fará muita diferença, pois a queda seria de 1,8% da Selic no primeiro caso e de 3,6% no segundo. O que terá sido de maior importância será a mudança de direção, e os pombos devem, agora, insistir no aumento da velocidade de redução.

Fico imaginando um período de inflação e Selic muito baixas para que o Banco Central possa, também, atuar como seus pares nos EUA, na Europa e no Japão num passado não muito distante, via quantitative easing, ou relaxamento monetário, adquirindo ativos financeiros, entre eles hipotecas imobiliárias para expansão do crédito nessa área.

O Estado de S.Paulo - SP   03/08/2023

Desde o início do ano a pressão sobre o Banco Central do Brasil (BC) para a redução da taxa de juros tem sido enorme. Tendo reduzido os juros ao nível histórico de 2% ao ano durante a pandemia de covid-19, o BC iniciou um processo de aperto monetário em março de 2021, alcançando o atual patamar de 13,75% ao ano em agosto de 2022.

Os efeitos dos juros sobre a inflação, como sabido, são defasados. Isso é ainda pior num ambiente internacional difícil, com aumento dos juros nas maiores economias do mundo, junto com pressões nos preços de commodities como alimentos e energia. Ao mesmo tempo, expectativas desancoradas e uma política fiscal crescentemente expansionista tornaram o trabalho do BC ainda mais complexo.

Mas algo diferente auxiliou neste momento de turbulências, uma mudança institucional relevante que há muito se ansiava: a independência legal da instituição, aprovada em meados de 2021.

Um BC independente era o último e natural passo para coroar uma série de mudanças paulatinas iniciadas há décadas, desde o fim da conta movimento. Ainda assim, era considerado um passo radical, politicamente impossível, até que foi feito de forma quase inesperada.

Como resultado, a política monetária seguiu seu curso independente do ciclo político-eleitoral, mostrando, de maneira clara e transparente, a importância desse passo.

Um novo governo tomou posse e, apesar de não exercer interferência imediata na presidência e na diretoria do BC, praticou enorme pressão política para afrouxamento monetário. Agora, os juros vão cair. A inflação esperada pelo mercado para 2023 está próxima do limite superior da meta, de 4,75% ao ano, e para 2024 se encontra abaixo de 4%. Os juros deverão terminar, em 2023, em 12% ao ano, e espera-se que continuem caindo em 2024, até por volta de 9,25%. Mas seria o fim da pressão sobre o Banco Central?

Não. A pressão deve continuar, mas agora centrada no limite da queda dos juros. As expectativas de mercado para a inflação em 2024 e 2025 se encontram, respectivamente, em 3,9% e 3,5%. Ao mesmo tempo, as expectativas para a taxa de juros básica se situam em 9,25% e 8,75% para os mesmos anos. Isso implica juros reais esperados, de forma implícita, de 5,2% em 2024 e de 5,1% em 2025. Este será o novo debate e pressão sobre o BC: o limite dos juros reais brasileiros, que estabelecerão o limite do corte de juros nominais ao longo do tempo.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu há pouco tempo a meta de inflação de longo prazo em 3% ao ano. O BC, em seu mais recente relatório de inflação, apontou estimativas dos juros reais de equilíbrio ao redor de 5%, bem em linha com o esperado pelo mercado para os anos de 2024 e 2025. Isso significa que os juros nominais não poderiam cair abaixo de 8% ao ano. É provável que essa taxa seja considerada alta demais e haja contínua pressão para novos cortes dos juros.

Assim, embora hoje a pressão sobre o BC pareça ser relacionada ao início e à intensidade do corte dos juros, em pouco tempo ela assumirá outra natureza, a do limite dos cortes. Muito podemos falar sobre esse limite, mas invariavelmente retornaremos aos dilemas fiscais da economia brasileira. Tais dilemas não foram superados com o novo arcabouço fiscal, que ofereceu apenas uma solução de curto prazo para uma questão estrutural complexa. Na ausência de ânimo político para enfrentar essa questão, é provável que a pressão sobre o BC independente esteja apenas começando.

MINERAÇÃO

Money Times - SP   03/08/2023

A CSN Mineração (CMIN3) encerrou o segundo trimestre de 2023 com lucro de R$ 494 milhões, mostra relatório publicado nesta quarta-feira (2).

O resultado representa um recuo de 40% sobre os números do mesmo período do ano passado, quando a empresa lucrou R$ 826 milhões. Em relação ao trimestre passado, o desempenho foi 4% menor.

Segundo levantamento da Bloomberg, o consenso do mercado estava na expectativa por lucros de R$ 701 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da mineradora totalizou cerca de R$ 1,1 bilhão, com margem de 30,4%. O valor do Ebitda representa um avanço anual de 21%, mas um tombo trimestral de 46%.

A rentabilidade menor reflete a redução do preço do minério, além da pressão negativa dos preços provisórios, disse a CSN Mineração.

Mesmo com a disparada das vendas, a receita líquida totalizou R$ 3,61 bilhões, recuo de 12% sobre o primeiro trimestre e alta de 40% em relação a um ano antes. A contração trimestral reflete a realização de preços mais baixa verificada no período.

As vendas de minério de ferro aproveitaram uma sazonalidade positiva com o tempo mais seco e foram impulsionadas pela normalização operacional da ferrovia.

A produção de minério de ferro da companhia atingiu recorde de 11,1 milhões de toneladas no segundo trimestre, avanço de mais de 30% sobre o mesmo intervalo de 2022.

Com os dados, a companhia sinalizou confiança quanto ao atingimento do guidance de produção e compras estipulado para 2023, de 39-41 milhões de toneladas.

Valor - SP   03/08/2023

Commodity passou a exibir baixa de 2,8% em agosto e de 8,9% em 2023.

Incertezas quanto ao ritmo de produção de aço na China e o desapontamento dos investidores em relação às medidas de estímulo anunciadas por Pequim pesaram sobre os negócios com minério de ferro nesta quarta-feira.

No norte da China, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia com baixa de 2,4%, para US$ 106,95 a tonelada, no menor nível em dois meses.

Com isso, a commodity passou a exibir queda de 2,8% em agosto e de 8,9% em 2023.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em setembro, fecharam o dia em baixa de 0,5%, para 835,50 yuans por tonelada.

O Estado de S.Paulo - SP   03/08/2023

Tomara que não seja verdade a notícia de que o presidente quer Mantega no comando da Vale, mas é certo que Lula quer a empresa a serviço de seus delírios desenvolvimentistas

Ganhou o noticiário de bastidores políticos o esforço do presidente Lula da Silva para tentar emplacar o nome do notório Guido Mantega, seu ex-ministro e escudeiro de longa data, na presidência da Vale. Tomara que não seja verdade. Para quem se lembra do desastre lulopetista que resultou em recessão e inflação, além de contabilidade criativa, a simples menção ao nome de Mantega causa calafrios. Não é por outra razão que o ex-ministro foi inabilitado pelo Tribunal de Contas da União para exercer cargos públicos até 2030.

A hipótese de que Lula pudesse emplacar seu velho companheiro no comando da mineradora parece improvável à primeira vista, porque há 26 anos a companhia foi privatizada e em 2020 extinguiu o acordo de acionistas, candidatando-se ao status de “companhia sem dono”, ou corporation, no jargão empresarial. Seria, de fato, uma operação demasiadamente complexa, mas factível, devido às posições diretas e indiretas que o governo ainda mantém na Vale, além da influência do Poder Executivo.

Mas Lula quer ter poder de decisão na Vale pelo mesmo motivo que mantém apertadas as rédeas da Petrobras: pretende usá-la como motor do projeto desenvolvimentista que, segundo as promessas de seus ideólogos, fará o País decolar na base de investimento dirigido pelo Estado. Não deu certo antes e não há razão para suspeitar que dará certo agora, mas Lula é teimoso.

Há cerca de 15 anos, durante o mandato de Roger Agnelli na Vale, a pressão de Lula, em seu segundo governo, foi capaz de fazer a mineradora investir bilhões de reais no setor siderúrgico, segmento do qual a empresa havia se afastado. Agnelli, executivo concentrado no lucro, que havia contrariado Lula na crise econômica mundial de 2008 ao demitir 1.300 funcionários, teve de engolir a ideia de construir indústrias para a fabricação de aço. Lula defendia que a Vale exportasse produto acabado e não minério de ferro. As duas usinas construídas foram vendidas após as gestões petistas.

Agnelli foi novamente pressionado a encomendar, em estaleiros ainda em construção no Brasil, os graneleiros que renovariam a frota da Vale. A indústria naval nacional nem detinha tecnologia suficiente para obras dessa magnitude. Mas, obcecado pela reativação dos estaleiros, Lula queria a Vale como cliente dos armadores nacionais. Exatamente como fez com a Petrobras, quando decidiu construir localmente petroleiros e 26 sondas para o pré-sal, tendo a recém-criada Sete Brasil como intermediária.

O presidente da Vale encomendou seus navios no exterior. Caiu em desgraça e foi afastado do cargo algum tempo depois. Para a Petrobras, o resultado, como se sabe, foi desastroso: navios com sérios erros de projeto, apenas quatro sondas entregues, a Sete Brasil e bancos arrastados para um endividamento bilionário. Como cereja do bolo, operações eivadas de corrupção. A Petrobras administra o estrago até hoje. É a prova gritante de que a produção dirigida por projetos políticos jamais dá certo.

Mantega, já no governo Dilma, assumiu pessoalmente o papel de “interventor informal” na Vale, que culminou com a saída de Agnelli. Foi também o idealizador da contabilidade criativa de 2014, que ganhou notoriedade como “pedalada fiscal” e resultou no impeachment de Dilma.

Como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, referendou não apenas os programas megalomaníacos de Lula, como também a manutenção artificial de preços de combustíveis da gestão Dilma. Ao que parece, Lula, em sua terceira passagem pela Presidência, vai repetir a dose, começando pelo anúncio da Petrobras, há dois meses, de que a política de paridade com os preços internacionais, adotada para salvar a empresa depois do desastre dilmista, foi abandonada.

Mesmo abrindo espaço para uma equipe econômica com visão mais rigorosa sobre planejamento, Lula mantém acesa a chama do atraso e, para tanto, valoriza todos os que corroboram suas fantasias. São sabujos de uma fidelidade à prova de bom senso. Neste grupo está Guido Mantega – que, como Dilma, bem que poderia assumir uma função longe do País.

Valor - SP   03/08/2023

Valor faz parte da parcela de R$ 4 bilhões do acordo para investimento direto em projetos de reparação socioeconômica.

O governo de Minas Gerais, os Ministérios Públicos Federal (MPF) e de Minas Gerais e a Defensoria Pública autorizaram o repasse de R$ 860 milhões diretamente para 13 municípios atingidos pelo rompimento da barragem na mina do Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG), em 2019.

O recurso será usado em 21 projetos incluídos no acordo de reparação da Vale, que totaliza R$ 37,7 bilhões para compensar 25 municípios da Bacia do Paraopeba e o Estado pelos prejuízos causados pela tragédia, que matou 270 pessoas. Esses R$ 860 milhões fazem parte especificamente da parcela de R$ 4 bilhões do acordo para investimento direto em projetos de reparação socioeconômica. Desse valor, R$ 1,5 bilhão é para Brumadinho e o restante para os outros 25 municípios da Bacia do Paraopeba.

Pelo acordo firmado em 2021, a Vale ficaria responsável por realizar as obras relativas a essa parcela da reparação e os recursos, portanto, não chegariam aos cofres públicos. Mas, após uma reivindicação de prefeitos, o Tribunal de Justiça autorizou a transferência direta de R$ 860 milhões aos municípios para que eles realizem as obras, que foram definidas em consulta popular.

Brumadinho, município mais afetado pelo rompimento da barragem, vai receber R$ 467 milhões para realizar cinco obras — construção de casas populares, pavimentação da estrada de Brumadinho a Bonfim, alargamento e melhorias da estrada que liga Alberto Flores, Córrego do Feijão, Casa Branca e pavimentação entre os distritos de Aranha, Suzano e Palhano. Outros R$ 393 milhões serão repassados para 12 municípios.

A lista de obras inclui também construção de unidade de pronto atendimento e ampliação do Hospital Público Regional de Betim, construção de centro de fisioterapia em Felixlândia, pavimentação de vias, canalização de córregos, construção de postos de saúde, construção de aterro sanitário municipal, entre outras obras.

Máquinas e Equipamentos

Difundir - SP   03/08/2023

A XCMG Brasil, líder no setor de máquinas pesadas na China e a 3ª no mundo no segmento, participa da Brazil Equipo Show (BES 2023) para lançar no mercado nacional a motoniveladora GR1905BR, a mini pá carregadeira XC7-SR07 e o caminhão 100% elétrico E7-29R, como também expor os demais equipamentos da multinacional chinesa. A Brazil Equipo Show (BES 2023) é a primeira exposição e feira de equipamentos com demonstrações ao vivo no País, em 300 mil m² de área, com estandes a céu aberto. O evento acontece em Jaguariúna, São Paulo, de 01 a 04 de agosto.

O diretor comercial da XCMG Brasil, Renato Torres, informa que a motoniveladora GR1905BR foi especialmente desenvolvida para nivelamento do solo, abertura de valas, raspagem de encostas, escavação, escarificação, rodovias e aeroportos, entre outras. “Trata-se de uma máquina necessária para a construção de minas, estradas urbanas e rurais, reservatórios de água, como também imprescindível para melhorias em terras agrícolas”, destaca. O novo equipamento possui peso operacional de 15400kg, potência de 170hp/180hp/190hp e dimensões gerais (C x L x A) 10360 x 2625 x 3470mm.

Segundo Torres, outro grande lançamento é a mini pá carregadeira XC7-SR07 com peso operacional de 2.950kg, caçamba 0,4m3 e potência do motor 67,3hp. “Com cabine fechada e ar-condicionado para melhor conforto do operador, o equipamento dispõe de sistema de conexão hidráulica compatível com os implementos disponíveis no mercado. A versão XC7-SR08 possui caçamba com maior capacidade e bomba hidráulica de alta vazão”, adianta.

Também em demonstração, a mini escavadeira hidráulica XE35U é destinada a escavação, carregamento, nivelamento, abertura de valas, trituração, perfuração, compressão e levantamento etc. De design sem cauda, o equipamento é ideal para operação em espaço estreito. “O ângulo esquerdo e direito de flexão do equipamento é 75° e 50°, respectivamente, pode realizar operação complexa junto com o giro da estrutura para escavação paralela a paredes e superfícies”, afirma Torres, ressaltando, ainda, que a mini escavadeira possui peso operacional de 4.200kg, potência de 24,5hp, caçamba de 0,12m³ e profundidade de escavação de 3.060mm.

A empresa também expõe a plataforma elevatória móvel de trabalho - PEMT tipo tesoura elétrica modelo XG1212AC, com capacidade de peso de 320kg, altura de trabalho de 12m, duas rodas motrizes, e com 25% de gradeabilidade. Como também a plataforma elevatória móvel de trabalho - PEMT tipo articulada elétrica modelo XGA20ACE com capacidade de peso de até 256/350kg, 20.6m altura de trabalho, quatro rodas motrizes e duas rodas direcionais, e com 45% de gradeabilidade. Ambas possuem baterias gel seladas, que não requerem manutenção. Atendendo a nova NR 18 e ABNT NBR 16776, são dotadas de pneus anti marcantes, entre outros diferenciais.

Lançamento elétricos: Na Brazil Equipo Show, a XCMG está lançando o caminhão E7-29R, com autonomia de trabalho de 150km, peso bruto total (PBT) homologado de 29.000kg, velocidade máxima de 80km/h, comprimento total 8.900mm, largura total 2.550mm e altura total de 3.500mm.

A empresa vem conquistando mercado na área de elétricos com a carregadeira de rodas XC968-EV 100% elétrica, pioneira em adotar três motores elétricos que acionam conjuntamente o sistema hidráulico e os eixos de tração dianteiro e traseiro. Como resultado, o equipamento confere diferenciais ímpares, tais como: resposta rápida, baixo ruído, consumo baixo de energia e emissão zero carbono.

Já o caminhão E7-49T, cujo diferencial é emissão zero de carbono, reduz até 60% o custo por km rodado frente a um modelo diesel. Possui, ainda, peso bruto total (PBT) de 23.000 e peso bruto total combinado (PBTC) de 49.000, com torque de 2.000N e capacidade máxima de tração entre 45t e 49t, com autonomia de 150 km e velocidade máxima 84 km/h.

No estande da empresa, o visitante especializado tem à sua disposição a escavadeira XE180BR com sistema hidráulico rápido e eficiente, complementado por uma nova válvula principal com o diâmetro maior e o carretel otimizado, para redução de perdas de pressão internas dos canais. Também em exposição os equipamentos: rolo compactador XS123PDBR, retroescavadeira XC870BR, guindaste XCT90BR1 e XCT100BR2 e a empilhadeira elétrica L25.

Sobre a XCMG:

Fundada em março de 1943 na China, a XCMG ocupa hoje a 1ª posição no setor de máquinas pesadas no mercado chinês e a 3ª no mundo. O Grupo XCMG é constituído por diversas fábricas de máquinas pesadas para construção civil, mineração e agronegócios, oferecendo as linhas mais completas e competitivas do mercado.

Destaques para guindastes, terraplenagem, pavimentação, perfuratrizes, elevação e concretagem. Nesse ranking, detém 20% do mercado mundial e 70% do chinês.

O Centro de Tecnologia e o Instituto de Pesquisa para Máquinas de Construção estão localizados em Xuzhou, China. Todo o investimento em tecnologia, qualidade e garantia de seus produtos e Recursos Humanos certifica a XCMG na liderança no setor de máquinas para construção, segundo estudo do Centro de Tecnologia de Empresas Chinesas.

No mundo, a XCMG estabeleceu uma rede de comercialização ampla, constituída de mais de 110 distribuidores, oferecendo produtos e serviços em diversos países. No Brasil, desde 2004, a empresa atende todo o País, mantendo a linha de produção fabril instalada na cidade de Pouso Alegre, Minas Gerais. A localização estratégica da unidade fabril, próxima às margens da rodovia Fernão Dias, estreitou os laços da marca com um mercado cada vez mais exigente em qualidade, tecnologia e inovação.

Para mais informações sobre a empresa e produtos acesse: http://www.xcmg-america.com

AUTOMOTIVO

Valor - SP   03/08/2023

Emplacamento de 215,7 mil unidades em julho foi superior ao de um ano atrás, informou a Fenabrave e foi o melhor desde desempenho nesse mês desde 2019.

Como reflexo dos incentivos fiscais oferecidos pelo governo federal, julho foi o melhor mês do ano em vendas de carros e comerciais leves. O emplacamento de 215,7 mil unidades no mês representou um crescimento de 27,58% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave), o mês passado foi também o melhor julho desde 2019.

As vendas feitas nos últimos dias de junho, quando o programa de incentivos para descontos em carros novos de até R$ 120 mil havia se encerrado, entrou na conta de licenciamentos de julho. Daí os números elevados. “Há um intervalo de cerca de 15 dias entre o fechamento do negócio e o emplacamento do veículo”, disse, por meio de nota, o presidente da Fenabrave, Andreta Jr.

Segundo o dirigente, esse efeito ficou claro na média diária dos licenciamentos, que foi de 8,5 mil veículos em junho e acima de 10 mil em julho.

A forte demanda por carros acabou puxando também o resultado de vendas totais de veículos. Incluindo caminhões e ônibus, o volume de licenciamentos no mês passado somou 225,6 mil unidades, um avanço de 23,98% em relação a julho de 2023.

Mas a euforia no segmento de automóveis não se repetiu nas vendas de caminhões, apesar de o governo também ter oferecido incentivos para esse segmento. O volume de emplacamentos de caminhões (8,1 mil unidades) no mês passado representou uma queda de 28,4% em relação a um ano atrás. Esse segmento ainda sente efeitos dos aumentos de preços provocados pela mudança na legislação de emissões. A maioria dos frotistas antecipou compras antes de a nova lei entrar em vigor, em janeiro.

As vendas de automóveis em julho também ajudaram para o resultado positivo no acumulado do ano. De janeiro a julho foram vendidos no país 1,22 milhão de veículos somando todos os segmentos, um crescimento de 11,28% na comparação com os primeiros sete meses do ano passado. Desse total, 1,150 milhão foram carros e comerciais leves.

Lançado no dia 6 de junho, o programa de incentivos fiscais do governo federal destinou R$ 1,8 bilhão em créditos tributários nas transações de veículos. Os R$ 800 milhões destinados a automóveis e comerciais leves esgotaram-se em um mês. O plano inclui R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus.

Segundo Andreta Jr., a Fenabrave finaliza um estudo, a ser apresentado ao governo, que vai propor um “plano de recuperação do setor automotivo que não seja temporário”. “O desafio, a partir de agora, é encontrar formas para manter esse mercado aquecido”, destaca Andreta. Segundo ele, o crédito é importante.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor Investe - SP   03/08/2023

Em 11 das 16 capitais avaliadas por índice, a alta de preço médio superou o IPCA do período, mas uma teve destaque com avanço de dois dígitos.

O preço médio dos imóveis residenciais acumula uma alta de 2,96% este ano, segundo o Índice FipeZap de Venda Residencial, que avalia anúncios na internet em 50 cidadades brasileiras. O avanço ficou acima da inflação de 2,80% medida pelo IPCA no período que vai de janeiro a julho.

Das 16 capitais que entram no levantamento, 11 viram os preços subir além da inflação. Mas uma delas teve alta de três vezes maior que o IPCA. Em Maceió (AL), o preço médio escalou 10% só em 2023. Na outra ponta do país, Florianópolis também viu os números dispararem 7,76%, mais que o dobro do IPCA. No centro-oeste, o destaque foi para o avanço de 7,80% no valor dos imóveis anunciados em Goiânia.

Na comparação anual, a discrepância é ainda maior, enquanto o IPCA ficou perto dos 4% em 12 meses, os preços em Maceió avançaram 17,51%. Em Campo Grande (MS), a alta foi de 16,17%; seguido por Goiânia (15,39%); Florianópolis (12,67%); Manaus (12,26%); Recife (9,57%); Vitória (+8,63%) e Belo Horizonte (8,48%).

Somente em julho, o avanço do preço médio dos imóveis residenciais foi de 0,41%, diante dos 0,07% da inflação registrada na última prévia do IPCA para o mês.

Com isso, a média de preço do metro quadrado foi para R$ 8.548/m². Uma tendência que vem se confirmando é o valor mais alto da área dos imóveis com um dormitório, que custam em média R$ 10.076/m². As unidades com dois dormitórios, saem mais "em conta", por R$ 7.694/m².

Entre as 16 capitais monitoradas, Vitória (ES) voltou a desbancar São Paulo com a área mais cara, em média anunciada a R$ 10.549/m². Na capital paulista, a média é de R$ 10.483/m². Após sucessivas altas, Florianópolis atingiu preço médio de R$ 10.313/m², ficando à frente do Rio de Janeiro (R$ 9.926/m²). Outros destaques de elevado custo de aquisição são Curitiba (R$ 8.785/m²) e Brasília (R$ 8.859/m²). Apesar da alta acumulada este ano, Maceió ficou com valores abaixo da média, registrando custo de R$ 7.815/m².

Valor - SP   03/08/2023

Projetos habitacionais inacabados ou aparentemente abandonados são uma visão comum em Tongling, uma cidade na província de Anhui, no leste da China.

"Compre um andar, ganhe outro de graça", dizia um anúncio em um local em desenvolvimento nos subúrbios. Mas, mesmo com a oferta generosa, o preço de 1,45 milhão de yuans (US$ 202 mil) ainda era muito alto para a maioria das pessoas, disse um morador local, explicando que os salários mensais na área giram em torno de 3 mil a 4 mil yuans.

"Mesmo se eles baratearem um pouco, ainda não haverá compradores", disseram eles.

Moradias não vendidas são apenas um sintoma da profunda queda do mercado imobiliário chinês, algo que até os formuladores de políticas oficiais começaram a admitir.

O Politburo do Partido Comunista reconheceu "grandes mudanças na relação entre oferta e demanda no mercado imobiliário da China" em sua última reunião em 24 de julho.

As vendas nacionais de novas moradias por área construída caíram 26,8% em 2022, recuando mais 2,8% no ano no primeiro semestre de 2023, segundo dados oficiais.

Os compradores são especialmente escassos em cidades de terceiro e quarto nível, como Tongling. Zhou Junzhi, analista da Minsheng Securities, estima que levaria mais de 13 anos para negociar todo o estoque imobiliário de Tongling.

Em um sinal de crescente preocupação com a queda do mercado imobiliário, o comunicado divulgado após a reunião do Politburo omitiu a linguagem usual de que "moradia é para morar, não para especular", um slogan que enquadra o esforço do governo para conter a bolha imobiliária do país.

O setor imobiliário e sua ampla gama de indústrias relacionadas geram cerca de 30% ou mais do produto interno bruto (PIB) da China. Embora isso tenha impulsionado um rápido crescimento quando a demanda era forte, agora está pesando sobre a economia.

O PIB real do segundo trimestre deste ano cresceu 0,8% em relação ao primeiro trimestre, quando havia avançado 2,2% sobre o quarto trimestre de 2022.

Nesse ritmo, alguns economistas agora veem o crescimento para o ano todo abaixo de 5%.

Desenvolvedores altamente endividados, como o China Evergrande Group, foram duramente atingidos pela política de tolerância zero com a covid aplicada pelo governo. Enquanto isso, a população da China começou a diminuir pela primeira vez em 61 anos no final de 2022.

O número de funcionários em empresas imobiliárias listadas no continente caiu cerca de 100 mil no ano passado, de cerca de 890 mil no final de 2021, de acordo com o provedor de dados Wind, com sede em Xangai.

"As demissões estão reduzindo o apetite das famílias por gastos", disse Meng Lei, estrategista do UBS.

A pressão sobre outras empresas endividadas está começando a aparecer. A cidade de Jiangyin, na província de Jiangsu, concordou em 19 de julho em comprar 80% do fabricante de materiais Jiangsu Huaxi Group por apenas 1 yuan. A empresa, administrada pelo vilarejo local de Huaxi, opera fábricas têxteis e siderúrgicas e já foi o centro econômico de um vilarejo que já foi considerado o mais rico da China.

Em 2011, olhando para o turismo como seu próximo grande gerador de lucro, o grupo construiu um hotel de 328 metros de altura e 72 andares no coração de Huaxi. Mas o hotel atraiu poucos clientes em uma área carente de atrações turísticas e agora está praticamente deserta.

A última demonstração financeira do Huaxi Group mostrou ativos líquidos de cerca de 14 bilhões de yuans no final de setembro de 2018. As autoridades locais foram forçadas a resgatá-lo depois que esses ativos perderam valor.

Os mercados financeiros estão de olho nos riscos que envolvem os veículos de financiamento do governo local (LGFVs), empresas estatais criadas para arrecadar dinheiro para gastos do governo local. As vendas de direitos de uso da terra - uma fonte crucial de financiamento - despencaram e estão surgindo rachaduras na suposição implícita de que o pagamento do LGFV é garantido pelas autoridades locais.

O Citigroup estima a dívida pública total da China - incluindo dívida com juros de LGFVs - em 108 trilhões de yuans, equivalente a cerca de 90% do PIB.

O Politburo disse na reunião da semana passada que a China deveria "formular e implementar um pacote de planos de compensação de dívidas".

Rodoviário

Infomoney - SP   03/08/2023

O governo brasileiro vem se esforçando para destravar R$ 300 bilhões em investimentos em concessões rodoviárias federais e estaduais, informou o ministro dos Transportes, Renan Filho. Segundo ele, o trabalho inclui não apenas ampliar o número de leilões nos quatro anos do novo governo, mas também a resolução do que o setor tem chamado de “concessões estressadas”, os contratos antigos que estão com problemas de reequilíbrio econômico-financeiro.

“O Brasil só fez 6 leilões em quatro anos e esperamos fazer 35. Já publicamos 3 editais, sendo dois lotes do Paraná”, listou o ministro durante o Summit Concessões de Rodovias, que está sendo realizado na B3 Arena, em São Paulo.

Renan disse ainda que tem sido revisto todo o modelo de concessões, para dar mais transparência, segurança jurídica e elaborar contratos mais saudáveis e equilibrados.

Além desses novos leilões, o objetivo de R$ 300 bilhões deve ser alcançado a partir da resolução de problemas de cerca de 15 contratos em vigência com necessidade de atualização, que podem representar até R$ 80 bilhões em novos aportes.

Há todo um trabalho, segundo o ministro, para adaptar esses contratos à lei de relicitações, em vigor desde 2017. Desde então, apenas uma relicitação foi feita, a do aeroporto de São Gonçalo do Amarante.
Um dos esforços tem sido trabalhar junto com o Tribunal de Contas da União (TCU) para tentar trazer os contratos hoje em desequilíbrio ao início, o chamado “V Zero”. A ideia é de que os contratos com problemas sejam repactuados, com a premissa de que novos descumprimentos, significariam uma nova licitação da concessão. “Ao realizar a otimização, não haverá mais possibilidade de relicitar”, destacou.

O secretário-executivo do Ministério, George Santoro, explicou que os contratos atuais não refletem todas as possibilidade da lei de relicitação. “Contratos mais antigos não tinham todas as possibilidades previstas, como crise econômica e outras situações. Ao logo de 35 anos (prazo médio das concessões), muita coisa acontece na economia e na questão regulatória”, disse.

Sobre as novas concessões, há ideias em andamento para atrair mais competição nos leilões, como realizar certames menores, padronizar contratos e estudar como facilitar o crédito. Soma-se a isso o esforço do governo para manter um ambiente econômico mais saudável para a atração de investimentos.

Renan também disse acreditar que o início do ciclo de queda nos juros, previsto para hoje, pode ajudara nessa atração de novos recursos. “Investimento de longo prazo em infraestrutura tem dificuldade de coexistir com uma taxa de juros muito alta”, afirmou.

Sobre os desafios de funding para os projetos, Renan reconheceu que o BNDES não tem hoje o papel do passado de grande banco de fomento ao desenvolvimento. “Ele precisa ajudar na estruturação dos projetos para atrair fundos soberanos, o fundo saudita é um exemplo. E também recursos de fundos de pensão internacionais, de grandes universidades mundo afora, que são grandes investidores”, disse Renan Filho.

Sobre a qualidade dos novos lotes a serem licitados nos próximos anos, o ministro disse que há muita possibilidade à frente, mas reconheceu que as rodovias com maior fluxo foram licitadas no passado – e por isso a correção dos ativos estressados deve ser promovida. “A grande pergunta é como fazer novos leilões se os já feitos no “filé” estão com problemas? Por isso estamos apresentado essa solução mais ampla”.

NAVAL

Portos e Navios - SP   03/08/2023

O Porto do Pecém concluiu, nessa terça-feira (1), a maior operação de placas de aço da sua história. Foram embarcadas mais de 72 mil toneladas de placas em um único navio. Produzidas na siderúrgica instalada na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, a ArcelorMittal Pecém, as placas de aço foram embarcadas no navio "Yasa Ruby", que partiu com destino ao Porto de Houston, nos Estados Unidos.

Ao todo, 2.487 placas foram movimentadas durante toda a operação.

“Resultados assim reafirmam a capacidade do Porto do Pecém para realizar esse tipo de operação. Possuímos equipamentos de primeira linha e última geração, além de uma equipe operacional preparada para atender a atual demanda e as novas oportunidades de negócios para o estado do Ceará”, afirma Roberto de Castro, diretor de Operações do Complexo do Pecém.

A operação de embarque foi realizada pela Tecer e pela Unilink, que atuam no terminal portuário do Pecém. Segundo o gerente de Operação Portuária do Complexo do Pecém, José Alcântara, um diferencial foi a execução na modalidade mista, que utiliza, além do tradicional suporte de madeira, eletroímãs para o carregamento mais ágil do navio.

“O embarque com eletroímãs melhora a produtividade da operação, principalmente quando movimentamos placas mais pesadas, como foi o caso, e elimina a necessidade do uso de madeira na estivagem da carga. Esse novo recorde é muito importante porque, quando aumentamos a quantidade de carga embarcada por navio, melhoramos também a performance do porto com a movimentação de navios de maior capacidade, pontua José Alcântara.

Atualmente as placas de aço são a principal carga exportada pelo Porto do Pecém. Produzidas dentro da área da ZPE Ceará, elas chegam ao terminal portuário pelo modal rodoviário e são embarcadas para mais de 20 países do mundo. Somente no primeiro semestre deste ano, mais de 1,46 milhão de toneladas de placas foram movimentadas pelo Complexo do Pecém.

PETROLÍFERO

Infomoney - SP   03/08/2023

Os estoques de petróleo dos Estados Unidos recuaram 17,049 milhões de barris na semana encerrada no dia 28 de julho, a 439,771 milhões de barris, informou nesta quarta-feira, 2, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). O valor é muito inferior à queda de 1,3 milhão de barris prevista pelos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

Os estoques de gasolina cresceram 1,481 milhão de barris, a 219,081 milhões de barris, ante expectativa de baixa de 1,3 milhão de barris.
Já os estoques de destilados recuaram 796 mil barris, a 117,153 milhões de barris, quando se esperava queda de 100 mil barris.

A taxa de utilização das refinarias nos EUA recuou de 93,4% na semana anterior a 92,7% na mais recente, segundo o DoE. A previsão era de 93,3%.

Já os estoques de petróleo em Cushing caíram 1,259 milhão, a 34,48 milhões de barris. A produção média diária de petróleo no país se manteve em 12,2 milhões na semana mais recente.

Valor - SP   03/08/2023

Empresa registrou lucro líquido de US$ 184,5 milhões no período.

A Prio, antiga Petro Rio, fechou o segundo trimestre com lucro líquido de US$ 184,5 milhões, uma alta de 32% na comparação com os US$ 139,9 milhões de igual período do ano passado.

A receita total da companhia entre abril e junho foi de US$ 532,4 bilhões, 41% maior que os US$ 377,3 milhões de igual período de 2022. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em US$ 331,8 milhões no segundo trimestre, 33% maior que os US$ 249,2 milhões de igual período do ano anterior.

No balanço divulgado na noite desta quarta-feira (2), a Prio ressaltou que a alta do lucro refletiu o aumento da produção e das vendas da empresa.

Em termos de receita e Ebitda, o avanço foi consequência, segundo a companhia, reflexo do aumento da produção e das vendas.

A produção de petróleo e gás natural da empresa no segundo trimestre foi de 91 mil barris de óleo equivalente por dia (BOE/dia), 173,5% a mais que os 33,3 mil BOE/dia de igual período do ano passado.

O custo de extração ficou em US$ 7,4 por barril, 33,8% abaixo do segundo trimestre do ano passado.

TN Petróleo - RJ   03/08/2023

A tarifa média do Gás Natural (GN) será reduzida em 4% em Mato Grosso do Sul a partir desta terça (01). A medida será aplicada para todos os segmentos de consumo, segundo a Diretora Administrativa e Financeira da Companhia, Bernadete Rangel, beneficiando consumidores dos setores residencial, comercial, industrial, cogeração e automotivo. No caso do Gás Natural Veicular (GNV), será o segundo incentivo tarifário, já que além de uma redução da tarifa na bomba de abastecimento, o Governo do Estado reduziu o ICMS sobre o preço do combustível de 17% para 12%, dentro do pacote que isentou também as taxas de conversão e vistoria. É facultado à Companhia de Gás, no entanto, adotar tarifas diferenciadas considerando nível, tipo e perfil de consumo, não podendo extrapolar a tarifa média, calculada com base no preço de compra da commodity e custos do transporte e distribuição.

A queda de 4% na tarifa vai tornar ainda mais atrativo o uso do Gás Natural, em comparação com outras fontes de energia. “Os consumidores vão desfrutar de uma redução significativa em suas contas, em especial comerciantes e industriais, permitindo maior economia e rentabilidade”, diz a diretora. Por ser fonte que está protagonizando o processo de transição energética, o Gás Natural é como um dos suprimentos mais viáveis do ponto de vista econômico e ambiental. A oferta é estável e contínua e isso contribui para a estabilidade dos preços a longo prazo. É um combustível confiável e previsível, o que dá mais segurança aos consumidores.

O Gás Natural é uma opção de energia mais limpa em comparação com outros combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Sua queima reduz emissões de dióxido de carbono (CO2) significativamente menores, bem como menos poluentes atmosféricos, como dióxido de carbono (SO2) e óxidos de poluição (NOx). Isso contribui para a redução do impacto ambiental e melhoria da qualidade do ar. De acordo com a área de engenharia e tecnologia da MSGÁS, o Gás Natural é uma fonte de energia que pode ser utilizada em um amplo leque de aplicações, podendo ser usado para calefação e geração de eletricidade e nos processos de produção industrial, para aquecimento de fornos e secagem de materiais. Também é uma alternativa mais limpa em relação aos combustíveis líquidos tradicionais no abastecimento de veículos. Os técnicos apontam também a vantagem em relação à manutenção de equipamentos e sistemas em relação a outras infraestruturas de energia.

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   03/08/2023

As vendas de máquinas agrícolas, entre tratores e colheitadeiras, caíram 4,8% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado. No total, 5,7 mil unidades foram entregues a produtores rurais durante o mês, o que representa uma alta de 19% no comparativo com maio.

O balanço foi divulgado nesta quarta-feira, 2, pela Fenabrave, associação que, além das concessionárias de automóveis, representa revendedores de equipamentos usados no campo.

Ao contrário das vendas de carros, que podem ser atualizadas diariamente com base nos licenciamentos diários de veículos, os números de máquinas agrícolas precisam ser levantados pela Fenabrave com os fabricantes. Por isso, as estatísticas têm defasagem de um mês em relação ao balanço das vendas de automóveis, divulgados hoje pela associação com dados já relativos a julho.

Com o resultado de junho, as vendas de máquinas agrícolas fecharam o primeiro semestre acumulando 29,5 mil unidades, queda de 6,9% frente aos seis primeiros meses de 2022.

O presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, atribui o desempenho à queda das cotações das commodities. “Apesar de os fabricantes terem ajustado o preço dos equipamentos para baixo, os novos negócios ainda estão abaixo das expectativas”, pontuou, acrescentando que, como o Plano Safra foi lançado apenas na última semana de junho, ainda não possível captar a reação dos produtores.

Agroplanning - SP   03/08/2023

Companhia tem priorizado investimentos com foco em redução dos impactos ambientais da atividade agrícola

A AGCO, fabricante e distribuidora mundial de máquinas agrícolas e tecnologia de agricultura de precisão, foi reconhecida como uma das empresas mais inovadoras do Brasil. A companhia ocupa o quarto lugar do Top 5 na categoria Setor Automotivo/Veículos de Grande Porte e está entre as 50 empresas com as melhores práticas de inovação do país no ranking geral do prêmio Valor Inovação Brasil 2023, promovido pelo Valor Econômico em parceria com a consultoria Strategy&, ligada à PwC.

“Estar entre as empresas mais inovadoras é o reconhecimento do nosso propósito em contribuir para que agricultores tenham as máquinas e tecnologias necessárias para alimentar o mundo de maneira sustentável ao mesmo tempo em que buscamos reduzir o impacto ambiental de nossas operações. Juntos, esses objetivos reforçam nosso compromisso com a inovação e a evolução das soluções de precisão”, diz Fabricio Natal, vice-presidente de Engenharia AGCO.

A companhia tem investido no desenvolvimento de projetos atrelados à redução de emissões de gases do efeito estufa, contemplando o desenvolvimento de motores movidos a combustíveis alternativos e menos poluentes e de novos produtos, como pulverizadores que desperdiçam menos insumos e a plantadeira Momentum, com menor número de linhas de plantio e voltada para produtores de pequeno a médio porte, que oferece tecnologias e ferramentas para proporcionar profundidade homogênea de deposição de sementes e melhorar a qualidade de plantio, além reduzir em até 50% o desperdício de fertilizantes.


A AGCO (NYSE:AGCO) é líder mundial em concepção, fabricação e distribuição de máquinas agrícolas e tecnologia para agricultura de precisão. A AGCO entrega valor aos clientes por meio de seu portfólio diferenciado, que inclui marcas como Fendt® , GSI® , Massey Ferguson® , Precision Planting® e Valtra® . Impulsionada por soluções agrícolas inteligentes da Fuse® , a linha completa de equipamentos e serviços da AGCO ajuda os agricultores a alimentar nosso mundo de maneira sustentável. Fundada em 1990 e com sede em Duluth, Geórgia, EUA, a AGCO registrou receita líquida de vendas de aproximadamente US$ 12,7 bilhões em 2022.

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