Valor - SP 02/03/2023
Desempenho dos últimos três meses de 2022 no país foram afetados por Eleições e Copa do Mundo; ganho caiu 65,8%, para R$ 1,2 bilhão, e a receita recuou 16,7%
Werneck, CEO: “Depois de dois anos muito bons (2020 e 2021), a demanda por aço no Brasil passou por uma acomodação” — Foto: Claudio Belli/Valor
O desempenho das operações da Gerdau na América do Norte, uma dos melhores já obtidos pela companhia brasileira na região, compensaram em grande parte os fracos resultados obtidos no Brasil, principalmente no quarto trimestre. Além da desaceleração da economia, percebida a partir de julho-agosto, a atividade no país teve impacto do processo eleitoral e também da Copa do Mundo (20 de novembro a 18 de dezembro).
“Em dezembro, as atividades paralisaram também por conta do processo de troca de governo no país. Só voltamos a ter retomada de pedidos a partir de 15 de janeiro”, afirmou Gustavo Werneck, presidente da Gerdau. “Depois de dois anos muito bons (2020 e 2021) a demanda no Brasil passou por uma acomodação”.
Na avaliação do CEO, ao ser questionado sobre 2023, a demanda por aço no Brasil deve ficar estável, no mesmo patamar de 2022. “Mas o horizonte preocupa, principalmente com o que vai acontecer com o Brasil se essas taxas de juros continuarem em patamares elevados”, afirmou.
Puxada pela operação dos EUA, companhia encerrou 2022 com uma receita líquida recorde de R$ 82,4 bilhões
A construção imobiliária e civil, grande mercado para os aços da Gerdau, diz, pode ter a demanda mais afetada em 2024. Para este ano, os pedidos vindos de incorporadoras que atuam com residenciais de médio e alto padrão seguem fortes, enquanto já há comprometimento da capacidade de empresas do Minha Casa, Minha Vida. “Se nada mudar, é questão de tempo para os juros comprometerem também o segmento de médio e alto padrão”.
Para a empresa, setores que deverão puxar a demanda são os de veículos para o agronegócios e de veículos pesados em geral, e infraestrutura, com investimentos públicos esperados e concessões. O varejo [da construção] deve seguir com desempenho prejudicado pelo alto endividamento das famílias, juros altos e a restrição no acesso ao crédito. Mas hoje a Gerdau, segundo o CEO, é menos dependente dessa área do que foi no passado.
A receita líquida na divisão de negócios no Brasil caiu 22,5% no trimestre ante um ano atrás, devido ao menor volume de vendas. O Ebitda ajustado foi de R$ 757 milhões (menos 72,9%) e de R$ 6,6 bilhões no ano, com recuo de 49,4% em relação a 2021. Já a receita líquida de todo o ano somou R$ 33 bilhões, com retração de 5,1%.
A maior aposta da empresa está centrada na América do Norte, nas economias de México, EUA e Canadá. A região foi responsável, em 2022, por 52,7% do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia - aumento expressivo de 59,2%, para R$ 9,95 bilhões. A receita líquida atingiu R$ 31,1 bilhões, com expansão de 11,7%.
O desempenho foi beneficiado pelo spread metálico e pela maior receita líquida por tonelada produzida, além de queda no custo de vendas no quarto trimestre, incluindo matérias-primas. No acumulado, houve elevação da energia elétrica e gás natural desde o início do conflito Rússia-Ucrânia.
Os EUA [onde está a grande parte das operações na região] vão fazer a diferença, disse Rafael Japur, vice-presidente executivo de finanças da Gerdau, destacando que a América do Norte compensou as dificuldades havidas no Brasil. “Será mais um ano espetacular”, pontuou, citando investimentos públicos em infraestrutura, reindustrialização e o “reshoring” - volta de produção fabril para EUA e México, por exemplo, em chips e componentes.
No Brasil, disse Werneck, os preços dos aços longos, como vergalhões, barras e fio-máquina, estão 15% menor do que os importados. Por isso, o executivo afirmou que é possível recompor esse patamar ao longo de março. O recuo nos preços, informou, se deu pela retração da demanda pelos clientes em dezembro, que ficou praticamente paralisada.
A Gerdau tem previsão de elevar as exportações a partir do Brasil, atingindo 13% da receita em 2023, pouco acima de 12,4% registrados em 2022 (R$ 4,1 bilhões). Já foi 28% antes da pandemia, mas caiu porque os preços deixaram de ser convidativos. “Vamos observar no segundo trimestre crescimento de exportação, com margens maiores”, disse o CEO.
A Gerdau terminou 2022 com recuo de 26,2% no lucro líquido, que alcançou R$ 11,4 bilhões. A receita atingiu R$ 82,4 bilhões, alta de 5,19% - e melhor resultado da companhia. O Ebitda foi de R$ 20,5 bilhões, queda de 13,1%.
Japur destacou que a empresa está pagando, entre dividendos - recorde de R$ 6,1 bilhões - e recompra de ações (R$ 1 bilhão), mais de R$ 7 bilhões aos acionistas. “Corresponde a 66% da geração de caixa (Fluxo de Caixa Livre- FCF), que fechou o ano em R$ 10,5 bilhões”, disse o executivo.
Para o ano, a companhia estima investir R$ 5 bilhões, ante R$ 4,3 bilhões de 2022. Grande parte do capex vai para operações em Minas Gerais, como a usina de Ouro Branco (aços longos e planos), que começa a preparar a reforma de seu alto-forno 1 em 2025. Além disso, na expansão da base florestal e nas operações de minério de ferro.
Japur informou, durante coletiva com jornalistas, que um valor entre R$ 500 milhões e R$ 800 milhões serão destinados para projetos da Gerdau Next, área de corporate venture capital e braço de novos negócios da siderúrgica que já tem presença em 13 diferentes negócios. Os mais recentes foram em locação de veículos pesados, com a Randon, e em energia renovável.
IstoÉ Online - SP 02/03/2023
A produção de aço bruto da Gerdau caiu 12,6% no quarto trimestre de 2022, ante o mesmo período de 2021, para 2,866 milhões de toneladas. O recuo fica em 3,3% quando comparado ao terceiro trimestre de 2022, informa a empresa no seu resultado financeiro.
“O nível de utilização da capacidade de produção em 68% reflete a sazonalidade esperada para o trimestre, principalmente no mercado interno da ON Brasil e ON América do Norte, além das paradas programadas de manutenção em algumas unidades da companhia, típicas desta época do ano”, justifica a Gerdau.
Em relação ao ano de 2022, a produção de aço bruto foi de 12,7 milhões de toneladas, 4,7% inferior em relação a 2021. “Não obstante os arrefecimentos apresentados nas ONs Brasil e América do Norte, as ONs Aços Especiais e América do Sul mostraram crescimentos na produção de aço bruto quando comparadas ao ano 2021”, diz a companhia,
As vendas de aço bruto pela Gerdau no quarto trimestre de 2022 foram de 2,7 milhões de toneladas. Assim, ficaram 8,8% e 15,6% menores na comparação com o terceiro trimestre de 2022 e o quarto trimestre de 2021, respectivamente. “Apesar do quarto trimestre refletir um período com volumes de vendas historicamente inferiores aos demais trimestres do ano, cabe observar que as eleições no Brasil, somadas à Copa do Mundo, amplificaram a habitual sazonalidade do período na ON Brasil”, afirma.
Em 2022, foram vendidas 11,9 milhões de toneladas de aço pela Gerdau, uma redução de 6,4% quando comparado ao ano anterior. “Contudo observamos a resiliência das vendas nos setores atendidos pela Companhia, principalmente na construção e indústria, com gradual retomada do setor automotivo – favorecido pela normalização do fornecimento dos chips e semicondutores, setor bastante afetado durante a pandemia da covid-19”, afirma.
Custos
Com relação ao custo das vendas, a Gerdau informa, que houve alta de 10,7% em 2022 na comparação com 2021, resultado do aumento do custo de energéticos e redutores, entre os quais o carvão (+50%), coque (+47%) e gás natural (+26%), além do aumento de 24% no custo de ligas metálicas, especialmente nas operações da América do Norte e aços especiais.
No quarto trimestre, houve recuos de 8,4% e de 8,1% sobre o trimestre anterior e ante o mesmo período de 2021, respectivamente.
Infomoney - SP 02/03/2023
Em uma sessão negativa para o Ibovespa, as ações de Vale (VALE3) e siderúrgicas se destacam na ponta oposta nesta quarta-feira (1) – graças à China.
Às 13h15 (horário de Brasília), os papéis VALE3 subiam 4,32%, a R$ 89,01, CSN (CSNA3), saltava 4,68%, a R$ 17,45, CSN Mineração (CMIN3) tinha ganhos de 4,08%, a R$ 4,85, enquanto Usiminas (USIM5) subia 3,95%, a R$ 7,10. Gerdau (GGBR4), que também tem um dia marcado pela reação ao balanço do quarto trimestre de 2022 (4T22), tinha altas mais modestas, de 1,26%, a R$ 28,99.
Os contratos futuros de minério de ferro subiram cerca de 2% nesta quarta-feira, com dados de atividade manufatureira da China melhores do que o esperado aumentando as esperanças de uma recuperação da demanda no maior produtor de aço do mundo.
Dados oficiais mostraram que o PMI industrial chinês avançou de 50,1 em janeiro para 52,6 em fevereiro, atingindo o maior nível desde abril de 2012. Já no levantamento privado da S&P Global Ratings e da Caixin, que usa amostragem diferente, o mesmo PMI subiu de 49,2 para 51,6 de um mês para o outro, ultrapassando a barreira de 50 que indica expansão da manufatura.
“Olhando para frente, as expectativas de atividade empresarial devem continuar melhorando, sinalizando uma esperada recuperação da atividade econômica”, apontam os analistas do BBI.
“A notícia (do PMI chinês) é boa tanto para commodities como para países emergentes como o Brasil, os quais contam com a China para compensar a redução de ímpeto da atividade econômica nos desenvolvidos, devido ao aperto monetário”, escreveu em nota Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.
Maior otimismo com minério
Em relatório desta semana, analistas do BTG Pactual também apontaram maior otimismo para o mercado de minério, apesar do recente ceticismo sobre maiores altas dos preços da commodity (também em meio às dúvidas sobre o ritmo da recuperação chinesa).
Para os analistas, apesar da visão (mais negativa) de que a história do minério de ferro está saturada, eles veem que é exatamente por isso que deve gerar retornos tão atraentes no futuro.
“A ironia é que quanto mais um fornecedor chave como a Vale enfrenta desafios para retomar a produção, mais alto o preço. Esperamos que a Vale não apresente crescimento de oferta em 2023 (cerca de 310 milhões de toneladas) e atinja 340 milhões de toneladas apenas em 2026”, afirmam.
Além disso, estima que os preços do minério de ferro permaneçam acima do custo marginal de produção até 2024, pelo menos. A estimativa para 2023 é de US$ 125 a tonelada (médio), o que acreditamos estar cerca de US$ 15 a tonelada (t) acima do consenso.
Os analistas também esperam que a tendência de segmentação nos mercados de minério de ferro ganhe força e que os temas ESG (melhores práticas ambientais, sociais e de governança) permanecerão presentes no futuro previsível. Espera-se que teores mais altos (minérios com emissões mais baixas, menos poluentes) sejam favorecidos pelos clientes e recompensados (em termos de preço, assumem um prêmio de US$ 20/t para Carajás).
Outro ponto é que não veem grandes empresas alocando capital relevante para crescimento e assumem que a maior parte do fluxo de caixa operacional será devolvido aos acionistas por meio de dividendos e recompras de ações.
Do ponto de vista macro, também são ciclicamente construtivos com a reaceleração da economia chinesa para 5% em 2023 e esperam uma recuperação no setor imobiliário (base baixa). “Nosso modelo para novas construções começa este ano ligeiramente abaixo de 5% ao ano”, avaliam.
O oligopólio de minério de ferro também é considerado altamente bem-sucedido e esperam que as grandes empresas permaneçam altamente disciplinadas (cerca de 75% da oferta transoceânica concentrada está nas mãos da Vale/BHP/RIO/FMG).
Por fim, os analistas do banco estão pessimistas quanto às perspectivas de Simandou antes de 2030 e acreditam que o mercado continuamente subestima os desafios políticos e técnicos de lançar um projeto greenfield de grande escala na África Ocidental (Guiné).
Neste cenário, o BTG elevou o preço-alvo para a Vale de R$ 100 para R$ 120, mantendo recomendação de compra, “sendo um dos nossos nomes preferidos para exposição à reabertura da economia chinesa.” Para os analistas, o momento operacional da Vale deve continuar a se recuperar, assim como produção e custos (tanto para minério de ferro quanto para base divisões de metais básicos) devem melhorar nos próximos trimestres.
Para a CSN e CSN Mineração, o preço-alvo foi elevado, respectivamente de R$ 18 para R$ 21 e de R$ 5 para R$ 6, mas a recomendação segue neutra.
Os analistas veem que a CSN Mineração tem apresentado desempenho operacional abaixo do esperado. A empresa entregou números de produção e custo abaixo da estimativa oficial, enquanto sua expansão continua a ser adiada. A CSN, por outro lado, tem atuado em uma agenda de crescimento, com sua alavancagem definida para expandir ainda mais, o que acreditamos aumenta a percepção de risco.
“No entanto, como as perspectivas para o minério de ferro devem melhorar à frente, esperaríamos que ambas as ações mostrassem um desempenho sólido nos próximos meses/trimestres, mas ainda mantemos uma recomendação neutra devido a uma perspectiva mais cautelosa para o grupo e nossa relativa preferência pela Vale”, apontam.
Money Times - SP 02/03/2023
O Ibovespa cai novamente nesta quarta-feira (1º), primeiro pregão de março. O índice é pressionado pelo tombo de mais de 30% da Hapvida (HAPV3) e pelas perdas do setor de óleo e gás, que repercute a notícia de que o governo quer taxar a exportação de petróleo bruto no Brasil. Por outro lado, mineradoras e siderúrgicas vivem um dia de respiro.
Vale (VALE3), principalmente, tenta se recuperar da baixa do mês passado. As ações da mineradora disparavam 4,62% por volta das 13h15, negociadas a R$ 89,26 cada.
CSN Mineração (CMIN3) não ficava atrás, com alta de 4,29%, enquanto sua holding controladora CSN (CSNA3) avançava 5,04%. Usiminas (USIM5) registrava valorização de 4,39% e Gerdau (GGBR4) subia 1,68%.
O setor de mineração e siderurgia repercute o salto nos preços do minério de ferro nesta quarta na China, após a divulgação de dados de atividade manufatureira do gigante asiático. Os números vieram melhores que o esperado e trouxe uma nova onda de otimismo nos mercados em relação à demanda.
O índice de gerentes de compras (PMI) da indústria chinesa subiu para 52,6 em janeiro, ante 50,1 no mês anterior, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas da China. Essa foi a leitura mais alta em mais de uma década.
Cedo demais para comemorar?
Analistas ainda veem que uma correção nos preços do minério de ferro – e, consequentemente, de ações expostas ao ingrediente siderúrgico – está por vir.
Algumas instituições avaliam que, nos patamares atuais, a matéria-prima siderúrgica é negociada a preços “insustentáveis”. O Bank of America é uma das casas que prevê a proximidade da queda, apesar de acreditar que a sazonalidade pode dar suporte aos preços no curto prazo.
Na avaliação do banco americano, os preços do minério de ferro devem cair em direção à média projetada para 2023 de US$ 100 a tonelada, “especialmente no segundo semestre”.
Já a Genial Investimentos considera que existe certo nível de especulação em cima da curva de minério de ferro. Acima de US$ 110/tonelada, a curva não parece razoável, visto que a demanda das siderúrgicas chinesas não sustenta o nível dos preços, defende.
Última atualização por Diana Cheng - 01/03/2023 - 13:26
Valor - SP 02/03/2023
Presidente da companhia destaca, no entanto, que a preocupação atual é se as taxas de juros continuarão em patamares elevados
Para o presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, a demanda por aço no Brasil deve ficar estável neste ano, em relação ao ano passado, mas o horizonte preocupa. “A preocupação não é com esse ano, é com o que vai acontecer com o Brasil se essas taxas de juros continuarem em patamares elevados”, afirmou, em coletiva de imprensa para divulgar os resultados da companhia no quarto trimestre, nesta quarta-feira (1º).
A construção civil é um dos setores que pode ter a demanda mais afetada, a partir do ano que vem, segundo o executivo. Ele disse que, para 2023, os pedidos vindos de companhias que trabalham com residenciais de médio e alto padrão seguem fortes, enquanto já há comprometimento da capacidade de empresas do Minha Casa, Minha Vida.
Porém, é “questão de tempo” para os juros comprometerem também o desempenho do médio e alto padrão, se nada mudar, afirma.
Os setores do país que devem puxar a demanda em 2023 são a indústria de veículos para agricultura e de veículos pesados em geral, e a área de infraestrutura, resultado de investimentos públicos esperados e de concessões.
O varejo deve seguir com desempenho prejudicado, puxado pelo alto endividamento das famílias, os juros altos e a restrição no acesso ao crédito. Werneck afirmou, no entanto, que a Gerdau é menos dependente dessa área do que já foi no passado.
Os custos de produção e os preços do aço no país devem ficar em patamar similar ao de 2022, afirma o presidente, mas isso depende do comportamento do preço do carvão metalúrgico, ainda uma dúvida.
O executivo está otimista com a produção na América do Norte, responsável em 2022 por 52,7% dos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia.
Investimentos públicos em infraestrutura e a tendência de volta de produção fabril para terras americanas e no México, chamada de “reshoring”, são pontos positivos.
“Tem tudo para ser um ano extraordinário para as nossas operações”, disse.
Perguntado sobre o impacto do terremoto na Turquia nos negócios da Gerdau, Werneck afirmou que, sem entrar na questão da tragédia humana, os resultados são positivos. O país é exportador de vergalhões, mas já reservou parte dessa produção para se reconstruir, o que elevou o preço do material no mercado internacional. Também houve efeito sobre o preço da sucata americana comprada pela Turquia, que subiu na última semana, outro fator que beneficia a Gerdau.
Para 2023, a companhia estima um capex de R$ 5 bilhões, ante R$ 4,5 bilhões em 2022. O diretor-financeiro da empresa, Rodrigo Japur, afirmou que outros R$ 500 milhões a R$ 800 milhões serão destinados para projetos da Gerdau Next, área de corporate venture capital da metalúrgica.
A Gerdau terminou 2022 com queda de 26,2% no lucro líquido, de R$ 11,4 bilhões. A receita atingiu R$ 82,4 bilhões, crescimento de 5,19% e melhor resultado da companhia. O Ebitda foi de R$ 20,5 bilhões, queda de 13,1%.
IstoÉ Online - SP 02/03/2023
A Gerdau e a Metalúrgica Gerdau informaram nesta quarta-feira, 1º de março, que, em 28 de fevereiro, o Conselho de Administração da Gerdau S.A. aprovou a projeção de desembolsos relacionados ao plano de investimentos para 2023, no valor de R$ 5 bilhões.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa detalha que destes R$ 5 bilhões, os investimentos que apresentam retornos ambientais superam R$ 830 milhões e contemplam a expansão de ativos florestais, atualização e aprimoramento de controles ambientais, redução de emissões de gases do efeito estufa e incrementos tecnológicos – que resultam em eficiência energética.
Cerca de 70% do valor é destinado para a região de Minas Gerais, onde a Gerdau já tem atuação, “reforçando o compromisso da empresa com o desenvolvimento desse Estado”, afirma o comunicado ao mercado.
Segundo as companhias, o montante de R$ 5 bilhões equivale a projetos capex voltados à manutenção (prolongamento da vida útil e melhorias operacionais para manter um adequado desempenho das plantas), expansão e atualização tecnológica (crescimento da produção, aumento de rentabilidade e modernização das plantas).
Além disso, o plano de investimentos está diretamente relacionado ao ritmo da demanda nos mercados em que a Gerdau atua, com critérios associados ao nível de retorno do capital investido e consequente geração de caixa, proporcionando um adequado equilíbrio entre o desenvolvimento sustentável e econômico do negócio.
IstoÉ Dinheiro - SP 02/03/2023
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 1º de março, que o nível dos juros é o principal problema econômico do País, em uma realidade onde já vigoram dificuldades de crédito e de alavancagem de atividades econômicas. O nível da Selic, de acordo com ele, é reflexo da herança deixada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O Banco Central não chegou à taxa de juro que chegou no atual governo. A taxa de juro a 13,75% é reflexo do governo Bolsonaro”, disse Haddad, ao citar que o próprio Comitê de Política Monetária (Copom) explicita, por meio das atas, que as medidas do ex-chefe do Executivo foram populistas.
Segundo o ministro, Bolsonaro perdeu eleição e deixou o País com um rombo orçamentário e com as maiores taxas de juros do mundo.
Guedes
Haddad afirmou também que as frases ditas pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes eram simpáticas ao mercado, mas não formaram uma reputação por envolverem promessas inexequíveis. De acordo com o ministro da Fazenda, é melhor ser comedido e falar aquilo que é possível de ser realizado.
Haddad citou, por exemplo, o estabelecimento da meta de inflação em 3%. “No lugar do Guedes, não teria fixado meta de inflação de 3,0% pela mesma razão que eu não fixaria o teto de gastos, porque você não vai cumprir”, avaliou durante entrevista ao UOL.
De acordo com o ministro, a história vai registrar tudo que Guedes falou e não cumpriu. Haddad citou, por exemplo, a promessa de obter superávit no primeiro ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de arrecadar R$ 1 trilhão com vendas de estatais.
Agência Brasil - DF 02/03/2023
A queda nas exportações de café, de carne bovina e de petróleo fez o superávit da balança comercial recuar em fevereiro. No mês passado, o país exportou US$ 2,837 bilhões a mais do que importou, mesmo assim houve um recuo de 35,3% em relação a fevereiro do ano passado, quando a balança tinha registrado superávit de US$ 4,629 bilhões. Apesar da queda, esse é o terceiro melhor resultado para o mês, só perdendo para fevereiro de 2022 e de 2017.
Nos dois primeiros meses do ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 5,446 bilhões. Isso representa 19,2% a mais que o registrado nos mesmos meses do ano passado pelo critério da média diária. O saldo acumulado é o segundo melhor para o período desde o início da série histórica, em 1989. Só perde para o superávit de US$ 6,722 bilhões no primeiro bimestre de 2017.
No mês passado, o Brasil vendeu US$ 20,56 bilhões para o exterior e comprou US$ 17,723 bilhões. As exportações caíram 7,7% em relação a fevereiro de 2022, pelo critério da média diária, mas o valor é o segundo melhor o mês, só perdendo para o ano passado. As importações caíram 0,9% pelo critério da média diária e atingiram o terceiro maior valor mensal da história, só perdendo para fevereiro de 2022 e de 2014.
No caso das exportações, a queda deve-se mais à diminuição do volume comercializado do que dos preços internacionais das mercadorias. No mês passado, o volume de mercadorias exportadas caiu em média 12,3% na comparação com fevereiro do ano passado, enquanto os preços médios recuaram 0,8%.
Nas importações, a quantidade comprada caiu 6,3%, refletindo a desaceleração da economia, mas os preços médios aumentaram 1,2%. A alta dos preços foi puxada principalmente por compostos químicos e medicamentos, itens que ficaram mais caros após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Os preços dos fertilizantes químicos, que subiram fortemente no ano passado, caíram 19,7% de fevereiro de 2022 a fevereiro de 2023.
Setores
No setor agropecuário, o atraso de embarques pesou mais na queda das exportações, apesar da valorização das commodities (bens primários com cotação internacional). O preço médio avançou 8,4% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2022, enquanto o volume de mercadorias embarcadas caiu 13,1%. Na indústria de transformação, a quantidade exportada caiu 5,4%, com o preço médio aumentando 4,2%.
Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada caiu 29,4%, e os preços médios recuaram 17,3% em relação a fevereiro do ano passado.
O petróleo bruto voltou a puxar a queda das exportações, com o volume recuando 58,8% e os preços caindo 22%. Isso ocorreu por causa da manutenção de plataformas da Petrobras. Após um ano de altas contínuas, os preços do petróleo estão caindo porque os efeitos da guerra na Ucrânia e da recuperação econômica após a fase mais aguda da pandemia da covid-19 já foram incorporados às cotações.
Na comparação entre fevereiro do ano passado e deste ano, os produtos com maior destaque na queda das exportações agropecuárias foram algodão em bruto (73,1%), café não torrado (44,3%) e soja (3%) na agropecuária.
Na indústria extrativa, as maiores quedas foram registradas nas exportações de pedra, areia e cascalho (68,4%), óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (67,9%) e minérios de níquel e seus concentrados (100%). Na indústria de transformação, as maiores quedas ocorreram em laminados de aço (57,6%) e carne bovina (27%), refletindo a suspensão das exportações para a China após a descoberta do caso de mal da vaca louca no Pará, e açúcares e melaços (19,2%).
Quanto às importações, as maiores quedas foram registradas no trigo e centeio, não moídos (21,6%); produtos hortícolas (24,7%) e látex (41,4%), na agropecuária; outros minérios e concentrados dos metais de base (16,1%), carvão (31,2%) e gás natural (85%), na indústria extrativa; e adubos ou fertilizantes químicos (39,2%), caldeiras (98,1%) e válvulas e tubos termiônicos (26,1%), na indústria de transformação.
Estimativa
Diferentemente do habitual, a Secretaria de Comércio Exterior não divulgou uma estimativa para o saldo da balança comercial neste ano. Tradicionalmente, as projeções são divulgadas no primeiro mês de cada trimestre. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 57,35 bilhões neste ano.
O Estado de S.Paulo - SP 02/03/2023
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deverá divulgar hoje as informações sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do 4.º trimestre do ano passado e o resultado do mesmo indicador no ano como um todo. Vou me arriscar à previsão dada pelo título acima, sustentado por opiniões idênticas de outros analistas e por dados e previsões sobre os PIBs trimestrais e sobre o anual de 2022 e 2023.
A previsão do Índice (dessazonalizado) de Atividade Econômica do Banco Central, o IBC-Br, relativa ao 4.º trimestre de 2022, relativamente ao trimestre anterior, foi de uma forte queda, de 1,46%. Já o índice, igualmente dessazonalizado, de Volume Mensal do PIB, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), que é também uma previsão, mostrou também uma queda, mas bem menor, de 0,2%. Ou seja, os dois índices coincidem em sua previsão de queda, ainda que a taxas bem diferentes. De minha parte, acho um tanto exagerada a previsão apresentada pelo IBC-Br.
O jornal Valor Econômico de segunda-feira passada apresentou os resultados de uma pesquisa própria abrangendo 75 instituições financeiras e consultorias, indicando que a projeção mediana é de uma contração de 0,1% no 4.º trimestre de 2022. No detalhe, a pesquisa mostra que 39 instituições que responderam a esse quesito optaram por uma taxa negativa; 18 instituições, por uma taxa nula; e outras 18 por uma taxa positiva (16 delas mostrando um valor igual ou abaixo de 0,4%). Outra pesquisa, da agência Bloomberg, divulgada pelo site da Folha de S.Paulo na terça-feira, previu para o mesmo trimestre uma taxa mediana de -0,2%.
Olhando o PIB nos três primeiros trimestres de 2022, ele veio com variações de 1,2%, 1% e 0,4%, no primeiro, segundo e terceiro trimestres, respectivamente, segundo cálculos do IBGE. Ou seja, houve uma tendência de queda dessas taxas, e espera-se que será agravada com o resultado do 4.º trimestre.
Passando ao PIB total de 2022, conforme o último boletim Focus, do Banco Central, que ainda publicou estimativa para o ano passado – 6/1/2023 –, ela é de um crescimento de 3%. As pesquisas do jornal Valor e da Bloomberg citadas mostram também mesma taxa para o PIB. Um resultado próximo disso deverá ser confirmado hoje pelo IBGE.
Uma taxa anual de 3% não seria ruim nas circunstâncias do passado recente, mas, olhando a referida tendência de queda trimestral, o problema agora é que não há perspectiva de recuperação forte da economia. Tanto assim é que o último boletim Focus, divulgado na segunda-feira que passou, mostrou a previsão de um crescimento do PIB de 2023 de apenas 0,84%.
Com esses números para os PIBs de 2022 e 2023, no âmbito político haverá quem ressaltará mais a taxa de 3% para o PIB de 2022, enquanto outros destacarão mais a tendência de queda das taxas trimestrais ao longo do ano e a baixa taxa prevista para 2023. Será mais um tema a alimentar a polarização entre bolsonaristas e lulistas.
Nesta semana, do lado do governo e de sua política econômica, veio uma boa notícia: a de que foi mantida parcialmente a reoneração tributária dos preços da gasolina e do etanol, num arranjo favorecendo este último, conforme proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. E foi desarmada a ameaça que pairava no ar, de a reoneração não ser aprovada pelo presidente Lula, que desta vez mostrou juízo. Isso ao contrário do seu partido, cujas lideranças não queriam a reoneração. Essas lideranças, que Lula costuma prestigiar, só querem medidas populares, sem entender que a política econômica, tal como os tratamentos prescritos por médicos para curar doenças, também envolve remédios de gosto desagradável e procedimentos desconfortáveis às vezes indispensáveis.
A reoneração tributária do preço da gasolina foi facilitada pelo fato de que nas refinarias esse preço estava acima da sua cotação internacional, com o que a Petrobras pôde reduzi-lo, aliviando o impacto da reoneração sobre o preço para o consumidor. Acho que foi a essa diferença em relação ao preço internacional da gasolina que o ministro Haddad se referia quando falava que a Petrobras tinha um “colchão” dentro da sua política de preços capaz de aliviar o efeito da desoneração no caso da gasolina.
Tudo indica que o próximo teste da força do ministro Haddad ocorrerá brevemente, quando apresentar, ainda este mês, sua proposta de um novo arcabouço fiscal para aplacar as incertezas que cercam a política orçamentária do governo quanto ao seu déficit e ao seu endividamento. Vai ser outra batalha contra a oposição do PT a medidas desse tipo. Será a ocasião para ver se Lula de fato optou pelo juízo fiscal.
Esse assunto é bem mais complicado que o da desoneração de combustíveis, pois será mais discutido pelo Congresso, onde haverá a oposição dos bolsonaristas, de interesses setoriais e também de uma parte do PT sempre focada em benesses populistas. E, em geral, não se nota no Congresso o interesse em tratar seriamente de problemas que prejudicam o desenvolvimento do País.
Agência Brasil - DF 02/03/2023
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou inflação de 0,34% em fevereiro deste ano. A taxa é menor que a de janeiro (0,80%). Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IPC-S acumula 4,66% em 12 meses.
A queda de janeiro para fevereiro foi puxada por quatro dos oito grupos de despesas pesquisados, entre eles alimentação, que caiu 0,51 ponto percentual (pp), ao passar de 0,48% em janeiro para -0,03% em fevereiro.
Também tiveram recuo neste período os grupos educação, leitura e recreação (-4,08 pp), ao recuar de 3,28% para -0,80%, transportes (-0,49 pp), caindo de 0,92% para 0,43% e comunicação (-0,06 pp), indo de 0,73% para 0,67%.
Alimentação e saúde sobem
Ao mesmo tempo, quatro grupos tiveram alta na taxa de janeiro para fevereiro: habitação (0,34 pp), ao passar de 0,26% para 0,60%, vestuário (0,44 pp), indo de -0,08% para 0,36%, saúde e cuidados pessoais (0,42 pp, ao passar de 0,42% para 0,84%) e despesas diversas (0,04 pp), indo de 0,97% para 1,01%.
O IPC-S calcula, semanalmente, a variação de preços no período de um mês, em sete capitais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
IstoÉ Online - SP 02/03/2023
Os contratos futuros de minério de ferro saltaram nesta quarta-feira, com dados de atividade manufatureira da China melhores do que o esperado aumentando as esperanças de uma recuperação da demanda no maior produtor de aço do mundo.
O contrato futuro de minério de ferro para maio mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou o comércio diurno com alta de 2,42%, a 908,5 iuanes (131,64 dólares) a tonelada, após fechar em queda de 0,8% na sessão anterior.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para abril subiu 2,17% para 126,05 dólares a tonelada, estendendo os ganhos.
O índice de gerentes de compras (PMI) da indústria da China subiu para 52,6 no mês passado, a leitura mais alta desde abril de 2012, ante 50,1 no mês anterior.
“Acreditamos que os dados melhores do que o esperado injetaram alguma confiança no mercado. Além disso, a expectativa de melhoria contínua na demanda downstream (de aço) deu suporte aos preços das matérias-primas, incluindo minério de ferro”, disse Yu Chen, um analista sênior de minério de ferro da consultoria Mysteel.
As siderúrgicas chinesas devem repor os estoques de minério de ferro para atender às necessidades de produção depois que algumas usinas retomaram a produção, disseram analistas da Huatai Futures em nota, acrescentando que a produção de gusa melhorou constantemente.
A China revisou sua produção total de aço bruto para aproximadamente 1,018 bilhão de toneladas em 2022, marcando uma queda ano a ano de 1,7%, mostraram dados da NBS divulgados na terça-feira. Anteriormente, o país havia relatado produção de 2022 em 1,013 bilhão de toneladas, queda de 2,1% em relação ao ano anterior.
Valor - SP 02/03/2023
Investidores querem clareza sobre como a Tesla pretende manter sua vantagem a longo prazo
Elon Musk tem como objetivo reunir os investidores da Tesla em torno de sua estratégia para superar a concorrência enquanto a líder de veículos elétricos se esforça para se tornar a maior montadora do mundo. O diretor-presidente da Tesla está pronto para fazer sua apresentação hoje em um evento para investidores realizado na fábrica da empresa perto da capital do Texas.
A Tesla sugeriu que poderia fornecer atualizações sobre uma série de tópicos, desde planos de fabricação até sua tão esperada picape Cybertruck e esforços internos de células de bateria. O evento ocorre um dia depois que o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse que a empresa planeja construir uma fábrica no centro industrial de Monterrey, no norte do México.
O mais importante para Wall Street é como — e quando — a Tesla pode lançar um carro de passageiros mais barato que ampliaria o alcance da empresa no mercado de massa. O Tesla mais barato atualmente disponível nos Estados Unidos custa mais de US$ 40 mil.
As ações da Tesla se recuperaram quase 70% nos últimos dois meses após um 2022 punitivo, já que a empresa demonstrou capacidade de estimular a demanda flexionando parte de sua força financeira. A Tesla cortou os preços dos veículos em janeiro, cerca de 20% nos Estados Unidos, diante das taxas de juros mais altas e da incerteza econômica. Desde então, aumentou alguns preços de volta.
O aumento do preço das ações da Tesla fez com que as ações voltassem a US$ 205,71, em torno do nível em que eram negociadas em 2022, mas cerca de metade de seu recorde. O rali recente também ajudou Musk a voltar ao topo do “Bloomberg Billionaires Index” nesta semana, depois que ele renunciou ao título não oficial de pessoa mais rica do mundo em dezembro.
Agora, os investidores estão buscando clareza sobre como a Tesla pretende manter sua vantagem a longo prazo. A empresa pretende vender 20 milhões de veículos por ano até 2030, contra cerca de 1,3 milhão em 2022. A chave para o sucesso da Tesla, acreditam muitos em Wall Street, será a introdução de um carro elétrico mais acessível. Atualmente, a Tesla oferece quatro modelos de passageiros, com um quinto – o Cybertruck – previsto para ser lançado ainda este ano. O mais barato desses veículos começa em US$ 42.990 nos Estados Unidos, antes de impostos e taxas.
Em setembro de 2020, Musk esboçou planos para produzir um carro de US$ 25 mil que, segundo ele, estaria pronto em cerca de três anos. Em janeiro de 2022, no entanto, ele minimizou esses esforços, dizendo que a empresa já tinha o suficiente para fazer e não estava trabalhando no carro.
Musk, com sua pompa habitual, prometeu um evento não apenas para os acionistas da Tesla, mas para “investidores na Terra”, onde a empresa traçará um caminho para a transição para formas de energia mais sustentáveis. A expectativa é de que essa visão seja apresentada na forma de um “Plano Diretor 3”, disse ele. As versões anteriores explicaram a visão estratégica de Musk e a lógica por trás de certas decisões.
A empresa também está trabalhando em um robô humanoide chamado Optimus. Musk sugeriu que o robô poderia ajudar a Tesla a fabricar carros com mais eficiência.
— Foto: Susan Walsh, File/AP
Valor - SP 02/03/2023
A China considerará estender uma redução de impostos na compra de veículos elétricos para além do previsto atualmente, o fim de 2023, disse uma autoridade responsável pela política automotiva na quarta-feira, em uma medida destinada a apoiar o crescimento econômico.
Pequim discutirá a continuação de sua isenção de impostos para "a aquisição de veículos de nova energia o mais rápido possível", disse Xin Guobin, vice-ministro da indústria e tecnologia da informação.
A China possui o maior mercado do mundo para veículos de nova energia - que incluem modelos elétricos, híbridos plug-in e células de combustível - com vendas unitárias totalizando 6,88 milhões em 2022. O mercado deve crescer 30% este ano.
Pequim também pretende transformar carros desenvolvidos na China em marcas competitivas internacionalmente, disse Xin, elaborando planos para apoiar o crescimento de uma das principais indústrias do país.
O governo acelerará a disseminação de veículos elétricos adotando-os para sua frota própria, bem como fazendo com que certos setores, como táxis, logística e saneamento, usem veículos elétricos em programas-piloto.
O presidente chinês, Xi Jinping, busca construir cadeias de suprimentos que possam resistir às sanções dos Estados Unidos. Xin disse que o governo planeja acelerar o desenvolvimento de semicondutores automotivos - uma área na qual a China depende de suprimentos estrangeiros - apoiando grandes players neste ramo.
O imposto de aquisição de automóveis da China equivale a cerca de 10% do preço de venda, de acordo com a mídia doméstica. A isenção dessa taxa começou em 2014 para estimular o crescimento do mercado de veículos de energia nova, e seu vencimento, anteriormente previsto para o fim de 2022, foi prorrogado por um ano até o fim de 2023.
CNN Brasil - SP 02/03/2023
A primeira concessão de ferrovias do novo governo está sendo preparada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), que espera ter um desenho do projeto no fim do primeiro semestre.
A ideia preliminar do ministério é oferecer a concessão integrada da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) e de dois trechos da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).
Os estudos de viabilidade econômica do projeto serão apresentados até o fim de abril pela Infra S.A., estatal subordinada à pasta que nasceu da fusão da Valec com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL).
A Fico, que terá 383 quilômetros de extensão entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT), está sendo integralmente construída pela mineradora Vale como uma contrapartida à renovação contratual da Estrada de Ferro Vitória-Minas até 2057.
A Fiol é uma ferrovia que corta a Bahia e está dividida em três trechos diferentes. O trecho 1, entre Ilhéus e Caetité, já foi concedido à iniciativa privada e é administrado hoje pela mineradora Bamin. Ainda não foi ativado, mas suas obras estão praticamente concluídas.
O trecho 2, entre Caetité e Barreiras, está em construção pela Infra S.A. e cerca de 58% das obras executadas até agora. Elas evoluíram lentamente, no governo anterior, diante da escassez orçamentária.
À CNN, Renan Filho disse que o objetivo do atual governo é avançar em pelo menos dez pontos percentuais em 2023. “Com 68% das obras executadas, temos condições de oferecer a Fiol e a Fico, juntas, para uma concessão à iniciativa privada”, afirmou.
O orçamento da antiga Valec, que ficou em torno de R$ 100 milhões para avançar na Fiol em 2022, quadruplicou e alcança cerca de R$ 400 milhões neste ano.O reforço permitirá lançar em abril, por exemplo, o edital para obras remanescentes de um lote (7F) da ferrovia.
A ideia é deixar sob responsabilidade da futura concessionária tanto a conclusão da Fiol 2 quanto as obras integrais da Fiol 3 (ainda inexistentes), em um trecho que entre Barreiras (BA) e Tocantins, bem como a Fico.
Os dois potenciais objetos da concessão — Fiol e Fico — se conectam à Ferrovia Norte-Sul, já em operação, que viabiliza por sua vez o acesso dos trens aos portos de Santos (SP) e de Itaqui (MA).
Renan Filho disse que o traçado da Fiol 3 ainda não tem martelo batido e que o desenho preliminar da concessão ainda pode mudar, conforme os estudos de viabilidade conduzidos pela Infra S.A., mas se mostra confiante com o avanço da agenda ferroviária nos próximos anos.
Além da Vitória-Minas e da Estrada de Ferro Carajás (EFC), pertencentes à Vale, a União já renovou antecipadamente os contratos da Malha Paulista (Rumo) e da MRS Logística. Com isso, destravou bilhões de reais em novos investimentos na malha.
Esse processo começou a ser desenhado no governo Dilma Rousseff, avançou sob Michel Temer e teve as concessões efetivamente renovadas na gestão Jair Bolsonaro.
Valor - SP 02/03/2023
Presidente da estatal Infra disse que o governo não tem interesse no projeto, que deve ser totalmente tocado pelo setor privado
Bernardo Figueiredo, presidente da TAV Brasil: principal “avalista” do projeto inicial de trem-bala de governos do PT — Foto: Leo Pinheiro/Valor
Bernardo Figueiredo, ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), será o presidente da TAV Brasil, empresa que foi autorizada a retomar o trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro. Desta vez, o projeto do trem de alta velocidade será tocado com contrato de autorização, onde o risco é totalmente assumido pelo setor privado.
Figueiredo foi considerado o grande “avalista” do primeiro projeto de trem-bala dos governos do PT. Naquela época, o traçado da linha era semelhante, mas com trecho adicional até Campinas. Após liderar a primeira fase de discussão sobre a viabilidade do empreendimento, o técnico teve seu trabalho interrompido por não ter sido reconduzido ao posto de comando do órgão regulador em 2012, após derrota em votação no Senado.
Agora, a implantação do trem-bala no Brasil voltou a ser debatida em meados de fevereiro, quando a diretoria da ANTT aprovou a celebração do contrato de autorização pedido pela TAV Brasil. A iniciativa havia gerado desconfiança, pois a empresa está registrada com capital social de apenas R$ 100 mil enquanto o projeto tem orçamento estimado em cerca de R$ 50 bilhões.
Ontem, a empresa estava prestes a ter o contrato de adesão formalizado pelo comando da ANTT, o que confirmaria os efeitos da autorização dada pela agência há duas semanas. Conforme o Valor apurou, o documento já contava com a assinatura dos representantes da TAV Brasil e aguardava apenas rubrica do diretor-geral da agência reguladora, Rafael Vitale.
A autorização requerida garante o direito de construir e operar o trem de alta velocidade, o TAV, pelo prazo de 99 anos. A papelada precisava ser assinada em até 30 dias, mas tende a ocorrer na metade do prazo.
Cumprida essa etapa, a TAV Brasil deve seguir com os estudos de viabilidade e de impacto ambiental para conseguir as licenças junto aos órgãos ambientais e, principalmente, convencer investidores e instituições financeiras a participarem do projeto e aportarem recursos. É fundamental buscar, sobretudo, a parceria com empresa que detém a tecnologia de trem de alta velocidade e mantenha um sistema semelhante em operação em outro país.
A TAV Brasil projetou a linha do trem-bala com 380 quilômetros. Projetado para alcançar a velocidade de 350 km/h, o serviço será dedicado exclusivamente ao transporte de passageiros. A empresa acrescentou que novas estações poderão ser criadas, a depender de acordo entre as prefeituras dos municípios que serão cortados pelo traçado do trem.
O tempo de viagem entre as duas cidades é estimado em 1 hora e 30 minutos, caso o projeto seja implantado. A ideia sofre resistência de especialistas, que consideram complicado o traçado estabelecido para o trem de alta velocidade brasileiro. O relevo da região do Vale do Paraíba e Serra das Araras são um desafio para esse tipo de composição, dizem especialistas.
O projeto está apoiado na possibilidade de capturar usuários dos modais de transporte aéreo e rodoviário. Os idealizadores ressaltaram que o novo projeto do TAV está posicionado “fora das áreas mais adensadas”, o que reduziria o custo de investimento e favoreceria a viabilidade aos olhos dos investidores.
Ontem, o novo presidente da estatal Infra S.A, Jorge Luiz Bastos, disse que o governo não tem “nenhum” interesse no trem-bala. A afirmação veio no sentido de reforçar o posicionamento do ministro dos Transportes, Renan Filho, de que trata-se de um projeto totalmente privado.
O Estado de S.Paulo - SP 02/03/2023
O andamento do projeto do túnel para ligar Santos e Guarujá, em São Paulo, já começa a ser marcado por uma disputa entre os governos federal e estadual pela autoria do empreendimento. Tanto a gestão paulista de Tarcísio de Freitas (Republicanos) como o governo Lula, na figura do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), dizem que farão a obra. E, até o momento, os planos não estão coordenados.
Conforme antecipou o Estadão/Broadcast, na terça-feira, 28, o ex-ministro de Jair Bolsonaro qualificou o projeto do túnel na primeira reunião do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) de SP. Segundo o governo estadual, há um projeto executivo pronto e licença prévia para implantação da obra.
O plano é construir o túnel em formato de PPP (parceria público-privada), ou seja, com injeção de recursos públicos combinado a uma concessão à iniciativa privada. O Estado já abriu conversas com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para estruturar o projeto e, inclusive, pediu apoio do governo Lula para ajudar a custear o aporte público que será feito na obra, cobrada há décadas pela população da região.
O Ministério comandado por Márcio França, que já governou São Paulo e tem ligação muito próxima da baixada santista, apontou, contudo, que tem outros planos para o empreendimento. Ao Estadão/Broadcast, a pasta de Portos e Aeroportos afirmou que, num primeiro momento, analisa a possibilidade de o projeto ser executado com recursos da União e do Porto de Santos, sem necessidade de uma PPP ou de um financiamento cruzado com o governo estadual. “Portanto, uma obra pública com recursos do governo federal”, respondeu o Ministério.
A reportagem havia questionado a pasta sobre os planos de Tarcísio, e se o governo federal tinha alguma posição definida sobre eventualmente compartilhar a estruturação e o financiamento da obra com a gestão estadual.
A discussão da paternidade do túnel seco parte de uma disputa maior entre os governos Lula e Tarcísio, relativa à privatização do Porto de Santos. Quando era ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, Tarcísio previu que a ligação seca seria construída por quem arrematasse em leilão a administração do porto. Márcio França, contudo, insiste que o governo federal não vai dar continuidade ao certame de Santos, o que fez o governador de São Paulo seguir com seu ‘plano B’ para tirar o túnel do papel.
Atualmente, uma das alternativas para a travessia entre Santos e Guarujá é pela balsa. Durante esse deslocamento, a atividade do porto precisa ser interrompida. Outra opção é o caminho ser percorrido por estrada, em um trecho de 43 quilômetros de extensão.
Segundo o Sindicato dos Engenheiros do Estado de SP, há planos para a construção de uma ligação seca entre as duas cidades ao menos desde 1927, quando se cogitava a escavação de um túnel para a passagem de um bonde elétrico. Em 1948, a proposta era fazer uma ponte levadiça no local. Já em 1970, a alternativa discutida previa uma ponte com acesso helicoidal, que permitia a passagem de navios.
O Broadcast/Estadão mostrou em janeiro que, diante das sinalizações de Lula durante a campanha sobre o programa de desestatizações, Tarcísio passou a pensar numa PPP para viabilizar a ligação seca. O projeto envolve a injeção de cerca de R$ 3,5 bilhões em recursos públicos, e o governador chegou a dizer a interlocutores que estaria disposto a desembolsar esse montante do Tesouro Estadual.
O empreendimento tem VPL negativo - ou seja, por isso, não daria retorno financeiro ao privado sem aporte do governo. Tarcísio e Márcio França conversaram sobre o assunto recentemente, durante visita do governador a Brasília. O ex-ministro da Infraestrutura havia sinalizado que não teria resistência política em compartilhar com o governo federal o financiamento da obra. Como Lula pediu aos governadores para listarem obras prioritárias que poderiam receber o apoio federal, o túnel Santos-Guarujá entrou na lista de São Paulo, junto da Linha 2 do Metrô e do Trem Intercidades.
Neste fim de semana, contudo, França mostrou que tem outros planos para a ligação seca. Ao comentar no Twitter sobre um acidente registrado na balsa, o ministro disse ser necessário ter o túnel “este ano”, e que, portanto, Lula iria autorizar a obra. “Lula vai autorizar e vamos fazer! O Porto Público de Santos vai ajudar a custear. Travessia de balsa no meio do maior Porto do Hemisfério Sul é atraso!”, afirmou nas redes sociais.
Recursos
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, a ideia de usar recursos da autoridade pública do Porto de Santos para bancar parte da obra busca aproveitar o “bom momento financeiro” da estatal. “Sem a necessidade de uma parceria Público-Privada (PPP) ou um financiamento cruzado com o governo estadual”, disse a pasta à reportagem.
O governo federal ainda não tem definido quanto de dinheiro público seria investido no empreendimento, nem como será a operação do túnel depois de construído. A intenção, por ora, é atualizar para valores atuais o projeto desenvolvido pela gestão do ministro e vice-presidente da República Geraldo Alckmin no governo de São Paulo, quando a obra foi modelada pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.). “Já a definição da exploração - por concessão, desestatização ou parceria público-privada - será definida após a execução da obra”, afirmou o Ministério.
Portal Fator Brasil - RJ 02/03/2023
A projeção são investimentos na ordem de R$ 649 milhões até 2024. O plano também traz a relação de investimentos previstos nos contratos de arrendamento em vigor, que somam um montante de R$2,8 bilhões até 2027. Também projeta movimentar mais de 63 milhões de toneladas de cargas em seus portos este ano. E em 2027, o volume poderá alcançar quase 70 milhões de toneladas. Já em relação às receitas, a estimativa é de que o faturamento para 2023 ultrapasse R$ 1 bilhão e atinja a marca de R$1,12 em 2027.
A PortosRio, que administra o segundo maior complexo portuário do Brasil, anunciou o Plano de Negócios 2023 - 2027 para os Portos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis. Com investimentos previstos de R$649 milhões, a Autoridade Portuária projeta movimentar mais de 63 milhões de toneladas de cargas em 2023.
O documento foi elaborado com a colaboração de diversas áreas da empresa e é atualizado anualmente. Segundo o diretor-presidente interino da PortosRio, Jean Paulo Castro e Silva, —trata-se de um importante instrumento de formalização das diretrizes da estratégia de negócios da empresa e atuação no mercado-alvo—.
Como forma de obter mais fontes recursos, o diretor destacou os novos contratos de arrendamentos previstos para operações portuárias em áreas ainda disponíveis. Com seis contratos de arrendamento de longo prazo e três de arrendamento transitório em vigor, o Porto do Rio de Janeiro possui uma área aproximada de 1,5 milhão m², dos quais ainda estão disponíveis cerca de 290 mil metros quadrados, que permitem novos arrendamentos em dez áreas, destinadas à movimentação de granéis líquidos, produtos siderúrgicos, carga geral e atividades de apoio às operações offshore. Desses novos arrendamentos, já há estudos desenvolvidos e em fase de avaliação pela Secretaria Nacional de Portos para um novo grande terminal de base de apoio à operação offshore, outro terminal para carga geral e um terminal de granéis líquidos.
Já o Porto de Itaguaí — considerado o segundo maior porto público do país em volume de carga movimentada – possui 2 milhões m² e tem características de porto-indústria, onde diversos tipos de empresas podem ser instaladas, com sete áreas disponíveis em estudos técnicos. Essas áreas podem ser destinadas à implantação de plantas industriais ou do mercado de óleo e gás, e outras são destinadas à atividade operacional para movimentação de carga geral, granéis sólidos e líquidos. Dentre essas, o principal destaque é um novo terminal de minério de ferro, que tende a ser um dos maiores projetos do setor portuário nacional, assim como um novo terminal de granéis sólidos. Os estudos desses dois terminais já estão em fase avançada e devem ser submetidos a consulta pública brevemente pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
O plano de negócios também prevê cessões onerosas para concessão de áreas relacionadas a atividades não operacionais nos dois portos. Assim, as explorações das áreas nesta modalidade podem ser destinadas ao suporte à operação portuária em atividades como truck center; Áreas de Apoio Logístico (AALP); depósitos de contêineres vazios (Depot), além de atividades industriais ou de desenvolvimento imobiliário.
Investimentos Previstos — Até o próximo ano, a PortosRio pretende investir um montante de R$649 milhões. No Porto de Itaguaí, o destaque é a dragagem de aprofundamento e alargamento do Canal Derivativo e a expansão e melhoria das linhas férreas. Já no Porto do Rio de Janeiro, as principais obras são a conclusão da modernização e ampliação do Cais da Gamboa e a dragagem para viabilizar a operação de navios de até 366 metros. Estão previstas dragagens de manutenção, adequação das vias rodoviárias e ferroviárias, além de diversos investimentos em sistemas para automação, programação e monitoramento, no intuito de melhorar a infraestrutura dos acessos aquaviário e terrestre. O plano também traz a relação de investimentos previstos nos contratos de arrendamento em vigor, que somam um montante de R$2,8 bilhões até 2027.
Projeções — Em um cenário base, a PortosRio projeta movimentar mais de 63 milhões de toneladas de cargas em seus portos este ano. E em 2027, o volume poderá alcançar quase 70 milhões de toneladas. Já em relação às receitas, a estimativa é de que o faturamento para 2023 ultrapasse R$ 1 bilhão e atinja a marca de R$1,12 em 2027.
Os projetos previstos no Plano de Negócios estão sendo apresentados no estande D 101 da PortosRio na feira Intermodal South America, na Expo São Paulo, até o dia 02 de março (quinta-feira). O evento é o maior da América Latina para os setores de Logística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior.
. O Plano de Negócios: https://www.portosrio.gov.br/pt-br/node/2498
Grandes Construções - SP 02/03/2023
Cerca de dois meses após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, o Tribunal de Contas da União fez um movimento importante sobre as privatizações no país: autorizou a desestatização dos portos de São Sebastião, no litoral norte do estado de São Paulo, e de Itajaí, em Santa Catarina.
A autoridade fez modificações nas propostas como a exclusão do edital da previsão de cobrança de verba de fiscalização e de uma conta vinculada para recebimento de receitas advindas da venda dos portos, bem como estabeleceu a necessidade de elaboração de estudos concorrenciais atualizados.
Neste início do governo, o encaminhamento pelo TCU é simbólico e passa para as mãos do governo federal a decisão de dar seguimento à agenda de desestatização de portos conduzida pelo governo Bolsonaro.
Apesar do atual presidente se posicionar de maneira contundente contra privatização e desestatização e revogá-las em grandes ativos estatais como a Petrobras, os Correios e a Empresa Brasil de Comunicações (EBC), o entendimento tanto do próprio governo quanto de especialistas do setor é que o ramo dos portos deve ser encarado de maneira diferente.
Em entrevistas, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, tem deixado claro que há espaço para concessões de determinados serviços portuários, posicionamento que foi reforçado em resposta oficial ao jornal Gazeta do Povo.
"Todos os processos serão analisados pela atual administração, mesmo aqueles que já tiveram o aval do Tribunal de Contas da União (TCU). Nos portos públicos poderão ser concedidos serviços importantes, como dragagem, sinalização e a operação dos próprios terminais, como já vem sendo feito há anos", disse a assessoria especial de comunicação do Ministério de Portos e Aeroportos.
A pasta enfatizou, porém, que "os comandos das autoridades portuárias não serão exercidos por empresas, ou mesmo estatais de outros países".
Petro Notícias - SP 02/03/2023
Uma nova análise da empresa de pesquisa Rystad Energy aponta que os investimentos globais em petróleo e gás atingirão níveis pré-Covid em 2023, alcançando um patamar em torno de US$ 550 bilhões. Em paralelo, o lucro da indústria upstream atingiu um nível recorde no ano passado. Os altos preços do petróleo, os preços recordes do gás e os baixos níveis de investimento possibilitaram esse novo marco histórico. Para 2023, a Rystad acredita que o lucro dessas empresas seja menor, mas ainda assim continuará consideravelmente acima das médias históricas.
“Outra observação importante dos resultados do trimestre é a mudança de estratégia de algumas das principais empresas europeias. Empresas como a BP e a Shell reverteram algumas de suas estratégias agressivas de transição energética. O caso mais claro é a BP, a empresa agora está orientando maiores investimentos futuros em upstream e maior produção de petróleo e gás. Esta é uma evidência de que a segurança energética está tornando-se mais importante após a invasão da Ucrânia pela Rússia”, avaliou o chefe de pesquisa em upstream da Rystad, Espen Erlingsen.
A Rystad prevê ainda que as empresas de petróleo e gás continuarão a controlar com firmeza os gastos com exploração após a queda do mercado em meados da última década e, mais recentemente, devido aos danos causados à demanda global pela pandemia de Covid-19. Um aumento nos preços do petróleo em relação ao ano passado – que viu o barril Brent subir acima de US$ 100 após a invasão da Ucrânia pela Rússia antes de cair para cerca de US$ 80 atualmente – não se traduziu diretamente em um aumento semelhante nas despesas de capital de exploração (capex), no entanto, pois os players upstream mantêm a disciplina financeira e o foco em perspectivas de alta qualidade.
A atividade de licenciamento este ano deve ficar no mesmo nível de 2022. Ao todo, 60 rodadas devem ser concluídas, das quais três estão concluídas, cerca de 16 estão em fase de avaliação de licitações, outras 16 estão abertas para licitação e o os 24 restantes ainda estão em fase de planejamento. Até agora este ano, rodadas foram anunciadas no Egito, Noruega e Uganda. A ExxonMobil recebeu dois blocos do Mar Mediterrâneo, Masry e Cairo, por meio de negociação direta, enquanto na Noruega houve uma queda no apetite por novas áreas no Mar do Norte e no Mar da Noruega. Quando se trata de licitações em avaliação, a Rystad espera que as rodadas da Austrália, China Continental, Malásia, Brunei, Tailândia, Trinidad e Tobago e Indonésia sejam concluídas este ano.
“As rodadas que ainda serão abertas têm maior risco e podem sofrer atrasos nas premiações reais, com resultados potencialmente no próximo ano. Para alguns países que têm séries frequentes – como Brasil, Indonésia, Paquistão, Estados Unidos, Canadá, Angola e Emirados Árabes Unidos – o licenciamento continuará conforme programado. Portanto, esperamos que o número de rodadas de licenciamento a serem concluídas este ano esteja no mesmo nível do ano passado, o que também afetará o nível de área concedida. A maioria das rodadas que provavelmente serão concluídas está em bacias maduras, portanto, esperamos que blocos de tamanho menor sejam concedidos em 2023, em contraste com áreas de fronteira onde extensões maiores geralmente são concedidas para exploração preliminar”, declarou a empresa de pesquisa.
Valor - SP 02/03/2023
Para a Abegás, o combustível tem importância econômica, tendo em vista que é preferido de taxistas e motoristas de aplicativos por apresentar maior rendimento, e ambiental
A Abegás, associação que representa as empresas distribuidoras de gás canalizado, emitiu uma nota considerando positiva a decisão do governo federal de manter a desoneração das alíquotas de PIS e Cofins incidentes sobre as operações com o combustível gás natural veicular (GNV). O anúncio foi feito nesta terça-feira (28) em coletiva de imprensa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A entidade destaca a importância social, ambiental e econômica do GNV para o país, já que o energético é o combustível preferido de taxistas e motoristas de aplicativos, por apresentar maior rendimento.
“Do ponto de vista ambiental, a medida do governo mostra coerência com os compromissos de redução de emissões ratificados perante a comunidade internacional. O gás natural cabe ressaltar, representa uma ponte para um futuro com crescente uso de gás renovável ao permitir que a mesma infraestrutura de gás canalizado possa ser utilizada para a distribuição de biometano (resultado do processamento do biogás), com iniciativas já bem sucedidas no Brasil”, diz a nota.
A desoneração dos impostos federais terminou ontem. Ela tinha sido prorrogada no primeiro dia de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PR) para gasolina e etanol, além de gás natural veicular (GNV). A suspensão já ocorria no governo anterior, desde março de 2022, e terminaria inicialmente em 31 de dezembro do mesmo ano.
A tributação sobre diesel, biodiesel e gás de cozinha permanecerá zerada até o fim do ano. Já o querosene de aviação e o GNV terão a desoneração prorrogada por mais quatro meses.
IstoÉ Online - SP 02/03/2023
O petróleo fechou em alta, após dados da atividade industrial (PMI, na sigla em inglês) da China apontarem expansão em fevereiro e sinalizarem maior demanda para a commodity. Além disso, o relatório de estoques de petróleo nos Estados Unidos veio pouco acima do esperado, indicando desaceleração no crescimento dos estoques e melhora na demanda doméstica. O dólar enfraquecido no exterior também apoiou as cotações.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em alta de 0,83% (US$ 0,64), a US$ 77,69 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,03% (US$ 0,86), a US$ 84,31 o barril.
Em sessão volátil, os preços do petróleo foram sustentados pela perspectiva de melhora na demanda. Para a Capital Economics, o PMI industrial da China sugere que a economia está se recuperando rapidamente e, mesmo com uma moderação do crescimento no segundo semestre, a demanda por metais e petróleo deve permanecer elevada.
O TD Securities analisa que o teto de preços imposto pelo G7 está começando a afetar o processo de compra da commodity. “Caso a oferta da Rússia seja apertada, os mercados de petróleo podem ter um regime de recuperação curta no horizonte, em um momento de otimismo com a reabertura da China”, projeta o banco de investimentos.
Investidores ainda acompanharam a publicação do relatório de estoques de petróleo nos Estados Unidos, cujo crescimento veio pouco acima do esperado pelo mercado. Além disso, o dado veio longe do aumento de 6,2 milhões de barris reportado ontem pelo American Petroleum Institute (API) e ainda demonstrou um declínio inesperado nos estoques de gasolina, sugerindo aumento na demanda do derivado da commodity. Segundo o Wall Street Journal, é a primeira leitura que sugere demanda da gasolina nos EUA acima de 9 milhões de barris neste ano, possivelmente por um consumo impulsionado devido aos preços mais baixos.
No radar dos investidores, dados do PMI industrial nos Estados Unidos divulgados hoje demonstram que o setor segue em território de contração e que a economia americana está desacelerando, mas indicam que algumas partes estão melhorando.
Analista da Oanda, Edward Moya avalia que estão aumentando os riscos de que o ciclo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed) provoque uma recessão leve na economia americana. “Investidores devem esperar até ter uma ideia melhor do pico nos juros básicos. O petróleo parece que vai ficar preso em uma faixa de negociação, mas a tendência é de alta”, observa Moya.
Petro Notícias - SP 02/03/2023
Os trabalhadores argentinos que estão construindo o gasoduto de Vaca Muerta, que terá 573 quilômetros e transportará gás de xisto do remoto norte da Patagônia para as cidades argentinas e centros industriais no leste, estão na expectativa da chegada do dinheiro do BNDES, prometido pelo governo Lula, para dar seguimento ao empreendimento. O projeto, ajudará a aliviar os gargalos que sufocaram a produção de gás que o país precisa desesperadamente para fortalecer sua economia. Por enquanto ainda é um deserto varrido só por ideias apoiado na esperança da chegada do dinheiro brasileiro. O gasoduto será um passo decisivo em direção ao objetivo de reduzir a dependência do país das importações de combustível, mesmo que para o meio ambiente o resultado seja terrível. Por aqui, de acordo com as regras do IBAMA, ele jamais seria aprovado. Mesmo assim, até agora, a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ainda não se pronunciou. Enxergou 120 milhões de famintos no país, mas não conseguiu ver os danos que um financiamento brasileiro bilionário fará na Patagônia argentina.
O progresso em Vaca Muerta ocorre quando o boom do xisto nos Estados Unidos diminuiu. A guerra na Ucrânia agitou o mercado global de gás e os centros mundiais de crescimento da produção de hidrocarbonetos mudaram para a América do Sul, incluindo a Guiana e o Brasil. Passos críticos estão sendo dados, mas ainda há riscos acima do solo. A estatal de energia da Argentina, planeja tê-lo pronto até o final de junho, mas isso muito provavelmente, pelo ritmo da obra, não irá acontecer. Junho é o início do inverno argentino, quando a demanda por gás dispara. O governo aposta que o gasoduto será concluído dentro do prazo. Qualquer atraso que force importações extras de gás consumiria preciosos fundos do governo, o que seria um passo embaraçoso depois que as autoridades usaram as economias de GNL para uma recompra de títulos soberanos.
A produção de gás natural da Argentina atingiu 140 milhões de metros cúbicos por dia no inverno passado e o novo gasoduto forneceria 21 milhões extras de capacidade de transporte, permitindo que os perfuradores de xisto aumentassem as operações. Eventualmente, segue a lógica, o país exportaria para o Brasil por terra e para o resto do mundo por mar, na forma de cargas de GNL. Quanto às exportações para o Brasil, elas dependem da Argentina atrair credores para financiar uma seção extra do duto Nestor Kirchner. Isso não é certo: os problemas da Argentina a mantêm fora dos mercados internacionais de crédito, e está pagando pela primeira seção com receitas fiscais, incluindo um imposto pandêmico sobre a riqueza. Por isso, o dinheiro brasileiro está sendo aguardado com ansiedade. A produção de petróleo de Vaca Muerta, por sua vez, também deve aumentar. A Oldelval, que transporta a maior parte do abastecimento da região, e a empresa de armazenamento Oiltanking Ebytem, planejam dobrar a capacidade depois que o governo renovou suas licenças de operação no ano passado. Vaca Muerta significa que alguns perfuradores de petróleo podem atingir até US$ 30 por barril, em pé de igualdade com os rivais de xisto dos Estados Unidos. A meta é de um milhão de barris por dia de óleo de xisto até 2030. A Bacia de Neuquen estava produzindo um recorde de 373 mil barris por dia no final do ano passado, quase dois terços de todo o petróleo da Argentina.
O governo da Argentina mantém os preços domésticos dos combustíveis artificialmente baixos para proteger os consumidores, muitas vezes prejudicando os produtores. Os controles cambiais, projetados para defender o peso, tornam difícil para os perfuradores do país obter os dólares americanos de que precisam para comprar equipamentos ou enviar lucros aos investidores. As refinarias locais têm direito de preferência na compra de petróleo que, de outra forma, teriam que pagar preços mais altos no exterior, um obstáculo para contratos de exportação de longo prazo. Esses tipos de medidas têm sido grandes obstáculos para o desenvolvimento de Vaca Muerta.
Valor - SP 02/03/2023
A exportação de petróleo bruto somou US$ 1,2 bilhão em fevereiro e US$ 4,5 bilhões no bimestre
A exportação de petróleo bruto somou US$ 1,2 bilhão em fevereiro, com queda de 67,9% contra igual mês de 2022, com recuo não somente no preço, de 22%, mas também no volume, de 58,8%. No primeiro bimestre o valor exportado alcançou US$ 4,5 bilhões, com queda de 26,4% em relação a iguais meses do ano passado, com recuo de 13,8% no preço e de 14,6% na quantidade.
O desempenho chama atenção dos especialistas porque ontem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a taxação das exportações de óleo cru pela alíquota de 9,2%, com a qual o governo quer arrecadar cerca de R$ 6,6 bilhões, para compensar a perda na arrecadação com a reoneração parcial dos combustíveis.
Christian Meduna, economista do banco BV, destaca que, dada a representatividade do petróleo na exportação, a queda de embarques contribuiu para a redução da corrente de comércio total do país. Para Meduna o desempenho dessa exportação é um ponto específico a ser acompanhado nos próximos meses.
Com o recuo de valores, a fatia dos óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos na exportação brasileira caiu para 10,3% no primeiro bimestre de 2022, ante 14,1% em iguais meses do ano passado, segundo dados divulgados esta tarde pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic).
Valor - SP 02/03/2023
Quando as térmicas são incluídas no balanço de 2022, consumo médio total de gás natural recuou 24%
O consumo de gás natural no Brasil em 2022 cresceu 7,2% na comparação com o volume demandado em 2021, puxado pelo maior uso do insumo pelas indústrias e pelo comércio, bem como no segmento de gás natural veicular (GNV), de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).
O resultado é reflexo da retomada consolidada das atividades econômicas do país após a pandemia. Em 2021, ainda se verificavam oscilações no ritmo da economia, ainda em função de medidas de distanciamento social. O avanço da vacinação ajudou a impulsionar a retomada da atividade econômica, o que refletiu nos números da demanda, segundo a entidade.
A alta dos preços da gasolina e do óleo diesel no ano passado também influenciou no consumo maior de GNV. Essa alta, de 5,5%, tem relação com maior conversão de veículos leves para o combustível, mais econômico do que motores a gasolina e etanol, cujos preços sofreram no ano passado. Houve também maior aquisição de veículos pesados, especialmente caminhões zero-quilômetro, movidos a GNV e biometano.
“A térmica é uma âncora para viabilizar investimentos na infraestrutura de gás”, diz Marcelo Mendonça
Mas esse percentual é positivo quando se desconsidera a geração térmica, cujo número distorce a comparação: em 2022, a eletricidade produzida pelas termelétricas foi bem menor porque 2021 foi o ano em que o país viveu a pior crise hídrica da história, exigindo acionamento pleno das usinas a gás natural, o que puxou o consumo para cima.
Excluindo a geração térmica, o país teve consumo de 45,082 milhões de metros cúbicos por dia (m3 /dia) em 2022, contra 42,067 milhões de m3 /dia. Quando as térmicas são incluídas no balanço do ano, o recuo no consumo médio total foi de 24% (confira infográfico ao lado).
De acordo com Marcelo Mendonça, diretor de estratégia e mercado da Abegás, apesar do cenário positivo para a geração de energia, com chuvas abundantes que desobrigam o acionamento das termelétricas, o país é muito dependente das chuvas e caso 2023 seja um ano menos chuvoso do que o ano passado, o país estará exposto às variações de preços do gás natural liquefeito (GNL) adquirido no exterior, cujas cotações têm sido muito elevadas. O cenário de oferta apertada por causa das sanções à Rússia pressionaria o Brasil num cenário de estiagem, tanto pela dificuldade para aquisição do GNL quanto pelo preço, mais elevado, impactando as contas de energia num eventual quadro mais restritivo.
Mendonça ressaltou que o país tem restrições na infraestrutura que impedem aumento da oferta de gás natural e o volume de reinjeção é elevado, na casa de 70 milhões de m3 /dia. Para ele, medidas que incentivem aumento da oferta de gás precisam ser tomadas agora, enquanto as chuvas ainda beneficiam o setor elétrico, porque a implantação de projetos de gás demandam entre três e cinco anos entre a decisão de investimento e a operação comercial. E nesse período, o atual cenário de chuvas pode não se repetir. “A térmica é uma âncora para viabilizar investimentos na infraestrutura de gás. Precisamos aproveitar o potencial do país para trazer competitividade”, disse.
O executivo destacou que novas aplicações para o uso do gás natural vêm ganhando espaço no país nos últimos anos, como o uso em veículos pesados, cujo mercado começa a contar com oferta maior de caminhões zero quilômetro movidos a GNV e bioGNV. Essa maior procura por caminhões a gás, afirma Mendonça, também refletiu no aumento da demanda de GNV no ano passado. Mendonça vê tendência de crescimento do consumo de GNV pelo segmento pesado nos próximos anos.
A Scania é a primeira montadora de caminhões a ofertar modelos movidos a GNV e biometano, enquanto Mercedes-Benz e Iveco já anunciaram planos de fazer o mesmo em suas linhas de produtos. O executivo da Abegás observou que caso o gás natural fosse incentivado para substituir a parcela importada de óleo diesel, seja na aquisição de veículos novos, seja pela conversão de caminhões, o país evitaria uma despesa entre US$ 7 bilhões e US$ 8 bilhões.
Associe-se!
Junte-se a nós e faça parte dos executivos que ajudam a traçar os rumos da distribuição de aço no Brasil.
© 2019 INDA | Todos os direitos reservados. desenvolvido por agência the bag.