FORGOT YOUR DETAILS?

Seja bem-vindo ao INDA!

Olá, seja bem-vindo
ao INDA!

03 de Março de 2023

SIDERURGIA

IstoÉ Online - SP   03/03/2023

Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian ampliaram os ganhos pela segunda sessão nesta quinta-feira, à medida que o sentimento do mercado melhorou após a remoção das restrições de produção nas principais cidades siderúrgicas e com dados de fabricação melhores do que o esperado da China.

Handan e Tangshan, os principais centros de produção de aço da China, suspenderam as restrições associadas à poluição na quarta-feira, depois que a qualidade do ar melhorou.

O contrato futuro de minério de ferro para maio mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou o comércio diurno com alta de 1,56%, a 912,5 iuanes (132,19 dólares) a tonelada, a maior alta desde 23 de fevereiro. O contrato ganhou quase 2,5% na sessão anterior.

“A remoção das restrições à produção contribuiu em parte para o aumento dos preços futuros [do minério de ferro] esta manhã. Além disso, os estoques de minério de ferro das siderúrgicas pairam em um nível relativamente baixo, dando sustentação aos preços”, disseram analistas da Haitong Futures.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em abril caiu 0,03%, para 126,05 dólares a tonelada.

Outros ingredientes siderúrgicos, coque e carvão de coque, exibiram tendências divergentes. O coque subiu 0,63%, enquanto o carvão metalúrgico recuou 0,44%.

A expectativa de maior demanda por produtos siderúrgicos em março e abril também elevou as matérias-primas siderúrgicas.

“As vendas de imóveis por grandes incorporadoras aumentaram em fevereiro pela primeira vez em 20 meses, auxiliadas por sinais positivos de demanda no setor siderúrgico”, disseram analistas do banco ANZ em nota.

Valor - SP   03/03/2023

Produção das usinas de aço do país, bombardeadas pela Rússia, regrediu 71%, de 21,4 milhões de toneladas em 2021 para 6,3 milhões no ano passado

A invasão russa da Ucrânia - que acabou de completar um ano -, obviamente, causou impactos substanciais para a siderurgia do país. A produção de aço local regrediu de 21,4 milhões de toneladas em 2021 para 6,3 milhões de toneladas, perfazendo uma queda de 71%. Embora existiram alguns sinais de melhoria no desempenho exportador em janeiro deste ano, eles são ainda muito tímidos frente aos danos sofridos.

A avaliação da situação atual e perspectivas futuras da indústria do aço na Ucrânia é do especialista no setor e professor titular da Universidade Federal de Uberlândia, Germano Mendes de Paula. No ranking mundial dos países produtores de aço bruto, o país baixou da 14ª para a 25 posição no ano passado, conforme a World Steel Association (WSA).

Necessidade de aço para reconstruir o país será gigantesca e isso será financiado em grande parte por União Europeia

Mendes de Paula informa que o Metinvest, maior grupo siderúrgico ucraniano antes da guerra, foi um dos mais afetados. Com a invasão russa, o grupo decidiu suspender as atividades de produção de várias de suas empresas em Mariupol, Avdiivka e Zaporizhzhia. Posteriormente, as atividades de Zaporizhzhia retomaram a produção. Os ativos em Mariupol e Avdiivka foram fortemente danificados pelas hostilidades - a cidade de Mariupol ainda continua ocupada.

As usinas do Metinvest produziram 2,9 milhões de toneladas de aço bruto em 2022, representando uma retração de 69% frente ao ano anterior. No quarto trimestre, a produção de aço caiu 2% em relação ao trimestre anterior, para 250 mil toneladas.

Um aspecto que destaca na atuação do Metinvest é o desembolso de US$ 84 milhões pelo grupo em apoio ao governo ucraniano de ajuda na guerra, sendo US$ 43 milhões diretamente para as necessidades do exército. Por exemplo, forneceu material em aço para construção de abrigos militares nas linhas de frente, além de coletes à Guarda Nacional.

Mendes de Paula diz que, mesmo no curto prazo, as incertezas quanto ao desempenho da siderurgia ucraniana são muito altas. “De acordo com UAVtormet, associação ucraniana de sucata, no cenário-base, a produção de 2023 alcançaria de 7 milhões a 7,5 milhões de toneladas de aço bruto, ao passo que num cenário otimista atingiria de 12 milhões a 12,5 milhões de toneladas”. Mesmo com isso, diz, esse último número seria 43% menor do que em 2021.

Ele informa que, de todo modo, as siderúrgicas locais, num primeiro momento, não conseguirão atender o suprimento de aço para a reconstrução do país. O aço será proveniente de siderúrgicas europeias, mas paulatinamente a indústria local elevará seu volume de produção.

Em 17 de fevereiro, a Comissão Europeia encerrou direitos antidumping sobre as importações de aço plano laminado a quente da Ucrânia e, portanto, os direitos anti-dumping sobre as referidas importações do país não estão mais em vigor. Isso ocorreu após a retirada pela Eurofer de seu pedido de revisão de caducidade com relação às importações da Ucrânia, alegando que a indústria da União Europeia provavelmente não será prejudicada por essas importações, dado o estado atual da siderurgia da Ucrânia.

Ele avalia que é pouco provável que as exportações ucranianas recuperem o nível anterior num cenário de curto prazo. Na verdade, tais direitos antidumping já haviam sido temporariamente suspensos em 4 de junho de 2022 como parte das medidas tomadas pela Comissão para apoiar a economia da Ucrânia, incluindo a liberalização total temporária do comércio e a suspensão das medidas de defesa comercial.

Além de aço semiacabado, como placas, a Ucrânia era um grande exportador de pelotas de minério de ferro. Era ainda fornecedor relevante de ferro-gusa aos Estados Unidos - mercado que o Brasil acabou ocupando uma fatia. Atualmente, a Ucrânia continua a exportar o que é possível produzir para a Europa.

Para o longo prazo, observa o especialista, as perspectivas são bem mais complicadas. Em primeiro lugar, o parque siderúrgico do país foi em grande medida construído no período soviético. Mesmo antes da guerra, apresentava defasagens tecnológicas relevantes. “Aliás, a Ucrânia se caracterizava por ter um alto índice de difusão de aciarias Siemens-Martin, que são muito ineficientes em termos produtivos e ambientais”, diz Mendes de Paula.

Ele informa que a participação desse tipo de aciaria na siderurgia mundial foi de apenas 0,3% em 2021. Os únicos dois países que ainda utilizam essa tecnologia com alguma significância eram a Ucrânia (18% do aço produzido em 2021) e a própria Rússia (2%).

A seu ver, uma coisa é ser competitivo com ativos fixos bastante depreciados. Outra, muito diferente, é ser competitivo com custos fixos elevados em função dos investimentos em nova capacidade produtiva. “Por exemplo, Azovstal, a usina do grupo Metinvest que foi praticamente destruída em Mariupol, remonta a 1933”, afirma.

“Mesmo que a decisão seja favorável à reconstrução, considerando que a indústria vive hoje sob a perspectivas de novas tecnologias, em função da preocupação com descarbonização [redução das emissões de CO2)], quais seriam as rotas tecnológicas que deveriam ser adotadas?”, questiona.

E ainda, tendo em vista o risco de novos conflitos armados com a Rússia no futuro, qual seria a melhor localização dos investimentos. “Resumidamente, qual será o tamanho da indústria no pós-guerra? com qual tecnologia? em qual localização?”, afirma. Essas respostas, afirma, só serão respondidas após o término da guerra.

E conclui: as estimativas da necessidade de aço para a reconstrução do país são gigantescas e isso será financiado principalmente pela União Europeia. E, por razões de segurança, a infraestrutura tende a ser reconstruída mais próximo à Polônia.

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   03/03/2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira não trabalhar com a possibilidade de recessão econômica e afirmou que a retração do PIB verificada no último trimestre de 2022 é um reflexo da alta dos juros promovida pelo Banco Central em reação a medidas tomadas pelo governo anterior no período eleitoral.

“Todo o desafio do Ministério da Fazenda, da área econômica, é reverter esse quadro e promover uma curva ascendente do crescimento do PIB. Neste momento, ela está descendente”, afirmou Haddad a jornalistas na portaria do ministério.

Ele disse que não trabalha com a perspectiva de uma recessão, que pode ser caracterizada por dois trimestres consecutivos de retração da atividade. “Mas evidentemente a manutenção das taxas nesse patamar enseja…uma desaceleração da economia”, acrescentou.

Os comentários vieram depois de o IBGE ter informado mais cedo que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 0,2% no quarto trimestre de 2022 sobre o trimestre imediatamente anterior, mas acumulou no ano uma alta de 2,9%.

Questionado sobre a política de preços para os combustíveis, Haddad disse que o tema está sendo tratado pelo Ministério de Minas e Energia e que a ideia é “encontrar alternativas para que não pese no bolso do consumidor as eventuais variações de preço internacional que penalizaram muito o consumidor no último governo”.

CNN Brasil - SP   03/03/2023

A economia brasileira avançou 2,9% ao longo de 2022, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (2) pelo IBGE, mas segundo especialistas consultados pela CNN, o recuo visto no PIB nacional no quarto trimestre, em 0,2%, indica que há uma desaceleração econômica em curso, como consequência direta do elevado patamar da taxa Selic em 13,75% desde meados de agosto.

“Ainda que o resultado do ano tenha sido muito bom, também por estímulos governamentais por causa das eleições, a taxa de juros foi crucial para a desaceleração vista no quarto trimestre do ano passado. Essa queda de 0,2% já indica o que vai acontecer em 2023”, afirma Juliana Trece, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

“O ano será muito desafiador por si só. Temos um ambiente externo mais delicado, com uma possível recessão global no radar que trará complicações ao país. Também não teremos mais o impulso de serviços e indústria, com o fim do boom pós-pandemia, e a taxa de juros elevada afetará mais a atividade.”

Na leitura da equipe de consultores da MB Associados, o problema pode ser agravado pela tensão criada entre o governo federal e o Banco Central (BC).

“Com os ruídos criados pelo próprio governo, o BC deu sinais de que terá que atrasar a queda de juros pela alta das expectativas da inflação para os próximos anos e a falta de uma consolidação fiscal concreta”, afirma a consultoria, em nota.

O elevado patamar da Selic influencia, também, no endividamento das famílias brasileiras. Segundo um levantamento da Serasa Experian, o número de inadimplentes passou de 59,3 milhões, em janeiro de 2018, para 70,1 milhões, em janeiro de 2023 — recorde da série histórica.

Por conta disso, os especialistas destacam que o consumo das famílias, em especial de bens mais onerosos, como eletrodomésticos e automóveis, será comprometido ao longo do ano, desaquecendo o setor varejista e industrial.

“O consumidor deverá passar um ano focado no básico, que costuma ser alimentação e farmacêutica. Sendo isto verdade, a dificuldade das varejistas nesse início de ano, agravada pela situação das Americanas, que fez com que os bancos se retraíssem, vai colocar um desafio a mais para o consumo no ano”, diz a MB Associados.

Rodolfo Margato, economista da XP Investimentos, também acrescenta que a “perda de ímpeto se espalhou por setores”.

“O arrefecimento da economia atingiu o mercado de trabalho no final do ano passado, com a geração líquida de empregos recuando consideravelmente.”

Além disso, Alberto Ramos, economista-chefe para a América Latina do Goldman Sachs, também chama atenção para “os baixos níveis de ociosidade econômica, a queda na geração de empregos, a confiança fraca dos consumidores e das empresas e a incipiente recuperação do ciclo de crédito”.

Tudo isso, segundo ele, deve gerar “ventos contrários à atividade econômica do Brasil, principalmente no primeiro semestre do ano”.
Impulso do agronegócio

Mesmo com o desalento em relação aos setores de serviços, indústria e varejo, os especialistas dizem que a economia brasileira em 2023 pode encontrar um “suporte robusto” do agronegócio — ainda que, no ano passado, tenha recuado 1,7%.

“Estamos vendo safra recorde sendo produzida neste momento, com exportação. E também temos expectativa positiva para o setor extrativo. Esses dois setores tiveram dificuldades no ano passado, tanto por questões climáticas e por demanda mais fraca da China”, diz Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter.

“Para este ano, o setor externo, puxado principalmente pela demanda da China, vai contribuir para que o PIB brasileiro ainda tenha algum crescimento positivo.”

Juliana Trece, do FGV Ibre, lembra que o agro brasileiro é fortemente puxado pelas safras de soja. “O que acontece com ela praticamente dita o ritmo do agronegócio nacional, e esperamos uma alta na soja em 2023, bem como no milho e na pecuária”, diz.

“O risco, agora, é que o setor é muito dependente da questão climática. Se tiver uma mudança no ciclo de chuvas, por exemplo, pode ser que essa expectativa seja afetada.”

Rodolfo Margato, da XP, ainda destaca que os programas de transferência de renda do governo, em especial o Bolsa Família, pode trazer “um aumento da renda disponível real das famílias”.

“Isso, combinado com a reabertura econômica da China e o impulso às exportações de commodities, deve proporcionar um ‘efeito almofada’ no PIB.”

Nesse sentido, as projeções para o PIB de 2023 giram em torno de 1%, para analistas da XP e do C6 Bank. O Boletim Focus e o Inter, por outro lado, estimam um crescimento em 0,8%.

O Estado de S.Paulo - SP   03/03/2023

No dia em que a divulgação do PIB do quarto trimestre de 2022 deixou claro que a desaceleração da economia nas asas da política monetária apertada do Banco Central já está fazendo bastante efeito, a ministra do Desenvolvimento, Simone Tebet (em tese, a representante do centro liberal no governo), cobra um "gesto positivo" do Copom na próxima reunião.

Como comenta um experiente participante do mercado financeiro, "existe no horizonte um novo conflito contratado entre o governo e o Banco Central, esperando para acontecer".

A lógica é simples. O profissional mencionado projeta crescimento do PIB  em torno de 1% em 2023. Diga-se de passagem, é uma projeção até relativamente otimista, pois diversas casas já estão com números próximos a zero, com algumas apostando até em algo levemente negativo.

Mas ele explica que a trajetória da economia a partir deste início de ano será uma certa gangorra. Para o primeiro trimestre, sua projeção é de crescimento de 0,8%. Como diversos outros analistas, ele aponta que o PIB agropecuário deve ser muito forte no primeiro trimestre, e meio que vai carregar a economia nas costas.

Outros fatores que colateralmente podem ajudar neste início de ano são o aumento do salário mínimo e o Bolsa Família, especialmente em termos de bens não duráveis e serviços.

Mas os efeitos do torniquete do aperto monetário prosseguirão. Os setores mais afetados são o consumo de bens duráveis e os investimentos - estes últimos recuaram 1,1% no quarto trimestre de 2022, na comparação dessazonalizada com o terceiro trimestre.

O ritmo de expansão do crédito se desacelerou, e a inadimplência subiu nas pessoas físicas e já causa problemas nas empresas, como fica claro na série de episódios negativos no varejo iniciada com a fraude contábil das Lojas Americanas.

A partir do segundo trimestre, no entanto, na visão daquele profissional - que está em sintonia com uma significativa corrente do mercado -, a coisa complica. Ele prevê que uma recessão efetivamente ocorra até o final do ano, com PIBs trimestrais negativos no segundo semestre e alta do desemprego.

O roteiro convencional seria que essa piora da economia fizesse seu papel no combate à inflação e abrisse espaço para o BC iniciar o ciclo de queda da Selic (taxa básica) em algum ponto do segundo semestre, semeando o cenário de economia crescendo com inflação controlada em boa parte do atual mandato de Lula.

Mas não é isso que está acontecendo. Lula decidiu iniciar seu mandato com uma forte expansão de gasto, para além do que seria necessário para recompor o orçamento e pagar o Bolsa-Família. Adicionalmente, o presidente e diversas figuras iminentes do governo, como Tebet hoje, resolveram por bem que fustigar incessantemente o Banco Central para que este comece logo a baixar a Selic é uma ótima ideia.

Como cereja do bolo, introduziu-se a possibilidade de aumento da meta de inflação.

O resultado foi uma forte piora das expectativas de inflação de prazo mais longo, a chamada "ancoragem" do sistema de metas.

Nos Estados Unidos, onde a ancoragem está relativamente preservada, a discussão é se a inércia (a inflação se propagando com os olhos no passado; por exemplo, trabalhadores pedindo reposição integral da perda salarial após um pico inflacionário) será mais forte do que as expectativas.

Já no Brasil, o BC tem tanto a inércia (com raízes profundas na economia brasileira) quanto as expectativas jogando contra neste momento.

A conclusão, na visão daquela mesma corrente de mercado, é que, mesmo com recessão, o BC possivelmente não terá condições de baixar a Selic este ano se quiser respeitar o arcabouço de funcionamento do sistema de metas.

Se Lula e o governo já estão gritando agora, quando o Copom manteve a Selic por apenas uma reunião, e a economia bem ou mal está andando, imagine-se o barulho ensurdecedor quando, já com a economia em queda e o desemprego em alta, o Copom se preparar para manter a Selic pela quinta ou sexta vez consecutiva (ou mais).

Há quem creia que uma elevação da meta de inflação extremamente bem conduzida, com respaldo e participação do BC, poderia abrir algum espaço para antecipar o ciclo de corte da Selic. Mas os riscos são muito altos: se for percebida como afrouxamento do arcabouço, as expectativas rapidamente podem se ajustar para bem acima da nova meta, corroendo ou eliminando o que seria uma alegada janela de curto prazo para o BC praticar juros mais baixos comparativamente à situação em que a meta não mudasse (no longo prazo, há consenso de que mudar a meta não deveria mexer com o juro real neutro, tudo o mais constante).

Em suma, o conflito governo versus BC ainda pode ter vários rounds.

O Estado de S.Paulo - SP   03/03/2023

Com recuo de 0,3% da indústria de transformação, o Brasil continuou a se desindustrializar em 2022, como se estivesse revertendo cerca de um século de desenvolvimento. Sem ter ingressado na fase pós-industrial, onde já operam as economias mais avançadas, o País assiste ao encolhimento de um setor associado, tradicionalmente, à modernização tecnológica e à geração de empregos produtivos e regulados pelos melhores padrões. A produção total da indústria cresceu 1,6% no ano passado, mas esse crescimento foi puxado pela construção (+6,9%) e pelo segmento produtor e distribuidor de eletricidade, gás e água (+10,1%). A atividade extrativa também diminuiu, tendo produzido 1,7% menos que em 2021.

O setor de transformação é o mais diversificado, com produtos como roupas, alimentos, equipamentos eletrônicos, metais, aviões, tratores, veículos de passageiros, máquinas industriais, alimentos e enorme número de bens de consumo. A expansão e a diversificação de suas atividades marcaram a modernização do País, a urbanização, a evolução do comércio exterior e a transformação gradual do estilo e das condições de vida dos brasileiros.

Depois de avançar durante décadas, a indústria tem perdido peso na economia brasileira. Entre 2005 e 2011, a produção geral da indústria oscilou entre 28,5% e 27,2% do valor do Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado essa participação ficou em 23,9%. Entre 2005 e 2022 o peso da indústria de transformação diminuiu de 17,4% para 12,9%.

Não se explica essa mudança apenas com base no desenvolvimento da agropecuária e dos serviços. O retrocesso industrial fica indisfarçável quando se observa a perda de participação do setor na indústria global. Em 2005, a produção brasileira correspondeu a 2,20% do valor adicionado da indústria mundial. Depois de uma queda continuada, essa participação equivaleu, em 2021, a 1,28%. Vários países avançados também perderam participação, enquanto a China, a Índia, a Coreia do Sul e Taiwan aumentaram sua peso. O Brasil seguiu o caminho contrário ao dos emergentes mais dinâmicos, segundo os números da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido).

A perda de vigor da indústria brasileira se tornou mais evidente a partir do período da presidente Dilma Rousseff, mas as sementes da crise foram plantadas anteriormente. Protecionismo excessivo, escolha de campeões nacionais, financiamento mal dirigido, tributação inadequada e pouco estímulo à modernização corroeram o dinamismo industrial.

A produção industrial do Brasil manteve algum poder de competição na vizinhança, especialmente no Mercosul, mas também na região a atuação brasileira tem sido ameaçada pela China e por outros competidores. Novidades positivas são o reconhecimento do problema pelo governo e a promessa do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, de trabalhar pela reindustrialização. Mas falta ao investidor privado uma visão mais clara dos planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Globo Online - RJ   03/03/2023

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse nesta quinta-feira o resultado do PIB de 2022 foi um a “notícia boa”. Ela afirmou que o governo espera o que chamou de "sinal positivo" do Banco Central na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa básica de juros. O encontro do BC para discutir a Selic está marcado para os dias 21 e 22 deste mês.

É um somatório para mostrar que estamos fazendo dever de casa com o PIB, apesar de ser do ano passado, se mostrou positivo a ponto de podermos estar num diálogo com o Banco Central e com o Copom, mostrando que a inflação não é por demanda. Tivemos crescimento acima das expectativas e estamos fazendo o dever de casa. Consequentemente é possível um gesto, não queremos nenhuma generosidade, mas um gesto positivo a favor do Brasil na próxima reunião do Copom — disse a ministra.

Na quarta-feira, Tebet afirmou que o governo está fazendo um “esforço concentrado” para mostrar ao BC que é possível reduzir os juros no país. A ministra defendeu ainda que a inflação não é de demanda e que o governo tenta mostrar segurança jurídica, previsibilidade e estabilidade.

Além de estarem à frente de dois ministérios e bancos públicos, elas também integram o time do ministro da Fazenda, Fernando Haddad

A economia brasileira cresceu 2,9% em 2022, mas o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) caiu no último trimestre, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira. Em 2021, ano seguinte ao baque provocado pela pandemia de Covid, o PIB havia avançado 5%. O resultado do PIB em 2022 veio acima das expectativas. Analistas previam em média uma alta de 2,2%.

O presidente Lula, integrantes do governo e aliados do presidente estão recorrentemente criticando a taxa de juros definida pelo Banco Central, hoje em 13,75%.

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que os dados da economia estão dentro do planejado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

— Eu acho que o ministro Haddad está muito seguro das medidas que está tomando, combinando a responsabilidade social com a responsabilidade fiscal.

MINERAÇÃO

Valor - SP   03/03/2023

Preços da commodity marcaram a terceira alta consecutiva no mercado transoceânico

Impulsionados pelo maior otimismo com a economia chinesa e pela normalização das operações em polos siderúrgicos que estavam na mira das autoridades ambientais do país asiático, os preços do minério de ferro marcaram a terceira alta consecutiva no mercado transoceânico nesta quinta-feira.

Segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro avançou mais 0,4% no norte da China, para US$ 127,25 por tonelada.

Com esse desempenho, a principal matéria-prima do aço passou a exibir ganho de 2,5% em março. No ano, a valorização é de 8,4%.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, para maio, encerraram a sessão diurna com valorização de 1,6%, a 912,50 yuans por tonelada.

Apesar do fôlego recente, analistas alertam que a curva de preços do minério pode se inverter a qualquer momento. “A atual força sazonal deve chegar ao fim, mais cedo ou mais tarde”, escreveu o chefe de pesquisas de próxima geração do Julius Baer, Carsten Menke, em relatório de ontem.

“A reabertura da China reforçou o clima no mercado de minério de ferro e elevou os preços para quase US$ 130 por tonelada no início deste ano. Embora a economia chinesa vá, sem dúvida, se recuperar, a fraqueza no setor imobiliário deve persistir, pesando na atividade de construção, no consumo de aço e na demanda de minério. Como isso não parece estar refletido no clima muito positivo do mercado, vemos mais risco de queda do que alta nos preços”, explicou.

Diante desse cenário, o banco suíço tem agora visão “cautelosa” para a commodity.

Máquinas e Equipamentos

Valor - SP   03/03/2023

Segundo o presidente-executivo da entidade, José Velloso, o recuo da taxa no 4º trimestre é reflexo da alta taxa de juros no país; o indicador encerrou 2022 em 18,8%

50% da Formação Bruta de Capital Fixo no país são representados pela construção civil, enquanto máquinas e equipamentos respondem por 33% - Foto:Brennan Linsley/AP

A Formação Bruta de Capital Fixo, medida dos investimentos dentro do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,9% em 2022, segundo os dados divulgados nessa quinta-feira (2) pelo IBGE. Mas caiu 1,1% no quarto trimestre em relação ao trimestre imediatamente anterior.

De acordo com o presidente-executivo da Abimaq, José Velloso, o recuo é reflexo da alta taxa de juros no país, o que contribui para manter a taxa de investimento muito aquém do ideal. A taxa de investimento encerrou 2022 em 18,8%.

“Todos os economistas, de qualquer linha de pensamento, reconhecem hoje que a taxa de investimento precisa se aproximar de 25% na participação do PIB para que o país tenha condições de crescer a 4% ou 5% ao ano. Mas além dessa queda da Formação Bruta de Capital Fixo no último trimestre, causada em grande parte pelo alto custo de financiamento, existe esse problema estrutural que precisa ser resolvido”, disse Velloso ao Valor.

“A política contracionista do Banco Central está dando resultado. Está contendo a inflação, mas também está restringindo o crédito. E a Formação Bruta de Capital Fixa é essencialmente ligada ao crédito”, acrescenta Velloso.

Ele elogia o BC por ter identificado antes que os demais bancos centrais do mundo que a inflação seria um problema sério. Mas aponta que agora manter a taxa Selic em 13,75% por mais tempo vai prejudicar os investimentos além do necessário.

“Previu de uma forma eficiente a inflação que estava por vir. Mas agora é a aquela questão do veneno e do remédio. No começo estava certo, mas o exagero na dose pode virar veneno”, opina.

O executivo da Abimaq explica que 50% da Formação Bruta de Capital Fixo no país são representados pela construção civil, enquanto o setor de máquinas e equipamentos (bens de capital) responde por 33%, e o restante é resumido por “outros investimentos. Neste contexto, ele aponta que o crescimento de 0,9% em 2022 foi praticamente todo puxado pela construção civil.

“Do nosso lado, de máquinas e equipamentos, a nossa contribuição foi muito baixa. O motivo principal é a falta de crédito”, afirma Velloso, citando pesquisa interna indicando que, atualmente, 80% das máquinas comercializadas no país estão sendo adquiridas pelo capital próprio de quem compra.

Isso é uma inversão em relação ao cenário histórico, pois antes, conforme ele comenta, aproximadamente 80% das máquinas eram financiadas." Isso não existe em lugar nenhum do mundo. Em países com crescimento sustentável, quem compra uma máquina quer pagar ela com o tempo equivalente à depreciação dela, que é, em média, 5 anos”.

Velloso explica que, diante desse cenário, somente grandes empresas brasileiras e multinacionais conseguem captar recursos para financiar investimentos mais pesados por meio de emissão de debentures, IPOs e outras formas de atrair capital no mercado financeiro.

“As pequenas e as médias indústrias ficam chupando o dedo e não conseguem investir. Hoje, uma taxa média do Finampe, no BNDES, está em torno de 22% ao ano. Nessa condição, a máquina não se paga”, diz.

O cenário, segundo ele, faz com que a taxa de investimento no país fique estacionada perto de 18%, que é a mesma, em média, dos últimos 40 anos e insuficiente para melhorar a competitividade brasileira.

A Abimaq, portanto, pede que o governo acelere a elaboração do novo arcabouço fiscal prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para permitir que o Banco Central inicie um ciclo de corte de juros.

“Se acontecer o que parte dos economistas do mercado financeiro está apontando, que os juros podem cair só no fim do ano ou em 2024, a perspectiva para investimentos no ano que vem já fica ruim também, porque 2023 já damos como perdido”, lamenta Velloso.

AUTOMOTIVO

O Petróleo - SP   03/03/2023

A BMW anunciou o lançamento de uma frota piloto de veículos movidos a hidrogênio, chamada de modelo iX5 Hydrogen. O carro utiliza células de combustível desenvolvidas pela Toyota e é capaz de atingir velocidades de até 180 quilômetros por hora.

O hidrogênio é armazenado em dois tanques que podem ser reabastecidos em menos de cinco minutos. Quando totalmente abastecido, o carro apresentou um alcance de 313 milhas no Procedimento de Teste Harmonizado Mundial para Veículos Leves.

Tesla Model 3 lidera como o carro elétrico mais procurado no mundo, segundo estudo

Menos de 100 carros serão produzidos inicialmente e enviados para testes e demonstrações no exterior para diversos grupos-alvo. A produção está sendo feita em uma fábrica em Munique e a previsão é que a frota esteja disponível para venda em 2023.
O papel do hidrogênio na transição energética e na mobilidade sustentável

O presidente do Conselho de Administração da BMW, Oliver Zipse, destacou a importância do hidrogênio na transição energética e na mobilidade sustentável. Segundo ele, o hidrogênio é uma fonte de energia versátil que tem um papel fundamental na proteção do clima e é uma das formas mais eficientes de armazenar e transportar energias renováveis.

Zipse acredita que a utilização do potencial do hidrogênio pode acelerar a transformação do setor de mobilidade e tornar a mobilidade neutra em termos climáticos em todo o mundo. Para ele, o hidrogênio é a peça que faltava no quebra-cabeça quando se trata de mobilidade livre de emissões.

A BMW não é a única fabricante de automóveis a buscar inovar com o uso do hidrogênio. Outros fabricantes, como Nissan, Hyundai e Toyota, também estão investindo na tecnologia.

Benefícios e desafios do uso de carros movidos a hidrogênio

Os carros movidos a hidrogênio têm várias vantagens em relação aos carros elétricos movidos a bateria. Eles têm um alcance maior, podem ser reabastecidos em questão de minutos e não emitem poluentes na estrada.

No entanto, ainda há desafios a serem superados para tornar o uso de hidrogênio viável em larga escala. A infraestrutura de abastecimento de hidrogênio é limitada e ainda não está amplamente disponível em muitas partes do mundo. Além disso, a produção de hidrogênio requer muita energia e é atualmente baseada em combustíveis fósseis em muitos lugares.

Conclusão

A BMW lançou uma frota piloto de carros movidos a hidrogênio com tecnologia da Toyota. O hidrogênio é armazenado em dois tanques que podem ser reabastecidos em menos de cinco minutos e o carro apresentou um alcance de 313 milhas quando totalmente abastecido. A produção está sendo feita em uma fábrica em Munique e a frota estará disponível para venda em 2023. A utilização do hidrogênio pode acelerar a transformação do setor de mobilidade.

A utilização do hidrogênio pode acelerar a transformação do setor de mobilidade e tornar a mobilidade neutra em termos climáticos em todo o mundo. No entanto, ainda há desafios a serem superados para tornar o uso de hidrogênio viável em larga escala, como a infraestrutura limitada de abastecimento de hidrogênio e a produção de hidrogênio baseada em combustíveis fósseis em muitos lugares.

Apesar disso, os carros movidos a hidrogênio apresentam várias vantagens em relação aos carros elétricos movidos a bateria, como um alcance maior e tempo de reabastecimento mais rápido. A BMW é uma das principais fabricantes de automóveis que busca inovar com o uso do hidrogênio, mas outras empresas como Nissan, Hyundai e Toyota também estão investindo na tecnologia.

Com o lançamento da frota piloto de carros movidos a hidrogênio, a BMW espera contribuir para a transição energética e para a proteção do clima. O modelo iX5 Hydrogen é um marco no uso da energia do hidrogênio e pode representar um caminho para o futuro da mobilidade sustentável.

O Petróleo - SP   03/03/2023

A liderança do Tesla Model 3 como o carro elétrico mais procurado no mundo pode ser atribuída à inovação tecnológica da Tesla, que tem se destacado na produção de carros elétricos de alta qualidade e performance. Além disso, os benefícios ambientais e econômicos dos veículos elétricos também são fatores que impulsionam a demanda por esse tipo de veículo.

Os carros elétricos possuem uma vantagem clara em relação aos veículos movidos a combustão, uma vez que são mais eficientes e emitem menos poluentes. Com isso, muitos países estão incentivando a adoção de carros elétricos, oferecendo incentivos fiscais e subsídios para a compra de veículos elétricos e para a instalação de infraestrutura de carregamento.

BMW apresenta nova frota de carros movidos a hidrogênio com tecnologia da Toyota
Tesla Model 3 lidera como o carro elétrico mais procurado no mundo, segundo estudo

Um estudo realizado pela comparethemarket, com base em dados de pesquisa do Google, mostrou que o Tesla Model 3 é o veículo elétrico mais procurado no mundo. O modelo liderou as buscas em 54,7% dos 136 países listados. O segundo colocado foi o Nissan Leaf, que foi o mais pesquisado em 16,1% dos países.

Tesla domina a lista dos carros elétricos mais populares

De acordo com o estudo, a Tesla também domina a lista dos carros elétricos mais populares, com o Model S sendo o mais popular em 13,1% das nações, seguido pelo Model X com 9,5%. O BMW i3 e o Renault ZOE também aparecem na lista, com 4,4% e 2,2%, respectivamente. No total, 77,3% dos veículos mais procurados nos países são fabricados pela Tesla.
Model 3 é o carro elétrico mais popular em diversos países

O Tesla Model 3 foi o carro elétrico mais popular em diversos países, incluindo Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Itália, África do Sul, China e Austrália. Já o Nissan Leaf liderou as buscas em 22 países, como Rússia, Ucrânia, Eslovênia, Seychelles, Portugal e Nova Zelândia. O Tesla Model S foi o mais procurado em países como Argentina, México, Cazaquistão e Indonésia. O BMW i3 foi popular no Brasil, Chile, Costa Rica, Japão, Madagascar e Maurício, enquanto o Renault ZOE foi o mais procurado em Cabo Verde, Colômbia e Cingapura.

Parcerias da Tesla visam melhorar infraestrutura de carregamento

Com a crescente demanda por veículos elétricos, a Tesla vem estabelecendo parcerias em todo o mundo para melhorar a infraestrutura de carregamento. Recentemente, a empresa fechou uma parceria com a cidade de Pasadena, na Califórnia, para construir uma instalação de carregamento rápido. A empresa também fez parceria com a BP na China para criar uma infraestrutura de veículos elétricos. Além disso, a Igloo Energy lançou um aplicativo para reduzir as emissões de carregamento da Tesla em 20%.

Conclusão

O Tesla Model 3 é o carro elétrico mais procurado no mundo, segundo estudo realizado pela comparethemarket com base em dados de pesquisa do Google. A Tesla também lidera a lista dos carros elétricos mais populares, com o Model S e o Model X aparecendo na lista. Com a crescente demanda por veículos elétricos, a Tesla tem estabelecido parcerias em todo o mundo para melhorar a infraestrutura de carregamento e reduzir as emissões de carregamento.

Para acompanhar essa crescente demanda, a Tesla tem estabelecido parcerias em todo o mundo para melhorar a infraestrutura de carregamento e facilitar o acesso dos usuários a essa tecnologia. A parceria com a cidade de Pasadena, na Califórnia, para construir uma instalação de carregamento rápido é um exemplo disso. Além disso, a parceria com a BP na China visa criar uma infraestrutura de veículos elétricos que possa atender às necessidades dos consumidores chineses.

A redução das emissões de carregamento é outro ponto importante no desenvolvimento de carros elétricos. O aplicativo lançado pela Igloo Energy, que reduz as emissões de carregamento da Tesla em 20%, mostra que a Tesla e seus parceiros estão trabalhando para tornar essa tecnologia ainda mais sustentável e eficiente.

Em resumo, a liderança do Tesla Model 3 como o carro elétrico mais procurado no mundo é um reflexo da inovação tecnológica da Tesla e da crescente demanda por veículos elétricos. Com suas parcerias e investimentos em infraestrutura de carregamento e redução de emissões, a Tesla está se consolidando como líder do mercado de carros elétricos e contribuindo para um futuro mais sustentável e eficiente.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   03/03/2023

Espera-se forte desaceleração, sob impacto maior da política monetária, que deve pesar nos empreendimentos destinados para média e alta rendas

Em 2022 a construção civil salvou novamente o desempenho do PIB da indústria, com alta de 6,9% contra 2021, mesmo com desaceleração ao fim do ano. Para 2023 espera-se forte desaceleração, sob impacto maior da política monetária, que deve pesar nos empreendimentos destinados para média e alta rendas. Apesar da perda de fôlego, parte da expectativa para a continuidade do crescimento do setor, mesmo em meio a um cenário de desaceleração do PIB, está na retomada do Minha Casa Minha Vida, que pode voltar a dar protagonismo à habitação de interesse social dentro do mercado de edificações, embora seu efeito maior possa vir mais em 2024.

Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre), diz que a projeção é de que setor de construção cresça 2,4% em 2023.

“A construção deve ter também um ano bom em 2023, embora não na mesma dimensão de 2022. Deve ter uma desaceleração significativa, mas sobre base alta e em variação acima da do PIB total”, destaca. O Ibre espera alta de 0,3% para o PIB neste ano.

O crescimento da atividade na construção do ano passado, diz Ana Maria, reflete o ciclo vigoroso do setor de períodos anteriores em que avançaram os lançamentos imobiliários e os investimentos em infraestrutura, com os leilões de concessão.

Mesmo com aperto da política monetária no decorrer de 2022, ressalta, o setor cresceu no ano passado dando continuidade a ciclos do mercado imobiliário abertos ao fim de 2020 e em 2021, favorecidos então por taxas de juros mais baixas e também porque, considerada como atividade essencial durante a pandemia de covid-19, o setor de construção pôde manter suas atividades.

“O ciclo começou a perder fôlego no fim de 2022 e uma das grandes perguntas que se fez foi se esse ciclo continuaria a perder fôlego em 2023”, diz Ana. Segundo dados do IBGE divulgados hoje, o PIB do setor de construção caiu 0,7% no último trimestre de 2022 contra os três meses anteriores, na série com ajuste sazonal.

Dados de pesquisas do mercado de construção, lembra Ana, mostram que já houve queda nos lançamentos imobiliários em relação ao histórico recente muito alto. Ainda assim, diz, os lançamentos e as vendas se mantiveram em nível relativamente forte, o que deve repercutir na atividade em 2023, assim como a programação de investimentos da infraestrutura. O crescimento neste ano, diz, deve ser conduzido pelo mercado formal, que é o das construtoras e incorporadoras.

Na manutenção do ciclo de negócios em 2023 num ambiente de taxa de juros altas há um desafio maior para o mercado de média e alta renda, diz Ana, porque a avaliação que se faz é que o crédito vai ficar mais caro e difícil.

Por outro lado houve uma renovação do Minha Casa Minha Vida, o que traz perspectiva de a baixa renda voltar a ter uma dinâmica melhor no ciclo de negócios do mercado imobiliário, diz. “É preciso acompanhar o desenvolvimento do programa para saber o quanto vai conseguir recuperar o espaço que perdeu mais recentemente, mas há essa perspectiva de a habitação de interesse social voltar realmente a ganhar protagonismo.”

A habitação de interesse social, lembra, ganhou maior importância no mercado de edificações desde o lançamento do MCMV e chegou a representar mais da metade das vendas realizadas.

Se em 2023 o ciclo da construção civil continuasse a perder fôlego, como aconteceu ao fim de 2022, o crescimento da atividade poderia ser ameaçado. Houve um pessimismo maior dos empresários ao fim do ano passado, lembra Ana. “Mas agora a retomada do MCMV pode representar uma sustentação desse ciclo ou pelo menos não uma queda.”

As pesquisas de sondagem de confiança mostraram que a confiança dos empresários da construção vinha se deteriorando desde outubro, com aumento do pessimismo. Em fevereiro isso mostrou uma inflexão, destaca. “A confiança voltou a crescer e houve mudança das expectativas justamente do mercado de edificações, mostrando que a sinalização dada pelo governo ao programa deu um novo ânimo, com expectativa de que o ciclo de negócio volte a melhorar.”

Para Sergio Vale, economista chefe da MB Associados, o MCMV de ser um “alento” para o setor de construção civil, podendo abrir um ciclo em 2023 que deve se concretizar com efeitos para a atividade a partir do ano que vem. “Há um esforço muito grande do governo para ativar o programa, mas é um processo demorado, que deve aparecer mais a partir de 2024.

Nas suas projeções, o PIB da construção civil deve crescer 0,6% em 2023, abaixo do PIB total, estimado em alta de 1% para o ano. A construção, diz, é um setor que reage muito ao crescimento da economia, à perspectiva de médio e longo prazo, ao mercado de trabalho e ao cenário de taxa de juros. “Essas condições estão faltando para o mercado de construção este ano. No mercado de trabalho a ocupação começou a cair em termos dessazonalizados desde setembro e o crédito este ano também deve faltar comparado aos últimos dois anos.”

Valor - SP   03/03/2023

Preocupação social e viabilidade econômica devem ser conciliadas na nova versão do programa habitacional

Margareth Uemura, coordenadora de urbanismo do Instituto Pólis, defende projetos habitacionais menores e locação — Foto: Renata Teixeira/Instituto Pólis

Fevereiro foi marcado no setor imobiliário como o mês da volta do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O programa habitacional lançado na gestão de Lula, em 2009, havia se transformado em Casa Verde e Amarela (CVA) no governo Bolsonaro e deixado de oferecer a modalidade com subsídios quase totais, bancados com recursos da União, para a faixa com menor renda, que recebia até R$ 1.800 mensais.

O novo MCMV terá foco justamente nesse grupo, agora promovido para rendas de até R$ 2.640, segundo medida provisória publicada no último dia 15.

O governo já havia anunciado que R$ 10 bilhões em recursos vindos da PEC da Transição iriam para o novo programa, e que metade desse montante seria destinado para atender a faixa 1 - o MCMV tem ainda mais duas faixas, para rendas de até R$ 4.400 e R$ 8 mil ao mês, que no CVA recebiam subsídios limitados a R$ 29 mil. Detalhar como esse recurso será distribuído cabe agora ao Ministério das Cidades, comandado por Jader Filho (MDB-PA).

Para Hugo Grassi, analista de mercado imobiliário do Citi Bank, há duas dúvidas principais, que vão nortear a precificação dos ativos envolvidos na política habitacional: primeiro, é preciso saber quanto desses bilhões vão chegar aos grandes “players” do setor, como as incorporadoras MRV, Cury, Direcional, Plano&Plano e Tenda. É preciso também entender se haverá recursos da União para as faixas superiores da política, ou se elas continuarão sendo atendidas apenas pelo FGTS.

O funcionamento da faixa 1 ainda não está claro e as grandes incorporadoras estão “reticentes” e “esperando para ver” o que vai acontecer antes de tomar uma decisão, segundo André Mazini, que lidera a equipe de analistas do Citi. “O ideal é que seja criada uma conta apartada, como um patrimônio de afetação do faixa 1, e que o dinheiro seja colocado nela, para as construtoras terem certeza que não vai faltar, mas não temos indicação de que isso vai acontecer”, diz.

A preocupação vem do fato de que entre 2014 e 2016 houve atrasos no repasse de recursos para as companhias que tinham projetos na faixa inicial.

Em 14 de fevereiro, quando participou da entrega de um empreendimento do programa que estava com obras atrasadas, Jader Filho reforçou que a meta é ter 2 milhões de moradias feitas pelo MCMV até 2026.

Mazini analisa que metade dos R$ 10 bilhões seriam suficientes para 50 mil residências totalmente subsidiadas, se cada uma custar R$ 100 mil. “Dificilmente vão conseguir sustentar esse patamar de lançamentos só com unidades 95% financiadas”, afirma Grassi.

No relançamento do programa, o governo ressaltou que haveria um foco em levar as moradias para mais perto das áreas que já possuem infraestrutura, diferentemente do modelo mais comum, de construir em grandes áreas nas periferias urbanas. Também foi destacada a possibilidade de locação social e de retrofit (reforma e mudança de uso) de imóveis abandonados.

Para Margareth Uemura, coordenadora de urbanismo do Instituto Pólis, organização da sociedade civil que faz assessoria de políticas públicas, é fundamental que mudanças de diretrizes, como as citadas acima, ocorram.

Ressalta ainda ser preciso mudar a escala dos projetos imobiliários do MCMV, para dar mais qualidade de vida aos moradores. Segundo ela, já está comprovado que as construções em grande escala destroem os conjuntos habitacionais com o passar do tempo. “A lógica de ter enormes áreas para construção não é a mais adequada”, afirma. Conjuntos menores seriam mais fáceis de gerir e mais amigáveis para uma população que, em geral, está habituada a morar em casas isoladas e unifamiliares.

A locação de unidades, em vez da exclusividade da posse, pode ajudar a trazer famílias para mais perto dos centros urbanos, diz Uemura. “Poderiam fazer isso em imóveis da União em áreas centrais”, analisa.

Ela sugere um modelo de concessão, no qual as famílias paguem pela manutenção do imóvel e possam mudar de casa quando for mais conveniente, em vez de ficar fixas em um local, muitas vezes longe do trabalho, educação, saúde e lazer.

Para a coordenadora, ao fazer megaprojetos em áreas periféricas, se está apenas “jogando para a frente” o problema do déficit habitacional, porque as famílias não vão permanecer naqueles espaços por muito tempo e vão mudar para outras áreas, sejam elas regulares ou não.

Na visão de Mazini, tentar aproximar a moradia de interesse social das áreas com infraestrutura é boa política pública, mas pouco viável pelo custo dos terrenos. “Sou cético com isso, não dá para fazer milagre”, diz. “Dá para levar infraestrutura urbana para onde está sendo o faixa 1”. Se a operação não der lucro, não haverá companhias dispostas a construir.

Já Uemura pontua que levar a infraestrutura sai mais caro ao poder público, enquanto é vantajoso para quem constrói. “Ele faz e vai embora”.

Um ponto da medida provisória pode ajudar nessa questão. Grassi lembra que há um pedido para que as prefeituras delimitem nos planos diretores áreas com zoneamento exclusivo para habitação de interesse social, e que sejam próximas dos centros urbanos. “[O terreno] passa a não ser elegível para habitação tradicional, isso derruba o valor de mercado”, diz. No entanto, esse apelo já foi feito em 2009, antes do início do MCMV, e não foi amplamente atendido.

Outra esperança das entidades da sociedade civil para mudar o tipo de habitação feita no programa é o MCMV Entidades, parcela da política que teve pouco destaque na gestão anterior do PT, tendo recebido menos de 3% do orçamento do programa. Agora, no entanto, pode haver mais vontade política para ampliá-lo. “Há dívidas políticas com o Boulos”, afirma Grassi.

Uemura vê no Entidades a chance de organizações locais escolherem os terrenos mais adequados para as moradias e criarem, desde o início, uma comunidade para aquele projeto, o que ajuda na convivência dos moradores e na manutenção dos prédios. “A escolha é feita pelos moradores, o projeto é discutido, é um sistema mais participativo”. Resta saber como isso será abordado no programa. “Essas combinações não estão claras, mas as iniciativas são positivas”, diz.

NAVAL

Porto Gente - SP   03/03/2023

No mundo em rede, a competitividade da economia das nações está atrelada em grande parte à eficiência dos seus portos.

Passados sessenta dias da posse do presidente Lula, as indicações das diretorias dos portos públicos permanecem sem decisão. Assim, a autoridade portuária do Porto de Santos continua com diretorias desmanteladas e dirigidas por interinos. Dentro do prazo dos primeiros cem dias, evocados por ocasião da posse e das cobranças e tantas expectativas. É o tempo em que o novo governo está se estruturando para mostrar resultados. Quando negocia a governabilidade política, pela construção de maioria nas votações no Congresso. Dinâmica da Democracia.

Nessa fase, é importante o papel da comunidade do Porto para influenciar esse processo com visão operacional e produtiva, diante da pressão política do curto prazo, centralizada em Brasília, sem superar eficientemente os reais desafios e necessidades. Itajaí foi exemplo de mobilização, no enfrentamento exitoso da pressão no governo anterior, para uma privatização açodada e desalinhada dos interesses regionais. Uma política sem clareza da razão e do propósito, na ótica da privatização, quanto da estatização.

Há muito, e em especial nas duas últimas diretorias do Porto de Santos, vem sendo demonstrada a falência do atual modelo de gestão dos portos públicos centralizada em Brasília. É imperativo mudar. À comunidade portuária cabe resgatar o seu papel deliberativo da Lei 8.630 e aprimorar a sua função de peso e contrapeso com a agência reguladora, de sorte a pautar o seu papel com autonomia, independência e competitividade. Bem como seja evitada a captura da agência pelas empresas reguladas. Uma estruturação estratégica com meta na excelência do negócio portuário.

Essa conjuntura dobra a responsabilidade da comunidade do Porto de Santos, na busca de melhores e oportunos resultados. Fortalecer, também, as ações do ministério de Portos e Aeroportos e respectiva secretaria de Portos, cujos titulares são da região, com visões que ensejam concretizar, com eficácia, todo o potencial do complexo portuário da Baixada Santista. Desse modo, preservar a sua história vencedora na era da tecnologia blockchain, ágil e inovadora. Operacionalmente, ampliar a sua participação nas cadeias logísticas globais em progresso.

Esse debate deve ocorrer regionalmente e Portogente há muito vem fomentando ideias e soluções, para mais competitividade logística. É o melhor modo de gerar trabalho e riqueza na atividade portuária, como bem demonstra a trajetória centenária e exitosa do Porto de Santos. Para isso, reconquistar o Conselho de Autoridade Portuária - CAP deliberativo e forte, com menos Antaq.

PETROLÍFERO

A Tribuna - SP   03/03/2023

O Porto de Santos deve receber até sexta-feira (3) navios petroleiros que tinham como destino o Porto de São Sebastião. Duas embarcações da Petrobras já atracaram no cais santista, transportando 50 mil toneladas de petróleo bruto. A medida foi determinada pelo ministro de Portos e Aeroportos na última sexta-feira (24) e confirmada por ele nesta terça-feira (28), em discurso na abertura da Intermodal South America 2023, no São Paulo Expo, na Capital.

As embarcações foram transferidas enquanto a Petrobras investiga possíveis danos ao duto Osbat, em razão das fortes chuvas que provocaram deslizamentos no Litoral Norte de São Paulo, deixando 65 mortos, sendo 64 em São Sebastião e um em Ubatuba.

A transferência dos navios petroleiros para Santos é a segunda iniciativa em apoio ao Litoral Norte, segundo França. "Do Porto de Santos partiram navios da Marinha com toneladas de mantimentos para os desabrigados. Nossa força logística me fez centralizar a atuação do Governo Federal no nosso maior porto. Já passamos dos R$ 60 milhões em recursos empregados no socorro ao Litoral Norte", declarou o ministro.

Presente na Intermodal, o diretor-presidente interino da Santos Port Authority (SPA), Marcus Mingoni, afirmou que a chegada dos navios petroleiros não afetou a rotina portuária. Os petroleiros atracaram no berço da Transpetro, na Alemoa. "Até o momento, esses navios não atrapalharam em nada o sequenciamento que a gente tem em Santos. Esses dois navios vieram descarregar pouco mais de 50 mil toneladas de petróleo bruto", disse Mingoni.

Procurada, a Petrobras informou em nota que "o duto Osbat segue preventivamente inoperante até que sejam concluídas todas as ações para a retomada segura das operações. Até o momento, não foram identificados danos ao duto. Como alternativa logística, já prevista pela companhia, o petróleo para a Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, e Refinaria de Capuava (Recap) será escoado a partir de Santos. O atendimento ao mercado segue sendo realizado com segurança".

No mesmo discurso de abertura, França destacou que os portos brasileiros necessitam de mais investimentos em infraestrutura, principalmente no processo de dragagem.

"Há necessidade de mais investimentos, aprimorando e padronizando os serviços de dragagem. Não temos problemas em conceder serviços de manutenção, sinalização e os terminais, para que o setor privado possa nos ajudar a preparar nossos portos para o aumento do fluxo do comércio internacional. Vamos apoiar os Terminais de Uso Privativo (TUPs), cada vez mais modernos".

Portos offshore
O ministro disse também que o Governo Federal estimulará a expansão de portos offshore em território nacional, que segundo ele permitem a expansão das atividades logísticas sem conflitos com as cidades que hoje abrigam os complexos portuários.

"O mundo já fabrica navios acima dos 366 metros, que logo representarão 30% da frota do planeta. Não podemos perder este mercado. E os portos offshore precisam logo ser projetados e implantados. Para tanto, é vital a manutenção do Estado na Autoridade Portuária em todos os portos brasileiros. Sua função estratégica garante a soberania nacional e os interesses legítimos da Nação num mundo cada vez mais competitivo".

Hidrovias
França comentou ainda que o avanço das hidrovias está nos planos da pasta. "O presidente Lula me pediu atenção especial para esse enorme potencial já representado pelos 42 mil quilômetros de rios navegáveis. A malha hidroviária brasileira precisa de apoio. Temos grande capacidade de expansão do setor".

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, há pelo menos 20 mil quilômetros de rios e lagos navegáveis não aproveitados no Brasil. "Temos, ao mesmo tempo, que ampliar a malha hidroviária e investir na manutenção das que existem".

O ministro apontou que os investimentos em hidrovias poderiam vir do programa BR do Mar. "Temos a possibilidade de usar recursos da medida provisória do BR do Mar para esta área, aportando investimentos de R$ 500 milhões. Da mesma forma, estaremos abertos às parcerias privadas, concedendo trechos navegáveis para novos investimentos".

Reunião de portos
Os avanços no setor portuário, os investimentos em infraestrutura, logística e inovações tecnológicas marcaram o início da 27ª edição da Intermodal South America, que acontece até quinta-feira (2) no São Paulo Expo, na Capital. O evento recebe 500 empresas, com mais de 200 expositores, e é considerado o maior encontro de logística, intralogística, transporte de carga, tecnologia e comércio exterior da América Latina.

Na terça-feira (28), o foco das discussões foi a infraestrutura, começando com as perspectivas e tendências na logística do transporte nacional. Em seguida, o debate se estendeu para o agronegócio, com as novas fronteiras para o escoamento de granéis agrícolas.

Na quarta-feira (1º), os debates serão dedicados ao cenário marítimo e portuário, com discussões sobre o papel da tecnologia no desenvolvimento da indústria nacional. Serão abordados os desafios da integração entre portos e ferrovias.

Na quinta-feira, o destaque será para as operações logísticas e a relevância do comércio internacional após o período mais crítico da pandemia. Nos três dias, são esperados mais de 40 mil profissionais.

“Temos participação de empresas que representam todos os elos da cadeia logística e de transporte, além de portos e aeroportos nacionais e internacionais, com soluções em tecnologia, equipamentos e serviços para o trade logístico”, avalia Hermano Pinto Jr., diretor da Informa Markets Brasil, organizadora da Intermodal.

IstoÉ Online - SP   03/03/2023

Os preços do petróleo fecharam em leve alta nesta quinta-feira, ainda impulsionados pelos bons indicadores chineses e pelo aumento da demanda americana por gasolina, mas não conseguiram sair do corredor em que evoluem há meses.

O barril do Brent para maio subiu 0,52%, fechando a US$ 84,75, e o do WTI para abril, 0,60%, a 78,16 dólares.

“Parece que a reabertura da economia chinesa, após quase três anos de bloqueio rígido, começa a dar frutos”, estimou Tamas Varga, da PVM Energy, que vê os preços permanecendo em margens estreitas, uma vez que “a preocupação persistente com a inflação irá frear qualquer recuperação prolongada em um futuro próximo”.

Petro Notícias - SP   03/03/2023

Uma notícia que promete trazer um novo sopro de esperança para a indústria naval brasileira. O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, disse na tarde de hoje (2), durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, que a empresa pretende voltar a construir plataformas e barcos de apoio no Brasil. Contudo, segundo ele, para viabilizar essa intenção, será preciso um esforço coletivo. Prates acredita ainda que é necessário estabelecer uma política pública para estimular novamente o setor naval brasileiro.

O Petronotícias questionou, durante a coletiva, se a Petrobrás poderia voltar a construir plataformas e embarcações de apoio no Brasil durante a gestão de Prates. “Vai. Agora, vai fazer isso dentro de uma construção coletiva. Não basta a Petrobrás querer, ela precisa ter condições para fazer isso”, respondeu o presidente da petroleira. Prates sustenta que a estrutura dos estaleiros e da indústria naval devem apresentar-se em condições competitivas. Para tal, o Brasil precisaria adotar uma nova política pública de incentivo aos estaleiros nacionais.

“Se você fizer um levantamento, hoje, talvez, um equipamento bem complexo integralmente feito no Brasil saia três ou quatro vezes mais caro. Então, quando há uma discrepância a esse nível, é preciso política pública e outro tipo de abordagem a esse problema”, afirmou. Prates prometeu ainda que a Petrobrás irá participar dessa nova abordagem para a indústria naval.

O presidente da Petrobrás avaliou também que existem novos horizontes para o setor naval, sobretudo com negócios em eólicas offshore. “São equipamentos [eólicos offshore] enormes, três ou quatro vezes maiores do que os equipamentos que vemos em terra. São equipamentos que precisam ser feitos localmente. Então, existem novos horizontes também”, avaliou.

Um estudo recente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) revelou o tamanho do tombo que o segmento viveu nos últimos tempos. Há 10 anos, os valores contratados de projetos nos estaleiros brasileiros somaram cerca de R$ 9,5 bilhões. Em 2021, essa cifra foi drasticamente reduzida para R$ 570 milhões – uma impressionante queda de cerca de 96%.

Ainda de acordo com o levantamento do Sinaval, dos 13 estaleiros de grande porte do país, a maior parte está operando abaixo da capacidade ou apenas atuando em serviços de reparos navais. Esse é o caso dos estaleiros BrasFELS (RJ) e Atlântico Sul (PE). Há outros em situação mais dramática. O estaleiro Brasa (RJ) está desativado e a sua área está sendo usada como Terminal de Uso Privativo. O único estaleiro de grande porte que tem em vista um grande projeto pela frente é o Jurong (ES), que está preparando-se para a construção do Navio de Apoio Antártico da Marinha do Brasil.

TN Petróleo - RJ   03/03/2023

A Diretoria da ANP aprovou hoje (2/3) a realização de audiência pública, precedida de consulta pública pelo período de 45 dias, sobre a minuta de resolução que unifica os procedimentos licitatórios para a outorga do exercício das atividades de exploração, reabilitação e produção de petróleo e gás natural sob os regimes de concessão e de partilha de produção.

A minuta de resolução contempla o sistema de Oferta Permanente e as rodadas de licitações, estabelecendo procedimentos unificados para os regimes de concessão e de partilha de produção, atualmente regulamentados pelas Resoluções ANP nº 18/2015 e nº 24/2013, respectivamente.

A consulta pública terá início após a publicação de seu aviso no Diário Oficial da União, quando também será divulgada a data da audiência.

Petro Notícias - SP   03/03/2023

A produção brasileira de petróleo em janeiro foi recorde, marcando 3,274 milhões de barris/dia. A informação foi publicada nesta tarde (2) no Boletim Mensal de Produção da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Houve aumento de 6,5% na produção de petróleo na comparação com o mês anterior e alta de 8% em relação a janeiro de 2022. A produção de petróleo superou o recorde anterior, registrado no mês de outubro de 2022, quando foram produzidos 3,148 milhões de barris por dia. No gás natural, a produção cresceu 2,2% em relação a dezembro de 2022 e 4,2% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, totalizando 143,215 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

A produção no pré-sal em janeiro foi de 3,168 milhões de barris de óleo equivalente por dia e correspondeu a 75,9% da produção brasileira. Foram produzidos 2,489 milhões de barris por dia de petróleo e 107,8 milhões de m³ por dia de gás natural, por meio de 141 poços. Houve aumento de 6,1% em relação ao mês anterior de 8,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A produção no pré-sal também superou a maior já registrada até então, também em outubro de 2022, quando foram produzidos 3,142 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Em janeiro, o aproveitamento do gás natural foi de 97,1%. Foram disponibilizados ao mercado 50,96 milhões de m³/dia e a queima foi de 4,15 milhões de m3/dia. Houve aumento na queima de 11,8% em relação ao mês anterior e de 28,3% na comparação com janeiro de 2022.

Em janeiro, os campos marítimos produziram 97,9% do petróleo e 86% do gás natural. Os campos operados pela Petrobrás, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foram responsáveis por 89,98% do total produzido. A produção teve origem em 5.661 poços, sendo 508 marítimos e 5.153 terrestres. O campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás, registrando 804,4 mil barris por dia de petróleo e 38,54 milhões de m³/d de gás natural. A instalação com maior produção de petróleo e gás natural foi a FPSO Guanabara, que produziu 170,732 mil barris por dia de petróleo e 10,97 milhões de m3/d de gás natural na jazida compartilhada de Mero.

AGRÍCOLA

Agrolink - RS   03/03/2023

Equipamentos modernos trouxeram mais agilidade na colheita de cana-de-açúcar com eficiência e economia de combustível.

Faz muito tempo, que os investimentos em tecnologia no campo se tornaram comuns em um movimento global. Aqui no Brasil, os grandes produtores reconhecem a importância das máquinas modernas nas lavouras, para ganhar tempo e multiplicar os lucros.

Quem lida no setor reconhece a relevância dos investimentos, as vantagens de ter o equipamento certo para cada função como forma de garantir os ganhos a longo prazo.

É o caso das lavouras de cana-de-açúcar. Quem não se lembra da forma rudimentar que as plantações eram colhidas?

Inovando na lavoura da cana de açúcar

Em uma única área de plantio, o produtor precisava do auxílio de centenas de cortadores, que ao longo da história ficaram conhecidos com "bóias frias", implicando em altas despesas e responsabilidades com os trabalhadores. O avanço da tecnologia fez quase que desaparecer a figura dos cortadores para dar espaço às máquinas que oferecem maior produtividade.

A colheita é, uma das etapas mais importantes do plantio, implicando na qualidade de toda a produção.

Por isso, o produtor precisa ter conhecimento para escolher a colhedora de cana ideal para a área plantada. Escolher uma marca reconhecida no mercado é a certeza de obter resultados satisfatórios.

A colhedora da Jacto Hover 500 atende as demandas do produtor. Em um mesmo equipamento é possível ter eficiência e precisão. Em comparação com as demais máquinas disponíveis hoje no mercado, a Hover 500 consegue colher o dobro de cana de açúcar por hora trabalhada e com menos gasto de combustível.

Construída para colher duas linhas de cana simultaneamente, na mesma velocidade das colhedoras de uma linha convencional.

Associe-se!

Junte-se a nós e faça parte dos executivos que ajudam a traçar os rumos da distribuição de aço no Brasil.

INDA

O INDA, Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, é uma Instituição Não Governamental, legalmente constituída, sem fins lucrativos e fundada em julho de 1970. Seu principal objetivo é promover o uso consciente do Aço, tanto no mercado interno quanto externo, aumentando com isso a competitividade do setor de distribuição e do sistema Siderúrgico Brasileiro como um todo.

Rua Silvia Bueno, 1660, 1º Andar, Cj 107, Ipiranga - São Paulo/SP

+55 11 2272-2121

contato@inda.org.br

© 2019 INDA | Todos os direitos reservados. desenvolvido por agência the bag.

TOP