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01 de Novembro de 2023

INDA

Portal Fator Brasil - RJ   01/11/2023

O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) divulgou seus dados no dia 26 de outubro (quinta-feira) mostrou que as compras do mês de setembro registraram queda de 6,6% perante a agosto, com volume total de 322,8 mil toneladas contra 345,8 mil. Frente a setembro do ano passado (332,6 mil toneladas), apresentou queda de 2,9%.

Vendas — As vendas de aços planos em setembro contabilizaram queda de 5,8% quando comparada a agosto, atingindo o montante de 323,3 mil toneladas contra 343,4 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 323,5 mil toneladas, registrou alta de 0%.

Estoques — Em número absoluto, o estoque de setembro obteve queda de 0,1% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 843,4 mil toneladas contra 843,9 mil. O giro de estoque fechou em 2,6 meses.

Importações (Chapas Grossas, Laminados a Quente, Laminados a Frio, Chapas Zincadas a Quente, Chapas Eletro-Galvanizadas, Chapas Pré-Pintadas e Galvalume)— As importações encerraram o mês de setembro com alta de 34,1% em relação ao mês anterior, com volume total de 309,8 mil toneladas contra 231 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (108,7 mil toneladas), as importações registraram alta de 184,9%.

Projeções — Para outubro de 2023, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma alta de 5% em relação ao mês de setembro — disse o presidente-executivo do Instituto, Carlos Jorge Loureiro.

SIDERURGIA

Valor - SP   01/11/2023

A Ternium registrou prejuízo líquido de US$ 783 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo o lucro de US$ 220 milhões reportado no mesmo período do ano anterior. A siderúrgica ítalo-argentina somou receitas de US$ 5,18 bilhões entre julho e setembro, alta de 26% sobre o mesmo período de 2022.

Segundo a companhia, o aumento de participação na Usiminas resultou em um prejuízo líquido no caixa de US$ 1,1 bilhão e uma redução líquida de US$ 171 milhões no valor do patrimônio da Ternium. Houve uma perda não monetária de US$ 935 milhões, principalmente devido à reciclagem do ajuste de conversão cambial (CTA) de outros resultados abrangentes para resultados líquidos.

Este foi o primeiro trimestre da companhia que incluem os números da siderúrgica brasileira. Em julho, a Ternium finalizou a operação de tomada de controle da Usiminas, após acordo para comprar participação da Nippon Steel por quase R$ 700 milhões no início do ano.

Como parte da combinação de negócios, a Ternium reconheceu contingências da Usiminas no valor de US$ 656 milhões relacionadas a questões tributárias, cíveis, trabalhistas e outras que foram definidas como “de nenhuma ocorrência provável”. Estas contingências não são reconhecidas no balanço individual da Usiminas.

Já as vendas líquidas aumentaram sequencialmente em US$ 1,3 bilhão no terceiro trimestre de 2023, principalmente devido à consolidação das vendas da Usiminas, que geraram US$ 1,2 bilhão no período.

Como resultado da consolidação da Usiminas, os embarques de aço no Brasil aumentaram 1 milhão de toneladas sequencialmente no terceiro trimestre. Segundo a companhia, os embarques para clientes industriais representam aproximadamente 70% do total dos embarques de aço no país, com participação “significativa” do setor automotivo brasileiro.

A companhia realizou embarques de 4,1 milhões de toneladas de aço, alta de 39% no ano, e de 2,1 milhões de toneladas de mineração. No México, os volumes aumentaram sequencialmente no terceiro trimestre, impulsionados sobretudo pelo aumento das remessas para clientes comerciais e pelo aumento da procura da indústria automóvel do país.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado cresceu 2% em base anual, para US$ 698 milhões nos três meses encerrados em setembro. Segundo a empresa, o resultado foi impactado pelos preços mais baixos do aço nos Estados Unidos, México e Canadá (USMCA) e do maior custo das placas adquiridas.

A margem Ebitda ajustada do caiu 3 pontos percentuais em base anual, para 13%, afetada pelos preços e pela consolidação do resultado operacional da Usiminas, que registrou um nível de rentabilidade “muito baixo” no trimestre, destaca a companhia em comentário que acompanha os resultados.

Investing - SP   01/11/2023

A CSN (BVMF:CSNA3) divulgou nesta terça-feira que a compra de participação adicional na Panatlântica, transação anunciada na véspera, foi acertada em 150 milhões de reais.

A CSN havia informado na segunda-feira o acordo com a Talavera para a aquisição de 18,61% de participação na Panatlântica, que atua no mercado de aços planos. No entanto, o valor do negócio não havia sido divulgado.

Com a operação, a CSN eleva a fatia na companhia para 29,91%.

A divulgação do valor veio após ofício encaminhado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) à CSN.

O montante será pago em moeda corrente nacional, em seis parcelas anuais, sendo a primeira na data de fechamento da operação e as restantes nos aniversários subsequentes da data de encerramento da operação, disse a CSN.

A aquisição, segundo a CSN, faz parte de sua estratégia de "avançar na cadeia de valor no segmento de siderurgia, aumentando sua competitividade através do reforço de seus canais de distribuição e níveis de serviços aos clientes finais".

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   01/11/2023

Pesquisa mensal da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta para a perda de dinamismo da atividade da indústria de transformação na passagem de agosto para setembro. De acordo com os Indicadores Industriais, o faturamento real do setor caiu 0,5% no período, as horas trabalhadas recuaram 1% e a utilização da capacidade instalada manteve tendência de queda, com redução de 0,3 ponto percentual de um mês para o outro.

Para a entidade, os juros altos seguem como um importante fator de desaceleração da indústria.

“Apesar do início dos cortes da taxa básica de juros, ela permanece exercendo um papel restritivo sobre a economia, contribuindo para um ambiente de crédito bastante desfavorável”, explicou a economista da CNI Larissa Nocko. “Esperamos uma redução das concessões de crédito às empresas neste ano, em termos reais, e um crescimento fraco das concessões aos consumidores, o que já vem repercutindo sobre uma demanda bastante enfraquecida”, afirmou.

Nesta terça-feira (31), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia a sétima reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. No encontro, que termina na quarta-feira (1°), a expectativa é que o órgão reduza a taxa dos atuais 12,75% ao ano para 12,25% ao ano.

Este deverá ser o terceiro corte desde agosto. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Dados da indústria

Durante o ano, o faturamento da indústria intercalou altas e baixas, mas, segundo a CNI, o terceiro trimestre indica que a trajetória é de queda. Na comparação com setembro de 2022, o indicador apresenta redução de 1,4%. As horas trabalhadas registraram o quarto mês sem avanços e, na comparação com o mesmo mês do ano passado, teve recuo de 3,5%.

Com o recuo no mês, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria de transformação alcançou 78,1% em setembro. Na comparação com setembro de 2022, a redução foi de 2,8 pontos percentuais. “O resultado mostra continuidade da tendência de queda observada na série desde 2021”, avalia a CNI.

Já o emprego registrou estabilidade em setembro, com variação negativa de 0,1%. Desde o mês de maio, esse indicador vem alternando entre meses de estabilidade e queda. “Após avançar de forma expressiva em 2021 e 2022, o indicador tem confirmado a perda dinamismo no período recente, como se verifica nos outros indicadores de atividade industrial”, avalia a CNI.

Por outro lado, a massa salarial e o rendimento médio do trabalho seguem em trajetória de crescimento.

O rendimento médio real apresentou crescimento de 1,6% em setembro, na comparação com o mês anterior. De acordo com a pesquisa, ao longo deste ano, o indicador também alternou entre avanços e quedas, no entanto, com as altas mais intensas que os recuos.

Setembro é o segundo mês consecutivo de crescimento do rendimento, que acumulou avanço de 2,7% no ano, atingindo o ponto mais alto do ano. Na comparação com setembro de 2022, o indicador apresenta crescimento de 2,8%.

No caso da massa salarial real da indústria de transformação, houve crescimento de 1,5% em setembro na comparação com agosto, compondo uma trajetória de crescimento. Em relação a setembro de 2022, o avanço foi de 3,1%.

Infomoney - SP   01/11/2023

O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) cresceu 4,1 pontos na passagem de setembro para outubro, para 110,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O avanço foi influenciado por “instabilidades externas”, alçando o indicador à faixa desfavorável (acima dos 110 pontos) pela primeira vez desde maio, quando estava em 111,8 pontos.

De acordo com Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV a alta da incerteza em outubro foi influenciada principalmente por fatores externos, como o conflito no Oriente Médio e, em menor grau, pelas eleições na vizinha Argentina. Ambos os componentes do indicador subiram, com a maior influência dada pelo componente de Mídia, que mede o nível de incerteza através das notícias econômicas.

“O componente de expectativas subiu motivado pelo aumento modesto das dispersões para as previsões da inflação 12 meses à frente, influenciado pelo impacto do conflito, mesmo que temporário, no preço do barril de petróleo e a possibilidade de um menor espaço para o corte das taxas de juros no Brasil. O cenário internacional desafiador vem gerando volatilidade do indicador desde agosto, interrompendo a sequência de quedas que vinham ocorrendo desde abril”, avaliou Anna Carolina em nota.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.

O componente de Mídia subiu 4,1 pontos, para 111,8 pontos. O componente contribuiu com 3,6 pontos para o IIE-Br do mês.

O componente de Expectativas aumentou 2,4 pontos, para 103,1 pontos. O componente contribuiu com 0,5 ponto para o índice de outubro.

Globo Online - RJ   01/11/2023

O Federal Reserve, banco central americano, deve manter os juros inalterados nesta quarta-feira. Com isso, o mercado deve ficar atento a possíveis indícios sobre os próximos passos da instituição a fim de saber se novos aumentos das taxas seguem na mesa.

Os dirigentes do Fed aumentaram as taxas de juros de forma acelerada desde março de 2022 com o objetivo de combater a inflação. O atual intervalo, entre 5,25% a 5,5%, é o maior desde 2021.

Na reunião de setembro, quando não elevou as taxas, o BC deixou a porta aberta para novos aumentos, mas, recentemente, os próprios membros suavizaram o discurso, o que consolidou o cenário de manutenção.

— A probabilidade maior é de uma manutenção. Temos que ficar atentos para o posicionamento deles sobre novas altas, com a possibilidade de um tom mais duro – destaca o sócio da One Investimentos, Lucca Ramos.

Juros altos por mais tempo

A questão agora para os investidores é saber se o Fed julgará necessário realizar um novo aumento de 0,25 ponto percentual na reunião de dezembro ou no início do próximo ano. E se caso o ciclo se encerre, por quanto tempo as taxas permanecerão em patamar elevado.

— A economia americana continua resiliente. O Fed não deve subir a taxa de juros, mas o comunicado deve ser hawkish (favorável à retira de estímulos), deixando aberto uma possível alta residual de 0,25 ponto percentual – destaca o economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti.

Na avaliação do Bank of America (BofA), o BC americano ainda deve realizar mais uma alta de juros em dezembro devido a contínua resiliência econômica. Para eles, o presidente do Fed, Jerome Powell, irá reforçar o tom de cautela em seu discurso.

O BofA espera que o Fed continue a dar ênfase na dependência de dados para a tomada de decisões à frente.

“É provável que Powell afirme que a Fed está a ‘proceder com cuidado’ e está consciente do aperto financeiro, que não vê como um reflexo das expectativas de política monetária. As únicas alterações que esperamos na declaração do Fed são as descrições da atividade econômica atual, que devem ser atualizadas para refletir os dados recentes robustos”, destacam os analistas do banco, em relatório.

A inflação no país até tem demonstrado sinais de desaceleração. O índice de preços de gastos com consumo (PCE, da sigla em inglês) avançou 3,4% em setembro, estável em relação aos dados de agosto e julho, segundo o do Departamento de Comércio.

O núcleo do índice, que exclui componentes voláteis de energia e alimentos, subiu 3,7%, abaixo dos 3,8% registrados em agosto. Os números vieram dentro do esperado, apesar de estarem distantes da meta de 2% do Fed.

Atividade resiliente

Ainda assim, surpresas positiva na economia têm deixado o caminho do BC no fim de seu ciclo monetário menos óbvio para os agentes. Na semana passada, o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre subiu 4,9%, e os indicadores referentes ao mercado de trabalho seguem fortes, com uma taxa de desemprego em patamares historicamente baixos.

Com isso, há incertezas sobre o real nível de aperto da política monetária, questão já levantada pelo próprio Powell.

Nas últimas semanas, as taxas de juros dos Treasuries de longo prazo atingiram níveis não vistos desde 2007. Em tese, o movimento poderia ajudar o trabalho do Fed ao contribuir para o aperto das condições financeiras.

Powell e outros dirigentes do BC já afirmaram que isso poderia reduzir a necessidade de mais aperto nos juros, mas não descartaram novas elevações.

— Os juros devem ficar altos por mais tempo, porque o consumo e o mercado de trabalho seguem fortes, mesmo com os Treasuries atingindo máximas — avalia Bertotti.

Nesse sentido, manter as taxas inalteradas nesta quarta-feira dará mais tempo para o Fed avaliar os indicadores econômicos que ainda serão divulgados, sem falar nos desdobramentos do atual cenário global conturbado, com tensões geopolíticas com a China e a guerra no Oriente Médio.

Infomoney - SP   01/11/2023

A atividade da indústria de transformação perdeu dinamismo no mês de setembro. A pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta terça-feira (31) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que houve queda do faturamento real, do número de horas trabalhadas na produção e do nível de utilização da capacidade instalada.

De acordo com os Indicadores Industriais, em setembro, o faturamento real da indústria de transformação teve recuo de 0,5% na comparação com agosto, na série livre dos efeitos sazonais.

Segundo a CNI, ao longo de 2023, o indicador tem alternado resultados positivos e negativos, com quedas mais expressivas do que as altas, mostrando uma trajetória de contração. Na comparação com setembro de 2022, o indicador também apresenta queda de 1,4%.

Pelo quarto mês consecutivo sem avançar, entre estabilidade e recuos, as horas trabalhadas na produção industrial caíram 1,0% em setembro ante agosto. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o indicador também registra queda de 3,5%.

Juros altos

Para a economista da CNI Larissa Nocko, os juros elevados continuam como um importante fator de desaceleração da indústria. “Apesar do início dos cortes da taxa básica de juros, ela permanece exercendo um papel restritivo sobre a economia, contribuindo para um ambiente de crédito bastante desfavorável”, avalia.

A economista lembra ainda que o nível de endividamento e de inadimplência das famílias e a taxa média de juros das operações de crédito estão bastante elevados. “Esperamos uma redução das concessões de crédito às empresas neste ano, em termos reais, e um crescimento fraco das concessões aos consumidores, o que já vem repercutindo sobre uma demanda bastante enfraquecida”, afirma.

Emprego e salários

A pesquisa revela ainda que o emprego industrial manteve-se estável de agosto para setembro, com leve recuo de 0,1%. No ano, o indicador registrou dois meses de avanço e, nos outros sete meses, intercalou resultados de estabilidade e de queda, “confirmando a perda de dinamismo” após os avanços de 2021 e 2022.

Mesmo assim, na comparação com setembro de 2022, o indicador registra avanço de 0,4%.

Por outro lado, a massa salarial real da indústria de transformação cresceu 1,5% no mês passado ante agosto. Esse é o segundo mês de alta, acumulado crescimento de 2,4% em agosto e setembro.

De acordo com a pesquisa, ao longo do ano, o indicador alternou avanços e quedas, mas as variações positivas foram mais intensas que as negativas. Na comparação com setembro de 2022, a massa salarial real cresceu 3,1%.

O rendimento médio real também cresceu 1,6% em setembro ante agosto. Esse é o segundo mês consecutivo de crescimento do rendimento, que acumula alta de 2,7% em agosto e setembro. Em relação a setembro do ano passado, o rendimento médio real teve alta de 2,8%.
Capacidade instalada

Já a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria de transformação chegou a 78,1% em setembro, queda de 0,3 ponto porcentual na comparação ao resultado de agosto. Em relação a setembro de 2022, o recuo é ainda maior, de 2,8 p.p.

Segundo a CNI, o resultado da UCI mostra continuidade da queda observada na série desde 2021.

Globo Online - RJ   01/11/2023

Na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a nova taxa básica de juros, o vice-presidente Geraldo Alckmin cobrou, nesta terça-feira, uma queda mais acelerada do índice.

A expectativa de operadores do mercado é por uma nova queda de 0, 5 ponto percentual, o que deixaria a taxa em 12,25%.

– Os juros estão caindo. Amanhã esperamos que caia mais ainda e precisa cair mais depressa. O câmbio está competitivo, é um câmbio que ajuda.

Alckmin também fez elogios nesta terça-feira ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por ter conseguido articular a aprovação da Reforma Tributária na Casa. Em discurso feito em um evento na Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Alckmin avaliou que Lira "pegou para valer" a reforma e também fez elogios ao deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que foi o relator da proposta na Casa. No mesmo evento, ele pediu para que a taxa de juros seja reduzida de forma mais rápida.

– Quero aqui fazer um agradecimento e um reconhecimento ao presidente (da Câmara) Arthur Lira, que pegou para valer para votar a Reforma Tributária em tempo recorde na Câmara Federal. Destacar também a participação do Aguinaldo Ribeiro, que foi o relator na Câmara Federal, fazendo um belíssimo trabalho na Reforma Tributária – disse.

Lira e Aguinaldo são do PP, partido que tem cobrado cargos do governo e se aproximando do Poder Executivo na Câmara. Os dois deputados conseguiram na semana passada receber a confirmação do governo que vão apadrinhar o novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira, que vai substituir Rita Serrano no comando do banco.

O vice-presidente afirmou também que a Reforma Tributária "faz o PIB crescer e traz eficiência econômica" e que "os estudos mostram que ela pode em 15 anos elevar 12% o PIB, reduzindo o Custo Brasil e melhorando a competitividade".

Alckmin, que também é ministro da Indústria, Desenvolvimento, Comércio e Serviços, disse que a proposta "vai estimular a indústria, hoje sobretributada, desonerar completamente o investimento e desonerar completamente a exportação porque ela acaba com a cumulatividade”.

A reforma está sob a análise do Senado e o relator na Casa, Eduardo Braga (MDB-AM), apresentou um parecer com mudanças ao texto aprovado pelos deputados, o que deve fazer com que a Câmara volte a analisar o texto.

Arthur Lira também esteve presente e discursou durante o evento. Em seu pronunciamento, o presidente da Câmara disse que vai se esforçar para aprovar projetos que visam melhorar o ambiente de negócios, mas não citou nenhuma das iniciativas em tramitação na Casa, como a subvenção do ICMS, que é prioridade para o governo e visa melhorar a arrecadação ao disciplinar a concessão de incentivos fiscais.

– Queremos oferecer ao país um arcabouço legal confiável, racional e efetivo. Buscamos a um só tempo garantir segurança jurídica e evitar entraves legais que obstruíam o desenvolvimento econômico. A nossa agenda parlamentar tem mantido o compromisso com a modernização legislativa deste país. Um compromisso com a burocratização e a simplificação.

As falas foram feitas durante a posse de Ricardo Alban como novo presidente da CNI. Além de Lira e Alckmin, o evento reuniu o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e do Ceará, Elmano de Freitas (PT).

Infomoney - SP   01/11/2023

O Índice de Confiança do Consumidor nos Estados Unidos medido pelo The Conference Board caiu pelo terceiro mês seguido em outubro, dos 104,3 revisados de setembro para 102,6 neste mês. Ainda assim, o dado veio um pouco acima do consenso Refinitiv de analistas, que previa um índice de 100,0.

Segundo a pesquisa, o subíndice da situação atual recuou de 146,2 para 143,1 e o indicador de expectativas recuou de 76,4 para 75,6. Assim, o índice de expectativas ainda está abaixo de 80, nível que historicamente sinaliza uma recessão no próximo ano.
A pesquisa mostrou ainda que os receios dos consumidores relativos a uma recessão iminente permanecem elevados, consistentes com a projeção do Conference Board de uma contração econômica curta e superficial no primeiro semestre de 2024.

Segundo Dana Peterson, economista chefe do The Conference Board, os consumidores continuaram preocupados com o aumento dos preços em geral, e com os preços dos produtos alimentares e da gasolina em particular. Eles também expressaram preocupações sobre a situação política e com as taxas de juro mais elevadas.

“As preocupações em torno da guerra e conflitos também aumentaram, no meio da recente turbulência no Médio Oriente. O declínio na confiança do consumidor foi evidente entre os agregados familiares com 35 anos ou mais, e não se limitou a qualquer grupo de rendimento”, disse Peterson.

As expectativas de inflação média em 12 meses aumentaram em outubro para 5,9%, depois de se terem mantido estáveis em 5,7% nos últimos três meses.

O Estado de S.Paulo - SP   01/11/2023

Na última reunião do Copom, a sinalização foi de que, nas “próximas reuniões”, o ritmo de corte da taxa Selic seria mantido em 0,50 ponto porcentual, o que foi interpretado como válido para as decisões desta quarta-feira, 1º de novembro, e de dezembro. Mas o que acontece a partir de janeiro de 2024, quando dois novos diretores do Banco Central indicados pelo governo Lula assumem o cargo?

É justamente alguma sinalização sobre os passos do Copom no ano que vem que muitos analistas esperam ver no comunicado que acompanhará a decisão desta quarta. Com a turbulência dos mercados globais, após a disparada dos juros de longo prazo dos Estados Unidos, há quem defenda que o BC reduza o ritmo de corte de juros para 0,25 ponto. Porém, há quem aposte que a redução da Selic seja acelerada para 0,75 ponto dada a desaceleração do núcleo da inflação, apontando para uma dinâmica futura mais benigna dos preços, além da recente perda de fôlego da economia brasileira.

Nas suas últimas aparições públicas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, deu mais ênfase à piora no cenário externo do que à melhora na inflação brasileira. Outros diretores do BC também já haviam dito que a barra era alta para acelerar o ritmo de corte da Selic. Não à toa, nas últimas semanas o mercado passou a prever uma taxa terminal mais alta ao fim do ciclo de corte de juros. Essa taxa terminal chegou perto de 9%, mas hoje está mais próxima de 10,50%.

Diante dessa precificação, na prática, sem o BC ter feito qualquer mudança prematura na comunicação sobre os próximos passos da política monetária, as condições financeiras estão tão apertadas agora quanto estavam em março, mesmo depois de o Copom já ter cortado a Selic de 13,75% para os atuais 12,75%. Ou seja, o mercado fez parte do trabalho do Copom diante da piora acentuada do cenário externo, ao precificar um orçamento total menor de corte da Selic ao fim do ciclo. Com isso, a desvalorização do real foi muito menor do que a de outras moedas emergentes, em meio à disparada dos juros de longo prazo nos EUA. O dólar não se desgarrou da faixa de R$ 5,00.

Assim, diante de tantas incertezas do que vai acontecer no cenário externo, com a tensão geopolítica e até o crescente temor do déficit fiscal nos EUA, não faz sentido o Copom mudar seu plano de voo agora. Ao contrário do que fez nos dois últimos comunicados, quando travou o ritmo de corte de juros em 0,50 ponto para as duas reuniões seguintes, se o Copom deixar em aberto o que acontecerá em janeiro a especulação do mercado poderá ser contraproducente para o BC.

MINERAÇÃO

Valor - SP   01/11/2023

Com isso, a valorização acumulada pela commodity em 2023 chega a 4,9%

Apesar dos dados negativos de atividade industrial na China, os preços do minério seguiram em alta e encerraram outubro com ganho acumulado de 2,8% e no maior nível desde 22 de setembro.

No norte do país asiático, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro fechou a terça-feira com alta 0,2%, para US$ 123,15 a tonelada.

Com isso, a valorização acumulada pela commodity em 2023 chega a 4,9%.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em janeiro, fecharam o dia com ganho de 0,3%, para 898,50 yuan por tonelada.

Valor - SP   01/11/2023

A procura da China por matérias-primas, incluindo minério de ferro e cobre, permanece robusta, disse o presidente-executivo do gigante mineiro BHP Group, mesmo com a recuperação econômica do país decepcionando e o seu setor imobiliário enfrentando dificuldades.

Mike Henry disse que o apetite da China pelo cobre - amplamente utilizado na indústria transformadora e na construção - é ainda mais forte do que a maior mineradora do mundo em valor de mercado previa há seis a 12 meses e que os ventos econômicos contrários não se traduziram numa redução da procura de mercadorias de forma mais ampla.

As autoridades intensificaram recentemente os estímulos destinados a reenergizar os gastos dos consumidores e a reforçar o conturbado mercado imobiliário da China – medidas citadas pelos analistas do Citi esta semana como um vento favorável para os preços do minério de ferro, à medida que atualizavam as suas próprias previsões de curto prazo para o ingrediente siderúrgico.

Ainda assim, Henry advertiu que as perspectivas econômicas da China continuam obscuras, uma vez que os dados mais recentes alimentam preocupações sobre a fragilidade da sua recuperação. A China é o maior comprador mundial de minério de ferro, cobre e vários outros metais.

Um indicador privado da atividade industrial da China entrou em contração em outubro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo grupo de mídia Caixin e pela S&P Global, pesando sobre os preços dos metais, incluindo o cobre. Um dia antes, dados oficiais mostraram que as encomendas às fábricas diminuíram e a atividade de construção abrandou, reacendendo as preocupações com o crescimento.

"Houve alguns sinais positivos nos últimos meses, mas também algumas coisas que claramente não estão progredindo tão rapidamente quanto alguns esperariam", disse Henry aos repórteres após uma reunião anual de acionistas em Adelaide. “Portanto, o júri ainda não decidiu sobre a rapidez com que as coisas se recuperam.”

Ele também disse que a escalada do conflito em Gaza entre Israel e o Hamas lançaria uma sombra sobre a economia global. “Isso traz maiores preocupações em torno da estabilidade”, disse Henry.

A BHP não tem negócios ou vendas na região, por isso não é diretamente afetada pela guerra, disse ele. “Mas, claro, é algo que mantemos atentos em termos dos sinais que está enviando e das repercussões que está enviando para a economia global mais ampla”, disse ele.

Brasil Mineral - SP   01/11/2023

O SIM 2023 funcionará como um workshop com o tema “Construindo o futuro da Mineração

O Seminário Internacional Metso “SIM 2023 “– Estamos construindo o futuro da mineração” ocorre no dia 7 de novembro, das 8h às 18h, no Museu da Gerdau, Belo Horizonte (MG). O evento é exclusivamente para profissionais de operação mineral e deve reunir um grupo importante desses participantes para debater com os pares de mercado diversos assuntos em seis painéis temáticos e duas palestras sobre economia e infraestrutura. A organização espera um público de mais de 120 profissionais que atuam diretamente em mineradoras.

Em termos de conteúdo, o SIM 2023 funcionará como um workshop com o tema “Construindo o futuro da Mineração”, dividido em seis painéis temáticos e com cerca de 25 especialistas e executivos de vários níveis que ocupam cargos de liderança em suas mineradoras.

Os painéis serão apresentados durante o dia 7 de novembro, intermediados por almoço e coffee break. O evento termina com um happy hour. A participação é gratuita, mas com convite prévio. As inscrições são limitadas a 100 vagas e podem ser realizadas no https://www.metso.com/pt/eventos/2023/sim2023-brasil/. “Queremos discutir a construção do futuro da mineração, com a experiência de quem de fato trabalha no setor em áreas-chave”, explica porta voz da Metso. “É um evento de mineradoras para mineradoras”, completa.

No total, o SIM reúne profissionais de 10 mineradoras diferentes, incluindo Anglo American, Nexa, Vale, J.Mendes, Appian, MRN, Samarco, Hydro, Kinross e AMG. Entre os temas discutidos está a inovação em mineração, painel coordenado por Leandro Rossi, do Mining Hub e participação de Patrícia Procópio (Hexagon), Saulo Rezende (Nexa) e Laender Azevedo (Metso).

O segundo painel tratará da eficiência energética em mineração, com a mediação de Nelson Valêncio (Brasil Energia) e participação de Talita Oliveira (Vale), Roberto Miranda (J. Mendes), Tony Lima (Appian), Cristiano Cobo (Anglo American) e Alan Boylston (Metso).

As práticas de ESG que impulsionam o crescimento da mineração é o tema do terceiro painel do SIM 2023, com mediação de Lilian Moreira (Conexão Mineral) e presença de Jéssica Naime (MRN), Karina Rapucci (Vale), Rolf Fuchs (Integratio) e Marius Verwoerd (Metso). No painel 4, o mediador Ricardo Takeda (Metso) conversa com Sandra Moraes (IPT), Thiago Marchezi (Samarco), Aline Nunes (IBRAM) e Alexandre Freitas (Hydro). O tema envolve as tecnologias que aumentam a segurança das barragens.

O painel especial sobre a cadeia de suprimentos na mineração traz Ailana Vilela (Samarco), Eduardo Magalhães (Kinross), Rodrigo Pavan (Anglo American) e Luciano Cardoso (Appian), numa discussão conduzida por Rogério Rodrigues (Metso). O último painel do dia reúne Claudia Diniz (Women in Mining), Fabiano Costa (AMG), Tony Lima (Appian) e Marcelo Motti (Metso). A discussão envolve o papel do Brasil como potência mineral e será coordenada por Francisco Alves (Brasil Mineral).

O SIM 2023 será aberto por duas palestras especiais: a primeira com a jornalista econômica da CNN, Thaís Herédia, que fala sobre perspectivas da economia para 2024, com um overview do setor mineral, e a segunda com o principal executivo da área de infraestrutura da consultoria A&M Infra, Marcos Ganut, que foca nesse segmento e na mineração brasileira.

Valor - SP   01/11/2023

A valorização acumulada em outubro chegou a 2,8%

Na contramão dos dados mais recentes, e negativos, da atividade industrial na China, maior consumidora de minério de ferro do mundo, os preços da commodity encerraram outubro em alta no mercado transoceânico, de volta aos níveis vistos em setembro e mais do que compensaram a queda acentuada do início do mês.

Estímulos adicionais à economia chinesa deram suporte a esse desempenho. Mas consultores e analistas permanecem céticos quanto à continuidade da trajetória de recuperação, sustentando que a aposta nessas medidas, que não devem resolver a crise imobiliária no país asiático, é frágil.

No norte da China, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro subiu 0,2% ontem, para US$ 123,15 a tonelada. Com isso, a valorização acumulada em outubro chegou a 2,8%. No ano, os ganhos estão em 4,9%. Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em janeiro, fecharam o dia com ganho de 0,3%, para 898,50 yuan por tonelada.

Em relatório da semana passada, o chefe de pesquisa de próxima geração do banco Julius Baer, Carsten Menke, apontou que o empréstimo de 1 bilhão de yuans (US$ 136,7 milhões) aos governos locais na China, aprovado com vistas a impulsionar investimentos em infraestrutura, não deve ser suficiente para impulsionar o mercado de metais industriais e o setor de construção no país.

“Nossa visão sobre a China não muda: os investimentos em ativos fixos não devem impulsionar a recuperação esperada da atividade econômica, tendo em conta os obstáculos estruturais que o país enfrenta”, escreveu. Os projetos que estão no alvo desse pacote parecem ser mais intensivos em cimento do que em aço, diz Menke.

Ontem, o Departamento Nacional de Estatísticas (NBS) informou que o índice oficial de gerentes de compra (PMI) do setor industrial da China caiu de 50,2 em setembro para 49,5 em outubro, entrando no terreno de contração.

Máquinas e Equipamentos

Terra - SP   01/11/2023

A Caterpillar relatou nesta terça-feira um aumento de dois dígitos em seu lucro, superando as estimativas de Wall Street, com base nas sólidas vendas de equipamentos de construção na América do Norte, mas suas ações caíram no início do pregão devido a sinais de desaceleração da demanda por maquinário.

As ações da empresa sediada no Texas caíram até 6,3%, uma vez que os estoques dos revendedores aumentaram pelo terceiro trimestre consecutivo, ao mesmo tempo em que a carteira de pedidos da Caterpillar diminuiu, indicando que a demanda por equipamentos pode ter atingido seu pico.

A carteira de pedidos da maior fabricante de equipamentos de construção do mundo caiu 2,6 bilhões de dólares no trimestre.

"A carteira de pedidos caiu... o que é um bom indicador de que a demanda está diminuindo", disse Matt Britzman, analista de ações da Hargreaves Lansdown.

Executivos da empresa tentaram amenizar as preocupações dos investidores em uma teleconferência. O diretor financeiro Andrew Bonfield disse que os estoques dos revendedores de equipamentos de construção estão "dentro da faixa típica de vendas de três a quatro meses".

"Ainda há áreas e produtos em que os revendedores gostariam de ter mais estoque", disse Bonfield, acrescentando que a Caterpillar está muito confortável com os níveis de estoque.

A demanda por equipamentos de construção tem sido resiliente à medida que os EUA atualizam suas estradas, ferrovias e outras infraestruturas de transporte sob um pacote de 1 trilhão de dólares aprovado pelo Congresso em 2021 sob o governo do presidente Joe Biden.

O lucro da Caterpillar também se beneficiou de controles eficazes de custos e aumentos de preços, protegendo as margens em meio a pressões inflacionárias contínuas.

O lucro dos equipamentos de maquinário, energia e transporte aumentou 48% em relação ao ano anterior.

As vendas e a receita da Caterpillar aumentaram em todos os segmentos de equipamentos, com sua divisão de construção registrando o maior aumento, de 12%.

"Os resultados do terceiro trimestre foram muito fortes, ainda bastante orientados pelos preços", disse Kristen Owen, diretora executiva da Oppenheimer & Co Inc.

"Sabíamos que haveria alguns ventos contrários de volume na segunda metade do ano, uma vez que a Cat procura reduzir os níveis de estoque."

O lucro da Caterpillar aumentou para 2,79 bilhões de dólares, ou 5,45 dólar por ação, superando a previsão dos analistas de 4,79 dólares por ação no terceiro trimestre, encerrado em 30 de setembro.

As vendas do líder do setor no trimestre até setembro aumentaram 12%, para 16,8 bilhões de dólares, em comparação com 14,9 bilhões de dólares do ano anterior.

Valor - SP   01/11/2023

Diretora da associação, Cristina Zanella trabalha com a expectativa de crescimento no quarto trimestre por conta da base fraca de 2022, mas ainda Os fabricantes de máquinas e equipamentos acumulam queda de 9,5% no faturamento total do ano até setembro, somando R$ 219,6 bilhões. Segundo dados divulgados na tarde desta terça-feira (31) pela Abimaq, entidade que representa o setor, a situação é ainda pior quando se avalia apenas o mercado interno. Nesse caso a perda acumulada é de 14%, com receita interna líquida de R$ 166,9 bilhões.

O consumo aparente (soma da produção nacional com as importações menos as exportações) nos nove meses de 2023 soma R$ 274,1 bilhões. Esse valor é 9,4% menor do que no mesmo período do ano passado.

Os números da Abimaq mostram que em todos os nove meses de 2023 as receitas ficaram abaixo dos meses equivalentes de 2022 e 2021. O ano passado o setor já fechou com queda de 6,9% sobre a receita total de 2021.

“Há queda generalizada no setor, praticamente todos os segmentos apresentam redução. O único que apresenta crescimento é o de infraestrutura e indústria de base, de apenas 0,8%”, afirmou Cristina Zanella, diretora de competitividade, economia e estatística da Abimaq, ao apresentar os números.

Zanella trabalha com a expectativa de algum crescimento no quarto trimestre por conta da base fraca de 2022, mas ainda assim a estimativa é que o setor feche o ano com queda de 6,3%.

As exportações continuam sendo a única fonte de boas notícias no setor. No acumulado do ano até setembro somam US$ 10,5 bilhões, alta de 17,3% na comparação anual. A Abimaq trabalha com a expectativa de superar os US$ 13 bilhões no mercado externo.

A estimativa inicial de crescer 11% nas exportações foi revista para 12,5%. Os destaques nos embarques são as máquinas para petróleo e energia renovável, com crescimento de 97,6%, e de infraestrutura e indústria de base, com expansão de 53,9%.

No sentido contrário, as importações também crescem. No ano já somam US$ 20,3 bilhões, alta de 11,2%. Destaques para máquinas para petróleo e energia renovável (124,7% de alta) e máquinas para agricultura (38,9%).

Com isso o saldo da balança comercial de máquinas e equipamentos é negativa em US$ 9,8 bilhões, crescimento de 5,4% no ano em relação a 2022.

A queda das vendas já se reflete no número de contratações do setor. Setembro fechou com 390,9 mil empregados, 2,1% a menos do que no fim do mesmo mês do ano passado. No ano, há uma pequena queda de 0,3% no número de pessoas contratadas.

Setembro

Setembro foi um mês fraco para o setor com queda em praticamente todos os indicadores econômicos, depois de alguma recuperação em agosto. A receita total somou R$ 25,1 bilhões, redução de 10,8% sobre agosto e de 16,5% na comparação com o mesmo mês de 2022.

A receita interna ficou em R$ 19,4 bilhões em setembro, 7,5% a menos do que em agosto e 20,8% menos na comparação anual. O consumo aparente somou R$ 30,3 bilhões, queda tanto em relação a agosto (11,2%) quanto a setembro de 2022 (19,9%).

As exportações também recuaram em setembro, atingindo US$ 1,16 bilhão, queda de 20,7% em relação a agosto, apesar de apresentarem alta de 11,7% na comparação anual. As importações de US$ 2,13 bilhões caíram 17,3% sobre agosto e 6,8% em relação a setembro de 2022.

O saldo da balança em setembro foi negativo em US$ 972 milhões, 12,8% menor na comparação com agosto e 22,1% sobre o mesmo mês de 2022.assim a estimativa para o ano é de queda de 6,3%

AUTOMOTIVO

Valor - SP   01/11/2023

Em contrapartida, a montadora elevou as perspectivas de crescimento para mercados que incluem a América do Norte e a Europa

A Stellantis NV disse que as greves prolongadas que restringiram a produção na América do Norte custaram à fabricante de jipes cerca de 3 bilhões de euros (US$ 3,2 bilhões).

Durante o período de paralisação, o lucro operacional antes de impostos foi impactado negativamente em até 750 milhões de euros, disse a companhia na terça-feira. Mesmo assim, reportou receitas melhores do que o esperado no terceiro trimestre, sustentadas por preços estáveis, melhora na logística e procura robusta por modelos como o Jeep Avenger elétrico.

O faturamento “sólido” também foi puxado por volumes saudáveis na América do Norte, onde os preços são mais altos do que na Europa, disse Daniel Roeska, analista da Bernstein, em nota.

Stellantis manteve sua meta para o ano inteiro.

Nos últimos dias, a montadora chegou a acordos trabalhistas provisórios com sindicatos no Canadá e nos EUA, que é a maior fonte de lucros do grupo. O acordo mais recente com a United Auto Workers elevará o salário dos funcionários em cerca de, no máximo, US$ 42 por hora até abril de 2028.

A Stellantis já cancelou planos para eventos nos EUA, incluindo a CES em janeiro, e continuará cortando custos para compensar o impacto da greve, disse a diretora financeira, Natalie Knight.

“Uma de nossas marcas registradas é a disciplina de custos”, disse ela, em teleconferência com repórteres. “Estamos analisando tudo – você continuará ouvindo mais sobre essa mitigação à medida que avançarmos.”

A fabricante tem expandido sua linha de veículos elétricos à medida que a indústria luta para reter os compradores no mercado de entrada, que viram o seu poder de compra diminuir pela inflação. A sua marca Citroën começou a aceitar reservas este mês para o novo ë-C3 elétrico, que custa a partir de 23.300 euros, tornando-o veículo elétrico (VE) mais barato produzido na Europa. As vendas de VE aumentaram 37% no terceiro trimestre.

Já as receitas da Stellantis no terceiro trimestre aumentaram para 45,1 bilhões de euros, superando as previsões dos analistas. A empresa elevou as perspectivas de crescimento da indústria para mercados que incluem a América do Norte e a Europa. Isso reduziu as perspectivas na América do Sul.

A Stellantis fechou neste mês um acordo de 1,5 bilhão de euros para adquirir uma participação na fabricante chinesa de veículos elétricos Zhejiang Leapmotor Technologies Ltd., a fim de ajudá-la a enfrentar o declínio nas vendas no maior mercado automotivo do mundo e reduzir ainda mais os custos dos veículos elétricos. A fabricante também terá o controle acionário de uma joint venture para construir e vender carros Leapmotor fora da China.

A Stellantis disse que recomprou 500 milhões de euros em ações durante o terceiro trimestre e espera concluir o seu programa de recompra de ações de 1,5 bilhão de euros no trimestre atual.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   01/11/2023

Terreno de 1,7 milhão de metros quadrados em Pirituba terá 11 mil unidades de programa habitacional; VGV previsto é de R$ 3 bi

Pelo tamanho, o empreendimento Cidade Sete Sóis é complexo até para a MRV&Co, afirma o CEO Eduardo Fischer — Foto: Anna Carolina Negri/Valor

A MRV lança neste mês o seu maior projeto, o Cidade Sete Sóis Pirituba. Serão 11 mil unidades habitacionais em um terreno de 1,7 milhão de m2. Na tradicional comparação com campos de futebol, equivale a 238 gramados.

Serão construídos 64 condomínios de prédios. O número de torres, no entanto, é maior. O primeiro lançamento do projeto consiste em três condomínios, que somam 11 prédios.

O investimento previsto para o bairro, com construções e obras de infraestrutura, é de R$ 2 bilhões. Já o valor geral de venda (VGV) estimado é de R$ 3 bilhões, conta Eduardo Fischer, CEO do grupo MRV&Co. Cerca de 30 mil pessoas devem morar ali.

O Sete Sóis mira principalmente o público do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Segundo o diretor comercial Thiago Ely, a renda necessária para comprar uma unidade parte de R$ 3 mil. Também haverá algumas unidades vendidas fora do programa.

Os lançamentos deste ano terão unidades de 34 a 45 metros quadrados, com dois quartos. Segundo Ely, devem custar de R$ 230 mil e R$ 340 mil. Por seu porte, o Sete Sóis será lançado em seis etapas. A construção deve durar dez anos. Neste ano, os lançamentos vão somar mil unidades. Para 2024 estão previstos mais cinco condomínios, com 2 mil unidades. Em 2025 devem vir outros três condomínios.

Pirituba, no noroeste de São Paulo, já abriga o atual maior projeto da MRV, o Gran Reserva Paulista, com 7,3 mil unidades, mas em um terreno menor, de 180 mil metros quadrados. “Tivemos uma experiência positiva com o bairro, vimos que tem demanda”, diz Fischer.

Do total do terreno do Sete Sóis, 750 mil metros quadrados não serão usados para moradia. A área é composta por mata atlântica e pelo córrego Cantagalo. Segundo a MRV, 97% da mata no terreno será preservada e 36 mil mudas serão plantadas. Dentro desses 750 mil m2 também estão áreas que serão doadas à prefeitura, como contrapartida ao projeto, que definirá a destinação do espaço.

A companhia vai comercializar área para 25 lojas, incluindo a fachada ativa de alguns dos prédios. Haverá ainda sete lotes para uso comercial, para lojas maiores. “Temos obrigação de garantir um mix para complementar a necessidade da demanda residencial”, afirma Ronaldo Motta, diretor de desenvolvimento imobiliário e engenharia da MRV&Co.

Tem que ter solução de alta capacidade para levar ao metrô”

— Victor Pinto

O terreno fica a quase 19 km do Centro de São Paulo. Segundo Motta, os moradores serão atendidos pelas estações Pirituba e Vila Clarice da linha 7-Rubi da CPTM, que ficam a cerca de 3 e 5 km do local. Essa distância poderá ser reduzida com as novas vias que vão cortar o empreendimento, incluindo uma rua que ligará as avenidas Raimundo Pereira de Magalhães e Dr. Felipe Pinel, que margeiam o espaço. Um trecho da avenida também será duplicado pela MRV.

Victor Carvalho Pinto, coordenador do Núcleo Cidade e Regulação do Laboratório Arq.Futuro de Cidades, do Insper, avalia que o projeto é melhor do que o se fez no passado no MCMV, por não estar afastado da mancha urbana e ser composto por prédios, que elevam o adensamento. Mas há ressalvas. A distância para as estações da CPTM não é considerada caminhável, o que exige outro meio de transporte.

“O ponto-chave é a mobilidade, tem que ter uma solução de alta capacidade para levar os moradores até a CPTM e o metrô, e certamente não é o carro”, diz.

Segundo Pinto, seria desejável que empreendimentos do MCMV ficassem nas regiões de eixo de transporte, mais próximas do metrô ou trem. “O governo federal deveria ter critérios de financiamento que orientassem nesse sentido”, afirma.

O terreno, composto por colinas com pastagem, pertence à Companhia City. A MRV entrou no projeto em 2018, e a City é permutante do terreno. Motta conta que serão movimentados 350 mil caminhões de terra na área, para adaptar o declive. Os resíduos serão utilizados no próprio projeto. “Mesmo para a MRV, o projeto tem dimensão diferente, em unidades e em complexidade”, afirma o CEO.

O Cidade Sete Sóis é uma nova linha de produtos da incorporadora, e irá para outras cidades. Salvador receberá 6 mil unidades em seu Sete Sóis. Ali, dois condomínios já foram lançados neste ano. A próxima cidade a ter um lançamento é o Rio de Janeiro, onde o terreno está em fase final de legalização, segundo Ely. O lançamento é previsto para o primeiro trimestre de 2024.

A paulista São José dos Campos também terá um Sete Sóis, a ser lançado no fim do próximo ano ou início de 2025. “Tem outros sendo gestados”, adianta Ely.

NAVAL

Portos e Navios - SP   01/11/2023

O governo holandês anunciou que gastará 60 milhões de eurosnos próximos dois anos para impulsionar a indústria de construção naval do país, bem como para criar uma Agência Nacional de Gestão da Indústria de Fabricação Marítima.

Cerca de 45% dos navios holandeses foram construídos em solo nacional na década de 1980, um número que caiu para 4% hoje, mostram dados do governo, com estaleiros asiáticos capazes de produzir navios a preços até 40% mais baratos. O estudo realizado pelo governo holandês revela que os Países Baixos têm baixa competitividade para navios de guerra e embarcações de serviço.

O governo avalia que há uma oportunidade de os estaleiros holandeses participarem da transição verde da frota mundial. Segundo a UNCTAD, a frota mercante global tem 22,2 anos, o que sugere a necessidade de renovação significativa até o final da década de 2020.

PETROLÍFERO

Valor - SP   01/11/2023

Presidente do BNDES argumenta que a Petrobras já perfurou diversos poços e que nunca ocorreram incidentes; para ele, o mundo caminha para transição energética, mas inda não superou petróleo

Mercadante defende que o Ibama seja rigoroso nas exigências para produzir, mas classifica como 'um erro histórico' ignorar o potencial da região — Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Aloízio Mercadante, defendeu nesta terça-feira (31) a exploração de petróleo na margem equatorial. Em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado, o petista disse que "se criou uma confusão" sobre o assunto.

"Em relação à produção de petróleo, não é nos rios da Amazônia, isso é uma confusão que se criou. É na margem equatorial. Está a 170 quilômetros do litoral, e da foz, a 540 quilômetros. É mais distante que São Paulo e Rio de Janeiro", afirmou.

Mercadante disse ainda que, por conta das correntes marítimas, um eventual acidente não atingiria o litoral. "Não tem nenhuma relação com o rio. Pelas correntes marítimas, qualquer acidente que ocorresse não traria para o litoral, vai jogar lá para o Caribe e, evidentemente, tem que ser tratado com muita responsabilidade", argumentou Mercadante.

Ele afirmou ainda que a Petrobras já perfurou diversos poços de petróleo e nunca ocorreram incidentes, e destacou o potencial da região. "A Guiana, que tem uma fronteira muito pequena na margem equatorial, já está produzindo 400 mil barris por dia e vai chegar a 1,7 milhão. O PIB da Guiana quadruplicou desde que descobriu", declarou.

Mercadante destacou que o mundo caminha para uma transição energética, mas que "ainda não superou o petróleo". "A hora que Arábia Saudita e a Rússia resolvem aumentar o preço do petróleo internacional, nós vimos o que acontece. Na bomba, aumenta o preço, pressiona a inflação, aumenta o juro", pontuou.

Ele defendeu que o Ibama seja rigoroso nas exigências para produzir, mas classificou como "um erro histórico" ignorar o potencial da região. Disse ainda que os recursos gerados podem financiar fundos para proteção ecológica e a transição energética.

"Por que a Noruega, que produz petróleo, doa para o Fundo Clima, e a Petrobras não pode produzir petróleo para doar para o Fundo Clima?", questionou.

CNN Brasil - SP   01/11/2023

A guerra em Israel e na Faixa de Gaza pode empurrar o planeta para uma situação não vivida há décadas: um duplo choque na oferta de commodities gerado pelos conflitos no Oriente Médio e, ao mesmo tempo, na Ucrânia.

O alerta foi feito pelo Banco Mundial, que menciona o risco de o barril do petróleo atingir US$ 150 (R$ 759,39).

Nesta terça, o barril do tipo Brent – principal referência para o Brasil – é negociado na casa dos US$ 88 (R$ 445,51). Já o tipo WTI – referência dos EUA – vale US$ 83 (R$ 420,20).

No relatório Commodity Market Outlook, economistas da instituição alertam para os riscos potenciais da guerra em Israel.

O documento reconhece que, até agora, o impacto na oferta de matérias-primas tem sido limitado, mas uma eventual escalada da guerra mudaria totalmente o quadro.

A instituição traçou três cenários. O pior deles é o de “grande perturbação”. Nesse caso, economistas projetaram impacto comparável ao embargo dos produtores árabes de petróleo aos países aliados de Israel em 1973.

“O fornecimento global de petróleo diminuiria entre 6 milhões e 8 milhões de barris por dia. Isso faria com que os preços subissem inicialmente entre 56% e 75% – para valor entre US$ 140 (R$ 708,76) e US$ 157 (R$ 794,83) por barril”, cita o documento.

“O mais recente conflito no Oriente Médio surge na sequência do maior choque nos mercados de commodities desde a década de 1970, gerado pela guerra da Rússia com a Ucrânia”, disse Indermit Gill, economista-chefe do Banco Mundial.

“Se o conflito se intensificasse, a economia global enfrentaria um duplo choque energético pela primeira vez em décadas. Não apenas devido à guerra na Ucrânia, mas também no Oriente Médio.”
Inflação de alimentos

Para além do valor dos combustíveis, o documento chama atenção para o impacto nos alimentos – que também sofreriam com a alta dos preços.

“Se um grave choque nos preços do petróleo se materializar, aumentaria a inflação dos preços dos alimentos, que já foi elevada em muitos países em desenvolvimento. No fim de 2022, mais de 700 milhões de pessoas – quase um décimo da população mundial – estavam subnutridas”, alerta Ayhan Kose, economista-chefe adjunto do Banco Mundial.

“Uma escalada do último conflito intensificaria a insegurança alimentar, não só na região, mas também em todo o mundo.”

Os outros cenários de ampliação da guerra trariam alta dos preços, mas menos intensa.

Em caso de “perturbação média” – comparável à guerra do Iraque em 2003 – a queda da oferta seria de 3 milhões a 5 milhões de barris por dia, o que levaria o barril para intervalo entre US$ 109 (R$ 551,82) e US$ 121 (R$ 612,57). A estimativa indica alta entre 12% e 35% ante os preços atuais.

Já em cenário de “pequena perturbação”, a oferta poderia ser diminuída em até 2 milhões de barris diárias – comparável ao impacto da guerra civil da Líbia em 2011. Neste cenário, o preço do petróleo aumentaria entre 3 % e 13%, para uma faixa entre US$ 93 (R$ 470,82) e US$ 102 (R$ 516,39) por barril.

IstoÉ Dinheiro - SP   01/11/2023

O petróleo fechou em baixa, com as preocupações em relação à economia global assumindo o foco do mercado, em vez da guerra do Oriente Médio. A expectativa de que os juros dos EUA serão mantidos em níveis restritivos por mais tempo, na véspera da decisão monetária do Federal Reserve (Fed), e o dado fraco de indústria na China levantam temores de uma eventual desaceleração da demanda pela commodity. No acumulado do mês, as perdas chegaram a até 10%.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 1,56% (US$ 1,29), a US$ 81,02 o barril. Enquanto isso, o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 1,54% (US$ 1,33), a US$ 85,02. Em comparação com o último fechamento de setembro, o WTI mais líquido caiu 10,30% e o Brent desvalorizou 6,77%

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China apontou contração do setor, enquanto as expectativas eram de que apenas desacelerasse, continuando em expansão. “Isso fez com que o mercado apresentasse novos receios em relação à possibilidade da economia chinesa começar a se desacelerar, mesmo em um cenário de incentivos fiscais por parte do governo”, afirmou o analista de Inteligência de Mercado para Petróleo da StoneX Bruno Cordeiro, ao comentar a movimentação do mercado.

O especialista mencionou ainda a perspectiva de continuidade da política monetária restritiva do Fed como um fator pesando sobre as expectativas para a demanda global de petróleo.

Com a desvalorização de hoje, o valor do WTI cai ainda mais abaixo do que exibia antes do estopim da guerra no Oriente Médio, no último dia 7. No fechamento do dia 6, o contrato mais líquido era negociado por US$ 82,79. “É interessante que os preços do petróleo tenham devolvido a maior parte dos seus ganhos desde que o Hamas atacou Israel, o que sugere ou que o prêmio de risco geopolítico foi drasticamente reduzido, ou que as preocupações econômicas globais aumentaram – talvez uma combinação da dois”, comentou o analista da Oanda Craig Erlam.

Valor - SP   01/11/2023

Commodity, que estava em US$ 89,06 no primeiro dia útil de outubro, encerrou o mês cotada a US$ 85,09, recuo mensal de 7,8%

Ainda que tenha ultrapassado os US$ 90 em meados de outubro, o petróleo Brent chega ao fim do mês abaixo dessa barreira. A commodity, que estava em US$ 89,06 no primeiro dia útil de outubro, encerrou a terça-feira (31) cotado a US$ 85,09, recuo mensal de 7,8%.

A trajetória de alta até a metade do mês foi levada, especialmente, pelos temores que envolviam a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas e as possibilidades de envolvimento de países produtores de petróleo vizinhos ao conflito. Ainda assim, o medo arrefeceu com a percepção de que grandes nações petroleiras, como Irã e Arábia Saudita, se manteriam nos bastidores do conflito, e não se envolveriam de forma direta, conforme analistas ouvidos pelo Valor.

Entre os fatores que aceleraram as cotações do Brent em outubro, estiveram ainda as primeiras sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra a Rússia em razão do teto de preços imposto ao produto russo. Dois navios foram sancionados por quebrarem o limite dos US$ 60 por barril de petróleo cru exportado pela Rússia por conta da guerra na Ucrânia.

Apesar dos elementos que pesam nos preços, o Brent está em trajetória de acomodação, explica Julia Passabom, economista do Itaú BBA. “O balanço global entre oferta e demanda de petróleo está bem apertado, principalmente com a regulação devido à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+). O cartel já prometeu que irá manter os cortes de produção até o fim do ano, mas essa decisão deve ser reafirmada mensalmente, o que deve ser seguido de perto. Mas a tendência é de acomodação dos preços entre US$ 85 e US$ 90 até o fim do ano.”

Impacto direto da guerra é praticamente nulo”

— Julia Passabom

Passabom afirma que, ainda que tenham ocorrido picos após eventos relacionados à guerra no Oriente Médio, os impactos sobre os preços são por conta das interpretações da relação com os países produtores de petróleo. “O impacto direto do conflito é praticamente nulo.” Em paralelo, a produção brasileira está em trajetória ascendente e com preços de derivados e câmbio dentro dos limites esperados, diz a economista. “Vemos espaço para mais um corte da gasolina por parte da Petrobras, com base nos cálculos sobre o preço de paridade de importação.”

O analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, chama atenção para os efeitos da política monetária sobre os preços da commodity, que tem mantido a demanda em níveis mais baixos. “Temos visto nos últimos dias os preços do petróleo mais mornos, em linha com o novo status de estabilidade do conflito entre Israel e Hamas e seguindo a política monetária”, afirma. “Autoridades em todo o mundo têm mostrado dificuldade para domar a inflação, mantendo discursos de menor crescimento econômico.”

Localmente, Arbetman destaca os resultados das companhias do setor de óleo e gás, como a Vibra, que divulga balanço no dia 6 de novembro, e Ultra, no dia 8. “A Vibra afirmou na última teleconferência que não fez importações da Rússia. Precisaremos ver se isso se manteve no terceiro trimestre.”

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   01/11/2023

A AGCO, fabricante norte-americana de máquinas agrícolas de marcas como Valtra e Massey Ferguson, obteve lucro líquido de US$ 280,6 milhões, ou US$ 3,74 por ação, no terceiro trimestre deste ano, informou a companhia nesta terça-feira, 31. O resultado representa aumento de 18% ante igual período do ano passado, quando a companhia lucrou US$ 237,9 milhões, ou US$ 3,18 por ação. Em termos ajustados, o lucro também passou de US$ 3,18 para US$ 3,74 por ação.

As vendas líquidas da companhia aumentaram 10,7% na mesma comparação, para US$ 3,5 bilhões.

“A demanda robusta por nossos produtos ricos em tecnologia, impulsionada pela boa produção de safras, economia agrícola favorável e melhoria na cadeia de suprimentos, gerou resultados recordes no terceiro trimestre,” disse em comunicado o CEO da AGCO, Eric Hansotia.

Na América do Norte, as vendas aumentaram 3,4% no terceiro trimestre na comparação com um ano antes, para US$ 941 milhões. O desempenho foi motivado pelo aumento das vendas de tratores de alta potência, equipamentos de aplicação e colheitadeiras.

As vendas na América do Sul cresceram 26% na mesma comparação, para US$ 719,8 milhões. “O forte crescimento das vendas no Brasil impulsionou a maior parte desse aumento. As vendas de tratores de alta potência com margens mais elevadas, bem como o avanço das vendas de plantadoras Momentum e preços favoráveis, impulsionaram a maior parte dos ganhos”, disse a companhia.

Na Europa/Oriente Médio, as vendas somaram US$ 1,587 bilhão, ganho de 14,2% ante o terceiro trimestre do ano passado. Na região Ásia-Pacífico e África, houve queda de 16,9%, para US$ 207,7 milhões.

Para todo o ano de 2023, a companhia espera vendas de aproximadamente US$ 14,7 bilhões, em virtude do aumento nas vendas e nos preços. A previsão de lucro ajustado passou para US$ 15,75 por ação. “As margens brutas e operacionais são projetadas para melhorar em relação aos níveis de 2022, em virtude do impacto do aumento nas vendas e nos volumes de produção, bem como nos preços e uma composição favorável de vendas. Essas melhorias são esperadas para financiar aumentos nos investimentos em engenharia e outras tecnologias para apoiar as iniciativas de agricultura de precisão e digital da AGCO”, disse a empresa em nota.

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