Portal Fator Brasil - RJ 03/02/2023
Esses valores representam, respectivamente, aumento de 8,8% e de 16,4% na comparação com o mesmo período de 2021. 945 mil toneladas, ou US$ 823 milhões, o que resultou em queda de 30,2% em ambos os casos na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2021. Tanto consumo, vendas teve retração em dezembro e no ano passado.
De acordo com Instituto do Aço Brasil (IABr) a produção brasileira de aço bruto em dezembro foi de 2,5 milhões de toneladas, uma queda de 5,2% frente ao apurado no mesmo mês de 2021. Já a produção de laminados foi de 1,4 milhão de toneladas, 21,1% inferior à registrada em dezembro de 2021. A produção de semiacabados para vendas foi de 761 mil toneladas, uma queda de 12,3% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2021.
Consumo e Vendas — As vendas internas recuaram 1,6% frente ao apurado em dezembro de 2021 e atingiram 1,4 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 1,7 milhão de toneladas, 1,9% inferior ao apurado no mesmo período de 2021.
Exportações — As exportações de dezembro foram de 945 mil toneladas, ou US$ 823 milhões, o que resultou em queda de 30,2% em ambos os casos na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2021.
Importações — As importações de dezembro de 2022 foram de 338 mil toneladas e de US$ 439 milhões, um aumento de 9,6% em quantum e de 10,1% em valor na comparação com o registrado em dezembro de 2021.
Produção — A produção brasileira de aço bruto foi de 34,0 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a dezembro de 2022, o que representa uma queda de 5,8% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 23,4 milhões de toneladas, redução de 10,0% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2021.
A produção de semiacabados para vendas totalizou 8,1 milhões de toneladas de janeiro a dezembro de 2022, uma queda de 6,7% na mesma base de comparação.
Vendas — As vendas internas foram de 20,3 milhões de toneladas de janeiro a dezembro de 2022, o que representa uma retração de 9,1% quando comparadas com o apurado em igual período do ano anterior.
Consumo — O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 23,5 milhões de toneladas no acumulado até dezembro de 2022. Este resultado representa uma queda de 10,9% frente ao registrado no mesmo período de 2021.
Importações — As importações alcançaram 3,3 milhões de toneladas no acumulado até dezembro de 2022, uma redução de 32,9% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 4,8 bilhões e recuaram 3,2% no mesmo período de comparação.
Exportações — As exportações de janeiro a dezembro de 2022 atingiram 11,9 milhões de toneladas, ou US$ 10,9 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, aumento de 8,8% e de 16,4% na comparação com o mesmo período de 2021.
O Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) em janeiro de 2023 recua para 37,6 pontos. Lembrando que o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) acima de 50 pontos indicam confiança, enquanto valores abaixo de 50 pontos apontam falta de confiança.
Jornal de Brasília - DF 03/02/2023
Com atuação pautada pelo desenvolvimento sustentável, a Usiminas, por meio do Instituto Usiminas, chegou mais longe em 2022, fortalecendo o seu papel de empresa socialmente responsável. Mais de 1 milhão de pessoas foram beneficiadas em espaços próprios, espaços culturais patrocinados e projetos parceiros em 27 cidades, com destaque para Minas Gerais e São Paulo. Praças, quadras, centros comunitários, entidades sociais e espaços culturais foram movimentados pelos 123 projetos incentivados por meio de renúncia fiscal da Usiminas ou iniciativas do próprio Instituto Usiminas, no ano passado. Ao todo, foram aplicados R$ 79,2 milhões em projetos de esporte, cultura e sociais.
Diretora corporativa de Comunicação e Responsabilidade Social, Ana Gabriela Dias Cardoso
As ações de responsabilidade social promoveram maior conexão com as comunidades de atuação da empresa, além de integrarem algumas das medidas práticas de aplicação dos conceitos da agenda ESG (Environmental, Social and Governance, em português Ambiental, Social e Governança), adotada pela Usiminas como forma de contribuir para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) do Pacto Global da ONU, do qual a empresa é signatária.
A diretora corporativa de Comunicação e Responsabilidade Social, Ana Gabriela Dias Cardoso, celebra os resultados do ano e enfatiza a importância desse trabalho. “A Usiminas, desde a sua fundação, tem um histórico de atuação social. Em 2022, ano em que comemoramos os 60 anos de operações da Usiminas, pudemos estreitar ainda mais os laços, desenvolver iniciativas estruturantes e perenes e nos conectar de forma direta com projetos relevantes para o desenvolvimento das pessoas e dos territórios onde estamos presentes”, salienta.
Com atuação pautada pelo desenvolvimento sustentável, a Usiminas, por meio do Instituto Usiminas, chegou mais longe em 2022
Comunidades Sustentáveis
A Usiminas busca preparar futuras gerações com iniciativas que sejam cada vez mais inclusivas e sustentáveis, capazes de promover o desenvolvimento local e reduzir as desigualdades sociais. Um dos destaques é a manutenção de quatro importantes equipamentos culturais em Ipatinga (MG): o Centro Cultural Usiminas, o Teatro Zélia Olguin, o Centro de Memória Usiminas e as Ruínas da Estação Pedra Mole, sendo os três últimos bens tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico de Ipatinga.
Ao manter e movimentar os espaços com uma programação acessível à comunidade ao longo do ano, a Usiminas contribui para proteger e salvaguardar o patrimônio natural e cultural do Brasil, incluindo seu patrimônio material e imaterial. Somente em 2022, cerca de 158 mil pessoas passaram pelos espaços, contemplando mais de 400 atividades ofertadas, incluindo espetáculos regionais e nacionais, exposições, eventos e intervenções.
Os espaços são continuamente ocupados pelas atividades da Ação Educativa do Instituto Usiminas, que chega a duas décadas de atuação oferecendo uma programação inclusiva, diretamente conectada ao ODS nº 4 – Educação de qualidade. Neste ano, quase 5 mil alunos, professores, grupos de Terceira Idade e pessoas com deficiência participaram de atividades de capacitação, lúdicas e diversificadas, com foco na educação de qualidade e formação de público.
Edital
Buscando potencializar sua atuação social junto às comunidades em que atua, as empresas Usiminas lançaram o Edital de Projetos Incentivados 2022/23, com o objetivo de direcionar os investimentos viabilizados por meio de incentivos fiscais para ações aderentes às vocações e potencialidades dos territórios, e impulsionar o desenvolvimento. Incentivando a participação de agentes locais, foram realizados 18 encontros para a apresentação do documento para poderes públicos, associações, produtores e comunidades. O resultado foi o cadastro de 668 propostas, representando 58,3% a mais que em 2021.
A fim de integrar as comunidades na escolha das ações a serem realizadas nas localidades, a Usiminas mobilizou comitês comunitários nas regiões de atuação da empresa para análise das propostas de projetos a serem executados em 2023. Ao todo, 17 pessoas da sociedade civil e poderes públicos foram convidadas, treinadas e participaram da avaliação das iniciativas cadastradas no edital.
Valor - SP 03/02/2023
Desempenho vai depender das ações do governo chines para retomada econômica, os planos dos EUA e o impactos na Europqa da guerra da Rússia na Ucrânia
O ano passado encerrou com queda na produção siderúrgica global, uma notícia nada boa para as mineradoras de ferro e carvão, dois importantes ingredientes na fabricação de aço. O cenário que desponta para 2023 traz muitas incertezas no horizonte, dentre elas como ficarão as economias da China e dos Estados Unidos, bem como a situação da Europa no meio da guerra Rússia-Ucrânia.
O recuo de 4,3 % no volume de aço fabricado em 2022, a 1,83 bilhão de toneladas, foi em grande parte puxado pelo fraco desempenho da siderurgia chinesa, que é responsável por 55% de todo o aço produzido no mundo. Outras nações de relevância no setor, entre os dez maiores produtores globais, também fecharam o ano com números negativos - Japão, de Estados Unidos, Coreia do Sul, Alemanha, da própria Rússia, Turquia e do Brasil.
Capacidade instalada do setor, fator decisivo na lucratividade, baixou a 66% no final de 2022, ante 75% um ano antes
“Evidentemente, 2022 foi marcado pela guerra Ucrânia e Rússia, que afetou particularmente o mercado mundial de ferro-gusa, lembrando que historicamente Brasil, Ucrânia e Rússia dominam 74% das exportações desse insumo siderúrgico”, observa Germano Mendes de Paula, professor titular da Universidade Federal de Uberlândia e especialista na indústria do aço. “As exportações conjuntas de ferro-gusa destes três países regrediram 28% em 2022, ante 2021, acrescentou.
O que vai acontecer, em âmbito global, no setor, este ano passa pelas decisões que serão tomadas pelo governo chinês. Das usinas de aço China saíram 1,013 bilhão de toneladas em 2022, recuou de 2,1% sobre o ano anterior. Medidas anti covid-19, como lockdowns em diversas cidades e regiões produtoras, e a retração no gigantesco mercado imobiliário chinês contribuiram para o decréscimo.
“Em relação às expectativas para 2023, as atenções tendem a se voltar para a redução de restrições à covid-19 por parte da China. Porém, a Índia, que gradativamente está se tornando o polo dinâmico do setor, deveria merecer um acompanhamento mais atento”, afirma Mendes de Paula.
A China, diz ele, continua a representar pouco mais da metade indústria siderúrgica mundial, mas a diferença entre os dois gigantes asiáticos está diminuindo. “Em 2015, a produção chinesa era oito vezes maior do que da Índia. Em 2022, passou a ser sete vezes. Estima-se que o PIB da Índia subirá 6% em 2023, enquanto o crescimento da demanda por aço local deverá se expandir ceca de 7%”.
No retrato do setor em 2022, conforme dados divulgados no dia 31 pela World Steel Association, as exceções no desempenho ficaram com a Índia - que cresceu 5,5%, para 125 milhões de toneladas de aço - e com o Irã, dentre os dez maiores do ranking.
Consolidada como segunda maior potência siderúrgica, a Índia mantém sua trajetória de expansão desde que assumiu essa posição, superando o Japão. A ambição do país é superar 200 milhões de toneladas até 2030.
A siderurgia russa sofreu os impactos das restrições econômicas impostas por países do Ocidente depois que o presidente Vladimir Putin decidiu invadir a vizinha Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. Quinta do mundo, teve queda de produção estimada pela Worldsteel em 7,2%, com 71,5 milhões de toneladas.
A invasão russa afogou a indústria do aço ucraniana com bombardeios e destruição, atingindo as principais regiões produtoras. O país deixou de ser importante fornecedor global de minério de ferro e produtos siderúrgicos diversos, como ferro-gusa e aço semiacabado, como placas.
Ainda há uma grande incógnita sobre o fim do conflito bélico e o quanto ele continuará afetando a produção de aço e outros bens da cadeia minero-metalúrgica na Ucrânia, em especial. O país já esteve entre os dez maiores produtores muitos anos atrás.
A indústria americana do aço teve recuo de 5,9 %, a 80,7 milhões de toneladas. Na Europa, a produção da Turquia desabou 13% e na Alemanha - centrada no embate com a Rússia, com restrições de fornecimento de gás para gerar energia - houve recuo de 8,4%, conforme a Worldsteel. O Brasil registrou queda de 5,8%, depois de atingir recorde em 2021.
Em sua análise do desempenho mundial da siderurgia, Mendes de Paula destaca o impacto na lucratividade das siderúrgicas. “A utilização da capacidade instalada é fator decisivo. No âmbito da siderurgia mundial, este índice variou de aproximadamente 70% em dezembro de 2020, para 75% em dezembro de 2021, regredindo para apenas 66% em dezembro de 2022. Isso demonstra um mercado global com pouca tração em termos de quantidade”, afirma.
Ele observa que, por outro lado, os preços na Europa e nos Estados Unidos voltaram a subir, como consequência da elevação dos preços das matérias-primas e do aço importado. Lembra que isso gerou um rally recente de preços das ações das siderúrgicas. “Por exemplo, o preço das ações da Nucor, maior siderúrgica norte-americana, subiu 19% em janeiro, atingindo valor de capitalização de US$ 43 bilhões”.
Sobre os custos dos principais insumos na fabricação de aço na Europa - minério de ferro e carvão mineral -, o especialista informa que subiram 38% no quarto trimestre de 2021, frente ao mesmo período de 2020 e que, apesar de terem subido mais 34% no primeiro semestre de 2022, os custos já tinham recuado 6% no quarto trimestre de 2022, ante o mesmo trimestre de 2021.
“É uma grande oscilação para um setor que é muito intensivo em capital e cuja principal rota tecnológica tem dificuldades para ajustar o volume de produção”, concluiu Mendes de Paula.
Diário do Aço - MG 03/02/2023
Em continuidade às conversas para o fechamento do Acordo Coletivo 2022, a Usiminas apresentou, no fim da tarde de quarta-feira (1), uma nova possibilidade à proposta junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e Região (Sindipa). Após o sindicato anunciar uma assembleia para apreciação de estado de greve, uma reunião de última hora entre as partes foi realizada para tentativa de entendimento. Dessa forma, a cédula que antes teria apenas uma opção, agora terá duas: “aprovo a proposta” ou “rejeito e aprovo o estado de greve”, que serão apreciadas pelos metalúrgicos nesta sexta-feira (3).
Conforme divulgado pela empresa, a nova proposta foi construída com objetivo de se criar um ambiente propício ao início dos desafios de 2023. “Demostrando mais uma vez os esforços da Usiminas na busca de uma solução que atenda os anseios dos colaboradores e centro das possibilidades da empresa”, destaca.
Confira como ficou a proposta
Reajuste salarial equivalente a 100% do INPC período novembro/21 até outubro/22), ou seja, 6,46%, a ser aplicado a partir de 1 de novembro de 2022, para os empregados com remuneração salario + vantagem pessoal) até R$ 11 mil; reajuste equivalente a 100% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) (período novembro/21 até outubro/22), ou seja, 6,46%, a ser aplicado a partir de 1 de novembro de 2022, sobre R$11 mil, para os empregados com remuneração (salário + vantagem pessoal) acima de R$ 11 mil; Os reajustes serão aplicados sobre os salários vigentes em 31/10/2022.
As diferenças do reajuste salarial dos meses de novembro, dezembro de 2022 e janeiro de 2023, bem como a diferença referente ao 13° salário de 2022, serão pagas até o dia 13 de fevereiro, desde que o acordo seja assinado até 6/02. O piso salarial terá reajuste equivalente a 100% do INPC (período novembro/21 até outubro/22), ou seja, R$ 1.863,40, a partir de 1° de novembro de 2022; o vale-alimentação passará de R$ 350 para R$ 400 para todos os empregados, exceto para aprendizes e estagiários, a partir de 1° de novembro de 2022; O valor de R$ 640 referente a diferença do crédito no vale-alimentação de novembro, dezembro de 2022, janeiro e fevereiro de 2023, serão creditados até o dia 8/02, desde que o presente Acordo seja assinado até 6/02; O valor de R$ 400 referente ao crédito do mês março de 2023, será antecipado e creditado até o dia 8/02, desde que o acordo seja assinado até 6/02; fica assegurada a manutenção do retorno de e demais cláusulas. O atual acordo segue vigente até o próximo dia 15 de fevereiro.
Como estava
Antes da reunião de quarta-feira, os termos apresentados pela Usiminas eram de pagar as perdas medidas pelo INPC, sem o retroativo; uma carga de R$ 1.700 no vale-alimentação e o aumento do vale-alimentação mensal de R$ 240 para R$ 350. Até então Sindipa e empresa não haviam chegado a um consenso e, a proposta, recusada na mesa de negociação. Agora os metalúrgicos irão, novamente, votar. Em dezembro do ano passado mais de 80% rejeitou a proposta da empresa.
Money Times - SP 03/02/2023
A Genial Investimentos assumiu a cobertura do setor de mineração e siderurgia. Das cinco ações que a corretora passou a olhar, apenas uma ganhou recomendação de “comprar”.
Com a flexibilização da política de Covid Zero na China, os preços do minério de ferro começaram a se recuperar no fim do ano passado, levantando as empresas do setor listadas na Bolsa. Porém, o ritmo de retomada da atividade econômica chinesa ainda é uma incógnita e divide o mercado.
Os analistas menos otimistas acreditam que é questão de tempo até que a trajetória de alta seja revertida. É o caso da Genial Investimentos, que levanta o alto nível de incerteza em relação ao crescimento do gigante asiático.
“Acreditemos que o impulso de crescimento no curto prazo com a saída da política de Covid Zero não deve ser entendido como o retorno do crescimento exuberante da economia chinesa”, afirma o time de análise da casa, em relatório atualizado nesta quinta-feira (2).
A Genial entende que o cenário de alívio vivido pela economia chinesa em 2023 “marcará o início de um processo de desaceleração da atividade econômica”. As projeções da instituição consideram que a China sairá de uma taxa de crescimento de 5% ano a ano para 2% ano a ano em 2050.
“Nesse cenário, devido à relevância da China no mercado global de commodities, acreditamos que há um viés descendente para o preço das commodities, sobretudo do minério de ferro, após os primeiros meses de 2023 dizem os analistas.
Outro ponto destacado por eles é a pressão que a crise no setor imobiliário está causando sobre a economia da China. A Genial comenta que os indicadores ainda apontam para uma trajetória de contração do setor, mesmo com o fim das restrições e os estímulos do governo.
Dentro disso, a alavancagem das incorporadoras é um ponto de atenção, avalia. As intervenções dos governos a fim de evitar uma perda na oferta de imóveis permitiram que o mercado imobiliário “se alavancasse mais do que é saudável financeiramente”.
Segundo a Genial, as empresas do setor possuem múltiplo dívida líquida/equity de aproximadamente 1,4 vez, enquanto os índices normais variam de -0,2 vez a +0,2 vez.
GGBR4, a única que vale “compra”
A maioria das ações do setor recebeu recomendação de “manter” pela Genial, com exceção da Gerdau (GGBR4). Os papéis da siderúrgica têm classificação de “comprar”, com preço-alvo de R$ 38, apesar do cenário macroeconômico mais desafiador esperado para 2023.
Na avaliação dos analistas, a Gerdau está geograficamente bem posicionada, o que cria uma proteção contra a deterioração da economia em meio ao cenário de juros elevados. Eles citam ainda que o mix de produtos da companhia oferece exposições aos mercados mais aderentes.
Além disso, a Genial defende que a Gerdau conta com “vantagens claras” no processo produtivo nas usinas, colocando-a à frente na competição em relação aos pares.
Segundo a corretora, o que explica o fato de a siderúrgica ser top pick é que, mesmo com a desaceleração da demanda, ela conseguiu aumentar seus preços realizados.
A Genial ressalta, no entanto, que os resultados mais fracos do quarto trimestre de 2022 devem servir de alerta.
“Porém, vale lembrar que a expectativa de um trimestre mais negativo não apaga o feito da companhia no terceiro trimestre, evidenciando que seus pares sofreram mais e mais cedo”, diz.
A recomendação de “manter” ficou para Vale (VALE3), CSN (CSNA3), CSN Mineração (CMIN3) e Usiminas (USIM5), com preços-alvo de R$ 105, R$ 21,50, R$ 5,50 e R$ 8,60.
Veja - SP 03/02/2023
Medida estende a guerra fiscal entre municípios de um mesmo Estado. É o que denuncia o procurador André Maluf.
André Maluf, procurador de Minas Gerais: “todos perdem com a guerra fiscal, sobretudo após a judicialização, gerando muita incerteza” -/Divulgação
O Rio de Janeiro acaba de criar um dispositivo jurídico que irá fomentar e estender a guerra fiscal entre os municípios de um mesmo Estado. É o que o procurador André Luiz Maluf denuncia nesta entrevista. Com o governo Lula tentando acelerar a tramitação de proposta de reforma tributária, os Estados já começam a se mexer para evitar perda de arrecadação, a exemplo do que foi feito no caso da redução de ICMS sobre o preço dos combustíveis no governo de Jair Bolsonaro.
Procurador do munícipio de Juiz de Fora (MG), André Maluf afirma que todos perdem com a guerra fiscal: governo, contribuintes e empresas. “Por meio de incentivos fiscais sem o devido estudo de impacto e consequências setoriais em contrariedade à legislação, há risco à competitividade empresarial em um ambiente de livre concorrência”, completa. Maluf falou com exclusividade sobre o tema nesta coluna.
O sr. fala em “retorno da guerra fiscal no Brasil”. Por que acha isso? Ela acabou em algum momento?
Estados e municípios oferecem incentivos fiscais para atrair empresas e investimentos fomentando sua economia. O objetivo da Lei Complementar n.º 160/2017 e do Convênio Confaz n.º 190/2017 era o de minimizar a guerra fiscal no País, já que harmonizam regras de cobrança de ICMS entre os Estados no Brasil, o que também repercute na arrecadação dos municípios por transferência de receitas oriundas dos Estados. Apesar disso, não é possível falar que houve um encerramento da guerra fiscal, e não creio que haverá, pois trata-se de uma constante na prática da economia brasileira. Estamos falando de um fenômeno complexo que exige medidas amplas de reforma tributária e política fiscal em nível nacional conforme as peculiaridades regionais do País. Ocorre que a Lei Estadual 8.960/20 do Rio de Janeiro, por via transversa, na contramão do exposto, acaba por criar benefício fiscal em contrariedade à legislação de referência e à Constituição, que exige aprovação do Confaz em convênio interestadual, em prejuízo a outros Estados da Federação. Parece que o diploma fomentará não apenas uma guerra fiscal interestadual, mas, também, intermunicipal, dentro do território fluminense, pois amplia o espectro de incidência para além do interior do Estado, tal como previsto na Lei 6.979/15.
Quem ganha e quem perde com a guerra fiscal?
Todos perdem com a guerra fiscal: governo, contribuintes e empresas. Por meio de incentivos fiscais sem o devido estudo de impacto e consequências setoriais em contrariedade à legislação referida, há risco à competitividade empresarial em um ambiente de livre concorrência que, diga-se, é preconizado pela Constituição como princípio da Ordem Econômica e Financeira (art. 170, IV). Cria-se uma falsa ideia de benefícios, entretanto, os ônus são naturalmente deslocados para um setor ou grupo que, ao fim e ao cabo, irá arcar com o prejuízo. O governo arrecada menos, o que se reflete em menos políticas públicas, empresas entram em litígios com entes da Federação no Judiciário, cujos processos geram insegurança jurídica e desestímulo a investimentos, criando, portanto, uma tempestade perfeita em um ambiente de interferências e incertezas sem previsibilidade e segurança para empresários e investidores. É preciso diálogo e inteligência fiscal e tributária para solucionar esse problema de forma técnica.
Feita para tentar angariar apoio em ano eleitoral, a mudança do ICMS nos combustíveis feita pelo governo Bolsonaro, que padronizou a incidência do imposto, seria ainda assim uma forma de acabar com a guerra fiscal? Por quê? Senão, qual seria?
As Leis Complementares 192 e 194/2022 foram aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pelo governo Bolsonaro com o objetivo de reduzir o preço dos combustíveis beneficiando o consumidor final. O problema é que os Estados naturalmente perderam uma arrecadação importante esperada para seus cofres, sem a contraprestação da União para compensar a diferença. Isso fará com que os entes busquem recursos de outra forma e repassem para o contribuinte esse déficit de receita, além de prejudicar o fechamento de suas contas. A atuação da União repercute não apenas nos Estados, mas também nos municípios que recebem parte desses recursos por transferência. É preciso que o pacto federativo seja de fato implementado no Brasil, sem que Estados e municípios dependam financeiramente da União para se manterem, tampouco é coerente que a União possa afetar a política fiscal de Estados de tal modo. A autonomia fiscal e financeira desses entes é essencial para um federalismo para valer. Recentemente, foi aprovada a Emenda Constitucional 128 que proíbe a imposição e a transferência, por lei, de qualquer encargo financeiro decorrente da prestação de serviço público, inclusive despesa de pessoal, para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, mas a emenda não trata da situação referente à guerra fiscal, que envolve exatamente isenções e benefícios fiscais. É preciso evoluir nesse sentido também no aspecto tributário. O governo atual se comprometeu com a reforma tributária ainda para este ano.
Há no Congresso algumas propostas amadurecidas. O sr. destaca alguma de forma a acabar com a guerra fiscal entre os Estados? Qual e por quê?
A forma para acabar com a Guerra Fiscal é o estrito cumprimento da Lei Complementar n. 160/2017, a fim de que os Estados não voltem a criar os incentivos fiscais unilaterais, tendo em vista que a inobservância da referida legislação criará novamente um cenário de instabilidade. Qualquer reforma para minimizar a chamada guerra fiscal deve ter por norte três pilares estruturais: simplificação arrecadatória, gerando, assim, mais segurança jurídica e previsibilidade para o contribuinte e investidores; criação de regras de uniformidade que evitem disputas entre Estados por empresas; e modernização da administração fiscal que possibilite que bons pagadores sejam beneficiados, e maus pagadores sejam eficazmente sancionados a fim de efetivar o princípio da justiça fiscal. Com a elevada carga tributária cobrada no Brasil, é preciso que o contribuinte tenha facilidade no pagamento de suas obrigações, que não se sinta injustiçado em relação ao inadimplente e reconheça a reversão de seus tributos para serviços públicos, gerando, ademais, renda, emprego e desenvolvimento econômico e social.
Há a possibilidade de se estender a guerra de “inconstitucionalidade” entre outros Estados, além de São Paulo e Minas? Quem ganha e quem perde com essa nova etapa de guerra jurídica?
O acesso à Justiça é amplo, e o Judiciário pode apreciar quaisquer atos que sejam levados ao seu conhecimento. Portanto, qualquer Estado, por meio de seu governador, que se sentir prejudicado pelo advento da Lei Estadual 8.960/20 do Rio de Janeiro, tem a possibilidade de judicializar a questão perante o Supremo Tribunal Federal mediante a comprovação da pertinência temática. A judicialização tributária e federativa não contribui para o desenvolvimento do País, pois demonstra que as tentativas de solução consensual não funcionaram. A inseguranças jurídica e econômica afasta investimentos e impede o crescimento de forma geral. Contribuintes colocam em dúvida o pagamento de seus tributos, o que aumenta seu custo direto e indireto, diminuindo sua capacidade de investimento, entes federativos sofrem processos judiciais e questionamentos políticos e o Judiciário é inundado de ações, o que exige atuação qualificada de advogados, procuradores, auditores, juízes e servidores da Justiça com demandas que perduram, não raramente, até que a questão se resolva definitivamente pelo Supremo, muitas vezes com desfecho no qual o contribuinte ganha, mas não leva. Como exposto anteriormente, todos perdem com a guerra fiscal, sobre tudo após a judicialização, gerando muita incerteza para os envolvidos. É preciso racionalizar o sistema judicial, estimular a transação tributária e a simplificação dos pagamentos e de obrigações acessórias, bem como mecanismos de cobrança extrajudicial como protesto e inscrição em cadastros de devedores, de modo que a judicialização passe a ser a última opção.
IstoÉ Dinheiro - SP 03/02/2023
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,63% em janeiro, acelerando em relação ao avanço de 0,54% de dezembro, mas perdendo força ante o ganho de 0,69% observado na terceira quadrissemana do mês passado, segundo dados publicados nesta quinta-feira, 2, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O resultado de janeiro ficou dentro das estimativas de instituições de mercado consultadas pelo Projeções Broadcast, de altas de 0,53% a 0,76%, mas abaixo da mediana, de 0,71%.
Nos 12 meses até janeiro, o IPC-Fipe acumulou inflação de 7,20%, ante 7,32% no fechamento de 2022.
No primeiro mês de 2023, três dos sete componentes do IPC-Fipe ganharam força: Habitação (de 0,05% em dezembro a 0,68% em janeiro), Transportes (de 0,04% a 0,77%) e Educação (de 0,13% a 5,57%).
Por outro lado, houve arrefecimento nas categorias Alimentação (de 1,07% em dezembro a 0,36% em janeiro), Despesas Pessoais (de 0,75% a -0,45%), Saúde (de 1,14% a 0,49%) e Vestuário (de 1,18% a 1,04%).
Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe em janeiro:
– Habitação: 0,68%
– Alimentação: 0,36%
– Transportes: 0,77%
– Despesas Pessoais: -0,45%
– Saúde: 0,49%
– Vestuário: 1,04%
– Educação: 5,57%
– Índice Geral: 0,63%
Exame - SP 03/02/2023
Com a manutenção da taxa básica de juros (Selic) a 13,75% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Brasil se mantém na primeira posição do ranking dos juros reais. A taxa real está em 7,38%, descontando a projeção de inflação para os próximos 12 meses, que é 5,7%, segundo o relatório Focus, elaborado pelo Banco Central junto a economistas de bancos e de gestoras.
O levantamento foi elaborado pelo portal MoneYou e pela gestora Infinity Asset Management.
"Ainda assim, a taxa de juros reais está menor do que em momentos recentes", explica o economista Jason Vieira, da Infinity Asset Management.
Em dezembro passado, a taxa de juros reais no país encerrou 2022 em 8,16%, mas com a perspectiva de inflação maior nos próximos 12 meses, a taxa de juro real acabou ficando um pouco menor. O último boletim Focus elevou de 5,4% para 5,75% a projeção do IPCA, a inflação oficial, para 2023.
Com isso, país fica pela quarta reunião consecutiva na primeira posição do ranking, superando países da América Latina como México (taxa de 5,53% e segundo colocado no ranking), Chile (4,71%, terceiro colocado) e Colômbia 3,04% (na quarta posição). O ranking leva em conta os juros reais de 40 países.
Para Jason Vieira, o movimento global de políticas de aperto monetário continuou a ganhar força globalmente com o aumento expressivo no número de bancos centrais aumentando juros, e sinalizando preocupação com a inflação. Isso, mesmo num cenário internacional de queda dos preços das commodities, diz o economista.
No ranking de 40 países, 32,5% mantiveram os juros no mesmo patamar na última reunião de seus bancos centrais, enquanto 67,50% elevaram as taxas. Nenhum país promoveu corte de taxas.
A retomada dos embarques industriais com a reabertura da economia chinesa ajudaram em parte a desinflação, especialmente nos países emergentes, diz Vieira.
No Brasil, embora a taxa de câmbio tende a ficar mais moderada este ano, o fim das desonerações de combustíveis este ano devem ter impacto sobre a inflação. E, para os demais meses do ano, a pressão sobre preços de outros produtos deverá se dar pela preocupação maior do governo em diminuir o deÌ ficit via aumento da arrecadação, diz relatporio da MB Associados. A previsão da consultoria é de que a inflação este ano deveraÌ se aproximar de 6%, atrasando ainda mais a queda de juros.
Veja os dez países com maiores taxas de juros real do mundo:
BRASIL: 7,38% México: 5,53% Chile: 4,71% Colômbia: 3,04% Hong kong: 2,35% Indonésia: 2,34% Filipinas: 2,24% Israel: 1,44% África do Sul: 1,37% Índia: 1,28%
Infomoney - SP 03/02/2023
As encomendas à indústria nos Estados Unidos subiram 1,8% em dezembro de 2022 ante novembro, em US$ 552,50 bilhões, segundo dados publicados nesta quinta-feira, 2, pelo Departamento do Comércio do país. O resultado veio abaixo da expectativa de analistas, uma vez que o consenso Refinitiv previa alta de 2,2%.
Excluindo-se o setor de transportes, as encomendas caíram 1,2% na comparação mensal.
Sem a categoria de defesa, por outro lado, as encomendas subiram 2,0% no mesmo intervalo, de acordo com o órgão.
Agência Brasil - DF 03/02/2023
A possível assinatura de um tratado bilateral do Uruguai com a China, o que poderia prejudicar o Mercosul, não deverá acontecer. A avaliação é do geógrafo e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Elias Jabbour. Ele participou, nesta quinta-feira (2), de palestra na 13ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), que este ano ocorre no Rio de Janeiro.
“Eu não acredito que a China vá levar isso a cabo, porque pode prejudicar as relações com o Brasil. Não acho que a China vai levar isso até o fim”, disse o professor, considerado um dos maiores especialistas sobre o país asiático, após a palestra dirigida a estudantes universitários de diversos estados brasileiros.
Jabbour, que se dedica ao estudo do país asiático faz 30 anos, apresentou o seu último livro, escrito em parceria com Alberto Gabrieli, China: o Socialismo do Século XXI. Ele destacou as mudanças que o mercado chinês passou nas últimas décadas, se transformando de um país agrícola em uma potência tecnológica.
“A China é só mudança. Tem um crescimento no PIB muito rápido, então tudo muda rapidamente. Nos últimos dez anos, tirou do campo e colocou nas cidades 150 milhões de pessoas. Eles conseguiram construir marcos institucionais, políticos e financeiros que capacitaram o país a planejar esse tipo de movimento. No Brasil o nosso processo de urbanização foi muito traumático, com favelização. Na China, eles conseguiram fazer isso de forma ultraplanejada. Era um país que exportava quinquilharias e hoje disputa com os Estados Unidos a fronteira tecnológica na infraestrutura dos semicondutores”, disse.
Segundo Jabbour, o sucesso chinês se explica na forma como o país se colocou no mundo nas últimas décadas. Enquanto o Brasil foi tragado pela globalização, ao abrir subitamente suas fronteiras ao capital internacional, a China aderiu ao processo de forma ofensiva, colocando as suas exigências.
“Tinha mão de obra, mais de 1 bilhão de habitantes, um mercado consumidor em potencial e usou isso ao seu favor. Para investir na China, as empresas tinham que se associar com uma empresa chinesa, transferir tecnologia. Eles trabalharam com a ideia de joint ventures com o capital estrangeiro, com a estratégia de buscar tecnologia, os melhores métodos de administração. Foi um grande projeto nacional, que teve como um dos pilares a inserção ativa na globalização. Ao contrário do Brasil, que teve uma inserção passiva, sem uma estratégia para lidar com um mundo em transformação. Quando abrimos a nossa economia, a nossa indústria foi destruída”, disse Jabbour.
O professor considerou que não houve prejuízos na relação bilateral recente do Brasil com a China, apesar de diversos percalços diplomáticos ocorridos no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que usou mais de uma vez palavras e termos pejorativo em referência aos chineses.
“Eu não acho que houve quebra nessa relação. O que se aprofundou foi a nossa dependência em relação à China, para produtos primários. Os chineses trabalham com um tempo histórico diferente do nosso. Para eles, Bolsonaro vai e o Brasil fica. Eles têm uma visão do Brasil muito mais sofisticada do que nós mesmos temos. Então, para os chineses, interessa um Brasil forte, industrializado, com uma base material que o coloque em condição de ocupar um espaço neste mundo multipolar. Isso interessa a eles”, afirmou Jabbour.
O Estado de S.Paulo - SP 03/02/2023
Como esperado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano nesta semana. Até aí, jogo jogado, uma vez que o órgão já havia indicado essa intenção na reunião de dezembro, quando anunciou que a Selic seria mantida no atual patamar por um período “suficientemente prolongado”. Assim, na primeira reunião do ano, ciente de que as atenções estariam voltadas para as sinalizações sobre seus movimentos futuros, o BC deu um duro e necessário recado ao governo de Lula da Silva.
Não foi por falta de aviso. As incertezas relacionadas à política fiscal do governo já vinham deteriorando as expectativas de inflação havia semanas. Na mais recente pesquisa Focus, as projeções para a inflação subiram de 5,48% para 5,74% para este ano, acima da meta de 3,25%. As previsões para a inflação de 2024 também aumentaram, de 3,84% para 3,90%, superior à meta de 3%. O BC, naturalmente, incorporou essas expectativas ao cenário de referência com o qual trabalha para guiar suas decisões – e mesmo nesse horizonte mais amplo, que mira 18 meses à frente, a inflação ultrapassaria a meta e atingiria 3,6% no terceiro trimestre de 2024.
Nessa situação, não restam alternativas. Tendo em vista que seu objetivo é manter a inflação sob controle e que seu instrumento para conduzi-la à meta é a Selic, o BC terá de mantê-la elevada por mais tempo. A principal consequência dessa decisão é que ela jogou por terra as esperanças de que os juros pudessem começar a cair neste ano. É algo muito ruim para o crescimento da economia, mas poderia ser pior. No cenário alternativo do BC, levar a inflação a 2,8% em 2024 exigiria que os juros seguissem em 13,75% pelos próximos 18 meses. Fosse este o panorama a orientar a instituição, mesmo as pífias projeções da Focus para o PIB, de 0,80% neste ano e de 1,50% para 2024, já seriam absurdamente otimistas.
No comunicado, o BC reafirmou o óbvio, mas há momentos em que até o óbvio precisa ser reafirmado. Este é um deles. De maneira incisiva, a instituição explicitou o quanto os cenários para a inflação têm sido influenciados pela hesitação do governo Lula a respeito do futuro do arcabouço fiscal. E, assim, reafirmou sua autoridade e autonomia para conduzir a política monetária na direção do cumprimento das metas de inflação.
“O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que têm mostrado deterioração em prazos mais longos desde a última reunião. O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, disse o comunicado.
Em vez de comprar uma briga com o BC, o governo Lula faria muito bem se tentasse compreender esse recado. Quando as políticas monetária e fiscal estão alinhadas, a inflação permanece sob controle e os juros podem ser reduzidos. Trata-se de uma premissa para um crescimento sustentável, como o presidente almeja. Definido o comando da Câmara e do Senado, disputa que monopolizou as atenções do Executivo nas últimas semanas, o governo precisa apresentar de uma vez a âncora fiscal que substituirá o teto de gastos. Se ela for crível, terá a capacidade de ajustar as expectativas dos agentes de maneira imediata, algo que facilitaria o trabalho do Banco Central e abriria espaço para um ciclo de corte de juros como o desejado por Lula da Silva.
Agilizar o debate sobre a âncora fiscal não é interesse apenas do mercado. É algo que vai ao encontro dos interesses do próprio governo – dado que, se não conseguir aprovar o novo dispositivo até a metade deste ano no Legislativo, terá de seguir os limites do teto na elaboração do Orçamento de 2024. Nesse sentido, o comunicado do BC, que costuma ser bastante cifrado, é de uma clareza cristalina. Sob o ponto de vista do equilíbrio fiscal, a âncora é a maior das prioridades para o BC e para os investidores. Deveria ser também para Lula.
Money Times - SP 03/02/2023
A Anglo American informou nesta quinta-feira, 2, que sua produção no quarto trimestre de 2022 teve crescimento de 10%, na comparação anual, impulsionada pelo projeto Quellaveco, no Peru, que produziu mais de 80 mil toneladas de cobre.
A mineradora afirmou que espera produzir entre 840 mil e 930 mil toneladas de cobre no ano atual.
A produção de cobre em 2022 foi de 664 mil toneladas, uma alta de 3% na comparação com o ano anterior. A Anglo American projetou que, neste ano, produzirá de 30 milhões a 33 milhões de quilates de diamantes, 3,6 a 4,0 milhões de onças de metais do grupo da platina, 57 a 61 milhões de toneladas de minério de ferro, e 38 mil a 40 mil toneladas de níquel.
Para 2022, o grupo reportou que sua produção de diamante cresceu 7%, a 34,6 milhões de quilates, com os metais do grupo da platina em baixa de 6%, a 4,02 milhões de onças, o minério de ferro em queda de 7%, a 59,3 milhões de toneladas, e o minério de manganês com alta de 2% na produção, a 3,7 milhões de toneladas.
Já a produção de carvão siderúrgico avançou 1%, a 15,0 milhões de toneladas, e a de níquel caiu 5%, para 39.800 toneladas.
Diário do Comércio - MG 03/02/2023
Diferentemente do resultado global da companhia, que foi de queda, a produção de minério de ferro da Vale em Minas Gerais chegou a 136,238 milhões de toneladas em 2022, o que garantiu para a mineradora um crescimento de 9,81% frente ao ano anterior. Em 2021, o processamento em terras mineiras contabilizou 124,065 milhões de toneladas, alta de 18% frente a 2020.
Na análise do último trimestre do ano passado contra igual intervalo de 2021, o incremento foi de 12,94%. Foram 35,755 milhões de toneladas no período de outubro a dezembro de 2022, contra 31,658 milhões de igual intervalo do ano anterior.
Já na comparação do quarto trimestre do ano passado ante o terceiro trimestre do mesmo ano, o desempenho foi de queda de 10,72%. A produção de 35,755 milhões de toneladas dos últimos três meses de 2022 foi inferior à computada no intervalo de julho a setembro (40,049 milhões de toneladas).
A produção total de minério de ferro da empresa em 2022 apresentou recuo de 1,6% frente ao ano anterior, com quase 308 milhões de toneladas. Um dos motivos apontados pela empresa no seu relatório de produção e vendas para a queda no processamento foram os atrasos de licenciamento em Serra Norte. Já a produção de pelotas teve crescimento de 1,3% em igual período. O patamar anual ficou ligeiramente abaixo das projeções da companhia, tanto para o minério de ferro quanto para pelotas.
Ainda conforme a Vale, a retração foi parcialmente compensada por um avanço contínuo da produção em Vargem Grande e maior produção via processamento a seco em Brucutu, ambos os ativos no Estado.
Sistemas Sudeste e Sul
No quarto trimestre de 2022, a produção dos sistemas Sudeste e Sul diminuiu na comparação com o acumulado dos três meses anteriores do mesmo ano, com queda de 6,7% e 14,6%, respectivamente.
O desempenho do Sistema Sudeste, que compreende as minas de Itabira, Minas Centrais e Mariana, foi impactado pelo nível de chuva sazonalmente maior em Minas Gerais, bem como pela manutenção planejada dos equipamentos da mina de Alegria. E os resultados do Sistema Sul, formado pelas minas de Paraopeba e Vargem Grande, foram impactados por menores compras de terceiros.
Já na análise do último trimestre do ano passado ante igual período de 2021, o desempenho entre os sistemas foi diferente. Com queda de 1,4% no Sistema Sudeste e crescimento de 33,5% no Sistema Sul.
No resultado anual, os dois sistemas apresentaram crescimento na produção, com alta de 4,1% para o Sudeste, com 72,644 milhões de toneladas de minério de ferro em 2022. No Sistema Sul, o processamento chegou a 63,594 milhões de toneladas, o que garantiu uma expansão de 17,1% frente ao resultado de 2021.
Para este ano, a companhia prevê investimentos de US$ 6 bilhões em 2023, contra US$ 5,5 bilhões no ano passado. A média anual de aportes para o período entre 2024 e 2027 será de US$ 6 bilhões a US$ 6,5 bilhões.
Os compromissos com os desastres com barragens de mineração nas cidades mineiras de Brumadinho e Mariana vão somar US$ 2,8 bilhões neste ano, subindo a US$ 3,9 bilhões em 2023, para depois cair para US$ 2,9 bilhões em 2024 e US$ 1,8 bilhão em 2025 e 2026.
Infomoney - SP 03/02/2023
Os contratos futuros de minério de ferro caíram para uma mínima de duas semanas nesta quinta-feira, com os traders reavaliando as perspectivas de demanda na China, importante consumidora do produto, apesar das expectativas de mais estímulos para apoiar a recuperação econômica do país.
Os preços do minério de ferro e do aço na China atingiram máximas de vários meses em janeiro, com os mercados se recuperando desde o início de novembro devido ao aumento das políticas de apoio de Pequim ao setor imobiliário em dificuldades e ao desmantelamento das rígidas restrições da Covid-19.
O ingrediente siderúrgico subiu mais de 9% este ano na Bolsa de Cingapura, enquanto as referências do aço na China, maior produtora mundial do material usado na construção e manufatura, também registraram ganhos mensais desde novembro.
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Os preços do aço estão “agindo fortemente sob o suporte do custo e das expectativas positivas”, disseram analistas da Huatai Futures em nota.
Mas analistas disseram que o suporte do lado da demanda para o minério de ferro precisa ser comprovado.
As importações e exportações da China estão enfrentando um ambiente “extremamente severo” devido aos riscos crescentes de uma recessão global e à desaceleração da demanda externa, disse uma autoridade do governo nesta quinta-feira.
O minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange da China encerrou o comércio diurno com queda de 3,3%, a 841,50 iuanes (125,29 dólares) a tonelada. Mais cedo, atingiu 839 iuanes, o valor mais fraco desde 18 de janeiro.
O contrato de referência do minério de ferro em Cingapura caiu até 3,8%, para 121,20 dólares a tonelada.
Money Times - SP 03/02/2023
A Vale (VALE3) volta a cair nesta quinta-feira (2), seu quinto pregão consecutivo de queda. A mineradora não conseguiu marcar um fechamento positivo na semana até agora.
Por volta das 12h10, a ação derretia 3,84%, negociada a R$ 89,87. Hoje, mineradoras e siderúrgicas seguem a baixa do minério de ferro, que fechou em mínima de duas semanas.
Descolando-se de outras empresas do setor, os papéis da mineradora entraram em um movimento de realização de lucros nos últimos dias, uma vez que a companhia foi uma das mais beneficiadas pelo rali do minério de ferro.
Ainda, pesa sobre as ações o último relatório divulgado pela empresa, referente a produção e vendas do quarto trimestre de 2022. A leitura dos analistas foi neutra, mas eles reconheceram que os números de produção vieram abaixo do esperado (80,8 milhões de toneladas nos últimos três meses do ano e 307,8 milhões de toneladas no acumulado, menor que o guidance de 310 milhões de toneladas).
Segundo Fernando Ferrer, analista da Empiricus Research, em termos operacionais, a Vale apresentou números fracos e abaixo do guidance – não só para o minério de ferro, como também pelotas, níquel e cobre.
“Precisamos esperar a divulgação de seu resultado, que ocorrerá em meados de fevereiro, para entendermos melhor como foi o desempenho financeiro da companhia”, afirma.
O Inter Research reconhece que, enquanto os dados do quarto trimestre de 2022 mostram que a produção da Vale segue patinando, as vendas surpreenderam, com finos de minério de ferro e níquel disparando, respectivamente, 24,2% e 31,4% no comparativo trimestral. Apesar disso, a cautela ainda predomina.
O lado pessimista do mercado
O mercado parece dividido quanto ao ritmo de recuperação da atividade econômica na China. Muita expectativa foi criada em cima das flexibilizações da política de Covid Zero, levando a uma forte e rápida retomada dos preços do minério de ferro desde o fim do ano passado.
Alguns analistas avaliam o movimento como certo e um bom gatilho para as ações de mineradoras e siderúrgicas – em especial, à Vale.
Mateus Haag, analista da Guide Investimentos, destaca que as sinalizações que o governo chinês vem dando a favor do fim da política de Covid Zero se sobressaem às restrições ainda presentes.
“Sabemos que, assim que essa crise for sanada, devemos ver um retorno à normalidade das atividades na China”, diz. Para Haag, a ação da Vale ainda tem como subir mais e deve “se manter firme” no longo prazo.
A tese da mineradora também agrada a Empiricus. Ferrer defende que, no patamar atual, a Vale é negociada com um valuation atrativo (4 vezes valor da firma sobre Ebitda para 2023) e entrega bom retorno de capital (via dividendos ou recompra de ações).
Outros especialistas vão na contramão, céticos quanto a uma recuperação acelerada do mercado chinês. O Inter joga desse lado, avaliando que as incertezas sobre a retomada da China continuam elevadas.
Gabriela Joubert, analista-chefe da casa, reforça que a produção siderúrgica chinesa ainda está fraca, com os dados de dezembro mostrando um saldo de 77,9 milhões de toneladas, totalizando 1 bilhão de toneladas em 2022, pouco abaixo das estimativas.
Ao Money Times, Joubert comenta que é necessário ver dados “mais contundentes” para confirmar se o processo de reabertura dará a guinada que o mercado está esperando.
Joubert cita ainda a crise no setor imobiliário, que tem limitado a demanda por produtos de aço (e, consequentemente, a demanda pelo minério de ferro).
“Os estoques tanto da commodity quanto de produtos siderúrgicos no país tiveram leve alta e podem indicar um período ainda difícil à frente”, completa a analista, em relatório publicado nesta quarta (1º).
O Inter é “neutro” com Vale e tem preço-alvo de R$ 94.
Vender VALE3?
O UBS BB continua pessimista em relação a mineradoras e siderúrgicas. Na avaliação do banco, o recente rali do minério de ferro tem acontecido mais por especulação sobre a retomada da economia na China. Analistas ressaltam que os fundamentos da demanda ainda estão fracos.
O UBS BB tem recomendação de venda para os ADRs da Vale (VALE). A CSN Mineração (CMIN3), que começou 2023 com o pé direito na Bolsa, também tem rating de venda.
Para CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5), o banco tem recomendação “neutro”.
A Genial Investimentos se afasta um pouco do lado dos otimistas. Embora entenda que a reabertura chinesa seja um grande driver para as mineradoras no curto prazo, a corretora acredita que a demanda será menor do que o consenso projeta.
Como o UBS BB, a Genial acredita que existe certo nível de especulação no mercado, tanto no preço do minério de ferro em US$ 110-120/tonelada quanto na alta volatilidade das ações do setor.
“Esses movimentos costumam ser muito eufóricos pelo mercado, que na maioria das vezes, erra a mão na intensidade”, comenta.
Para a Genial, existe um risco maior de as altas serem baseadas em “expectativas futuras irreais” quanto ao aumento do consumo na China. Com as expectativas sendo quebradas, os preços do minério de ferro devem cair.
A Genial tem recomendação de “manter”, com preço-alvo de R$ 105.
Valor - SP 03/02/2023
Montadora comercializou 5.247 unidades elétricas nos EUA, em comparação com 7.823 em dezembro, e atingiu vendas gerais de 146.356 veículos no país
As vendas de veículos elétricos da Ford Motor caíram em janeiro, mostrando como os compradores estão confusos sobre os novos incentivos fiscais e como não estão dispostos a pagar preços altos.
Em janeiro, a Ford vendeu 5.247 veículos elétricos nos EUA, em comparação com 7.823 em dezembro, uma queda de 32,9%.
As vendas do modelo F-150 Lightning somaram de 2.264 em janeiro, uma queda de 4% em relação aos 2.359 de dezembro. As vendas do Mustang Mach-E chegaram a 2.626, 45% abaixo dos 4.775 em dezembro. A Ford também vendeu 357 vans E-transit.
A queda do Mach-E demonstra como os incentivos do governo americano podem influenciar o comportamento do comprador.
A Lei de Redução da Inflação, promulgada no ano passado nos EUA, concede um crédito fiscal de compra de US$ 7.500 para compradores de veículos elétricos qualificados. A subsidiária do Departamento do Tesouro americano, IRS, que implementa essa lei, considera o Mach-E um sedã e não um SUV, colocando o preço máximo de qualificação para um Mach-E em US$ 55 mil.
No início deste ano, a Ford tinha várias versões do modelo Mach-E que custavam mais de US$ 55 mil. A empresa cortou os preços do Mustang elétrico na segunda-feira (30), esperando aumentar a demanda e ter mais versões do veículo qualificadas para o crédito fiscal. Agora, o carro custa US$ 46 mil.
O limite de preço de incentivo para picapes é de US$ 88 mil; o Lightning começa em cerca de US$ 55 mil.
O Model Y da Tesla estava no mesmo barco que o Mach-E, o que levou o diretor-presidente da companhia, Elon Musk, a cortar os preços do modelo nos EUA em 12 de janeiro. O corte da Tesla também pode ter sido um fator na decisão da Ford de baixar os preços.
Sobre as vendas gerais, a Ford vendeu 146.356 nos Estados Unidos no mês passado, incluindo 55.001 caminhões F-Series. Esses números aumentaram cerca de 2% e 9% em relação ao ano passado.
A Ford divulga os resultados do quarto trimestre na noite desta quinta-feira (02). Wall Street espera um lucro por ação de US$ 0,62 com vendas de US$ 41,4 bilhões.
O Estado de S.Paulo - SP 03/02/2023
Balanço divulgado nesta quinta-feira, 2, pela Fenabrave, a associação que representa as concessionárias, mostra que as vendas de veículos novos no País subiram 12,9% no mês passado, quando comparadas ao volume de janeiro de 2022.
No total, 142,8 mil unidades foram comercializadas no primeiro mês deste ano, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Frente a dezembro, tradicionalmente um mês mais aquecido, houve queda de 34,2% nos emplacamentos.
Ao comentar o primeiro resultado do ano, o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, lembrou que em janeiro de 2022 os estoques das revendas ainda estavam baixos, dadas as restrições de produção nas montadoras. Já o declínio frente a dezembro é atribuído à sazonalidade, uma vez que as maiores despesas de início de ano, como pagamento de IPTU e material escolar, apertam o orçamento das famílias nesta época.
“Como nossas projeções apontam para uma estabilidade nos emplacamentos de automóveis e comerciais leves em 2023, é interessante que os segmentos iniciem o ano com resultados positivos”, afirmou Andreta Jr, ao tratar do avanço de 11,9% dos emplacamentos de veículos leves, como carros de passeio, picapes e vans, no comparativo interanual. Conservadora em função das incertezas sobre a condução da política econômica e dos juros mais altos, a Fenabrave divulgou no mês passado projeções que indicam um mercado estagnado, pelo terceiro ano seguido, nas 2,1 milhões de unidades em 2023.
Já a Anfavea, entidade das montadoras, prevê avanço de 3% das vendas e de 2,2% da produção de veículos durante o ano, levando em conta a melhora do fornecimento de componentes eletrônicos, cuja escassez provocou paradas de fábricas nos últimos dois anos. A indústria espera acumular uma “gordura” no primeiro trimestre, quando as vendas se confrontam com uma base de comparação baixa, para atravessar o ano com crescimento.
Valor - SP 03/02/2023
A montadora aumentou os preços de alguns de seus modelos e está se beneficiando de compradores ricos menos afetados pelo aumento da inflação e das taxas de juros
A Ferrari elevou suas perspectivas de ganho, após registrar forte demanda por modelos de alta margem, como seu novo crossover Purosangue de 390 mil euros (US$ 428 mil).
A montadora italiana de carros de luxo agora espera lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização de até 2,18 bilhões de euros (US$ 2,4 bilhões) neste ano, acima dos 2 bilhões de euros anunciados em junho. A Ferrari também divulgou vendas e lucro operacional no quarto trimestre que superaram as estimativas dos analistas.
“Apesar de um cenário macro global complexo, olhamos para frente com grande confiança”, disse o CEO, Benedetto Vigna, na quinta-feira, acrescentando que a empresa está vendo “uma demanda persistentemente alta por nossos produtos em todo o mundo”.
A Ferrari aumentou os preços de alguns de seus modelos e está se beneficiando de compradores ricos menos afetados pelo aumento da inflação e das taxas de juros. A fabricante está se preparando para mudar para veículos elétricos e transformar sua fábrica histórica no norte da Itália em um centro de carros movidos a bateria.
A Ferrari subiu 2,3% em Milão. No ano, as ações acumulam alta de 17%.
As vendas unitárias da montadora aumentaram quase um quinto no ano passado, com crescimento mais forte na China e nas Américas. A Ferrari disse que espera gerar cerca de 5,7 bilhões de euros em receita em 2023.
A primeira Ferrari totalmente elétrica é esperada para 2025, e os modelos híbridos plug-in e apenas com bateria devem dominar o portfólio da empresa na segunda metade da década. Três modelos híbridos representaram 22% dos embarques no ano passado.
A fabricante revelou em setembro o Purosangue, que se parece mais com um utilitário esportivo do que com o portfólio tradicional da empresa de carros esportivos rebaixados de duas portas. Espera-se que a mudança amplie a base de clientes da Ferrari.
O Ebitda ajustado da Ferrari no quarto trimestre subiu para 469 milhões de euros, superando a estimativa média dos analistas de 451 milhões de euros. A receita subiu para 1,37 bilhão de euros, ligeiramente acima dos 1,29 bilhão de euros projetados pelos analistas.
Money Times - SP 03/02/2023
A Ford informou nesta quinta-feira que seu lucro do quarto trimestre caiu no comparativo anual, e citou problemas na cadeia de suprimentos e “instabilidades” de produção que elevaram os custos, juntamente com volumes abaixo do esperado.
O lucro do ano ficou aquém das expectativas e as ações da Ford caíam mais de 6% no pós-mercado.
“Devíamos ter feito muito melhor no ano passado”, disse o presidente da Ford, Jim Farley, em comunicado. “Deixamos sobre a mesa cerca de 2 bilhões de dólares em lucros que estavam sob nosso controle”.
O diretor financeiro, John Lawler, disse que a Ford pretende devolver de 40% a 50% do fluxo de caixa livre aos acionistas neste ano.
Mas a empresa espera que o fluxo de caixa livre ajustado caia para cerca de 6 bilhões de dólares em 2023, ante 9,1 bilhões no ano passado.
A Ford espera lucro anual ajustado antes de impostos de 9 bilhões a 11 bilhões de dólares.
O lucro ajustado da empresa em 2022 foi de 10,4 bilhões de dólares, aquém da projeção da empresa de 11,5 bilhões.
A Ford teve queda no lucro do quarto trimestre para 1,3 bilhão de dólares, de 12,3 bilhões no mesmo período de 2021.
A receita subiu de 37,7 bilhões para 44 bilhões de dólares em um ano, e o lucro ajustado antes de impostos foi de 2 bilhões para 2,6 bilhões de dólares.
Valor Investe - SP 03/02/2023
No ano passado, o crédito imobiliário com recursos da poupança e do FGTS fechou com um volume total de concessões de R$ 241 bilhões
O crédito imobiliário com recursos da poupança vai se manter resiliente em 2023, segundo o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), José Ramos Rocha Neto. Segundo o dirigente, o ano será o terceiro melhor da série histórica, depois de 2021, que registrou o recorde histórico, e de 2022.
Segundo a Abecip, as concessões de financiamento habitacional com recursos da caderneta vão recuar 13% para um volume de R$ 156 bilhões. Já o crédito com "funding" do FGTS deve subir 5% para R$ 65 bilhões. No total, nas duas modalidades, as linhas vão ter uma produção de R$ 221 bilhões, um recuo agregado de 8,3%.
No ano passado, o crédito imobiliário com recursos da poupança e do FGTS fechou com um volume total de concessões de R$ 241 bilhões, o que representa um recuo de 5% na comparação com 2021, ano que marcou o recorde da série histórica com R$ 255 bilhões.
Conforme o dirigente, o mercado já está "sobreaplicado" em relação ao uso dos recursos da caderneta, que têm custo mais baixo do que aqueles captados no mercado.
Rocha explica que o custo das linhas para as instituições, em geral, tem uma composição mista que inclui os 6,17% mais a variação da TR da poupança e o custo do dinheiro no mercado. Isso porque parte dos recursos dos financiamentos vem da captação de produtos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras Imobiliárias Garantidas (LIG).
"Os balanços de setembro do ano passado já mostram que os agentes que atuam no SBPE estão sobreaplicados, ou seja, os bancos já estão aplicando mais no crédito imobiliário do que o percentual obrigatório de 65% de uso do saldo da poupança", afirma. "Essa diferença do excendente é composto pela LCI, LIG e pelo próprio CDI, ou seja, o custo do dinheiro",acrescenta.
Confome o dirigente, "por isso as taxas de financiamento imobiliário ainda estão subindo". Para Rocha Neto, "mesmo que a taxa de juros caia dos 13,7% e chegue ao final do ano perto de 12%, o funding poderá encarecer um pouco, então a conclusão é que em 2023 as taxas de crédito imobiliário provavelmente deverão se manter nos mesmos patamares ou poderão ter subidas".
Globo Online - RJ 03/02/2023
O executivo que comandou a privatização do Porto de Vitória, Júlio Castiglioni, acha que Lula fez bem em adotar a cautela com a concessão do Porto de Santos. O modelo não é trivial, diz, e é prudente que o governo que se inicia coloque um freio de arrumação para entender melhor como se dará a venda da maior autoridade portuária do país. Mas acredita que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, conseguirá convencer o atual presidente de que esse caminho é mesmo o melhor, ainda que ajustes precisem ser feitos. Segundo Castiglioni, a concessão do porto irá reforça o poder regulador do Estado além de significar um segundo passo na reforma realizada em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff.
- O governo federal agiu corretamente em frear o processo de privatização de Santos. Mas tudo que está sendo colocado em dúvida agora pelo ministro Márcio França (Portos e Aeroportos) eu já vivi durante a concessão do Porto de Vitória. Não tem nada de novo. As soluções já existem, e acredito que o governador Tarcísio tem uma capacidade de persuasão muito grande. Não há conflito insuperável - disse.
Um dos argumentos, diz Castiglioni, é mostrar a Lula e a França que a reforma feita pela ex-presidente Dilma há 10 anos foi positiva para o setor portuário, ao permitir que os terminais privados movimentassem cargas de terceiros. Por um lado, houve um salto de produtividade nesses terminais. Mas, por outro, os portos públicos perderam atratividade. A concessão agora irá equilibrar novamente o jogo, tornando o porto público mais eficaz, por seguir uma lógica de gestão privada na tomada de decisões.
- Até 2013, o porto da Vale, em Vitória, só podia movimentar minério. Hoje, tem granito. Então se o Porto de Vitória não ficar competitivo, não tiver ferramental, instrumentos de gestão, racionalidade privada, para competir com o porto da Vale, ele morre. A lógica é a mesma com o Porto de Santos – explicou.
A privatização não significa a venda do espaço físico do porto, mas a concessão da autoridade portuária, que administra o espaço. Essa empresa passará a tomar decisões mais rápidas, seguindo a lógica privada, e será obrigada a realizar investimentos, definidos no edital do leilão.
Outro ponto importante, diz Castiglioni, é que ao tornar a gestão do porto privada, o Estado se fortalece porque os órgãos de regulação terão o papel de direcionar a política portuária, além de conferir se ela está sendo cumprida. A autoridade portuária que ganhar a concessão, explica, não "poderá fazer o que quiser" na área do porto.
- O setor portuário tem muitos agentes, e ninguém pode sair em vantagem. Por isso, esse modelo só dá certo se existir um ente vocacionado a tomar decisões equânimes. Ou seja, solucionar conflitos. E esse ente é o Estado, por meio das agências reguladoras, como a Antaq. Quando o governo federal enxergar isso, vai ver a concessão de outra forma - afirmou.
Esta semana, Tarcísio disse que ele e Lula são sócios, porque o governo de São Paulo e o governo federal precisam ir bem. Que ambos conversem sem amarras políticas e ideológicas e cheguem a um acordo para aumentar os investimentos nos portos do país.
A Tribuna - SP 03/02/2023
Em 2022, o Porto de Santos alcançou a marca histórica de 162,4 milhões de toneladas movimentadas. O volume recorde é 10,5% superior ao de 2021, que até então tinha os melhores números já vistos. E isso fala por si só.
Tratar das dimensões do Porto de Santos é logo remetê-lo ao maior da América Latina, devido à grandiosidade percebida até mesmo por aqueles que nunca exploraram as suas áreas internas. Protagonista no sistema logístico brasileiro desde a época do café, ele é hoje rota de entrada e saída de 29% de todas as transações comerciais do Brasil. Os santistas e turistas que apreciam, ainda da faixa de areia da praia, os enormes navios esbanjando seus contêineres minuciosamente empilhados talvez nem imaginem a sua conexão com mais de 600 destinos e movimentação de cargas de mais de 200 países. O Porto é capaz de operar mais de 10 milhões de toneladas em apenas um mês e segue em processo de transformação para receber cada vez mais cargas e novos terminais.
Atualmente, ele concentra aproximadamente 67% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Com 13 km de extensão, o cais santista é praticamente duas vezes maior do que toda a orla de Santos. São 55 terminais marítimos e retroportuários, com área útil de 7,8 milhões de metros quadrados, e mais de 33 mil trabalhadores empregados, o que demonstra a robustez da sua infraestrutura. Os recordes no transporte de mercadorias são a sua marca, sempre estampada em jornais e revistas.
Pode não haver mais surpresa, mas a cada meta superada o Porto se torna referência para outros complexos nacionais e internacionais. As mercadorias transportadas vão de granéis líquidos e sólidos aos contêineres. Até mesmo o suco de laranja, frequentemente encontrado na mesa do brasileiro, tem quase a sua totalidade exportada pelo Porto de Santos. Além disso, é o principal porto exportador de açúcar, soja e milho, e o segundo maior importador de trigo no Brasil. Ou seja, por excelência, é considerado o Porto do Brasil. Sua zona de influência primária compreende cinco estados (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo), que somam 81 milhões de pessoas e 51% do PIB.
Termos globais
É um Porto que, sozinho, responde por quase 30% da corrente de comércio exterior do Brasil. Isso significa que, a cada US$ 100, 00 de importação ou exportação, US$ 30,00 passam pelo Porto de Santos. Ele representa cerca de 40% da movimentação de contêine-res do País, garantindo a operação de cargas de alto valor agregado. No mundo, é o 43º maior no transporte de contêineres.
Em 2022, dentro da marca recorde de 162,4 milhões de toneladas, os embarques tiveram uma alta de 15,1% com 118,7 milhões de toneladas, enquanto os desembarques totalizaram 43,7 milhões de toneladas.
De acordo com a Santos Port Authority (SPA), estatal que administra o complexo, o Porto foi responsável por movimentar 28,8% da corrente comercial brasileira em 2022. A alta no número de atracações de navios no ano passado foi de 7,1% em relação a 2021. Ao todo 5.202 embarcações passaram por ele ao longo dos 12 meses.
Resistente
Nem mesmo os fortes impactos gerados pela pandemia de covid-19 foram capazes de impedir o crescimento do Porto de Santos, que em 2020, no auge da crise sanitária, fechou os 12 meses com 146,6 milhões de toneladas, superando consideravelmente as 134 milhões de toneladas de 2019.
“Desde o início das reformas portuárias dos anos 90, o Porto de Santos cresceu quase cinco vezes. E de forma praticamente continuada. Nem a crise de 2008/2009, nem a pandemia, interromperam isso. E com o passar do tempo, o Porto se modernizou: com a mecanização e automação iniciadas com as reformas dos anos 90, a produtividade e a segurança cresceram, e os tempos e custos foram reduzidos significativamente. Hoje, avança-se em direção às práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) e, com a internet 5G, em direção ao 4.0”, observa o consultor, engenheiro e economista Frederico Bussinger, que tem acompanhado de perto as transformações do complexo santista.
Para o professor de Operações e Logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, a importância logística do Porto de Santos faz com que as movimentações brasileiras se moldem pelas suas características e isso não é comum, principalmente em um país com mais de 8 mil quilômetros de costa, onde o esperado seria uma maior distribuição de operações em um conjunto expandido de portos.
“Acontece que, ao longo de sua existência, o Porto de Santos conseguiu construir uma influência logística que vai muito além do conceito de embarque e desembarque, atingindo processos de valor agregado relacionados com oferta de navios, rotas, tecnologias, burocracia portuária, presença de importantes players, em um conjunto de variáveis que forma uma oferta de valor realmente diferenciada no Brasil”, analisa.
Na visão de Resende, investir no cais santista é investir na logística brasileira, sobretudo para aumentar o seu posicionamento competitivo no comércio global. O professor entende que o Porto de Santos é um dos maiores exemplos das relações entre investimentos de capital em infraestrutura de transportes e o aumento da produtividade e da eficiência logística. Nesse caso, os efeitos multiplicadores e dinamizadores dos investimentos consolidam estratégias de integra-ção multimodal, que levam à formação de corredores logísticos desenhados para o atendimento eficiente de setores específicos.
“Investir no Porto de Santos é investir num melhor posicionamento competitivo do Brasil no comércio global”, enfatiza.
O Petróleo - SP 03/02/2023
A produção de petróleo bruto da Opep caiu em janeiro em cerca de 60.000 barris por dia (bpd) devido a cortes do maior produtor, a Arábia Saudita, que podem ter sido mais acentuados do que a cota do Reino, mostrou uma pesquisa realizada pela Bloomberg na quinta-feira.
Toda a organização da OPEP-13 viu a produção de petróleo bruto cair para 29,12 milhões de bpd devido à menor produção da Arábia Saudita e da Líbia, parcialmente compensada por pequenos ganhos entre alguns outros membros.
Petróleo ganha impulso à medida que a demanda chinesa aumenta
Estima-se que a produção de petróleo bruto da Arábia Saudita tenha caído 100.000 bpd, para 10,38 milhões de bpd, segundo pesquisa da Bloomberg. Isso é cerca de 100.000 bpd abaixo da cota do Reino de 10,478 milhões de bpd , estabelecida na reunião de outubro e válida de novembro de 2022 a dezembro de 2023, ou até que a OPEP + decida de outra forma.
Ainda assim, a OPEP e o grupo OPEP+, que inclui a Rússia e uma dúzia de outros produtores não OPEP, estão bombeando petróleo bruto em níveis bem abaixo da meta coletiva que a aliança OPEP+ estabeleceu para novembro de 2022.
Em reunião virtual na quarta-feira, um painel da Opep+ deixou as cotas de produção inalteradas em um movimento de política amplamente esperado pelo mercado, considerando as incertezas tanto na oferta quanto na demanda nos próximos meses.
No início desta semana, o príncipe herdeiro saudita Mohammed Bin Salman e o presidente russo Vladimir Putin discutiram a cooperação da OPEP + em um telefonema, de acordo com várias fontes, com foco na manutenção da estabilidade dos preços do petróleo antes da reunião virtual do painel da OPEP + hoje. A produção de petróleo da Rússia se manteve apesar das novas sanções ocidentais e limites de preços, e três delegados da Opep+ disseram à Reuters que a reunião de quarta-feira provavelmente terminará sem nenhuma mudança na política de produção.
Petróleo cai com aumento de estoques nos EUA compensando esperanças
Dadas as incertezas sobre a demanda chinesa e a oferta russa em fevereiro e março, esperava-se que a OPEP+ mantivesse os atuais níveis de produção, o que reduziu a meta de produção em 2 milhões de bpd a partir de novembro. No entanto, o corte real é estimado em cerca de 1 milhão de bpd.
Fabiane Melo
Fabiane Melo é formada em jornalismo e Economia e já atuou em grandes portais do Brasil onde administrou vários blogs sobre Energia, Petróleo e Gás, Offshores e Indústrias. Sua especialização passa pela criação de artigos sobre Petróleo e Energia. Atualmente, é redatora do O Petróleo.
Money Times - SP 03/02/2023
Os preços do petróleo caíram nesta quinta-feira, com a queda dos pedidos às fábricas ligadas à indústria dos EUA acentuando preocupações econômicas, enquanto o dólar se fortaleceu, tornando o petróleo mais caro para compradores não americanos.
Os contratos futuros de petróleo Brent fecharam a 82,17 dólares o barril, queda de 0,67 dólar, ou 0,8%. O petróleo nos EUA (WTI) fechou a 75,88 dólares o barril, queda de 0,53 dólar, ou 0,7%.
Enquanto os novos pedidos de produtos manufaturados dos EUA aumentaram amplamente em dezembro, os pedidos de equipamentos industriais e outras máquinas caíram, de acordo com os dados mais recentes do Departamento de Comércio.
“Isso destacou mais desaceleração da economia, principalmente no lado industrial, o que é negativo para o petróleo”, disse John Kilduff, sócio da Again Capital.
Uma recuperação no índice do dólar, que atingiu a mínima de nove meses no início da sessão devido às apostas mais brandas do aumento da taxa do Federal Reserve dos EUA, também pesou sobre os preços do petróleo, de acordo com Jim Ritterbusch, da Ritterbusch and Associates.
Um dólar mais forte torna o petróleo cotado em dólar mais caro para detentores de outras moedas.
O Fed elevou sua meta de taxa de juros em 0,25 ponto percentual na quarta-feira, mas continuou a prometer “aumentos contínuos” nos custos de empréstimos como parte de sua batalha contra a inflação.
Valor - SP 03/02/2023
Resultado da múlti alcançou US$ 2,01 bilhões
A fabricante de máquinas agrícolas CNH Industrial, dona das marcas Case e New Holland, entre outras, teve um lucro líquido de US$ 592 milhões no quatro trimestre de 2022, o que representou uma alta de 27,5% na comparação com o mesmo período de 2021. O lucro líquido ajustado subiu 14,3%, para US$ 486 milhões.
Em todo o ano passado, o lucro líquido da companhia alcançou US$ 2,01 bilhões, com aumento de 13,2% ante 2021. O lucro ajustado cresceu 14,7%, para US$ 2 bilhões.
A receita líquida da CNH totalizou US$ 6,94 bilhões no quarto trimestre, com alta anual de 26,6%. No ano, foram US$ 23,6 bilhões, ante US$ 19,5 bilhões em 2021.
Na área agrícola, as vendas do quarto trimestre cresceram 29,3%, para US$ 5,4 bilhões, devido a bons preços, maiores volumes de vendas e melhor mix de produtos. As vendas no setor de construção aumentaram 16,4%, para US$ 983 milhões.
De Milão para Nova York
A companhia também anunciou que quer sair o “o mais rapidamente possível da bolsa de Milão” e ter suas ações listadas em Nova York.
Em 2023, CNH espera um crescimento de vendas de 6% e 10% para suas atividades industriais.
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