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02 de Maio de 2023

SIDERURGIA

Portal Fator Brasil - RJ   02/05/2023

Em valor US$ 2,7 bilhões, respectivamente, redução de 6,1% em toneladas exportadas, e 3,7% no valor total.

O Instituto Aço Brasil (IABr), divulgou seu balanço mensal e trimestral, onde mostra que a produção brasileira de aço bruto em março de 2023 foi de 2,7 milhões de toneladas, uma queda de 8,7% frente ao apurado no mesmo mês de 2022. Já a produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, 9,9% inferior à registrada em março de 2022. A produção de semiacabados para vendas foi de 563 mil toneladas, uma redução de 17,6% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2022.

Consumo e vendas — As vendas internas cresceram 1,0% frente ao apurado em março de 2022 e atingiram 1,9 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,2 milhões de toneladas, 5,1% superior ao apurado no mesmo período de 2022.

Exportações — As exportações de março de 2023 foram de 1,3 milhão de toneladas, ou US$ 1,1 bilhão, o que resultou em aumento de 0,6% e de 7,6%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2022.

Importações — As importações de março de 2023 foram de 333 mil toneladas e de US$ 478 milhões, um aumento de 36,4% em quantum e de 27,5% em valor na comparação com o registrado em março de 2022.

Produção no trimestre de 2023 — A produção brasileira de aço bruto foi de 8,0 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a março de 2023, o que representa uma queda de 6,8% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 5,6 milhões de toneladas, redução de 7,6% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2022. A produção de semiacabados para vendas totalizou 2,2 milhões de toneladas de janeiro a março de 2023, um aumento de 5,6% na mesma base de comparação.

Vendas — As vendas internas foram de 5,0 milhões de toneladas de janeiro a março de 2023, o que representa uma ampliação de 2,0% quando comparadas com igual período do ano anterior.

Consumo — O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 5,9 milhões de toneladas no acumulado até março de 2023. Este resultado representa uma elevação de 3,4% frente ao registrado no mesmo período de 2022.

Importações — As importações alcançaram 1,0 milhão toneladas no acumulado até março de 2023, um aumento de 22,2% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 1,3 bilhão e avançaram 10,5% no mesmo período de comparação.

Exportações — As exportações do primeiro trimestre de 2023 atingiram 3,2 milhões de toneladas, em valor US$ 2,7 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, redução de 6,1% e de 3,7% na comparação com o mesmo período de 2022.

Valor - SP   02/05/2023

A empresa lembra que R$ 700 milhões já haviam sido declarados pelo seu conselho como antecipação do dividendo mínimo obrigatório, e o valor será pago até o próximo dia 31 de maio

Os acionistas da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) aprovaram a distribuição de R$ 1,55 bilhão em dividendos referentes ao exercício do ano passado, acrescidos do valor de R$ 788,6 mil decorrentes da reversão por prescrição de juros sobre capital próprio.

A empresa lembra que R$ 700 milhões já haviam sido declarados pelo seu conselho em dezembro de 2022 como antecipação do dividendo mínimo obrigatório. O valor será pago até o próximo dia 31 de maio a acionistas na base da CSN até 28 de dezembro de 2022.

Com isso, o saldo de dividendos, no valor de R$ 777,1 milhões, o correspondente a R$ 0,58 por ação, será pago aos acionistas até 31 de dezembro. Acionistas na base até a última sexta-feira (28) receberão o pagamento e os papéis passam a ser negociados “ex-dividendos” na terça-feira (2).

Os acionistas da CSN também aprovaram a distribuição de dividendos no montante de R$ 836,8 milhões, o equivalente a R$ 0,63 por ação, à conta de reserva de lucros, a serem pagos até 31 dezembro. Acionistas na base até a última sexta-feira (28) receberão o pagamento e os papéis passam a ser negociados “ex-dividendos” na terça-feira (2).

ECONOMIA

Globo Online - RJ   02/05/2023

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, registrou alta de 3,32% em fevereiro, já descontados os efeitos sazonais, na comparação com o primeiro mês do ano. Puxado principalmente pelo agronegócio e pelo setor de serviços, o indicador superou as projeções do mercado, em torno de 1%, e colocou um viés de alta nas estimativas para o PIB do país em 2023, conforme antecipou o blog da colunista do GLOBO Míriam Leitão.

No trimestre, o indicador do BC mostrou crescimento de 0,82% em relação ao últimos três meses do ano passado.

Após a divulgação do indicador, em conversa com jornalistas em São Paulo ontem à noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a equipe econômica pretende melhorar as estimativas para este ano.

— A maioria estava apostando em um crescimento inferior a 1%, e hoje praticamente todo o mercado está apostando numa taxa de crescimento muito superior à que estava sendo estimada. Alguns bancos já estão projetando perto de 2% de crescimento. Nós mesmos, da Fazenda, estamos pensando em reestimar para mais a expectativa de crescimento para o ano de 2023 — afirmou Haddad.

Revisão para 1,8%

O ministro se referia ao Departamento de Estudos Econômicos do Bradesco, que ontem soltou relatório a clientes melhorando a sua projeção para este ano, de 1,5% para 1,8%. Pela análise do banco, houve surpresas com o crescimento da economia.

O comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de automóveis, subiu 1,7% em fevereiro, enquanto a receita do setor de serviços subiu 1,1%. No mercado de trabalho, houve geração de 195 mil vagas com carteira assinada em março.

“Os números corroboram a nossa leitura de avanço do PIB em cerca de 1,3% no 1º trimestre, com influência do setor agrícola, mas também números positivos de outras atividades. Seguimos esperando acomodação da atividade econômica à frente, refletindo o aperto monetário em vigor. Revisamos nossa expectativa de crescimento do ano, de 1,5% para 1,8%”, afirmou o banco em relatório a clientes.

O economista Piter Carvalho, da Valor Investimentos, é mais cauteloso, mas avalia que os resultados divulgados já devem garantir pelo menos um crescimento acima de 1%:

— Os dados deste início de ano ano trazem ânimo para os economistas que acreditam que o PIB de 2023 pode ser maior que 1%. Temos um grande peso do agronegócio, a safra veio muito boa e as exportações estão aumentando. É um setor que deve continuar puxando o Brasil. O setor de serviços também está aquecido, gerando mais empregos.

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A XP Investimentos pontuou que o IBC-Br caiu por quatro meses consecutivos, quando acumulou uma queda de 1,1%. O resultado de fevereiro mais do que compensou as perdas nesse período. A corretora ainda não mudou as estimativas para o PIB de 2023, mas colocou um viés de alta na projeção, hoje em 1%.

“A forte expansão de setores menos sensíveis ao ciclo econômico, como agropecuária e extrativa mineral, a resiliência do mercado de trabalho e a maior renda disponível às famílias, com destaque para as transferências do governo, fornecem suporte à atividade econômica no curto prazo”, disse a XP.

Mas, se por um lado o crescimento mais forte do setor de serviços é bom para o PIB e para a geração de empregos, por outro pode se tornar uma dor de cabeça para o Banco Central e evitar uma queda mais rápida da Taxa Selic.

Em recentes declarações públicas, o presidente do banco, Roberto Campos Neto, vem dizendo que a batalha contra a inflação não foi vencida e que os preços dos serviços, em especial, continuam rodando em patamar elevado.

Na avaliação do BC, o chamado núcleo de inflação, que mostra a tendência dos preços desconsiderando choques temporários, ainda estaria resiliente.

— Nosso diagnóstico é que não é uma inflação de oferta. E, portanto, precisa do trabalho que está sendo feito — disse Campos Neto no Senado na quinta-feira.

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A variação de 0,57% do IPCA-15 em abril, divulgada esta semana, aponta um processo de desinflação lenta no país, com preços dos serviços ainda resistentes, explica o economista Mauro Rochlin, da FGV:

— No IPCA-15, o setor de serviços puxa o índice para cima. Ainda há uma demanda relativamente aquecida para serviços. E agora o IBC-Br reforça o fato de que o setor de serviços também puxa o crescimento. Podemos considerar tanto que o setor se mantém com algum dinamismo quanto que empurra para cima os números de inflação, e consequentemente impacta na decisão sobre juros. O Copom sempre olha para o núcleo da inflação.

Piora nas contas públicas

Ontem, o Banco Central também divulgou o resultado das contas públicas de março, com um déficit primário de R$ 14,2 bilhões, muito pior do que o esperado. A dívida bruta ficou em 73% do PIB, e o déficit nominal, que inclui as despesas com juros, alcançou R$ 618,9 bilhões (6,11% do PIB) no acumulado em 12 meses.

Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, explica que o rombo no mês é resultado de uma queda de 2,5% na arrecadação e do aumento de gastos em 1,1% no mês. Ela lembra que o governo já contratou mais despesas para os próximos meses:

— O déficit primário ficou pior do que o esperado, que era um superávit de R$ 1 bilhão. Vale lembrar que, a partir de maio, teremos o aumento dos servidores em 9% e novo aumento do salário-mínimo em 1,4%, o que deve pressionar ainda mais o crescimento dos gastos.

Agência Brasil - DF   02/05/2023

Após ficar estável em janeiro, a atividade econômica brasileira teve alta em fevereiro deste ano, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (28), em Brasília, pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou crescimento de 3,32% em fevereiro em relação ao mês anterior, de acordo com dados dessazonalizados (ajustados para o período).

Em fevereiro, o IBC-Br atingiu 147,49 pontos. Na comparação com o mesmo mês de 2022, houve crescimento de 2,76% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). No acumulado em 12 meses, o indicador também ficou positivo em 3,08%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 13,75% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia – indústria, comércio e serviços e agropecuária –, além do volume de impostos.

Desde agosto do ano passado, o IBC-Br vinha caindo. Em dezembro, houve alta, estabilidade em janeiro e, agora, novo crescimento. Os resultados estavam em linha com a decisão do BC de manutenção da Selic em alta para controlar a inflação. A taxa está em 13,75% desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia. Ainda assim, o resultado do índice do BC aponta uma recuperação da atividade.
PIB

O indicador oficial da economia brasileira, entretanto, é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com resultado trimestral, o PIB do primeiro trimestre de 2023 será divulgado em 1º de junho. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país.

Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.

O Estado de S.Paulo - SP   02/05/2023

O fraco desempenho da economia brasileira nos últimos anos levou a uma perda de relevância do País no cenário mundial. Ao fim deste ano, a participação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil na economia global deve responder 2,3%, a mais baixa desde 1980, quando teve início a série histórica do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Num momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta reinserir o País no cenário global com viagens para China, Estados Unidos e Europa, os dados do Fundo revelam um cenário adverso. A perda de participação do PIB brasileiro vem ocorrendo seguidamente – na década de 1980, o Brasil chegou a responder por 4% da economia do mundo - e deve seguir em queda pelos próximos anos.

O que ajuda a explicar a perda de relevância do Brasil é o baixo crescimento registrado ao longo de quase 40 anos. O desempenho do PIB brasileiro tem sido inferior ao de outras economias, sobretudo, na comparação com as emergentes.

“O Brasil tem um problema sério de crescimento. Perdeu a década de 80, cresceu bem devagar nos anos 90, teve sorte na primeira década deste século por causa do crescimento da China e pelos preços de commodities, mas os últimos anos voltaram a ser perdidos”, diz Alberto Ramos, diretor de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs.
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Os dados que tratam da atividade global foram atualizados neste mês pelo FMI. A participação dos países na economia global é medida em Paridade do Poder de Compra (PPP, na sigla em inglês), para deixar mais justa a comparação entre as diferentes economias.

“Depois do ciclo do crescimento com industrialização dos anos 30 ao final dos anos 70, o Brasil parou de se desenvolver”, acrescenta Márcio Holland, professor da Fundação Getulio Vargas e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. “O ciclo de industrialização brasileira não foi acompanhado por fatores essenciais para uma economia capitalista moderna - um deles é a educação.”

Ao longo dessas décadas, o Brasil conseguiu ampliar os anos de escolaridade da população, mas ainda sem garantir uma boa qualidade. “Infelizmente, para padrões internacionais, a qualidade educacional brasileira é extremamente trágica, desde a primeira infância, passando pelo ensino básico e médio”, diz Holland.

O País também superou obstáculos importantes na economia, como o processo inflacionário, e avançou na consolidação de instituições importantes, mas a escolha de políticas econômicas equivocadas resultou numa severa crise fiscal e provocou anos de dura recessão – como em 2015 e 2016 –, que foram seguidos por períodos de baixo crescimento do PIB, agravados pelos impactos provocados pela pandemia de covid-19.

“Com o Plano Real, o Brasil começou a colher os benefícios da estabilidade de preços, que foi potencializada por medidas como a Lei de Responsabilidade Fiscal, implementação de metas de inflação, a ideia de um Banco Central, na prática, independente, privatizações. Tudo isso resultou num aumento de potencial de crescimento da economia, mas que foi interrompido por políticas econômicas equivocadas”, afirma Alessandra Ribeiro, economista e sócia da consultoria Tendências. “Colocar a economia em ordem está custando 10, 11 anos.”

Mais do que colocar a casa em ordem, o Brasil tem uma longa agenda para virar a página do baixo crescimento. Além de investir em capital humano para qualificar a mão de obra, será preciso avançar no ambiente de negócios, na qualidade de investimento tanto em capital físico como em pesquisa e inovação e abrir a economia brasileira para o mundo.

“É uma agenda que começa dentro de casa. A economia brasileira não vai abrir por causa de duas, 15 viagens. Se o País investir em educação, fica mais competitivo, essa inserção na economia acontece naturalmente”, afirma Ramos.

Preso na renda média

A estagnação de décadas colocou o Brasil na chamada armadilha da renda média - muitos países conseguem melhorar o PIB per capita da sua população, mas não alcançam dar o salto seguinte para entrar no seleto grupo de economias desenvolvidas.

Historicamente, a economia brasileira sempre foi comparada com a da Coreia do Sul. Nos anos 1980, os dois países tinham um PIB per capita similar, mas o pesado investimento em educação e a abertura econômica levaram os sul-coreanos a ter uma trajetória bastante diferente. Em 2028, a renda média da Coreia do Sul deve chegar a US$ 70,2 mil, enquanto a do Brasil deve alcançar US$ 21,3 mil, de acordo com o FMI.

O atraso da economia brasileira é tão nítido que economias emergentes superaram a renda média do País nos últimos anos, como já é o caso da Colômbia.

“Se não houver um retrocesso em política fiscal, um retrocesso com o Estado voltar a ser um pilar do desenvolvimento, e, por outro lado, se o País conseguir avançar na reforma tributária e em acordos comerciais, o Brasil volta a ter um crescimento (maior)”, afirma Alessandra. “Agora, é difícil afirmar que o Brasil vai aumentar a sua participação no PIB global, porque os outros países também estão caminhando.”

Neste ano, o FMI estima um crescimento de apenas 0,9% para o Brasil.

Correio Braziliense - DF   02/05/2023

A terceira reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que começa amanhã e termina na quarta-feira (3), acontece em meio às contínuas pressões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de vários ministros e políticos, que questionam o atual patamar da taxa básica da economia (Selic), de 13,75% ao ano. Contudo, o consenso entre analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Correio é de que o BC manterá inalterada a Selic pela 6ª vez consecutiva.

Para o início do ciclo de queda dos juros básicos, as opiniões divergem, pois as apostas variam entre o próximo Copom, de 20 a 21 de junho, e o penúltimo do ano, de 31 de outubro a 1º de novembro. A expectativa para a reunião desta semana gira em torno do texto do comunicado do colegiado que será divulgado, na noite de quarta, após a decisão. Apesar dessa estabilidade da Selic, o custo do crédito no mercado dispara e está cada vez mais caro, em grande parte devido ao apetite para o lucro dos bancos.

A meta de inflação deste ano, determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25%, com teto de 4,75% ao ano. E, para o ano que vem e o próximo, a meta passa para 3%, com limite superior de 4,5% anuais. Enquanto isso, as projeções de inflação deste ano e do próximo não param de piorar, apesar da desaceleração na prévia do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), o IPCA 15, que registrou alta de 4,16 no acumulado em 12 meses até abril, a menor taxa para o período desde outubro de 2020. A mediana das estimativas do mercado coletadas no boletim Focus, do Banco Central, estava em 6,04% na semana passada, quarta alta consecutiva.

De acordo com os especialistas, o fato de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter, finalmente, enviado ao Congresso o projeto de lei do novo arcabouço fiscal não é suficiente para que o Banco Central dê um cavalo de pau no discurso de alerta sobre os riscos de desancoragem das expectativas para a inflação de 2024 — que está no radar do Copom. Será difícil para um órgão independente reduzir os juros agora, quando que vários bancos centrais de países desenvolvidos e emergentes seguem aumentado as taxas, porque os indicadores de atividade recentes ficaram acima das expectativas. Outro consenso, por exemplo, é que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) pare o ciclo de alta dos juros norte-americanos na quarta-feira.

Para Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos, o Copom deverá manter a mesma redação anterior, mas antecipou para agosto o início do ciclo de queda na Selic. “Estamos com uma projeção de Selic parada em 13,75%, nesta semana, e não acho que haverá mudança na comunicação oficial pós-decisão. O BC deverá vir com o mesmo tom da ata anterior com a principal mensagem que é paciência. Acreditamos que o Copom iniciará um ciclo de flexibilização gradual no segundo semestre. Projetamos um corte de 0,25 ponto percentual na reunião do Copom de agosto, seguidos de cortes sequenciais de 0,50 ponto percentual até atingir 11% no primeiro semestre de 2024”, destaca.

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, também não vê mudanças no cenário macroeconômico desde a última reunião do Copom, em março. “Acho que o BC tem mais motivos ainda de preocupação, especialmente por conta do arcabouço fiscal apresentado e que vai ser, provavelmente, alterado no Congresso. Precisamos saber o que é que vai ser essa alteração, se para melhor ou se para pior. Espero que seja para melhor”, afirma. Ele manteve a previsão para o início da queda da Selic em setembro. Ele aponta ainda muitas incertezas no radar, principalmente, a discussão de mudança na meta de inflação que não está totalmente descartada ainda. “Tem a discussão da meta de inflação que vai aparecer pela frente e espero que também seja pela manutenção em 3%”, ressalta.

Nova meta

Em junho, o CMN deverá se reunir para definir a meta de inflação de 2026 e confirmar ou mudar as atuais de 2024 e de 2025. Na avaliação de Marco Caruso, economista-chefe do Banco Original, a mudança da meta só vai piorar as expectativas de inflação, o que vai fazer com que a queda da Selic demore ainda mais. “A mudança da meta de inflação de 2024 na direção para as projeções do Focus, de 4% a 4,5%, poderá ser um gatilho para as expectativas, porque o aumento da meta só se justificaria se houvesse um choque inflacionário exógeno. Mas não estamos nessa situação de choque externo no momento”, diz ele, acrescentando que os preços das commodities, por exemplo, estão caindo em meio à desaceleração da economia global.

Caruso também não vê impacto positivo do novo arcabouço fiscal para acalmar as incertezas em torno da questão fiscal, que acabam deixando o Banco Central sem muito instrumento para conseguir colocar a inflação dentro da meta. “O arcabouço está sob júdice, porque tem uma dependência muito grande de arrecadação e não é estruturante. Ele pode ajudar as contas públicas nos próximos dois a quatro anos, mas não ganha a batalha (para o equilíbrio das contas públicas)”, resumiu Caruso, que passou a prever corte da Selic apenas na penúltima reunião do Copom. Antes, a aposta para a redução nos juros básicos era a partir do primeiro trimestre de 2024.

José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, é mais otimista e espera uma sinalização do BC de que vai haver queda nos juros a partir de junho diante da desaceleração da inflação e da tramitação do novo arcabouço no Congresso. “No cenário em que o arcabouço avança, mesmo sem certeza sobre a arrecadação, cai a incerteza e dá para o BC reduzir a Selic em junho.”

O novo arcabouço fiscal ainda precisa ter impacto nas expectativas para influenciar a política monetária, de acordo com Roberto Padovani, do Banco BV. “O simples anúncio do arcabouço é positivo, mas o mercado ainda não alterou as expectativas em relação ao resultado primário do governo. A minha impressão é que os economistas vão esperar a tramitação e avaliar com o tempo se esse arcabouço vai funcionar ou não. Portanto, o mercado financeiro tende a não dar muita bola. E isso faz com que o Banco Central não altere a sua estratégia simplesmente pelo anúncio na nova regra fiscal”, frisa. Padovani manteve para agosto a previsão do início do ciclo de corte da Selic na próxima decisão do Copom. “Não haverá surpresa na decisão da taxa, nem na comunicação” adiciona.

Debate

Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi duas vezes ao Senado para dar explicações sobre os juros. Na terça-feira, participou de audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), e, na quinta-feira, confrontou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e os dois outros integrantes do CMN. Nos dois debates, Campos Neto reforçou os aspectos técnicos para que a Selic continue no patamar atual e não deu pistas de quando os juros começarão a cair. No entender de Julio Hegedus, economista-chefe da Mirae Asset, pelas declarações dadas ao Senado, Campos Neto reforçou sua posição e, provavelmente, a Selic só deverá cair “na transição entre o terceiro e o quarto trimestre”. “Vamos ficar observando os dados, a inflação, e o trâmite do arcabouço no Congresso. Eu estava, antes do dado do IPCA 15, sinalizando queda no último trimestre, mas devo revisar se o IPCA cheio reforçar esta desaceleração. Sigo, no entanto, na expectativa do arcabouço”, afirmou ele, demonstrando desconfiança em relação às expectativas do governo de aumentar a arrecadação para cumprir a nova regra fiscal.

Caio Megale, da XP, também demonstra preocupação em relação ao sucesso da nova regra fiscal proposta pela equipe de Haddad. “O fato de agora ter o arcabouço ajuda, porque é possível fazer contas sobre a expansão do gasto e o tamanho da dívida. Mas os parâmetros sugerem crescimento dos gastos. Não é um arcabouço que contrai o fiscal para abrir espaço para a queda de juros”, frisa. Megale acredita que os juros, quando começarem a cair, será de forma gradual, tanto que, pelas previsões da XP, a Selic encerrará 2024 com dois dígitos, o que pode impedir expansão acima de 1,5% na economia nesses dois anos. “Este ano é o ano do freio de arrumação para colocar as coisas no lugar. Por isso, é importante que o governo evite uma derrapada, tanto no fiscal quanto no parafiscal, para dar algum estímulo para a política monetária”, acrescenta.

O Estado de S.Paulo - SP   02/05/2023

Uma queda de 10% nos preços da energia ajudou a moderar a inflação em 12 meses nos Estados Unidos, segundo dados de março. Segundo o índice PCE, divulgado nesta sexta-feira, 28, pelo Departamento de Comércio americano, a taxa ficou em 4,2%.

A informação vem a poucos dias da reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que vai decidir sobre a manutenção ou não dos aumentos dos juros básicos.

A inflação em 12 meses até fevereiro ficou em 5,1%. O índice PCE, o mais seguido pelo Fed, mostra ainda que na medição mês a mês a alta dos preços ficou em 0,1%, em linha com as expectativas dos analistas.

A inflação subjacente, que exclui os preços voláteis de alimentação e energia, também recuou, embora agora supere a inflação geral, situando-se a 4,6% em um ano frente a 4,7% no mês anterior. Na medição mês a mês, a inflação subjacente foi de 0,3%, de acordo com as expectativas.

“A inflação subjacente se modera levemente, mas continua acima da meta” do Fed, disse a economista-chefe do HFE, Rubeela Farooqi, para quem os resultados do mês passado são insuficientes para uma redução da taxa básica de juros.

O Fed tem como meta um PCE em 2% neste ano e, por isso, tem elevado reiteradamente suas taxas básicas de juros de forma a encarecer o crédito e, assim, desestimular o consumo e os investimentos.

Segundo Departamento de Comércio, a inflação se concentra hoje nos serviços, que subiram 5,5%, abaixo dos 5,8% de fevereiro. /AFP

Exame - SP   02/05/2023

Especialistas afirmaram que os bancos chineses continuarão a fornecer um melhor suporte para a economia real, estendendo mais empréstimos e aumentando as linhas de crédito, especialmente em áreas-chave e fragilizadas.

Os comentários foram feitos após a análise dos últimos dados da Comissão Reguladora de Seguros e Bancos da China (CBIRC), que mostrou que os bancos comerciais tiveram um desempenho melhor em termos de apoio ao setor manufatureiro, setor privado e pequenas e microempresas durante o primeiro trimestre do ano.

Segundo a CBIRC, o lucro líquido dos bancos comerciais totalizou 667,9 bilhões de iuanes (US$ 96 bilhões) no primeiro trimestre, alta de 1,3% em relação ao ano anterior. Os novos empréstimos para o setor manufatureiro durante o período atingiram 2,2 trilhões de iuanes, alta de 381,9 bilhões de iuanes em relação ao ano anterior.

Os empréstimos para empresas privadas chegaram a 3,7 trilhões de iuanes, alta de 1 trilhão de iuanes em relação ao ano anterior.

Empréstimos inclusivos para pequenas e microempresas aumentaram para 2,3 trilhões de iuanes no primeiro trimestre, alta de 808,8 bilhões de iuanes em relação ao ano anterior.

“Graças à reforma do lado da oferta e ao empoderamento da digitalização, a força dos bancos em servir a economia real está em ascensão, com a melhoria contínua na estrutura de empréstimos e crédito”, disse Zhou Maohua, analista do China Everbright Bank.

“Como a economia chinesa está se recuperando a um ritmo constante, as necessidades de financiamento da economia real vão crescer, e espera-se que os bancos comerciais otimizem ainda mais a estrutura de crédito e empréstimos sob a premissa de aumentar empréstimos e crédito de forma estável, especialmente em setores emergentes e elos fracos (na cadeia industrial).”

No final do primeiro trimestre, os empréstimos pendentes para o setor manufatureiro de alta tecnologia aumentaram 28,6% em relação ao ano anterior, enquanto os empréstimos concedidos para indústrias emergentes estratégicas aumentaram mais de 50% em relação ao ano anterior, disse a CBIRC.

Rentabilidade

Em uma coletiva de imprensa na quarta-feira, um funcionário da CBIRC disse que a tendência de queda no crescimento dos lucros dos bancos comerciais nos últimos anos reflete o apoio à economia real, pois eles fizeram mais provisões para possíveis perdas ou empréstimos ruins.

Ele relacionou a tendência de queda da rentabilidade dos bancos à redução das margens entre depósitos e empréstimos.

As informações do CBIRC também mostraram que as reservas de perda de empréstimos dos bancos aumentaram em 257,2 bilhões de iuanes no primeiro trimestre, e a taxa de cobertura de provisão – reservas de perda de empréstimos em comparação com empréstimos ruins – foi superior a 205%, um nível relativamente alto.

Os dados do CBIRC também mostraram que as instituições financeiras do setor bancário e as companhias de seguros viram uma expansão estável de ativos durante o primeiro trimestre.

Os ativos dessas instituições financeiras totalizaram 397,3 trilhões de iuanes, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Os ativos das companhias de seguros aumentaram para 28,4 trilhões de iuanes, um aumento de 10,5% em relação ao ano anterior.

CNN Brasil - SP   02/05/2023

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) tem nesta semana sua primeira reunião sobre o futuro dos juros do país depois que o governo apresentou sua proposta para um novo teto de gastos, no fim de março.

Para economistas, apesar de possuir falhas, a nova legislação proposta ajudou a aliviar tensões relativas a um descontrole nas despesas públicas e tira uma pressão sobre os juros altos mantidos pelo BC. Não são, entretanto, o suficiente para mudar substancialmente a sua trajetória ao longo deste ano.

Há consenso que não será nesta reunião que o Copom começará a reduzir a Selic, a taxa básica de juros, e a aposta é que o colegiado deve, mais uma vez, mantê-la nos atuais 13,75%.

Daí para frente, há uma ala dos bancos e consultorias revisando suas projeções para cortes que podem começar mais cedo do que imaginavam anteriormente, até agosto, enquanto outros mantêm a visão mais dura e não acham prudente adiantar os cortes dos juros.

Em nenhum dos casos, há mudança significativa nas previsões para a Selic ao final do ano.

“Embora tenhamos passado a avaliar que o ciclo de flexibilização começará mais cedo, entendemos que o ritmo de redução da Selic será um pouco mais cauteloso do que vínhamos antevendo”, diz relatório da LCA consultores.

“Dessa maneira, continuamos a projetar que a taxa básica de juros será reduzida para patamar um pouco abaixo dos 10% apenas na virada de 2024 para 2025.”

A reunião do Copom, formado pelos diretores do BC, acontece nesta terça (2) e quarta-feira (3), e o grupo anuncia sua decisão para a Selic ao fim da tarde de quarta.

Preços de itens, como serviços, ainda alta, expectativas para a inflação deste e do próximo ano ainda afastadas da meta e, também, um mercado de trabalho resiliente e aquecido estão entre os elementos mencionados do outro lado da balança que ainda impedem o BC de ser mais agressivo em sua descida dos juros.

“A inflação vem cedendo, mesmo em ritmo lento, a concessão de crédito e atividade econômica vêm desacelerando e as expectativas de inflação para horizontes mais longos estão mais estáveis”, diz a casa de análises Suno, em relatório.

“Logo, acreditamos que se abriu uma janela de oportunidades para que o Copom comece uma discussão inicial sobre cortes na taxa de juros e até diminua o tom duro do comunicado”, acrescentou.

Com este cenário, a Suno fez uma revisão que chamou de “marginal” nas suas estimativas para a Selic — de 12,75% para 12,5% ao fim deste ano, e de 10,5% para 10,25% no próximo.

“O arcabouço fiscal não estabiliza a relação dívida/PIB, mas traz alguma visibilidade ao estabelecer limites para a expansão de gastos”, escreveram os economistas da XP Caio Megale e Rodolfo Margato.

“Ele tende a ser útil para a gestão da política monetária; embora não necessariamente abra espaço para uma taxa de juros menor ao longo do tempo, uma vez que a postura fiscal permanecerá expansionista”, completam.

A corretora segue esperando que o BC inicie os cortes na Selic apenas no segundo semestre, em um processo bastante gradual de redução que levará a taxa aos 11% só no começo de 2024.

IstoÉ Dinheiro - SP   02/05/2023

A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulga na próxima terça-feira, 2, os dados da balança comercial de abril. A divulgação não será feita na segunda-feira, diante do feriado de 1º de maio. As informações serão divulgadas às 15 horas.

A partir das 15h15, haverá apresentação dos dados em entrevista coletiva, com a participação do Diretor de Planejamento e Inteligência Comercial, Herlon Brandão, e do Coordenador-Geral de Estatísticas, Saulo Castro. A entrevista será transmitida pelo canal no YouTube do MDIC.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   02/05/2023

A CSN Mineração (CMIN3) informa que, considerando que aprovou ontem, em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária, a distribuição de dividendos referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2022, no valor de R$ 1.401.391.368,66.

Do valor total dos dividendos declarados, R$ 681.754.681,84 foram pagos aos acionistas em 21 de novembro de 2022, a título de juros sobre capital próprio (JCP), e R$ 87.724.362,47 serão pagos até 31 de maio de 2023, também a título de juros sobre capital próprio (JCP). Assim, há um saldo a ser distribuído aos acionistas no montante de R$ 631.912.324,35.

A empresa informou que o saldo dos dividendos, no valor de R$ 631.912.324,35, correspondendo ao valor bruto de R$ 0,11520023521 por ação, estará disponível aos acionistas residentes no Brasil até 31 de dezembro de 2023, sem atualização monetária, em seus domicílios bancários.

Valor - SP   02/05/2023

Com projeção para o PIB chinês abaixo do esperado, analistas divergem sobre capacidade das empresas

Com forte exposição ao cenário externo, especialmente à China, o setor de mineração vem sofrendo reveses nos preços de suas ações do fim do ano passado para cá. Isso porque nem sempre os analistas conseguem decifrar os sinais enviados de Pequim. O mercado aguardava uma retomada mais pujante da economia chinesa após a reabertura, depois de dois anos de lockdown, e tomou um balde de água fria com o anúncio do governo chinês, em março, de que a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023 é de 5%.

Parece muito, se comparado ao desempenho fraco de economias tanto de países maduros quanto em desenvolvimento. Mas as casas de análises estimavam ao menos um ponto percentual a mais. Tinha quem apostasse em 6,5%. O resultado foi uma reviravolta na compra, venda e precificação dos papéis da Vale e da CSN Mineração na B3, que vinham subindo fortemente desde o fim de novembro de 2022. Só neste ano até o dia 19 de abril, as ações da Vale caíram 13%, negociadas a R$ 75. Já a CSN valorizou 15%, para R$ 4,60. Em 12 meses, no entanto, as oscilações são parecidas, com a Vale caindo 5% e a CSN, 7%.

Analistas de mercado veem margem de valorização dos preços das ações das duas empresas até o fim do ano, porque o preço do minério de ferro está em patamar considerado elevado, mas há ressalvas que tornam o cenário nebuloso. Para as casas de investimentos, são vários indicadores externos que estão em jogo.

O PIB da China continua crescendo, mas de forma não linear. “No varejo, as vendas dispararam, mas a recuperação industrial não veio na velocidade esperada. O que para uma exportadora como a Vale não é bom”, observa Gabriela Joubert, analista-chefe do Banco Inter. Teve ainda expetativa negativa em relação ao setor imobiliário. “O real estate frustrou. Os investimentos no setor recuaram em 5,8% em março na China, depois de terem contraído em 5,7% em janeiro e fevereiro. Mesmo com os estímulos do governo, o setor não está reagindo, e é importante para o consumo de minério de ferro”, afirma Joubert.

Os analistas divergem na escala de projeções de valorização das ações. O Inter estima que o papel da Vale chegará a R$ 94 em dezembro — e os da CSN, a R$ 6 — e cita o relatório de produção e venda da empresa do primeiro trimestre deste ano, que ficaram abaixo do potencial da companhia. A Eleven, diferente do Inter, considera que a Vale vem sim entregando bons resultados de produção e em produtos de maior valor agregado, como de pelotas (tem maior concentração de minério de ferro beneficiado), que avançou 20% neste primeiro trimestre.

“Isso está em linha com a estratégia da companhia. Produção de minérios com maior teor que é demandada pelas siderúrgicas. Já a produção geral de minério de ferro da Vale teve alta de 6%. Como o primeiro trimestre é muito afetado com chuvas, olhamos ano contra ano e vemos que ela está cumprindo seu planejamento”, diz Felipe Ruppenthal, analista de mineração da Eleven Financial Research. Para ele, o preço da ação da Vale bate em R$ 112 no fim do ano e o da CSN, em R$ 7.

No caso da CSN Mineradora, ele ressalta a boa localização da empresa no Quadrilátero Ferrífero, em Mina Gerais, e sua logística integrada, que permite escoamento eficiente via ferrovias da MRS até o terminal portuário Tecar, no Porto de Itaguaí (RJ). A companhia realizou seu IPO em fevereiro de 2021 para financiar seu plano de expansão, que visa aumentar a capacidade anual dos atuais 33 milhões de toneladas para 108 milhões de toneladas até 2033, com aumento da planta central e recuperação de barragens. Para isso, prevê desembolsar R$ 14 bilhões em capex (despesas de capital) até 2025.

“Além de ser a segunda maior mineradora do Brasil, a CSN apresenta o maior plano de crescimento entre as empresas do setor, aumento de 227% sobre a capacidade atual. Ela também não usa mais barragens a montante, o que evita riscos e torna mais fácil conseguir as licenças para novos projetos”, observa Ruppenthal.

Para além dos números, na visão da Genial, o mercado financeiro compra, muitas vezes, os ativos baseado no noticiário para depois fazer as contas. Foi assim na reabertura da China com a precificação elevada do minério de ferro. “É preciso entender que o consumo de ferro está atrelado à indústria siderúrgica para fazer aço. A China assinou o Acordo de Paris para controle de emissão de CO2, e a produção siderúrgica é a que mais emite CO2 do mundo. Na China, é a segunda maior fonte de emissão”, diz Igor Guedes, analista do setor de mineração da Genial Investimentos.

Sendo assim, a China já vem diminuindo desde 2020 sua produção de aço, quando bateu o recorde de 1,02 bilhão de toneladas. O governo chinês tem feito cortes colocando teto para as siderúrgicas. “No ano passado, ficou em 1 bilhão de toneladas e, em 2023, o teto é de 990 milhões de toneladas. No primeiro semestre de 2023, ainda deve ter uma elevação no consumo de aço, comparado ao mesmo período de 2022, que foi fraco, mas não virá com a força estimada”, avalia Guedes.

De toda forma, os analistas consideram que o prêmio de risco de entrar na B3 hoje, com os juros a 13,75% ao ano, é muito alto. “Para investir em ações, o investidor exige ganhar a Selic mais um extra pelo risco que está correndo. Fora do país, a pressão por recessão com juro alto e a falência do SVB [Silicon Valey Bank] colocou um adicional no prêmio de risco. Tudo isso tira o apetite do investidor não só em relação às mineradoras, mas à bolsa em geral”, afirma Daniel Salomão, analista da Neo Investimentos.

Valor - SP   02/05/2023

A Vale diz ter mapeado 51 comunidades tradicionais da área, incluindo terras indígenas

A Vale enfrenta a oposição de comunidades contra um projeto no Brasil que produziria 50 milhões de toneladas métricas de minério de ferro por ano.

O projeto Serpentina, no estado de Minas Gerais, inclui uma mina a céu aberto e um mineroduto de 115 quilômetros por 11 municípios, de acordo com o relatório de impacto ambiental no site da Vale. A Vale manteve conversas com a Anglo American para desenvolver uma parceria para o projeto.

No relatório, a Vale diz ter mapeado 51 comunidades tradicionais da área, incluindo terras indígenas. Mas em um documento separado apresentado às autoridades de Minas Gerais, a empresa nega a existência de indígenas e quilombolas afetados. As comunidades lutam contra o projeto, em caso reportado primeiramente pelo jornal O Estado de S. Paulo.

“A empresa nunca pôs os pés nas comunidades para ouvir quem será impactado”, disse Marlene Mateus, coordenadora da Comissão das Comunidades Quilombolas do Alto e Médio Rio Doce, em assembleia de acionistas da Vale na sexta-feira. “Mais uma vez, a Vale busca invisibilizar as pessoas que vai impactar.”

A Vale informa que o projeto está sendo revisado e um novo relatório de impacto ambiental será arquivado assim que os estudos em andamento forem finalizados. “Continuamos com escuta ativa e diálogo aberto”, disse o diretor Financeiro Gustavo Pimenta, na assembleia.

Diário do Comércio - MG   02/05/2023

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu as atividades da mineradora Gute Sicht na Serra do Curral. A decisão foi tomada na noite de quinta-feira (27) pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ. A magistrada atendeu a um recurso da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) por meio da Procuradoria-Geral do Município (PGMBH).

Neste recurso, a PGMBH defendeu a necessidade da interrupção das atividades minerárias na área tombada da Serra do Curral, denominada Mina Boa Vista, “a fim de que não sejam agravados os danos à ordem pública consubstanciada na grave e irreparável lesão aos patrimônios natural e cultural, bem como não seja perpetuada a prática delitiva”.

Já a presidente do STJ destacou a importância das mineradoras adotarem práticas sustentáveis e responsáveis, com o objetivo de minimizar qualquer consequência decorrente da atividade extrativista. Com isso, seria possível compatibilizar o desenvolvimento econômico-social com a preservação do meio ambiente e do patrimônio imaterial tombado.

A ministra Maria Thereza também apontou a necessidade de uma exploração de recursos minerais com as devidas autorizações, licenciamentos, estudos de impactos ambientais, além da adoção de medidas para coibir e reparar as degradações decorrentes dessa atividade.

“Não é demasiado anotar que o licenciamento ambiental para o exercício de atividade extrativista mineral é procedimento que visa assegurar sua realização de forma sustentável e responsável, minimizando os impactos ambientais e sociais que lhe são inerentes”, destaca.

Quanto aos possíveis riscos de prejuízos econômicos decorrentes da suspensão das atividades, a ministra considerou que esses eventuais danos poderiam ser facilmente revertidos com uma eventual concessão da segurança em um juízo definitivo, de cognição ordinária. Ela ainda conclui que será preciso aguardar o desfecho da ação originária, para que a empresa possa retomar as atividades de extração mineral.

Essa decisão restabelece a medida cautelar que suspendeu as atividades minerárias na Serra do Curral. Por se tratar de ordem da Justiça Federal, o cumprimento da decisão do STJ é garantido pela Polícia Federal, mas a PBH já se colocou à disposição para dar apoio ao cumprimento por meio de monitoramento intensivo da área que será realizado pela Guarda Municipal.

Vale lembrar que a Gute Sich havia obtido uma liberação da Justiça Federal para seguir com suas operações na área, concedida pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) em março deste ano. Na época, o desembargador do TRF-6, Klaus Kuschel, considerou que não havia fundamentos relevantes para a suspensão dessas atividades no local.
Marco significativo

Na visão do subprocurador-geral do Contencioso da PGMBH, Caio Perona, essa decisão do STJ é um marco significativo na luta da capital mineira pela preservação da Serra do Curral. Ele ainda ressaltou o fato deste ser o primeiro posicionamento sobre o tema vindo de Brasília, “o que assegura maior estabilidade no entendimento do Poder Judiciário e fortalece a segurança na proteção do bem tombado”, completa.

Perona também destacou o fato de uma ministra da corte superior ter reconhecido essa operação em área tombada como uma grave ofensa à ordem pública. Para ele, essa suspensão permitirá que a PGMBH concentre seus esforços e recursos apenas na recuperação do patrimônio. “Vamos parar de nos preocupar em tentar interromper as atividades da mineradora e concentrar esses esforços para ir atrás de todos os envolvidos neste dano ao patrimônio da cidade para que ele seja integralmente recuperado”, declara.

O subprocurador-geral explica que esse imbróglio ocorreu pelo fato da mineradora estar atuando em uma área localizada majoritariamente em Belo Horizonte. Porém, a Capital não participou deste licenciamento, a PBH não foi ouvida pelo governo do Estado que autorizou a extração. “O problema de atuar em Belo Horizonte é que 100% da parte da Serra do Curral que está no município é tombada. Essa é a ilegalidade no caso da Gute, que está minerando em uma área tombada de Belo Horizonte”, explica.

Ele ainda lembra que é possível minerar nas áreas da serra que pertencem às cidades de Nova Lima e Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Mas na Capital, não haverá nenhuma possibilidade, pois sua área é 100% tombada.

Perona também conta que como não há uma disposição dos outros municípios de realizar o tombamento de suas respectivas áreas da Serra do Curral, a solução seria que o Estado fizesse esse tombamento.

Porém, segundo ele, o processo de tombamento estadual vem enfrentando alguns obstáculos como o adiamento do cronograma, que deveria ter ocorrido em 2022 e foi passado para este ano, e uma forte pressão das mineradoras para que esse processo exclua a área da Taquaril Mineração S.A (Tamisa).
Projetos minerários na Serra do Curral

O subprocurador-geral conta que existem outros dois projetos minerários na Serra do Curral, além desse pertencente à Gute Sicht; um da mineradora Fleurs Global e o outro da Tamisa.

Sobre as atividades da Tamisa, que ocorrem em Nova Lima, próximo à divisa com BH, Perona revela que elas seguem paralisadas, pois ainda estão em fase de licenciamento do Estado. Ele afirma que, assim como ocorre com a Gute Sicht, a atuação da Tamisa no local também pode gerar impactos em Belo Horizonte. “Então, a gente também atua nesse caso e isso está em discussão na justiça, só que ainda está parado porque não teve o processo de licenciamento avançando no Estado”, explica.

Já no caso envolvendo a Fleurs Global, Perona explica que pelo fato da empresa operar em uma área mais distante da Capital, ela não está sujeita à atuação da Procuradoria-Geral do Município de Belo Horizonte.

A reportagem procurou a mineradora Gute Sicht, porém não obteve retorno até o fechamento da edição.

Valor - SP   02/05/2023

A commodity caiu para perto dos US$ 100 por tonelada no mercado à vista, o menor nível em cinco meses

O movimento de correção dos preços do minério de ferro se acentuou nos últimos dez dias de abril, levando a commodity para perto dos US$ 100 por tonelada no mercado à vista, o menor nível em cinco meses. Os contratos futuros mais negociados em Cingapura chegaram a romper essa marca no início da semana passada, mas se recuperaram. O petróleo teve movimento parecido, mas conseguiu fechar o mês com pequena alta. Nas últimas duas semanas do mês o petróleo caiu após dados da China reacenderem temores sobre a recuperação do país, o maior importador mundial da commodity.

No norte da China, o minério com teor de 62% de ferro teve desvalorização mensal de 16,3% e era negociado a US$ 106,50 por tonelada na sexta-feira (28), segundo o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights. No ano, a baixa chegou a 9,3%. Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em setembro, recuaram 1% na sexta-feira, para 714 yuan (US$ 103,12) por tonelada.

A temporada mais forte para a atividade de construção na China começou no mês passado, mas em ritmo lento, reacendendo os temores de que a demanda local de aço, e consequentemente a de sua principal matéria-prima, seguirá em rota de acomodação neste ano.

A taxa de ocupação de altos-fornos em 247 siderúrgicas chinesas que são regularmente acompanhadas pela Mysteel caiu pela segunda semana consecutiva, para 90,63% até 27 de abril. Com base em fontes do setor, a consultoria informou que a queda de 0,87 ponto percentual no índice reflete o maior número de usinas que reduziram suas operações para não operar com margens negativas.

No Julius Baer, a percepção é a de que, entre os metais, o minério tem os fundamentos mais fracos devido à forte dependência da construção chinesa. “O setor de construção na China enfrenta desafios estruturais relacionados à demografia desfavorável e à desaceleração da urbanização. Tendo esses desafios como pano de fundo, vemos mais risco de queda do que alta nos preços do minério e reiteramos nossa visão cautelosa”, disse em relatório o chefe de pesquisas de próxima geração do banco suíço, Carsten Menke.

Do lado da oferta, a brasileira Vale informou, junto com os resultados do primeiro trimestre, que prevê uma relação apertada entre oferta e demanda da commodity, com maior chance de alta dos preços do que de queda. Para o Goldman Sachs, de um ambiente de superávit, o mundo das commodities passará a um cenário de déficit a partir de julho, dando sustentação aos preços. O banco estimava preço de US$ 135 para o minério em seis meses.

O petróleo ganhou impulso no último dia do mês e conseguiu fechar abril com pequena alta. O barril para julho do tipo Brent, referência global, terminou o mês com alta de 0,75%, cotado a US$ 80,33. O barril do WTI, referência nos EUA, para junho subiu 1,44% no mês, terminando cotado a US$ 76,78. Na semana passada, no entanto, o Brent acumulou queda de 1,39% e o WTI caiu 1,44%.

As duas referências voltaram a registrar queda nesta segunda-feira (1). O barril do Brent para julho fechou em queda de 1,27%, a US$ 79,31. Já o WTI para junho caiu 1,46%, cotado a US$ 75,66 o barril. As explicações para desvalorização do início desta semana são as preocupações com a economia chinesa e a expectativa de novo aperto monetário. O banco central americano (Fed) se reúne na quarta-feira (3) e o Banco Central Europeu tem encontro marcado para quinta-feira (4). Nos dois casos a expectativa é de alta de 0,25 ponto percentual nas suas taxas de juros.

A alta das cotações do petróleo verificadas logo após a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados de reduzir a oferta não se manteve. “Os investidores permanecem cautelosos em meio a sinais econômicos mistos”, afirmam analistas do ANZ Banking Group, em nota. “Um tom hawkish (duro) do Fed pode pressionar (as commodities de) energia e metais”, completaram. (Com Bloomberg).

O Estado de S.Paulo - SP   02/05/2023

A recente ameaça de greve dos servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM) é mais um reflexo da crise que vem sendo gestada ao longo do tempo por absoluta leniência e descaso do governo federal para com a autarquia.

Um estudo da FGV de 2022 mostra que, em 17 anos (2003-2020), o gasto médio anual executado pela ANM em suas atividades-fim foi de apenas 46,5% do total autorizado por lei para seu orçamento. Mais da metade dos recursos que deveriam reforçar sua estrutura administrativa foi revertida para outros destinos.

Criada pela Lei n.º 13.575 de 2017, a ANM, antigo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), tem entre suas várias atribuições a missão de “promover o acesso e o uso racional dos recursos minerais, gerando riqueza e bem-estar para a sociedade”. É o órgão responsável por regular, gerenciar, fiscalizar e fomentar a política da mineração em todo o território nacional.

Entretanto, entre 2001 e 2021, ao mesmo tempo que o valor da produção mineral brasileira (PMB) aumentava 950%, passando de US$ 7,7 bilhões para US$ 77 bilhões (dados do Anuário Mineral 2021). Na contramão, o órgão teve seu quadro de pessoal reduzido pela metade.

Hoje são apenas cinco servidores para acompanhar o recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) – o royalty da mineração e principal fonte de receita da agência.

Recente relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) elencou deficiências na “transparência, gestão de riscos e controles internos da ANM, com impacto no planejamento, regulação e fiscalização do setor minerário”. O tribunal alertou ainda para a “alta exposição à fraude e corrupção na agência”.

Outros problemas registrados pelo TCU: ausência de marco regulatório voltado à gestão de passivos ambientais da mineração (caso das barragens); déficits orçamentário e financeiro; insuficiência de materiais de tecnologia e recursos humanos; e deficiência no controle da arrecadação da CFEM.

As notícias de agora não são à toa. A ANM está no olho do furacão diante dos impactos decorrentes do garimpo predatório na Amazônia. Infelizmente, o seu desafio é inversamente proporcional à sua capacidade administrativa e orçamentária de enfrentá-lo.

Tal questão afeta a cadeia de valor da indústria de minerais, inclusive a joalheria, que já vinha envidando esforços ao seu alcance para combater a situação e agora se vê envolvida na crise estrutural.

Entre diversas medidas, o setor joalheiro exigiu das Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs), principais fornecedoras de ouro, a implementação de um rigoroso processo de autorregulação e rastreamento do metal, visando à maior transparência e ao controle da origem do metal precioso.

O setor privado tem realizado investimentos e envidado esforços de pesquisa para a implementação de sistemas de georreferenciamento por satélite e tecnologia blockchain de monitoramento da cadeia de comercialização do ouro, de forma a atender as mais exigentes normas de compliance e combate à lavagem de dinheiro existentes.

Além disso, para a adoção de um futuro selo de conformidade, será necessária a adequação a um robusto marco legal, que envolve novos processos para atender a mais de 30 dispositivos legais entre normas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, decretos e resoluções.

Ao contrário do que se pode imaginar, faz falta ao setor produtivo a estrutura de regulação, fiscalização e monitoramento adequada. Sem um eficiente aparato, todo o esforço do setor privado no combate ao garimpo predatório em áreas de conservação e território indígena pode ser em vão.

A rigor, a legislação e as normas que regem a ANM não necessitam de grandes aprimoramentos. Elas precisam ser cumpridas. Para isso, a agência precisa ser fortalecida, profissionalizada e despolitizada. Seus servidores devem ser valorizados. A autarquia precisa ser informatizada e modernizada.

Assim, é necessário que o governo federal, que se diz comprometido com a causa ambiental, e a ANM cumpram o roteiro que já está amplamente detalhado na Constituição. Espera-se simplesmente que a agência cumpra o seu papel.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   02/05/2023

A Ford concluiu nesta sexta-feira, 28, a venda da fábrica de Taubaté (SP), para a São José Desenvolvimento Imobiliário. O imóvel será ocupado para atividades industriais da Vicunha-CSN. A empresa não deu detalhes do que produzirá no local, onde por vários anos a montadora produziu motores. O valor da negociação não foi divulgado.

O comprador pertence ao mesmo grupo que adquiriu as instalações da planta de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, por R$ 550 milhões.

A planta produziu automóveis e caminhões até 2019 e agora o novo dono está construindo um grande centro logístico no local, com investimento anunciado de R$ 1,2 bilhão.

O grupo norte-americano ainda negocia a vendas das fábricas do Ceará, onde produzia jipes da marca Troller, e da Bahia – nesse caso as negociações estão mais avançadas com a fabricante chinesa BYD.

Ford passou a ser importadora de carros

Em maio do ano passado, a montadora já tinha anunciado a assinatura de compromisso de compra e venda da fábrica de Taubaté, mas o negócio dependia de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Na época, a Ford estimava que o processo seria concluído em até 90 dias.

Em 2021, a Ford suspendeu toda sua atividade produtiva no País e passou a ser importadora de veículos da marca.

Valor - SP   02/05/2023

Fábrica de 62 anos em General Pacheco recebeu investimento de US$ 660 milhões e hoje tem padrão de qualidade global

Na área de carroceria, 318 novos robôs se encarregam dos pontos de solda enquanto câmeras detectam desvios de centésimos de milímetros. A mesma perfeição se aplica aos parafusos. Um scanner é usado para detectar a intensidade do aperto. Se determinada porca não estiver devidamente apertada uma luz vermelha se acende. Estamos na linha de produção da picape Ranger, em General Pacheco, Argentina - uma fábrica que se tornou o principal centro de atividade industrial da Ford na América do Sul desde que a companhia americana anunciou o encerramento da produção veículos no Brasil há dois anos.

Localizada a 34 quilômetros de Buenos Aires, a fábrica de 62 anos acaba de ser totalmente modernizada e há poucos dias entrou na fase de testes de produção da nova Ranger, que será lançada no segundo semestre. O investimento de US$ 660 milhões foi praticamente todo usado na adequação da linha a um padrão de qualidade global.

Até o teto da fábrica teve que ser elevado para receber uma moderna linha de prensas de alta velocidade, que torna o processo de estamparia quatro vezes mais rápido. Totalmente conectada, a linha de montagem recebeu mais de mil câmeras e sensores, monitorados em tempo real. E como prova de que a Ford não pretende sair dali tão cedo, a capacidade de produção foi ampliada em 70%, para 110 mil veículos por ano. A montagem final ficou duas vezes e meia maior e ganhou dois quilômetros de novos transportadores aéreos controlados sem fio.

Muita gente pode ficar intrigada ao tentar entender as razões que levaram a Ford a encerrar a produção no Brasil, mas manter a atividade no país vizinho, que costuma levar larga desvantagem em termos de instabilidade econômica em relação ao nosso.

O principal motivo é uma nova estratégia de produto. A Ford passou a se concentrar em veículos de grande porte e luxuosos, além de vans e as picapes que já fazia na Argentina, Não havia, portanto, mais espaço para compactos como Ka e Fiesta, produzidos em São Bernardo do Campo (SP) e Camaçari (BA). A empresa também deixou de fabricar caminhões.

Ao mesmo tempo, de certa forma, a condição econômica da Argentina beneficia a montadora. Num país com o nível de reservas cambiais cada vez mais baixo, fábricas de veículos são muito bem-vindas pelos argentinos porque a maior parte do que produzem é exportada, principalmente para o Brasil.

— Foto: Divulgação

A Ford é ainda mais paparicada porque, ao contrário de alguns concorrentes, deixou de importar, na Argentina, carros fabricados no Brasil. Agora, seu foco de produção faz o caminho inverso - de Pacheco para o mercado brasileiro. Mais de 70% da produção dessa fábrica vai para o mercado externo, a maior parte para o Brasil.

Para trabalhar na indústria não precisa mais ser musculoso”

— Pablo Peccia

Segundo o Ministério de Relações Exteriores e Comércio Internacional da Argentina, as exportações do setor automotivo somaram US$ 8,6 bilhões em 2022, 22,5% mais do que em 2021. As divisas obtidas com veículos responderam por cerca de 10% do total e o Brasil foi o destino de 56,8% do total embarcado pelo setor.

Ao garantir o ingresso de divisas no país, a Ford consegue, ainda, posição mais confortável do que outras empresas para importar componentes. Essa é uma operação difícil na Argentina porque o governo impõe uma série de restrições à entrada do produto importado.

“Temos conseguido produzir e em boas condições de negociação com o governo (para importar componentes)”, afirma o presidente da Ford Argentina, Martín Galdeano, que também é presidente da Adefa, a associação que representa os fabricantes de veículos no país vizinho.

“A Ranger sempre foi produzida na Argentina. Tem toda uma base de suprimentos dedicada. Além disso, o setor automotivo é exportador na Argentina, o que é importante para as reservas do país. É natural a continuidade dessa operação”, destaca o vice-presidente da Ford na América do Sul, Rogelio Golfarb.

O complexo industrial em General Pacheco faz parte de um novo ciclo em que a Ford recuperou a lucratividade na região. Segundo pesquisa do Valor Data com base nas demonstrações financeiras da companhia, a operação automotiva da Ford na América do Sul saiu de prejuízo operacional de US$ 121 milhões em 2021 para lucro operacional de US$ 413 milhões em 2022.

Ao divulgar o relatório com os resultados globais de 2022, no início do ano, a direção mundial da Ford destacou “o primeiro lucro fiscal em dez anos” na América do Sul, que considerou uma “região sem riscos” e que “espera-se que seja rentável de forma sustentável”.

A Ford também tem parceria no Uruguai com a Nordex, empresa local que fabrica a van Ford Transit, também vendida no Brasil.

A exportação de veículos é uma forma de aliviar os problemas que a Argentina tem enfrentado em razão da severa seca, a maior desde 1929. Isso tem inviabilizado grande parte das vendas de produtos agrícolas ao exterior. Em março, a Argentina registou déficit na balança comercial de US$ 1,05 bilhão, o maior desde agosto de 2018, com queda de 22% na exportação. Já o volume de veículos vendidos a outros países avançou 25,6% no trimestre e representou metade da produção.

No caso do setor automotivo, a Argentina acabou por levar vantagem também numa divisão de linhas de produção feita pelas empresas há 32 anos, quando o Mercosul foi criado. Para facilitar o intercâmbio comercial entre os dois maiores produtores de veículos da região parte das montadoras, inclusive a Ford, decidiu concentrar a produção de carros compactos, que envolviam os maiores volumes, no Brasil enquanto a de modelos médios e comerciais, como picapes, ficou na Argentina.

A Argentina também tem se destacado na produção e consumo de picapes. Do país vizinho também saem concorrentes da Ranger, como a Amarock, da Volkswagen, e a Hilux, da Toyota, além da Frontier, da Nissan.

Volkswagen e Ford são, aliás, vizinhas em General Pacheco. Ficam na mesma avenida (chamada Henry Ford). E ambas tiraram proveito dessa proximidade nos tempos da Autolatina, parceria mantida pelas duas empresas entre 1987 e 1996.

Foi um ano antes do fim da Autolatina que o engenheiro Pablo Peccia foi contratado pela Ford. Desde então, dedicou-se à área de manufatura. Ele já trabalhou nas linhas de carros como o Escort, o Focus e a picape F-1000.

Hoje Peccia é gerente da estamparia e carroceria. Além das novas prensas, que tiraram boa parte do ruído da fábrica, ele se diz deslumbrado com o aumento do uso de softwares e de soluções ergonômicas. É o caso dos recém-instalados braços mecânicos com gravidade zero, que ajudam o operador a movimentar com facilidade peças de grande porte dentro da linha de montagem. “São novas soluções que mudaram o trabalho. Para trabalhar na indústria não precisa mais ser musculoso”, afirma.

Não é de hoje que a Ford está de olho na Argentina. Em 1913, o fundador da companhia, Henry Ford, decidiu instalar uma operação no famoso bairro La Boca. Isso foi apenas dez anos depois de ele inventar a linha de montagem em Dearborn, Michigan.

O tradicional bairro, que na época já era sede do time de futebol Boca Juniors, foi o primeiro local fora dos Estados Unidos escolhido por Ford para instalar uma linha de montagem. Na época, assim como nos EUA, em La Boca era feito o famoso Modelo T com peças importadas. O espaço ficou pequeno. E foi assim que a empresa construiu a fábrica em General Pacheco.

O Estado de S.Paulo - SP   02/05/2023

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) tem orientado suas associadas a se desfiliarem da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Segundo fontes do setor, que falaram sob condição de anonimato, o motivo é garantir seu protagonismo nas negociações com o governo de um programa de eletrificação dos carros no País. A nova entidade, por sua vez, reivindica participação no debate sobre a política automotiva voltada à descarbonização dos meios de transporte.

No período de 10 a 14 de abril, três montadoras – Stellantis (dona de Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën), Toyota e Renault se desligaram da ABVE. No dia 26 foi a vez da Audi. Todas alegam que o motivo é concentrar representação na Anfavea. Nos bastidores há relatos de que as empresas foram orientadas a escolher uma única entidade, embora a regra não conste em seu regulamento.

Entre as fabricantes, duas ainda permanecem na ABVE, a General Motores e a Nissan. A Ford também segue nas duas associações, mas, desde 2021, deixou de produzir veículos no País e passou a ser importadora. No grupo de automóveis leves da entidade também estão as chinesas GWM e BYD, que não estão na Anfavea, e as importadoras de modelos premium Porsche e Volvo.

O tema mais urgente a ser discutido, pautado pelo governo, é a volta da alíquota do Imposto de Importação (II) de 35% para carros elétricos e híbridos. A taxação para elétricos está zerada desde 2015 e, para híbridos, vai até 4%. A Anfavea defende o retorno gradual ou total das tarifas, mas com estabelecimento de cotas isentas para modelos prontos ou desmontados (CKD para montagem local).

Proposta já entregue pela entidade ao governo prevê cota de 2 mil veículos por ano para cada fabricante e importador. Para empresas com produção de baixo volume haveria a possibilidade de cota adicional de 2 mil veículos e, para as de maior volume, de 2% da produção do ano anterior. O mesmo vale para veículos desmontados. A justificativa da entidade é que as empresas tenham previsibilidade para poder definir investimentos.
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A ABVE, por sua vez, defende que o imposto continue zerado para modelos 100% elétricos e híbridos plug-in como forma de difundir a tecnologia e o mercado nacional, que em 2022 se restringiu a 0,4% de elétricos e 2,1% de híbridos no total das vendas, mas em constante crescimento.

O presidente da ABVE, Ricardo Bastos, afirma respeitar a decisão das empresas, mas acredita ser possível um diálogo para juntar forças. Ele assumiu o posto no dia 14 de abril, logo após o início da debandada de montadoras.

Criada em 2006, a ABVE tinha 40 associados até dois anos atrás. Hoje reúne 116 empresas e startups dos setores de componentes (como Weg e Cummins), infraestrutura (como Raízen e Eletrobras), mobilidade urbana (como Amazon e Mobye), leves (montadoras, importadores, locadoras e aplicativos), pesados (ônibus e caminhões) e levíssimos (bicicletas, motocicletas, triciclos etc).

No site oficial, a entidade cita que sua missão é “promover a ampla utilização de veículos elétricos para tornar o transporte de pessoas e cargas mais limpo e eficiente, em benefício do bem-estar da população, do meio ambiente e do conjunto dos seus associados”.

O texto não tem referências aos veículos híbridos convencionais, e essa pode ser uma das razões do descontentamento da Anfavea. Bastos, porém, afirma concordar que “o processo no Brasil vai passar antes pela hibridização, porém é preciso já começar o trabalho para a futura eletrificação”.

Menos poder

A Anfavea, fundada em 1956, reúne 26 montadoras, a maioria multinacionais, e já teve grande influência em decisões industriais e econômicas, mas nos últimos anos perdeu parte de seu poder, assim como outras entidades empresariais. No meio automotivo também há quem diga que a entidade teme perder espaço para a ABVE, que reúne membros de quase toda a cadeia elétrica.

Outro desafio da Anfavea é unir as associadas ao redor de uma política de transição do atual modelo de veículos a combustão para os eletrificados, o que inclui pedido de incentivos, em especial os fiscais.

Boa parte das associadas defende que a transição seja feita com carros híbridos flex – movidos por um motor a combustão a gasolina ou etanol que gera eletricidade para a bateria. Além de mais baratos que os elétricos, esses veículos colocariam o etanol no topo dos projetos. O combustível, além de menos poluente, já tem infraestrutura de distribuição e sua cadeia gera milhares de empregos.

Toyota anuncia investimento de R$ 1,7 bi na produção de carro híbrido flex compacto no Brasil

Anúncio acontece um ano após a Toyota decidir fechar a fábrica de São Bernardo do Campo

Chinesa GWM adia início da produção de carros no Brasil para maio de 2024

Segundo a empresa, adiamento se dá pela realização de mais estudos para entender tecnologias adequadas para o mercado brasileiro

Em nota, a Anfavea informa que a decisão de sair da ABVE “é soberana e individual de cada empresa”, sem nenhuma interferência de sua parte. “Essa informação é um rumor que não faz sentido, a nossa entidade não tem esse tipo de postura”, acrescenta.

Fontes ouvidas pelo Estadão, contudo, confirmam que houve pressão para as afiliadas deixarem a ABVE. Entre as duas que ainda permanecem na entidade, a GM é a única que já se posicionou a favor de partir direto para a eletrificação, seguindo a estratégia da matriz americana.

A Nissan afirma ter produtos em seu portfólio global para atender qualquer das tecnologias, mas ressalta que a opção mundial da marca é pelos elétricos. Ambas devem se manter nas duas entidades.

A Stellantis afirma que “concentra sua representação setorial tradicionalmente na Anfavea, participando e colaborando no debate dos grandes temas nacionais, como a mobilidade, a descarbonização e suas variadas soluções”.

A Toyota também diz que decidiu concentrar sua representação setorial na Anfavea e que “segue empenhada com seu compromisso com o País, com a descarbonização da sua frota por meio das diversas rotas tecnológicas e com o desenvolvimento de novas soluções”.

Já a Renault ressalta que se filiou à ABVE quando o tema da eletrificação começou a ser tratado no Brasil e, agora, como a Anfavea abraçou a causa, não faz sentido estar nas duas. A Audi, por sua vez, disse que “foi uma decisão estratégica em focar esforços em entidades que tenham impacto em todos os negócios da montadora”.

Das quatro fabricantes, a Toyota já produz carros híbridos flex no País e acaba de anunciar investimento em um novo carro com essa tecnologia. Stellantis e Renault estão desenvolvendo produtos nessa linha, assim como a Volkswagen. A Audi não anunciou projetos de fabricação de eletrificados no Brasil.

NAVAL

IstoÉ Dinheiro - SP   02/05/2023

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a defender a privatização do Porto de Santos, assunto que opõe a gestão paulista e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Não desisto nunca, tenho esperança eterna e vou lutar até o último momento porque é bom. É bom para o Estado de São Paulo, seria a grande novidade da Baixada Santista. (…) Nos últimos anos, conseguimos mobilizar muito capital privado no setor portuário. Quando a gente fala na privatização de Santos, o que está em jogo? A competitividade do Porto”, disse em entrevista ao programa Canal Livre, da Band.

O governador disse que Lula não mostrou ter decisão definitiva sobre a privatização, mas lembrou que o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, é resistente ao tema, o que dificulta as conversas.

“A conversa com o presidente Lula foi muito boa. O que o presidente falou: ‘Olha, eu não tenho dogma. Se a minha equipe se convencer que isso é bom, eu topo fazer. Não tem problema’. Tem uma resistência maior do ministro dos Portos, não quer, eu entendo.”

A íntegra da entrevista com o governador vai ao ar neste domingo, 30, meia-noite, na Band.

PETROLÍFERO

Valor - SP   02/05/2023

Diretoria autorizou a inclusão de dois blocos terrestres: PRC-T-54 e ES-T-399, localizados, respectivamente, nas bacias dos Parecis e do Espírito Santo

A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou nesta semana a inclusão de três novas áreas no edital da chamada oferta permanente de concessão. Também aprovou incluir um novo bloco em fase de estudo.

Segundo a ANP, a diretoria autorizou a inclusão de dois blocos terrestres: PRC-T-54 e ES-T-399, localizados, respectivamente, nas bacias dos Parecis e do Espírito Santo. A agência também acatou proposta da área denominada Japiim, na Bacia do Amazonas.

Os diretores da ANP aprovaram ainda a futura inclusão do bloco S-M-1259, da Bacia de Santos, na oferta permanente de concessão. O bloco será analisado pelos órgãos ambientais para ser reavaliado pela ANP e, possívelmente, ser incluído em novo edital da oferta permanente de concessão.

O bloco possui uma área total de 2.289 quilômetros quadrados (km²), em lâmina d’água variando entre 2.300 e 2.590 metros, de acordo com estudos realizados pela ANP.

As estimativas da ANP são de que há um volume de reservas (conhecido como "in place") da ordem de 5 bilhões de barris de óleo equivalente.

O volume "in place", segundo a ANP, é resultado de estudos que estimam a quantidade original de petróleo ou gás natural contida no reservatório, antes de qualquer produção, sendo que apenas uma parte desse volume será efetivamente produzida.

Esse bloco utilizou como metodologia o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) para Regime Concessão, seguindo orientação do Tribunal de Contas da União (TCU).

O EVTE, explicou a ANP, é uma das metodologias que podem ser aplicadas para a estimativa do bônus mínimo de assinatura, valor pago para que as empresas possam adquirir concessão de blocos para exploração e produção de óleo e gás.

A análise econômica, de acordo com a agência, indica que as estruturas identificadas nesse bloco têm condições de sustentar projetos tecnicamente e financeiramente viáveis.

Nas licitações feitas pelo regime de concessão, o edital estabelece um bônus mínimo e um dos critérios para definir o vencedor é o maior valor ofertado.

O que é a oferta permanente

A oferta permanente é uma modalidade segundo a qual as empresas não precisam esperar uma rodada "tradicional" de leilões, ficando permanentemente aptas para arrematar blocos de petróleo.

Da mesma forma, o edital só é alterado para inclusão de novas áreas e exclusão de outras, que foram arrematadas por empresas.

No modelo tradicional, as empresas são habilitadas para cada leilão e os blocos incluídos em editais unicamente produzidos para cada certame.

Os leilões públicos, nos quais as empresas apresentam ofertas pelas áreas pretendidas, continuam ocorrendo como habitualmente – são as sessões públicas de cada ciclo da oferta permanente.

Os ciclos são abertos a partir da declaração de interesse das empresas pelas áreas. Entre a declaração de interesse e os leilões, decorre um prazo de 120 dias.

Os vencedores das sessões públicas passam a cumprir prazos de entrega de documentos exigidos no edital e de pagamento do bônus de assinatura, além da assinatura dos contratos, que podem ser de concessão ou de partilha.

A diferença na oferta permanente é que se for de concessão, as áreas arrematadas são concedidas às empresas.

O critério para vencer o leilão de uma área de petróleo sob o regime de concessão é a oferta do bônus de assinatura e o Programa Exploratório Mínimo (PEM).

Na oferta permanente de concessão, vence quem tiver a maior nota, calculada mediante atribuição de pontos e pesos aos critérios de bônus de assinatura e do PEM.

O bônus de assinatura é o valor em dinheiro ofertado pelo bloco. O PEM é um conjunto de atividades que o vencedor da área no leilão se compromete a executar durante a primeira fase do contrato, de exploração.

Já na oferta permanente da partilha, são negociadas áreas localizadas no pré-sal. O critério para vitória no leilão é de oferta à União do excedente em óleo.

Excedente em óleo é a parcela da produção de petróleo e/ou gás natural a ser repartida entre a União e a empresa vencedora, segundo critérios definidos no contrato e o percentual ofertado na rodada.

Petro Notícias - SP   02/05/2023

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) emitiu um comunicado defendendo a liberação da exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial do país. Segundo a entidade, a descoberta de novas fronteiras exploratórias é necessária para a reposição de reservas em fase de declínio e atrairá ainda mais investimentos ao país.

“O IBP apoia o movimento e as declarações recentes do Ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, de defender a atividade exploratória e buscar uma solução para a concessão de licença de perfuração na Foz do Amazonas com o objetivo de comprovar a presença de óleo e gás e a viabilidade da atividade econômica na região”, disse a entidade.

O instituto ressaltou ainda que a indústria de óleo e gás brasileira opera com os mais elevados padrões de segurança, atuando sempre de forma preventiva na identificação de riscos e na mitigação de quaisquer potenciais impactos ao meio ambiente. Todos os dias são produzidos no Brasil 3,5 milhões de barris de petróleo em diversas regiões do país.

“O Instituto reforça ainda que a operação de perfuração de poços em fase exploratória é segura e realizada de acordo com todos os requisitos técnicos e de segurança exigidos pelos órgãos reguladores, fiscalizadores e ambientais”, declarou o IBP. “A indústria de óleo e gás representa cerca de 15% do PIB industrial e tem a estimativa de geração de mais de 445 mil postos de trabalho diretos ou indiretos ao ano na próxima década e cerca de US$ 180 bilhões em investimentos nesse mesmo período. A descoberta de novas fronteiras exploratórias é necessária para a reposição de reservas em fase de declínio e atrairá ainda mais investimentos ao país, contribuindo para o desenvolvimento da economia brasileira”, finalizou.

Valor - SP   02/05/2023

Investidores aguardam nova rodada de aperto monetário nos próximos dias

Os contratos futuros do petróleo operam em queda firme na manhã desta segunda-feira, em meio a preocupações com a saúde da economia da China, país com grande demanda pela commodity, além de temores com a economia global diante de uma nova rodada de aperto monetário que está precificada para acontecer nos próximos dias.

Por volta de 10h10, o contrato futuro do petróleo Brent — referência mundial — para entrega no mês de julho recuava 2,24%, negociado a US$ 78,58 por barril. Ao mesmo tempo, a referência americana do West Texas Intermediate (WTI) para junho tinha queda de 2,30%, negociado a US$ 75,02 o barril.

A CMC Markets destaca que, enquanto a China registrou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) melhor do que o esperado no primeiro trimestre, o índice de gerentes de compras (PMI) industrial de abril contraiu inesperadamente pela primeira vez em quatro meses, sugerindo que a recuperação econômica do país perdeu força.

“O petróleo bruto caiu abaixo de US$ 80 por barril, já que a crise bancária nos EUA provocou temores de recessão no início do mês, e a recuperação econômica da China parece ser morna, renovando as preocupações com a demanda”, analisa a CMC Markets, que projeta, entretanto, que, embora as perspectivas tenham piorado para os mercados de petróleo em abril, alguns sinais positivos podem levar a uma recuperação no segundo trimestre. “Com o Hemisfério Norte entrando no verão, a demanda por petróleo deve aumentar, principalmente na China e nos EUA”, acrescenta.

Ademais, na quarta-feira e na quinta-feira, o Federal Reserve (Fed) e o Banco Central Europeu (BCE) divulgam suas decisões de política monetária e devem novamente elevar as taxas de juros. Também do lado negativo para os preços da commodity, o imbróglio do setor bancário ganhou um novo vetor nesta segunda-feira: a quebra do First Republic e a compra da maioria dos ativos do banco regional pelo J.P. Morgan.

AGRÍCOLA

Valor - SP   02/05/2023

Organizadores também esperam deixar para trás as controvérsias políticas que rondaram o evento nos últimos dias

A 28ª Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina e uma das maiores do mundo, abriu suas portas na manhã desta segunda-feira (1º) com a expectativa de superar as vendas do ano passado, quando somaram R$ 11,2 bilhões, apesar dos juros altos e da escassez de crédito.

Os organizadores também esperam deixar para trás as controvérsias políticas que rondaram o evento nos últimos dias e que levaram ao cancelamento da cerimônia de abertura, que deveria ocorrer neste primeiro dia, às 11h.

O início das polêmicas foi a ligação do presidente da feira, Francisco Maturro, ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informando que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria na abertura da feira e que, para evitar constrangimentos, seria melhor o ministro adiar a visita a Agrishow para a terça, dia em que membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) devem comparecer ao evento.

Fávaro, que deveria anunciar um aporte ao atual Plano Safra na abertura da Agrishow e dar detalhes do novo plano, se sentiu “desconvidado” e cancelou sua visita neste ano, rompendo uma tradição de o ministro da Agricultura sempre participar da feira.

Na sequência, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, anunciou que o Banco do Brasil iria retirar o patrocínio à Agrishow devido à descortesia com o ministro. Logo depois, em nota, o BB informou que iria manter seu estande para atender os clientes e não citou a questão do patrocínio.

Segundo apurou a reportagem, o contrato do BB com a Agrishow tem cláusulas que podem ser acionadas caso a finalidade do evento, que é a realização de negócios, seja desvirtuada. Ou seja, se a Agrishow for transformada em palco para manifestações contra o atual governo, o banco pode cobrar até sanções financeiras.

"O BB tomará as medidas cabíveis se, durante a feira, houver qualquer desvio das finalidades negociais previstas", disse o banco na nota oficial.

Diante de tudo isso, na noite de sábado, a organização decidiu cancelar a cerimônia de abertura pela primeira vez na história.

Bolsonaro, o pivô da discórdia, desembarcou no aeroporto de Ribeirão na tarde de domingo e foi recepcionado por apoiadores aos gritos de “mito”, mesmo tratamento que recebeu em todas as visitas que fez à Agrishow como candidato e presidente.

Segundo a assessoria da feira, os organizadores vão recepcionar nesta segunda-feira apenas o governador paulista, Tarcísio de Freitas, e sua comitiva.

Maturro, o presidente da Agrishow, disse que espera um aumento de 10% nos negócios neste ano. Já Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), não cita uma estimativa, mas diz estar otimista porque não há motivos para ter vendas ruins.

“O faturamento não deve ser espetacular como foi no ano passado (aumento de 286% em relação à feira de 2019, última antes da pandemia) porque o mercado não está tão comprador, mas deve ser maior ou pelo menos igual a 2022”, disse.

IstoÉ Dinheiro - SP   02/05/2023

Até o início de 2024, a AGCO, grupo de empresas que reúne Fendt, Massey Ferguson, Valtra e outras gigantes do setor de máquinas agrícolas espera investir R$ 340 milhões para ampliar a capacidade de produção no Brasil. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa da Massey Ferguson pelo vice-presidente sênior AGCO e líder global da companhia, Luis Felli.

Segundo o executivo, os investimentos foram feitos em 2022 e devem ser utilizados até 2024, antecipando uma perspectiva anteriormente divulgada que previa a aplicação em três anos. “Estamos concentrando o volume de máquinas agrícolas de baixa potência e média potência em Canoas (RS) e os tratores de alta potência em Mogi das Cruzes (SP)”, afirmou ele, acrescentando que também há expansão para armazenagem de peças e para o segmento de grãos e proteínas.

A Massey Ferguson global espera ampliar as vendas em 2,6 vezes até 2026 ante o registrado no ano passado, mas não detalhou o quanto isso representa em valores. Somente na América do Sul, o objetivo é crescimento de 3,7 vezes, o que permitirá ao segmento aumentar de 19% de representatividade no negócio global (resultado de 2019) para 30% até 2026. Na América do Sul, o faturamento da empresa aumentou 230% nos últimos três anos. “Não é apenas vendas de mais máquinas, mas máquinas com um valor maior”, explicou Felli.

A empresa, que completa 175 anos de existência, possui mais de 200 lojas no Brasil. A expectativa para este ano é de que a indústria esteja robusta. “Esperamos que o mercado de máquinas agrícolas se mantenha com crescimento de 2% a 4% em 2023”, afirmou o executivo.

Embora os tratores de média e baixa potência ainda dominem grande parcela do mercado, a Massey vê o mercado se transformando e a alta potência deve totalizar 25% das vendas neste ano. O crédito privado também vem tomando espaço ante o crédito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aquisição de máquinas agrícolas. A estimativa da empresa é que o segmento domine 67% em 2023.

Globo Rural - SP   02/05/2023

Uma das maiores preocupações das indústrias de máquinas agrícolas que vão expor seus produtos na Agrishow, na próxima semana (1º a 5 de maio), em Ribeirão Preto (SP), é o alto custo do crédito, atualmente na faixa de 16,5% ao ano, porque os recursos com juros equalizados do Plano Safra em vigor se acabaram em menos de três meses.

Um reflexo disso é que as vendas do setor estão em queda, depois de fechar 2022 com um aumento de 19,4%. No primeiro trimestre deste ano, as vendas recuaram 14,7%, segundo dados da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).

Diante desse cenário, as indústrias buscam atrair os produtores interessados em renovar suas frotas com ofertas de financiamento a juros mais baixos.

É o caso da Jacto, multinacional brasileira de máquinas, soluções e serviços agrícolas, que está oferecendo juros de 12,5% ao ano em financiamentos de até 60 parcelas, com limite de 85% do bem financiado em toda a sua linha de produtos.

“A Jacto tem uma história de 75 anos com a agricultura brasileira. Entendemos que passamos por uma fase de pouco crédito viável disponível no mercado. Por isso, o que buscamos com essa ação é ajudar o produtor rural que precisa renovar sua frota a ter uma melhor condição de compra”, disse, em nota, Marcos Aukar, gerente nacional de vendas da Jacto.

A oportunidade ficará disponível aos agricultores até 31 de maio de 2023 ou até encerrarem os recursos da linha, cujo montante não foi revelado.

Outra opção para os agricultores será a compra pelo Consórcio Jacto. O produtor pode optar por diferentes planos. Na compra de máquinas de porte menor, a partir de R$ 23 mil, o produtor terá 12 meses para pagar e contemplação imediata com entrega direta da fábrica.

Para as máquinas maiores, os planos variam de R$ 900 mil a R$ 1,8 milhão, com contemplação por sorteio, lance livre e lance fixo com 50% para contemplação imediata, além de contemplações mensais também por sorteio e lance e prazo de 84 parcelas. Nos planos médios, de R$ 300 mil a R$ 600 mil, o prazo é de 102 meses.

Lançamentos

Na Agrishow, a Jacto, pioneira em soluções autônomas de pulverização, vai apresentar dois lançamentos para a fruticultura e cultivos perenes: o sistema de pulverização Multicontrol para o Arbus 4000 Tower, e o Arbus 4000 Multisprayer, com o novo sistema de aplicação com múltiplos ventiladores elétricos.

Também reforçam o portfólio da Jacto para cultivos perenes o Arbus 2000 Tower, para café e maçã, e o ventilador de 1000 mm na Arbus 2000 TF, mais voltado para nozes e seringueiras. “A empresa vem constantemente trazendo novos conceitos para tratar os pomares com mais eficiência. Desta forma, os modelos buscam atender demandas personalizadas dos produtores desse segmento”, afirma, em nota, Paulo Henrique Bueno, gerente de negócios da Jacto.

Notícias Agricolas - SP   02/05/2023

A New Holland Agriculture vai levar à maior feira agrícola da América Latina, a Agrishow 2023, que ocorre de 1º a 5 de maio em Ribeirão Preto (SP), sua mais completa linha de produtos e serviços voltados para a agricultura digital. Pensando em soluções para pequenos, médios e grandes produtores, a marca da CNH Industrial terá entre as atrações do seu estande os Serviços Conectados, que permitem aos clientes personalizar o serviço de acordo com a sua necessidade. Outros destaques são a telemetria para tratores da família TL5 e T6, a Central de Inteligência e máquinas 100% conectadas, entre elas as colheitadeiras da linha CR Intellisense, com tecnologia de inteligência artificial embarcada.

“É com enorme prazer que retornamos à Agrishow para mostrar o que há de mais moderno em soluções voltadas para a agricultura digital, pensando em todos os perfis de produtores independentemente do tamanho da operação agrícola. Além disso, traremos tecnologias disruptivas e inovadoras, como a CR Intellisense. Nossa expectativa, juntamente com a dos nossos concessionários, é de realizar excelentes negócios durante a feira, apresentando ao agricultor soluções que possibilitam a ele reduzir os custos operacionais, otimizar a produção e aumentar a produtividade”, afirma Eduardo Kerbauy, vice-presidente da New Holland Agriculture para a América Latina.

A New Holland também vai apresentar na Agrishow os Serviços Conectados, uma solução oferecida pela Central de Inteligência. Neste caso, os clientes poderão personalizar o serviço de acordo com sua necessidade, e terão acesso ao monitoramento da frota, suporte remoto via aplicativo, treinamentos para máquinas e equipamentos de agricultura de precisão, presenciais ou online, calibração e regulagem de máquinas.

“O objetivo da Central de Inteligência é aumentar a disponibilidade da máquina em campo, evitando problemas que poderiam ocorrer se a máquina não estivesse conectada e sendo monitorada. O envio dos alertas e dados gerados em campo fornece informação sobre a saúde e performance da máquina, o que ajuda o produtor rural e o especialista da Central de Inteligência na rápida tomada de decisão”, explica Flávio Mazetto, diretor de Marketing de Produto da New Holland Agriculture para a América Latina.

Além disso, o estande da marca também contará com soluções em tecnologias para todas as fases do ciclo produtivo e para todos os perfis de produtores, desde o pequeno até o grande. Na parte de telemetria, os clientes poderão conferir o aplicativo Opere+, um app gratuito voltado para os pequenos agricultores que estão começando a trabalhar com dados oriundos das máquinas em campo.

Os visitantes poderão conferir de perto as soluções em tecnologia para plantio, pulverização e colheita e também soluções em agrometeorologia, mapeamento por drone ou pelo sensor soilxplorer, que fornece um diagnóstico completo do solo. Na Central de Inteligência será possível simular alertas e conferir as soluções em monitoramento e análise das informações geradas em campo. Tudo isso de uma forma simples e intuitiva.

Telemetria para tratores

Pensando especialmente nos pequenos e médios produtores, a New Holland vai apresentar durante a 28ª edição da Agrishow suas soluções de telemetria para a família de tratores TL5 e T6, que estão em desenvolvimento, para tratores cabinados e plataformados. Com essa solução, o cliente poderá conferir as informações da máquina no aplicativo de gestão de frota, o MYPLMCONNECT.

“Neste pacote tecnológico, o agricultor poderá ter acesso a funcionalidades como visualização do histórico de localização, ou seja, é possível ver o rastro de uma ou mais máquinas dentro de um período de 24 horas. Será possível também personalizar notificações e recebê-las via SMS, como por exemplo, quando se ultrapassa o limite do talhão ou os parâmetros não conformes, como exceder a velocidade determinada”, explica Mazetto. Outras informações, como o status da operação, ou seja, o tempo que a máquina realmente esteve operando, também poderão ser conferidas pelo agricultor. “O agro está cada vez mais conectado e ágil na tomada de decisão baseada na análise de dados”, pontua.

Quem visitar o estande da marca na feira também vai encontrar o Espaço de Agricultura Digital, onde é possível observar o funcionamento da Central de Inteligência. Esta Central é destinada ao monitoramento a distância das máquinas agrícolas em campo, antecipando eventuais problemas que possam ocorrer nos equipamentos e fazer atualizações de softwares sem a necessidade de deslocamentos. A Central de Inteligência suportará o cliente no dia a dia, otimizando a operação e reduzindo o tempo de máquina parada.

CR Intellisense

A nova colheitadeira CR Intellisense, dotada de uma tecnologia com inteligência artificial, trará aos clientes da New Holland um novo conceito de colheita, ainda mais precisa e perfeita, que ajuda a aumentar a eficiência das lavouras. Além disso, a nova CR traz de série uma cabine maior e mais confortável, iluminação com luzes de LED, telemetria embarcada, além do reconhecido sistema de duplo rotor.

A tecnologia Intellisense, que chega ao Brasil, é aplicada nas colheitadeiras produzidas pela New Holland na Europa desde 2018 e tornou-se um grande sucesso naquele continente pela facilidade de operação e precisão que traz embarcada. Com o Intellisense, o produtor consegue escolher entre diferentes “estratégias” de colheita, de acordo com a condição da lavoura e o objetivo que pretende atingir. A inteligência artificial do Intellisense, junto com a tomada de decisão do operador, traz o sistema de colheita mais sofisticado disponível no mundo, mas que ao mesmo tempo é simples de operar.

Trator biometano

Lançado comercialmente no Brasil no ano passado, o primeiro trator movido a gás biometano do mundo estará presente na Agrishow deste ano. O T6.180 Methane Power inaugura um novo segmento de máquinas agrícolas, por sua inovação no uso de combustíveis alternativos e que entregam a mesma eficiência energética e operacional de um trator convencional.

O T6.180 Methane Power pode utilizar o gás proveniente da biodigestão de resíduos orgânicos, como por exemplo dejetos de animais, aproveitando o passivo ambiental e transformando-o em ativo ao gerar o seu próprio combustível e deixando de utilizar o óleo diesel, o que produz uma sensível redução nos custos operacionais.

No caso do trator biometano, as reduções de emissões de material particulado são de mais de 90% e, de modo geral, alcançam redução de até 80% de CO2 se comparadas a um trator a diesel, mas mantendo o mesmo desempenho de um trator convencional similar. Ao usar o biometano, a pegada de carbono da propriedade rural pode chegar a zero.

Novo T4.75 S

A New Holland também lançará na Agrishow o novo trator T4.75 S, um produto eficiente e indispensável que atende às reais necessidades dos clientes no campo. O novo modelo reúne o que há de melhor em dois dos modelos de tratores mais consagrados da marca: o TT.75 e o TL5.80, ampliando a oferta de tratores da New Holland. Entre os principais diferencias do T4.75S está a tecnologia, força, robustez, confiabilidade, conforto e simplicidade de operação, juntamente com características técnicas que permitem atender aos diversos e disponíveis tipos de implementos.

O novo T4.75 S, de 76 cv, fornece o equilíbrio perfeito entre eficiência, potência e consumo. Com uma arquitetura similar aos já conhecidos modelos da linha TL5, é confiável e de baixo custo de manutenção. Sua cabine é totalmente envidraçada, permitindo ao operador ter visibilidade operacional em 360° graus com total controle das operações. Além disso, o posicionamento das alavancas faz do T4.75S um trator ergonômico e confortável de operar. Com transmissões disponíveis nas versões 12x12 mecânica e 20x20 Power Shuttle com Super Redutor, dispõe de uma velocidade de até 0,14 km/h para trabalhos de baixa velocidade.

O novo T4.75S tem disponível sistema Power Shuttle já conhecido nos modelos da linha TL5 e será mais uma excelente opção para clientes que precisam de agilidade durante as tarefas, principalmente porque o inversor hidráulico permite mudanças sem utilizar o pedal de embreagem entre frente e ré. O modelo também oferece tração 4WD auxiliar eletro hidráulico com acionamento no botão, capacidade de 3.000 kg do hidráulico traseiro, controle de elevação padrão Lift-O-Matic, opções de tomada de força 540/540E e vazão hidráulica de 48,5 l/min, que permitem trabalhos com diferentes tipos de implementos e condições de operação.

O T4.75 S vem equipado com motor FPT da família S8000, de 3 cilindros, cilindrada total de 2.9 litros, aspiração turbo intercooler e sistema Bosch de injeção mecânica de combustível. O motor agrícola do T4.75 S se destaca pelo seu elevado torque máximo alcançado em baixas rotações, qualidade que o faz superar as mais exigentes operações de campo, aliado à um reduzido consumo de combustível e simplicidade de manutenção.

Serviço:

28ª Agrishow – de 1º a 05 de maio

Das 9h às 18h

Rod. Prefeito Antônio Duarte Nogueira, Km 321 - Ribeirão Preto (SP)

Informações: www.agrishow.com.br

Fonte:
New Holland

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