IstoÉ Dinheiro - SP 01/08/2024
A produção total de aço bruto da Gerdau somou 2,916 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2024, valor 5,3% inferior na comparação anual e 5,6% menor ante os três meses imediatamente anteriores, segundo o balanço divulgado nesta quarta-feira, 31.
Já as vendas de aço atingiram 2,712 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2024, queda de 7,5% na comparação anual e 0,5% menor sequencialmente.
“A indústria do aço continua enfrentando o excesso de oferta no mercado global, causando aumento no fluxo das exportações e importações, além de gerar pressão nos preços internacionais, ao passo que o crescimento econômico global permanece estável”, afirma a Gerdau.
De acordo com a companhia, o nível de utilização da capacidade de produção de aço bruto foi de 73%, 4 pontos porcentuais inferior em relação ao trimestre anterior.
O custo das vendas alcançou R$ 14,429 bilhões no período, menor ante os R$ 14,987 bilhões registrados em igual período de 2023 e superior aos R$ 13,791 apurados no primeiro trimestre de 2024. Segundo a Gerdau, o resultado na comparação trimestral foi influenciado pela variação cambial da conversão dos resultados das operações no exterior e pela menor diluição de custos.
Brasil
No Brasil, a produção de aço bruto somou 1,279 milhão de toneladas, valor 11,3% menor na relação anual e 6,5% inferior na comparação sequencial.
As vendas totais de aço no Brasil foram de 1,185 milhão de toneladas, valor 11,9% menor ante um ano e 8,8% inferior ao trimestre anterior. De acordo com a Gerdau, a queda nas vendas foi influenciada pelo menor nível de exportações, em decorrência das readequações que a empresa tem feito. Além disso, no mercado interno, parte das entregas foi afetada pelo enfraquecimento da demanda no Rio Grande do Sul, em virtude das enchentes.
Infomoney - SP 01/08/2024
A Gerdau (GGBR4) anunciou um lucro líquido de R$ 945 milhões para o segundo trimestre de 2024, apresentando uma redução de 55,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A siderúrgica relatou que a diminuição no lucro reflete a pressão sobre preços e volumes de venda.
A empresa reportou um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado de R$ 2,624 bilhões para o período, o que representa uma queda de 30,8% em relação ao 2T23. A margem Ebitda ajustada foi de 15,8%, mostrando uma redução de cinco pontos percentuais. Gerdau explicou que a diminuição foi devida aos menores preços e volumes de vendas, com a competição com o aço chinês ainda pesando, e ao aumento nos custos de matérias-primas (minério e carvão) e às despesas relacionadas à hibernação de plantas para readequação da capacidade produtiva.
A receita líquida alcançou R$ 16,616 bilhões, diminuindo 9% comparado ao 2T23, também com menores preços e volumes.
O relatório indica que as despesas com vendas, gerais e administrativas caíram 5,6% no ano, para R$ 531 milhões — em parte, porém, por conta dos menores volumes vendidos.
O resultado financeiro da Gerdau no 2T24 foi negativo em R$ 597 milhões, representando um aumento nas perdas de 25,6% em relação ao 1T24 e de 41,2% comparado ao 2T23. A empresa atribuiu o agravamento desse resultado principalmente ao impacto da desvalorização do real frente ao dólar, que afetou as operações no exterior, e aos ajustes por inflação sobre os itens não monetários das controladas na Argentina.
Quanto ao endividamento, a dívida líquida sobre Ebitda ajustado finalizou o 2T24 em 0,53x. A dívida bruta foi de R$ 12,581 bilhões, um aumento de 14% em relação ao trimestre anterior, impactada pela emissão de debêntures e pela variação cambial.
A administração da Gerdau reiterou a estratégia de otimização dos ativos no Brasil e destacou a aprovação de dividendos e um novo programa de recompra de ações como indicativos de confiança na gestão financeira da empresa. Ademais, a empresa afirmou estar ajustando sua estrutura para enfrentar o cenário global desafiador do setor de aço, com foco na segurança das operações e no desenvolvimento sustentável.
Revista Mineração - SP 01/08/2024
A operação de Santa Catarina da ArcelorMittal chega ao 21º ano mantendo o ritmo de crescimento de sua trajetória. Desde o início das atividades, em julho de 2003, a unidade beneficiou quase 24 milhões de toneladas de aço.
Em 2024 será concluída a maior expansão da história da ArcelorMittal, com aumento da capacidade de produção da unidade de 1,6 milhão para 2,2 milhões de toneladas, além do lançamento de novos produtos.
A ArcelorMittal em Santa Catarina gera 1.300 empregos diretos, entre empregados próprios e de empresas que atuam no seu condomínio industrial. Desde o início da operação, a ArcelorMittal já investiu R$ 4,5 bilhões na expansão do negócio.
A unidade se consolidou ainda como impulsionadora do desenvolvimento de São Francisco do Sul, cidade que a abriga. “Nossa influência vai além do aspecto econômico, tendo forte atuação nos aspectos de sustentabilidade, responsabilidade social e compromisso com a comunidade”, diz o diretor da ArcelorMittal em Santa Catarina, Sandro Sambaqui.
Para ele, essa responsabilidade deve aumentar ainda mais, após a conclusão da expansão: “Temos uma grande expectativa, pois a expansão significará mais competitividade, beneficiando o grupo, a comunidade e o estado de Santa Catarina”, completa.
Com investimentos de quase R$ 2 bilhões em uma nova linha de galvanização e recozimento contínuo, o projeto de expansão começou em 2021, buscando fortalecer a atuação da ArcelorMittal no mercado automotivo. Além disso, ampliou o mix de produtos de alto valor agregado que a unidade já oferece neste segmento.
Ao portfólio de produtos agrega-se o Magnelis® , fabricado pela primeira vez nas Américas. Patenteado pela ArcelorMittal, o Magnelis® é produzido atualmente apenas na Europa e tem grande aplicação nos projetos de geração de energia solar.
Referência de desenvolvimento na comunidade
Comprovando este crescimento contínuo da ArcelorMittal em Santa Catarina, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Região de Joinville (Univille) demonstra a contribuição e a influência positiva da ArcelorMittal para o desenvolvimento econômico e sustentável da economia regional.
Quando a fábrica entrou em operação, em 2003, o segmento siderúrgico no Norte de Santa Catarina era incipiente. A unidade de transformação de aços planos ajudou a consolidar um polo dinâmico de negócios da região, alimentando uma ampla cadeia de fornecedores, valorizando mão de obra local, gerando renda, arrecadação e desenvolvimento.
Antes mesmo do início da operação, a unidade catarinense da ArcelorMittal já investia na comunidade. São mais de R$ 24 milhões de recursos próprios investidos nas áreas de saúde, educação, cultura, meio ambiente, esporte e desenvolvimento comunitário. Atua também apoiando ONGs e projetos locais por meio de editais de patrocínio.
Ampliando a atuação na região, em 2024 foi lançado um novo edital social, o ArcelorMittal Investe. Com inscrições abertas até 15 de agosto, além de destinar recursos para entidades sociais de São Francisco do Sul, o edital também irá selecionar projetos de Joinville.
Na área da educação, o Programa Sustentabilidade Técnica vem consolidando a estratégia de crescimento da ArcelorMittal em Santa Catarina, desenvolvendo a formação de mão de obra para indústria e promovendo a equidade e inclusão. Até hoje, 335 jovens já passaram pelo programa de formação e qualificação profissional, em parceria com o SENAI, exclusivo a moradores de São Francisco do Sul.
O índice de empregabilidade dos egressos do programa é de 91%. Através do programa, o número de mulheres atuando na unidade tem aumentado progressivamente, conquistando espaço na indústria e nas linhas de produção.
Sustentabilidade, diversidade e inclusão
Sustentabilidade ambiental é parte da atuação da ArcelorMittal desde a instalação da unidade em Santa Catarina. Hoje, menos de 1% dos resíduos são destinados a aterros industriais e sanitários. Mesmo com a ampliação, a unidade tem o compromisso de manter os níveis de geração de resíduos e a produção cada vez mais sustentável.
Outro exemplo da política de crescimento sustentável é a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Ocupando um terço da área industrial da empresa, o espaço é um fragmento do variado ecossistema da Mata Atlântica. A RPPN atua como um corredor ecológico para espécies ameaçadas de extinção, como o gato-mourisco, o gato-do-mato-pequeno e a lontra.
Por meio do Programa Verde com Vida, criado em 2007, a reserva recebe visitas de escolas e instituições da comunidade e da região. Desde a criação do Programa, a reserva já recebeu mais de 20 mil visitantes.
A ArcelorMittal é certificada, desde 2023, pelo ResponsibleSteelTM, uma certificação que estabelece padrões internacionais de processamento e produção responsável do aço. A unidade da ArcelorMittal em Santa Catarina assume o compromisso de produzir aço sustentável, com respeito às pessoas, através de iniciativas em prol da transformação social, sustentabilidade, diversidade e inclusão.
Infomoney - SP 01/08/2024
Em queda de mais de 23% desde a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) na última sexta-feira (26), após números e projeções de custos que decepcionaram o mercado, a Usiminas (USIM5) teve suas projeções revisadas pelo Itaú BBA. A ação da siderúrgica, por sinal, caminha para fechar como a maior queda do Ibovespa no mês, com desvalorização de cerca de 20%.
Mesmo com as últimas notícias negativas, o Itaú BBA reiterou recomendação de compra para Usiminas, ainda que tenha cortado o preço-alvo da ação de R$ 12 para R$ 8,50 ao fim de 2025.
A recomendação reiterada de compra, cabe destacar, vai na direção contrária do Bank of America (BofA), que rebaixou Usiminas à venda no início da semana.
O Itaú BBA espera que a dinâmica de custos da companhia melhore gradualmente no segundo semestre e projeta um resultado operacional (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 1,9 bilhão para 2024.
Para 2025, analistas projetam resultados mais fortes diante de uma melhora no mercado de aço brasileiro e da dinâmica de custos da empresa, ganhos de eficiência do Alto Forno 3 e de uma melhora na competição no mercado brasileiro. Assim, estima que a empresa reporte um Ebitda próximo de R$ 2,8 bilhões.
Apesar do valuation atrativo da empresa, o BBA disse entender que os investidores estão mais cautelosos com o papel e devem monitorar a evolução de custos da companhia à frente.
Money Times - SP 01/08/2024
A Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciaram nesta quarta-feira (31) o pagamento de dividendos e um programa de recompra de ações.
No caso da Gerdau, são R$ 252,4 milhões, sendo R$ 0,12 por ação, para pagamento em 20 de agosto. Já a Metalúrgica Gerdau paga R$ 82,6 milhões em proventos, com data de pagamento em 21 de agosto.
Recompra de ações
A Gerdau também informou que vai recomprar até 68 milhões de ações preferenciais, representando aproximadamente 5% das ações preferenciais (GGBR4) e/ou de ADRs lastreados em ações preferenciais (GGB) em circulação e até 1.767.911 de ações ordinárias, representando 10% das ações ordinárias (GGBR3) em circulação.
O prazo para aquisição é a partir de 1 de agosto de 2024, com prazo máximo de 12 meses, ou seja, até 1 de agosto de 2025, inclusive.
Já Metalúrgica Gerdau recomprará até 33 mihões de ações preferenciais (GOAU4), representando aproximadamente 5% das ações preferenciais em circulação.
Prazo para aquisição: a partir de 1 de agosto de 2024, com prazo máximo de 12 meses, ou seja, até 1 de agosto de 2025.
Resultados
A Gerdau registrou lucro líquido de R$ 945 milhões no segundo trimestre de 2024, queda de 55,9% em relação ao mesmo período de 2023, decorrente, segundo a companhia, do arrefecimento dos resultados operacionais.
Na comparação com os três meses imediatamente anteriores, também houve recuo no lucro de 24,1%, informou a empresa em seu balanço divulgado nesta quarta-feira, 31. “O segundo trimestre de 2024 foi marcado por uma dinâmica ainda desafiadora nas regiões em que atuamos”, diz a Gerdau no documento.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Gerdau atingiu R$ 2,624 bilhões e caiu 30,8% na comparação anual, sendo 6,7% menor no intervalo trimestral. A margem Ebitda ajustada, por sua vez, foi de 15,8% para o consolidado das operações, 5 pontos porcentuais inferior ante um ano.
Segundo relatório de resultados, a perda de desempenho ocorre por conta dos menores volumes de vendas de aço, somado ao aumento nos custos de matéria-prima (como sucata e carvão), além do impacto de R$ 131 milhões advindo dos custos associados à hibernação das plantas para readequação da capacidade produtiva das operações no Brasil.
O Estado de S.Paulo - SP 01/08/2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cobrar a redução da taxa básica de juros, a Selic. Ao citar um cenário positivo para o Brasil, disse que, agora, “só falta reduzir” o índice, porém, ressaltou que isso não depende do governo federal. A declaração, horas antes de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ter confirmado que o juro se mantém em 10,5%, ocorre em um contexto em que o mercado financeiro está apreensivo com a capacidade do governo federal de controlar os gastos, um dos fatores para definir a política monetária, em contradição com a fala do presidente.
“Hoje, temos o menor nível de desemprego, a inflação está controlada, só falta a gente reduzir a taxa de juros, que não depende só do governo, mas que a gente vai conseguir também”, declarou o petista em evento de anúncios de obras no aeroporto da cidade e nos aeroportos de Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta nesta quarta-feira, 31, em Mato Grosso.
Lula também afirmou que “dinheiro tem que circular; não pode ficar em uma conta para comprar em dólar”.
Nesta noite de quarta-feira, 31, o Copom, confirmando a expectativa da maioria dos analistas do mercado ouvidos pelo Projeções Broadcast, anunciou a manutenção da taxa Selic nos atuais 10,5% ao ano.
Em comunicado, em contraponto à declaração de Lula, “o Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”.
Globo Online - RJ 01/08/2024
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros em 10,5% ao ano. A decisão unânime de deixar a Selic com o mesmo percentual de maio se justifica pela piora nas projeções de alta de preços. Desde a reunião anterior da autoridade monetária, realizada em junho, as estimativas para este ano e o próximo subiram. A de 2024 para 4,10% e a projetada para 2025 para 3,96%, ambas acima do centro da meta, que é de 3%. Com a troca de comando no BC próxima e ataques de dentro do governo à política de juros, o Copom optou pela cautela para ancorar as expectativas.
A divulgação pelo IBGE na semana passada da prévia da inflação oficial de julho (0,30%), acima da esperada por analistas econômicos, reforçou a deterioração das previsões deste ano. No acumulado em 12 meses, o percentual fechou em 4,45%, superior aos 4,06% até o mês anterior. Logo após a tragédia climática no Rio Grande do Sul, parecia que o comprometimento de algumas safras teria impacto negativo fora do comum na alta de preços. O anúncio da redução do ritmo de crescimento da inflação de alimentos de junho levou a novas estimativas para o ano fechado de 2024. Ainda que menos pessimistas, elas continuam elevadas. Fatores como os reajustes das tarifas de energia e dos combustíveis também jogaram os índices para cima.
Uma das fontes de pressão inflacionária tem sido a instabilidade da taxa de câmbio. Com os questionamentos sobre a credibilidade da política fiscal, a percepção de risco aumenta, o real se deprecia e eleva os valores de produtos importados e dos cotados em dólar. Anunciado na terça-feira, o detalhamento do congelamento de gastos de R$ 15 bilhões previsto para este ano não dissipou as dúvidas sobre a notória propensão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de gastar mais que arrecada. Ainda é persistente a desconfiança sobre o compromisso de acabar 2024 com as contas públicas equilibradas.
O trabalho do Copom de ancorar as expectativas de inflação poderá receber uma ajuda involuntária do exterior. Após reunião do Fed, o banco central americano, também realizada nesta quarta-feira, os analistas passaram a acreditar numa redução da taxa de juros no segundo semestre. “Se a inflação se reduzir de acordo com as expectativas, o corte da taxa em setembro estaria na mesa”, declarou o presidente do Fed, Jerome Powell. Caso confirmada, a medida diminuiria a atratividade dos investimentos nos Estados Unidos e aumentaria a entrada de dólares em países emergentes, diminuindo sua cotação ante as moedas locais.
Com ou sem ajuda externa, o BC precisará se manter atento para blindar sua credibilidade em momento de transição. Em dezembro, acaba o mandato do atual presidente, Roberto Campos Neto, alvo preferencial de críticas de Lula. O presidente ainda precisa indicar o sucessor. O histórico de tentativas de interferência na condução da política monetária é um complicador. A decisão anunciada nesta quarta-feira de deixar a Selic em patamar elevado reforça a imagem autônoma do BC. Sem independência, não há como conduzir de forma satisfatória as expectativas de inflação.
IstoÉ Dinheiro - SP 01/08/2024
O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, manteve a taxa básica de juros inalterada nesta quarta-feira, 31, que segue na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão, unânime entre os membros, vem em linha com o esperado pelo mercado, que agora prevê um corte na próxima reunião, em setembro.
Em comunicado, o Fomc (comitê de política monetária do Fed) aponta que a “houve um progresso em direção à meta de 2% [de inflação]”. O PCE, índice oficial para a inflação no país, subiu 2,5% em junho, após ultrapassar 7% em 2022.
Segundo o Fed, a inflação agora está apenas “um pouco elevada”, um importante rebaixamento em relação à avaliação que o banco central utilizou durante grande parte de sua batalha contra o aumento dos preços de que a inflação estava “elevada”.
Além disso, o Fed removeu a linguagem permanente de que estava “altamente atento aos riscos de inflação” e a substituiu por um reconhecimento de que os formuladores de política monetária estão agora “atentos aos riscos a ambos os lados de seu mandato duplo”, que inclui uma cobrança do Congresso norte-americano para manter o pleno emprego consistente com preços estáveis.
“Ambas alterações mostram um tom mais dovish [brando] do Fed”, avalia José Maria Silva – Coordenador de Alocação e Inteligência da Avenue.
Autoridades do Fed já afirmaram que será apropriado reduzir os custos dos empréstimos antes que a inflação realmente retorne à sua meta, para levar em conta a defasagem com que a política monetária afeta a economia.
O comunicado diz ainda que a avaliação é de que a economia “continuou a se expandir em um ritmo sólido“, embora os “ganhos de emprego tenham moderado”, a taxa de desemprego “permanece baixa”.
No entanto, a taxa de desemprego tem aumentado e, ultimamente, os formuladores de política monetária têm se concentrado mais em evitar o tipo de aumento acentuado do desemprego, geralmente associado a juros elevados e à desaceleração da inflação.
O Fed não se comprometeu com um corte nos custos de empréstimos em setembro e repetiu que os formuladores de política monetária ainda precisam de “maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%” antes de reduzir os custos dos empréstimos.
Mas as mudanças na declaração parecem consistentes com a ideia de que essa confiança será alcançada em breve, algo que os investidores estavam esperando.
O Fed aumentou os juros de forma agressiva de março de 2022 a julho de 2023, elevando a taxa básica em 5,25 pontos percentuais para combater o pior surto de inflação dos últimos 40 anos.
Jerome Powell
O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que um corte na taxa de juros pode ser cogitado já na próxima reunião do banco central norte-americano, em setembro, se a inflação cair de acordo com expectativas, o crescimento continuar razoavelmente forte e o mercado de trabalho permanecer como está.
Powell, falando em uma coletiva de imprensa após a decisão do Fed, disse que os dados mais recentes sobre a inflação aumentaram a confiança dos formuladores de política monetária de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à sua meta de 2%, uma condição que o Fed estabeleceu para cortar os juros.
Eleições
A próxima reunião do Fomc será em 17 e 18 de setembro, sete semanas antes das eleições presidenciais de 5 de novembro nos EUA.
Embora as autoridades do Fed estejam cautelosas em relação a quaisquer ações que possam prejudicar sua abordagem voltada para dados e não para questões políticas na fixação da taxa básica, a queda firme da inflação nos últimos meses levou a um amplo consenso de que a batalha contra a alta dos preços pode estar perto do fim.
Globo Online - RJ 01/08/2024
Os números prévios do Orçamento de 2025 mostram que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá um cenário desafiador para os gastos no ano que vem, mesmo com o crescimento das despesas acima da inflação.
O espaço extra que o governo terá para gastar no próximo ano será de R$ 138 bilhões, conforme as regras do arcabouço fiscal — que está em vigor desde o ano passado. Boa parte desses recursos, porém, será consumida pelas despesas obrigatórias, que não param de crescer.
O valor calculado é quanto o teto de despesas do Poder Executivo irá subir. Ou seja, quanto o governo poderá gastar a mais no ano que vem na comparação com 2024. O arcabouço fiscal prevê um limite global de gastos que cresce acima da inflação — diferentemente do antigo “teto de gastos”, que previa o reajuste apenas pela inflação.
Apesar da alta do teto, apenas o aumento do salário mínimo irá custar cerca de R$ 35 bilhões. Esse valor considera um piso nacional de R$ 1.502 no ano que vem, resultado da inflação mais o crescimento do PIB (que faz o reajuste real do salário mínimo). O mínimo é referência para mais de 60% dos benefícios do INSS.
O espaço comprimido de gastos no ano que vem deixará menos de R$ 20 bilhões extras para despesas livres, discricionárias, sobre as quais o Poder Executivo tem controle. Isso porque, além do salário mínimo, há um crescimento elevado de despesas obrigatórias e também dos pisos de gastos em Saúde e Educação.
Essa situação fez o Ministério do Planejamento atrasar o andamento da proposta orçamentária do ano que vem. Os técnicos e ministros buscam espaço para fazer com que esse valor de despesas discricionárias a mais seja maior.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões, que será feito apenas por meio da revisão de benefícios previdenciários, para conseguir acomodar todas as despesas.
Outro desafio será fechar as contas para o governo chegar à meta de déficit zero.
A conta da despesa é feita a partir das regras do arcabouço fiscal. A lei permite que as despesas cresçam até 70% da variação real da arrecadação, respeitando o intervalo entre 0,6% e 2,5%. Essa conta é feita considerando a variação da arrecadação de 12 meses acumulados até junho — dado que saiu na semana passada.
Pela regra do arcabouço, a conta considera a chamada receita líquida ajustada, que desconta itens como royalties de petróleo. Essa cesta de arrecadação cresceu 5,78% em 12 meses até junho deste ano, frente ao mesmo período de 2023. Por isso, a despesa subirá 2,5% acima da inflação.
Com base nesses detalhes, o governo considera que as despesas irão crescer 2,5% acima do IPCA. No total, considerando todos os Poderes, a expansão de gastos será de R$ 143,9 bilhões, dos quais R$ 54,9 bilhões acima da inflação. Considerando apenas o Executivo, a alta é de R$ 138 bilhões, elevando o teto de despesas para R$ 2,16 trilhões.
O governo havia dito que informaria ontem o detalhamento dos cortes no Orçamento de 2024, mas até as 22h30 nada foi divulgado.
CNN Brasil - SP 01/08/2024
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (31), manter o patamar da taxa básica de juros em 10,5% ao ano.
Essa é a segunda vez consecutiva que o Copom decide pela manutenção.
Na última reunião, em junho, o Comitê havia optado por manter o percentual da taxa e interromper o ciclo de cortes que se iniciou em agosto do ano passado.
Em comunicado sobre a decisão, o Copom explica que votou pela manutenção “destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam acompanhamento diligente e ainda maior cautela”.
À CNN, Igor Rocha, economista-chefe da Fiesp, destacou que o comunicado desta quarta-feira está em tom mais duro. Ele aponta que o Copom busca “um cenário mais restritivo para desacelerar a economia”, em meio a riscos inflacionários como o mercado de trabalho aquecido.
No comunicado, o comitê destaca que, “em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo maior do que o esperado”.
Rocha chama atenção para a abertura de vagas formais de emprego no Brasil, que acelerou para 201,7 mil em junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na última terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em maio, o número havia sido de 139,3 mil postos formais.
Rocha analisou ainda que o texto coloca “muito explicitamente o impacto do câmbio na inflação. Ele teve desvalorização bem forte no último mês, o que gera um repasse na inflação”.
Na mesma linha, o economista-chefe do Banco Master e professor na FGV, Paulo Gala, aponta que os motivos de os juros não terem caído refletem o momento delicado em que “a inflação está indo acima de 4%, a expectativa também acima de 4%, e a taxa de câmbio, em desvalorização”.
Para o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Felipe Tavares, a decisão do Copom focou a perspectiva inflacionária brasileira, que vem se deteriorando mês após mês com os indicadores sempre acima das expectativas de mercado.
Ele afirma que a manutenção da taxa é motivo de forte preocupação, tendo em vista que a política econômica está desbalanceada principalmente no que diz respeito à política fiscal.
“Dado o desequilíbrio fiscal brasileiro crônico e as pressões para cada vez mais aumentar o gasto público, a inflação está respondendo de forma negativa, aumentando puxada pelo desequilíbrio fiscal”, destaca o economista da CNC.
Volta do ciclo de altas
Outra nova sinalização do comunicado apontada pelos especialistas ouvidos pela CNN é a de que o Copom vai adotar “maior vigilância” daqui para frente.
Esse é um termo-chave para quando os bancos centrais avaliam a possibilidade de se aumentar os juros, segundo Gala, do Banco Master, e Rocha, da Fiesp.
Apesar de o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já ter sinalizado que uma nova alta dos juros não faz parte do cenário-base da autarquia, ronda um temor de que a Selic possa voltar a subir.
O economista-chefe da Fiesp reforça que o “comunicado mais duro” busca puxar a economia brasileira para um cenário mais restritivo, no qual a contínua abertura da curva de juros e eventual piora na deterioração do real frente ao dólar possam levar a um novo aumento de juros.
Paulo Gala reforça que o aumento de vigilância do Banco Central se volta principalmente para o estresse com os juros nos EUA.
“A princípio, o cenário é de manutenção com a situação inflacionária delicada. Mas [os diretores do BC] podem ficar ainda mais vigilantes caso o câmbio continue se desvalorizando e as expectativas de inflação continuem subindo”, reforça o economista-chefe do Banco Master.
Gala avalia que a autarquia vai “pagar para ver” como o cenário econômico se desenvolve ao longo do segundo semestre.
Em um cenário com manutenção dos juros nos EUA e deterioração das expectativas, a “chance razoável” apontada por ele de que a Selic volte a subir pode se concretizar.
Nesse caso, os primeiros comunicados indicando o aumento podem começar a aparecer entre o final deste ano e o começo do próximo, com os aumentos vindo mais ao final de 2025.
No entanto, caso o Federal Reserve (Fed) corte suas taxas, o professor da FGV aponta que a principal “ameaça inflacionária se dissipa”.
Rocha ainda chama atenção para um sinal positivo vindo do exterior. Nesta quarta, o Fed também votou pela manutenção de suas taxas básicas de juros.
Contudo, o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, sinalizou que um eventual corte pode estar na mesa da próxima reunião.
“[Um corte nos juros dos EUA] deve distensionar a pressão sobre o câmbio. Isso tornaria o juro menos convidativo nos Estados Unidos, começando a ajudar o Brasil”, explica o economista-chefe da Fiesp.
Por outro lado, na avaliação de Leda Maria Paulani, professora titular de Economia da USP, tanto a manutenção da taxa quanto eventuais aumentos não passam de “mera especulação”.
“A decisão é a esperada, o que não quer dizer que, de fato, haja qualquer fundamentação objetiva para qualquer piora de expectativas a não ser a mera especulação, o mero interesse de quem se beneficia com esse tipo de especulação e decisão”, argumenta Paulani.
O Estado de S.Paulo - SP 01/08/2024
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve os juros básicos (Selic) nos 10,50% ao ano, na reunião desta quarta-feira, o que era esperado.
Mas não ficou tudo na mesma. Para efeito de sua política monetária, o Banco Central está lidando no momento com novas pressões da inflação. Provêm elas de três campos: deterioração das contas públicas; avanço da cotação do dólar (desvalorização do real); e aumento da demanda agregada por bens e serviços.
São fatores que descambam para um círculo vicioso: refletem tanto a perda de confiança na condução da política econômica como concorrem para aumento da insegurança, o que reduz a confiança na condução da política econômica.
A deterioração das contas públicas é sentida tanto pelo crescimento do déficit orçamentário, que o ministro da Fazenda não consegue cobrir, quanto pelo alastramento da dívida pública: em 18 meses, escalou dos 71,4% do PIB em janeiro de 2023 para 77,8% ao fim de junho.
A cotação do dólar no câmbio interno saltou 16,2% neste ano. Como nada há de especialmente errado nas contas externas e como as reservas continuam nos US$ 357 bilhões, essa estirada tem a ver com a perda de confiança na condução da política fiscal. É fator que tende a aumentar os preços internos, a partir dos importados e dos produzidos aqui, mas cotados em dólares.
O aumento da demanda agregada tem seu lado positivo: o do crescimento da renda da população e o da queda do desemprego, mostrada pelo IBGE nesta quarta-feira, para 6,9% da força de trabalho, no segundo trimestre de 2024.
São estas as principais razões que levaram o Copom a aumentar o tom das advertências. Ao invés de baixar, os juros tendem a subir – se as condições não melhorarem.
De mais positivo extra Copom foram as declarações do presidente do Fed (o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, de que a inflação por lá perdeu força. Ele sugeriu que, em setembro, poderá sair o primeiro desafogo monetário em dois anos.
Como é um animal político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tende a ver essas e outras coisas sob a ótica da construção das relações de poder que sobrevierem com as eleições de 2026. Sua opção preferencial é pelo aumento dos gastos até onde puderem ser disfarçados ou puderem encontrar um bode expiatório que, no momento, continua sendo o presidente do Banco Central.
Como o impacto do câmbio tende a crescer, convém perguntar se a cobrança não passará da política dos juros para a política de câmbio, no sentido de produzir certa intervenção para segurar a alta da moeda estrangeira.
CNN Brasil - SP 01/08/2024
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em manter os juros em 10,5% coloca o Brasil na terceira colocação com o maior juro real entre 40 países.
A taxa fica em torno de 7,36% ao ano, segundo pesquisa do economista Jason Vieira e divulgada na plataforma MoneYou. O país fica atrás da Turquia, com juros reais de 12,13%, e da Rússia, com 7,55%.
Os juros reais são a conta considerando a taxa de juros descontada da inflação, e, mais do que a taxa bruta, é o número que de fato afeta a economia.
O cálculo considera tanto a inflação quanto os juros futuros, estimados pelo mercado para 12 meses à frente, já que é a tendência futura dessas duas variáveis o que realmente influencia tanto o andamento da economia quanto as decisões BC para a Selic.
Para a taxa brasileira, a metodologia usou a inflação projetada para os próximos 12 meses pelo mercado e coletada pelo Boletim Focus, que é de 3,67%. Também foi considerada a taxa de juros DI a mercado dos aproximados próximos 12 meses no vencimento mais líquido (Jul 25).
IstoÉ Online - SP 01/08/2024
O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 0,3 ponto em julho em relação a junho, para 110,3 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de médias móveis trimestrais o indicador subiu 1,3 ponto, para 111,3 pontos.
“O IIE-Br ficou praticamente estável ao final de julho, mas a evolução diária do indicador mostrou uma forte aceleração da incerteza até meados do mês, seguida de uma redução compensatória. O componente de Mídia capturou a intensificação e o arrefecimento das discussões sobre o nível da taxa de juros e as finanças públicas para os próximos anos. O componente de Expectativas seguiu o mesmo padrão ao longo do mês, mas terminou em alta, refletindo uma ligeira piora nos cenários de futuros para a inflação e o câmbio”, avaliou em nota a economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Anna Carolina Gouveia.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia caiu 1,0 ponto em julho, para 109,8 pontos, contribuindo negativamente com 0,9 ponto para o IIE-Br do mês. O componente de Expectativas subiu 2,8 pontos, para 107,9 pontos, maior nível desde julho do ano passado, contribuindo positivamente com 0,3 ponto para o índice deste mês.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência (julho).
Valor - SP 01/08/2024
Alexandre Silveira disse que tirou essa conclusão após um ano e meio de discussão aprofundada em “dezenas de reuniões” com representações públicas e privadas envolvidas no processo
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu, em entrevista ao Valor, que a Vale deve aportar, no mínimo, mais R$ 100 bilhões pelo acordo de reparação pelas consequências da tragédia do rompimento da barragem de mineração em Mariana (MG), em 2015. Além de causar mortes e afetar a vida de milhares de moradores de cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo, a lama de rejeito de mineração causou sérios danos ambientais ao longo do rio que inspirou o nome original da mineradora, Vale do Rio Doce.
Para Silveira, o valor total da indenização deve ficar entre R$ 160 bilhões e R$ 170 bilhões, o que pode representar “o maior acordo da história” para reparação de danos causados por tragédias. A conta não será paga apenas pela Vale — será dividida com as mineradoras BHP e Samarco, sócias na mina que colapsou.
“Não dá para ficar nos R$ 82 bi que é a última oferta da Vale”, ressaltou Silveira. Ele disse que tirou essa conclusão após um ano e meio de discussão aprofundada em “dezenas de reuniões” com representações públicas e privadas envolvidas no processo.
Procurada, a Vale informou que, “como uma das acionistas da Samarco, segue engajada no processo de mediação conduzido pelo Tribunal Regional Federal da 6 Região (TRF6) e busca, junto às autoridades envolvidas, estabelecer um acordo que garanta a reparação justa e integral às pessoas atingidas e ao meio ambiente”.
A mineradora ressaltou que “as tratativas sobre o tema ocorrem exclusivamente no âmbito do processo de mediação, de acordo e em observância aos princípios norteadores desse tipo de método de solução de conflitos, sob a liderança do desembargador responsável pela condução do procedimento”. E também destacou: “A Vale reafirma seu compromisso com as ações de reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão, da Samarco.”
A BHP Brasil informou, via assessoria, que segue “trabalhando em estreita colaboração com a Samarco e a Vale para apoiar o processo de reparação em andamento no Brasil e segue em conversas para finalizar um acordo justo e integral com entidades públicas no país, como local apropriado para tais discussões”.
Já a Samarco disse que está empenhada na reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem e “aberta ao diálogo, em busca de soluções consensuais” e que “atendam às demandas da sociedade”.
Responsável no Executivo federal pela elaboração da política pública do setor de mineração, Silveira explicou que, até agora, foi sinalizado o compromisso de pagamento da ordem de R$ 86 bilhões. Soma-se R$ 37 bilhões transferidos à Fundação Renova, responsável por gerir o programa de reparação dos danos, e outros R$ 49 bilhões referentes a recursos que ainda serão depositados.
Só na rubrica de “obrigação de fazer”, a Vale deveria aportar R$ 25 bilhões, e não os R$ 14 bilhões previsto atualmente, avalia Silveira. Isso contemplaria R$ 5 bilhões para a retirada de 9 milhões de toneladas de rejeito que comprometem o funcionamento de importante usina na região.
“Nós estamos liderando esse processo por uma questão de magnitude na estrutura federativa da União, mas não é a União responsável pelo acordo. Tem oito entes federados, entre Estados, municípios, Ministério Público e outros mais”, afirmou Silveira.
Ele considera que é preciso reconhecer fatores relacionados a “danos futuros, desconhecidos”, que não podem ser percebidos agora, como “doença que pode surgir”, mas devem receber o devido tratamento jurídico e reconhecimento no cálculo das indenizações. E avalia que isso foi desconsiderado nas negociações conduzidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Ele acusou o chefe do Executivo local de fazer “discurso hipócrita” ao sugerir que o governo federal quer assumir o protagonismo na condução do acordo. Procurado, Zema não comentou.
“A União não quer fazer o acordo, quer o acordo justo, que tenha governança, que o valor faça o ressarcimento sobre os atos que aconteceram não só com efeito sobre as vidas humanas, mas também sobre os danos ambientais, danos sociais, pelos impactos que são permanentes”.
Silveira, no discurso de posse, se comprometeu a dar ao setor mineral o mesmo tratamento e prestígio que o setor elétrico recebe do Ministério de Minas e Energia.
Mineiro que construiu carreira política no Vale do Aço, em Minas Gerais, Silveira carrega o tom dos discursos em assuntos do Estado que passam pelo órgão que comanda. Esse é o caso da empresa estadual de energia Cemig, fábricas de fertilizantes da Petrobras com produção paralisada e duas grandes tragédias com barragens de mineração na última de década — além de Mariana, que deixou 19 mortos, houve outra em Brumadinho, em janeiro de 2019, com 270 mortes.
No momento da tragédia de Mariana, o setor de mineração sequer contava com uma agência reguladora. Já no rompimento da barragem de Brumadinho, a recém-criada Agência Nacional de Mineração (ANM) ainda não tinha um quadro de especialistas em regulação preparados para fiscalizar as mineradoras que atuam no país.
Mesmo com o compromisso público do ministro em atuar com todo rigor para garantir a segurança dos empreendimentos, os servidores do órgão regulador ameaçam entrar em greve por reposição do quadro funcional e equiparação de salário ao de especialistas em regulação que atuam em outros órgãos da administração federal.
Infomoney - SP 01/08/2024
Os contratos futuros de minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em leve baixa nesta quarta-feira, após oscilarem em uma faixa estreita, já que os participantes do mercado avaliaram os dados econômicos fracos da China, maior consumidora, em comparação com as expectativas de mais estímulos monetários após uma importante reunião do Politburo.
O contrato setembro do minério de ferro encerrou as negociações diurnas em baixa de 0,13%, a 768 iuanes (106,28 dólares) a tonelada métrica.
Os líderes chineses sinalizaram na terça-feira que as medidas de estímulo necessárias para atingir a meta de crescimento econômico deste ano serão direcionadas aos consumidores, desviando-se de sua ação habitual de despejar fundos em projetos de infraestrutura.
O Politburo, principal órgão decisório do Partido Comunista, enfatizou que é necessário concentrar-se no aumento do consumo para expandir a demanda interna, informou a mídia estatal.
Brasil Mineral - SP 01/08/2024
A Anglo American avança com as obras de implementação da planta de filtragem de rejeitos no empreendimento Minas-Rio. A estrutura evitará o lançamento de até 85% do rejeito total para a barragem e contribuirá com o meio ambiente e com a continuidade da operação de minério de ferro. Ao todo, estão sendo investidos cerca de R$ 5 bilhões na iniciativa. “Em alinhamento ao nosso propósito de reimaginar a mineração para melhorar a vida das pessoas e aos objetivos do nosso Plano de Mineração Sustentável, estamos construindo uma planta de filtragem de rejeitos em nossa mina em Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais. Esse processo vai oferecer inúmeros benefícios ligados à sustentabilidade da operação, entre os quais mais vida útil da barragem e continuidade do empreendimento Minas-Rio”, ressalta o diretor de Projetos da companhia, Euler Piantino.
Trata-se de uma tecnologia de filtragem à vácuo, com separação da água, que será reaproveitada no processo, “reforçando também a responsabilidade ambiental da Anglo e o compromisso com a eficiência operacional na gestão hídrica”, completa o diretor. Com o projeto iniciado em 2021 e a implementação estabelecida em 2022, a planta de filtragem de rejeitos de minério de ferro da Anglo American tem previsão de entrar em funcionamento no fim de 2025. “Além dessa tecnologia que trará uma redução drástica da utilização da barragem do Minas-Rio, a Anglo American está desenvolvendo estudos que visam filtrar 100% dos rejeitos do empreendimento e reaproveitar rejeitos já despejados, com objetivo de evitar a necessidade de utilização de barragem no futuro”, finaliza Luciano de Matos Filho, gerente de Projetos Capital da Anglo American.
A Anglo American possui apenas uma barragem de rejeitos no Brasil, localizada em parte dos municípios de Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (MG). A estrutura foi construída com aterro de solo compactado e alteada a jusante, método mais seguro existente no mundo. Segundo a mineradora, tanto a barragem como os diques de contenção são operados seguindo as melhores práticas de engenharia, além da companhia seguir um rigoroso monitoramento das estruturas, de forma permanente, 24 horas por dia, durante sete dias por semana.
Monitor Digital - RJ 01/08/2024
Junho registrou aumento no consumo aparente de máquinas e equipamentos no Brasil em relação a maio. O crescimento foi puxado pelo aumento das aquisições de máquinas produzidas localmente. No período, houve ainda melhora na carteira de pedidos, no nível de utilização da capacidade instalada e no nível de emprego do setor fabricante de máquinas e equipamentos, relata a Abimaq, associação de empresas do setor.
O consumo aparente cresceu 6,6% e atingiu R$ 31,2 bilhões, com aumento de 16,9% na receita interna e queda de 5,2% nas importações.
Houve recuperação nas receitas líquidas de vendas de máquinas e equipamentos na comparação com maio, puxado pela melhora das vendas no mercado doméstico. As exportações no período recuaram.
“Ainda que nas comparações interanuais prevalecessem o desempenho inferior ao do ano de 2023, o segundo trimestre de 2024 foi marcado por clara tendência de recuperação, o que contribuiu para a redução da queda observada no ano de 21,5% no encerramento do 1tri24 para redução de 16,4% no fechamento do semestre”, destaca a Abimaq.
No mercado doméstico, após um pequeno recuo em maio (0,7%), houve novo crescimento que refletiu na continuidade da redução da queda acumulada no ano. De 22,1% no encerramento do 1tri24, para 17,8% no 1sem24.
No ano, por outro lado, predomina queda dentre os setores fabricantes de máquinas, ainda que em patamar superior. Entre os que registraram crescimento no ano estão os fabricantes de máquinas para bens de consumo, para logística e construção civil e de componentes.
Nas exportações de máquinas e equipamentos houve queda de 12,3%, na comparação com maio de 2024 e de 11,6% em relação a junho de 2023. As exportações no mês passado atingiram US$ 922 milhões.
Com esse resultado, passaram a acumular no ano queda de 9,1%, resultado que, apesar de inferior ao observado até maio (-8,6%), superou o observado no fechamento do primeiro trimestre de 2024 (-13%).
A valorização de 5% da paridade cambial com o dólar ante maio e de 11% em relação a junho de 2023 resultou em maior rentabilidade, mas ainda não refletiu em maior exportação nos setores fabricantes e máquinas e equipamentos.
No 1sem24 houve queda das exportações nos mercados tradicionais de máquinas e equipamentos. Na América do Norte, o principal destino das máquinas nacionais, houve queda de 1,5%, mesmo com incremento de 12,9% das exportações para o México.
Na América do Sul a queda foi de 25,1%, como reflexo da queda de 41,2% nas aquisições da Argentina. Outros países da região também registraram retração nas aquisições neste primeiro semestre, tais como Paraguai, Chile e Colômbia.
No período houve crescimento nas exportações realizadas para poucos países da Europa, entre eles França e Itália, e também em outras regiões de menor peso no total, como Singapura, Arábia Saudita, Catar.
Nas importações de máquinas e equipamentos houve queda de 9,3% em junho de 2024 em relação a maio, mas crescimento de 3,1% em relação a junho de 2023. Com isso, no ano, as importações passaram a acumular crescimento de 6,5%.
Apesar da queda observada na ponta, dados do 2tri24 indicam tendência de alta nas importações. Neste segundo trimestre o volume importado girou em torno de US$ 2,4 bilhões por mês, contra US$ 2,3 bilhões no 1tri24 e US$ 2,2 bilhões considerando a média mensal de 2023. As importações, continuam a ganhar espaço no consumo doméstico. Dados acumulados até junho indicam market share de 45,2% contra 39,8% no 1sem23.
A indústria de máquinas e equipamentos encerrou junho utilizando 75,6% da sua capacidade instalada, valor idêntico ao observado no mesmo mês de 2023 e 1,2 p.p acima do resultado de dezembro de 2023, indicando melhoria do indicador no primeiro semestre deste ano.
Na carteira de pedidos, medida em semanas para o seu atendimento, houve alta mensal (+3,1%), contudo, na comparação interanual, o resultado ainda se mantém negativo. Os dados do período denotam relativa estabilização da carteira de pedidos em patamares 11% inferiores a 2023.
Em junho de 2024 houve alta no número de pessoas empregadas na indústria de máquinas e equipamentos (+0,3%). Desta forma o setor encerrou o mês com 388.179 trabalhadores. O maior número de pessoas empregadas no mês teve relação com as contratações realizadas nos segmentos fabricantes de Componentes para a indústria de bens de capital e de Máquinas para a indústria de transformação.
Em relação a junho de 2023, o quadro de pessoal ainda encontra-se em nível inferior. O número de junho de 2024 representou uma redução 1,1% na força de trabalho, equivalente a 4.424 pessoas a menos.
IstoÉ Dinheiro - SP 01/08/2024
As vendas da indústria de máquinas tiveram em junho mais um mês de baixa na comparação com igual período do ano passado, refletindo a queda dos investimentos em bens de capital no Brasil, avanço das importações e as exportações mais baixas do setor.
A receita líquida total, que engloba tanto as vendas internas quanto os embarques ao exterior, caiu 9,6%, somando R$ 23,16 bilhões, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira pela Abimaq, a entidade que representa os fabricantes de máquinas e equipamentos. O resultado decorre da queda de 10,8% das vendas internas, que ficaram em R$ 18,19 bilhões, além da baixa de 11,6% das exportações, cujo valor, em dólar, foi de US$ 922 milhões.
Apesar da queda de 2,7% do consumo de máquinas no Brasil, que somou R$ 31,2 bilhões em junho, as importações avançaram 3,1% no comparativo interanual, chegando a US$ 2,31 bilhões no mês passado.
Conforme a Abimaq, as importações seguem ganhando espaço no mercado brasileiro, respondendo por 45,2% do total de máquinas compradas no Brasil no primeiro semestre. Um ano atrás, a participação dos importados estava em 39,8%. A entidade aponta aumento nas importações feitas por fabricantes de bens de consumo, incluindo a indústria de alimentos.
A China, principal origem das máquinas importadas, já responde por 28,5% das importações realizadas no País, 4 pontos porcentuais acima do patamar do mesmo período do ano passado. É o maior nível da China nas importações totais de bens de capital mecânicos dentro da série histórica iniciada em 2007, quando a participação chinesa era de apenas 6,9%.
Com isso, a indústria de máquinas e equipamentos terminou o primeiro semestre com queda de 16,4% nas vendas, somando nos seis meses R$ 122,9 bilhões em vendas internas e exportações. Houve no período queda de 17,8% das vendas internas, para R$ 91,9 bilhões. Já as exportações recuaram 9,1%, somando US$ 6 bilhões. Na contramão, as importações, de US$ 14,16 bilhões de janeiro a junho, subiram 6,5%.
Na margem – ou seja, de maio para junho -, o setor exibe resultados mais positivos, com crescimento de 10,4% da receita líquida total, apesar do declínio de 12,3% das exportações. O consumo aparente de máquinas no Brasil subiu 6,6% no comparativo de junho com maio, sendo que no mês passado as importações caíram 9,3%.
Globo Online - RJ 01/08/2024
A Uber fará uma parceria com a BYD para colocar 100 mil veículos elétricos na plataforma da empresa de transporte por aplicativo, em um grande acordo entre empresas americanas e chinesas que, notavelmente, exclui os Estados Unidos.
De acordo com os termos da parceria de vários anos, as duas empresas oferecerão aos motoristas preços de veículos mais baixos e financiamento. A parceria começará na Europa e na América Latina, depois se expandirá para o Oriente Médio, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, disseram Uber e BYD na quarta-feira em um comunicado conjunto.
A aliança fortalece os esforços da Uber para transformar sua frota de veículos em elétricos — uma iniciativa que o CEO Dara Khosrowshahi alertou no início deste ano que estava fora de curso.
Também é um benefício para a BYD, que tem sido uma das montadoras de mais rápido crescimento no mundo nos últimos anos. Essa expansão tem sido amplamente impulsionada pelo aumento das vendas no enorme mercado automotivo da China, e a empresa agora está embarcando em uma expansão para países onde sua marca é menos estabelecida.
Stella Li, vice-presidente executiva da BYD e CEO da BYD Américas, disse que o Brasil será um dos países da região incluídos na parceria, junto com México, Chile, Costa Rica, Colômbia e Panamá.
— No Brasil, a 99 (que faz parte do grupo chinês Didi) já tem vários carros elétricos da nossa marca. E essa parceria pode impulsionar a eletrificação da frota no país — declarou a executiva a um grupo de jornalistas brasileiros.
Ela afirmou que os modelos que podem ser usados no Brasil pela Uber são o Dolphin, Song, King. A 99 e a BYD já têm uma parceria no Brasil em que são usados modelos do BYD D1, o primeiro veículo elétrico feito sob medida para atender apps de transporte.
Com o anúncio da parceria, as ações da Uber subiram mais de 2% logo após o início do pregão regular desta quarta-feira em Nova York. Já os papéis da BYD subiram mais de 6% este ano em Hong Kong, elevando a capitalização de mercado da empresa para US$ 94 bilhões.
A parceria vai na contramão das crescentes tensões entre Washington e Pequim. A China construiu uma liderança em baterias e na cadeia de suprimentos de veículos elétricos, enquanto os EUA têm tentado combater esse domínio com uma combinação de tarifas punitivas e dezenas de bilhões de dólares em créditos fiscais para empresas e consumidores.
Estados Unidos ficam de fora
Uber e BYD não mencionam os EUA em seu comunicado, provavelmente porque o mercado está praticamente fechado para a montadora. O presidente Joe Biden prometeu aumentar as tarifas sobre os veículos elétricos chineses para 102,5% este ano, elevando uma taxa que o ex-presidente Donald Trump havia aumentado para 27,5% durante seus quatro anos na Casa Branca.
A União Europeia e países como o Canadá seguiram o exemplo, adotando ou considerando tarifas mais altas sobre as importações de veículos elétricos chineses, o que pode complicar ainda mais o objetivo da Uber de ter 100% de suas viagens em cidades dos EUA, Canadá e Europa realizadas com veículos elétricos até 2030.
Empresa lançou modelo esportivo e quer competir com Ferrari e Lamborghini
Um dos desafios da empresa tem sido a escassez de veículos elétricos acessíveis, de longo alcance e relativamente espaçosos para competir com carros de baixo custo movidos por motores de combustão, que são populares entre os motoristas de aplicativos, como o Toyota Prius.
A BYD tem feito um esforço concentrado para fabricar veículos fora de seu mercado doméstico, com uma nova fábrica na Tailândia já em operação e planos para fábricas no Brasil, Hungria e Turquia.
Em fevereiro, a empresa concordou em fornecer carros para a Vemo, uma startup com sede na Cidade do México que oferece táxis elétricos através do aplicativo da Uber. Ela também foi um dos principais patrocinadores dos torneios de futebol Euro 2024 e Copa América, aumentando o reconhecimento da marca na Europa e nas Américas.
Barreiras para veículos elétricos
Pesquisas mostraram que o preço dos veículos elétricos e a disponibilidade de financiamento continuam sendo as principais barreiras para que os motoristas façam a transição dos carros movidos a gasolina, disseram as empresas.
A executiva da BYD disse que a meta de atingir 100 mil veículos elétricos em uso com a Uber deve ser atingida em cinco anos. Ela afirmou que os descontos oferecidos aos motoristas que desejarem comprar carros da BYD e se tornarem parceiros da Uber serão diferentes em cada país, mas não precisou o percentual:
— No Brasil, já temos muitos clientes da BYD, que poderão operar. Estamos construindo a parceria e não tenho ideia de qual percentual dos 100 mil carros estará no Brasil.
Os veículos da BYD têm custos menores de manutenção e reparo e são bem adequados para o compartilhamento de viagens devido à ampla gama de modelos, disseram.
O acordo também pode incluir descontos em impostos, manutenção de veículos, seguro e ofertas de leasing e financiamento.
A Uber se uniu há anos com a empresa americana de aluguel de carros Hertz para oferecer vantagens aos motoristas que alugam Teslas, embora a Hertz recentemente tenha vendido grande parte de sua frota de veículos elétricos.
A empresa de transporte por aplicativo também fez parceria com provedores de redes de carregamento, como EVgo e Revel Transit, para oferecer descontos aos seus motoristas. Em Londres, a Uber se comprometeu a investir £5 milhões (US$ 6,4 milhões) em carregadores públicos para veículos elétricos.
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A Uber ainda tem um longo caminho a percorrer para fazer a transição completa de seus milhões de motoristas para veículos elétricos. No fim do primeiro trimestre, a empresa informou que 8,2% das milhas de viagens de carona nos EUA e Canadá e 9% das milhas na Europa foram completadas em veículos de emissão zero.
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Em seu comunicado conjunto, a Uber também destacou as capacidades de direção automatizada dos veículos da BYD, e as duas empresas disseram estar bem posicionadas para escalar a capacidade de veículos autônomos no futuro.
O governo chinês já autorizou o uso de sistemas de condução autônoma de nível 3, patamar no qual o carro consegue fazer detecção por sensores e tomar decisões automaticamente. Mas o condutor deve estar pronto para intervir no caso de o veículo não conseguir executar certos comandos. A BYD está entre as montadoras autorizadas a testar a tecnologia em vias públicas.
O Estado de S.Paulo - SP 01/08/2024
Ma Haiyang e oito de seus colegas chegaram à Tailândia há um ano para estabelecer a primeira operação no exterior da GAC Aion, uma fabricante de veículos elétricos da China. Eles não tinham escritório, nem fábrica, nem funcionários locais e, basicamente, nenhuma pista.
A equipe da Aion se instalou em um hotel de Bangkok, ocupando salas de conferência e realizando reuniões no saguão. Eles tinham uma longa lista de coisas a fazer: encontrar um espaço para o escritório, recrutar revendedores e elaborar uma estratégia de negócios. A equipe trabalhou sem parar e, 74 dias após chegar à Tailândia, vendeu seu primeiro veículo elétrico.
“A janela de oportunidade para os veículos chineses de energia nova que vão para o exterior será relativamente curta”, disse Ma, gerente geral da Aion para o Sudeste Asiático, usando a expressão preferida da China para veículos totalmente elétricos e híbridos. “É por isso que queríamos nos apressar”, acrescentou.
Os fabricantes chineses de veículos elétricos, como a Aion, estão se lançando nos mercados estrangeiros. A Tailândia é um dos primeiros países a experimentar o súbito influxo de marcas automotivas chinesas, e está enfrentando a ambição e a competitividade dessas marcas, que estão remodelando seu setor automotivo.
A chegada da China EV Inc. é evidente em toda a Tailândia. Os outdoors estão repletos de anúncios de carros chineses. Os preços dos terrenos estão subindo muito porque muitas empresas chinesas estão construindo fábricas de automóveis.
As rápidas mudanças no mercado automobilístico tailandês também mostram como as empresas chinesas estão saltando à frente de seus rivais globais no Japão, que evitou os veículos elétricos, e nos Estados Unidos, onde a Tesla domina o setor.
No ano passado, as vendas de marcas japonesas populares, como Nissan, Mazda e Mitsubishi, despencaram porque os consumidores compraram carros elétricos novos de fabricantes chineses. Os revendedores que haviam trabalhado com montadoras japonesas e americanas por décadas agora estavam mudando seus showrooms para dar lugar aos veículos chineses. Em meio a um campo cada vez mais concorrido, as marcas chinesas estão cortando os preços dos veículos elétricos.
A investida no exterior é a próxima fase da estratégia de longo prazo de Pequim para se concentrar em veículos de energia nova e derrubar o equilíbrio de poder no setor automotivo.
Após anos de apoio governamental ao setor, os fabricantes chineses são adeptos da produção em massa de veículos elétricos. Eles estabeleceram cadeias de suprimentos confiáveis e, ao mesmo tempo, estão trabalhando para reduzir os preços.
Esse impulso internacional foi recebido com tarifas em dois grandes mercados automotivos para evitar que um excesso de veículos chineses esmagasse os concorrentes nacionais. No mês passado, a União Europeia disse que imporia tarifas de até 38% sobre os veículos elétricos importados da China para o bloco.
A Tailândia é pequena em comparação, mas é o maior mercado do Sudeste Asiático. Conhecida como a “Detroit da Ásia”, ela serve como um centro de fabricação regional. Sua proximidade e fortes laços comerciais com a China também permitem que os carros chineses sejam importados de forma rápida e barata.
“É um mercado de ponta”, disse Tu Le, diretor administrativo da consultoria Sino Auto Insights. “Ele é adequado para muitas marcas chinesas por causa do preço mais baixo.”
Em um mercado que já foi considerado um reduto japonês, já está ocorrendo uma mudança de guarda. As marcas japonesas de automóveis foram responsáveis por 86% das vendas de carros novos em 2022. Esse número caiu para 75% no ano passado, com BYD, Great Wall Motor e SAIC Motor, da China, conquistaram uma participação de mercado significativa.
Em 2021, a Tailândia disse que queria que os veículos elétricos respondessem por 30% de sua produção de automóveis até o final da década, uma meta ambiciosa que parece inatingível sem as empresas chinesas. Seu governo também implementou subsídios e isenções fiscais para estimular a demanda.
A fraca economia tailandesa contribuiu para um declínio significativo nas vendas gerais de automóveis este ano. As vendas de veículos elétricos diminuíram bastante, mas continuam 50% acima do ano passado. As montadoras chinesas reagiram cortando os preços, deixando alguns concorrentes preocupados com uma corrida para o fundo do poço.
Chong Baoyu, gerente geral da Great Wall Motor na unidade da Tailândia, disse que uma guerra de preços total “mataria o setor” porque os clientes adiariam a compra de um veículo, esperando que os preços caíssem ainda mais.
“O corte de preços é uma solução de curto prazo, mas não de longo prazo”, disse ele.
Há quatro anos, a Great Wall Motor adquiriu as fábricas da General Motors como parte de uma retirada da montadora americana.
Em maio, com as tarifas da UE sobre a China, a Great Wall Motor anunciou que fecharia sua sede regional em Munique, citando um “mercado europeu de veículos elétricos cada vez mais desafiador”.
A empresa planeja continuar operando na Europa, disse Chong, mas a perspectiva de tarifas torna a Tailândia um mercado ainda mais importante para as marcas chinesas.
Seis empresas chinesas de veículos elétricos já estão vendendo carros na Tailândia, e mais três novos participantes estão chegando este ano. BYD, Aion, Great Wall, Hozon Auto’s Neta e Chery estão entre as que abriram ou estão construindo fábricas na Tailândia.
“Quando os chineses veem uma oportunidade, eles simplesmente vão”, disse Wirat Tatsaringkansakul, secretário-geral adjunto do Thailand Board of Investment, em uma conferência automotiva para fornecedores chineses no mês passado.
A V Group Cars, uma rede de concessionárias com 44 showrooms, disse que a maioria de suas unidades vendia apenas marcas chinesas. A rede de concessionárias parou de trabalhar com a Suzuki. Ela converteu os showrooms da Mazda, Mitsubishi e Ford Motor em locais de vendas para as marcas Aion, Neta, Omoda e Jaecoo da Chery, e Zeekr.
A Aion, em seu primeiro ano na Tailândia, abriu 41 showrooms e iniciou a produção em uma nova fábrica este mês. Ela anunciou planos para abrir uma fábrica na Indonésia e começar a vender seus carros em nove países do Sudeste Asiático.
No mês passado, Phanthakan Wongsa e sua esposa compraram um veículo utilitário esportivo Aion Y Plus em um showroom em Bangkok. Eles possuem um Suzuki movido a gasolina, mas queriam um carro com eficiência energética. Wongsa, um engenheiro de 35 anos, pagou cerca de US$ 25 mil após um subsídio do governo e um corte de 20% no preço.
Em uma tarde recente em um showroom da Aion na parte leste de Bangkok, a empresa estava oferecendo um pacote de US$ 25 mil para o Y Plus que incluía uma garantia de oito anos, instalação de um carregador doméstico e 12 meses de seguro.
O V Group, a rede de concessionárias, converteu o showroom de uma concessionária Mazda no ano passado. As vendas da Mazda “despencaram nos últimos anos”, disse Pananya Jira-alongkorn, vice-presidente do V Group. Os consumidores tailandeses estavam mais interessados em veículos elétricos, disse ela, e a Mazda não tinha “nada a oferecer”.
A Aion adaptou seus carros chineses para o mercado local, aumentando a potência do ar-condicionado e reforçando o chassi para condições de estrada ruins.
Em sua mesa nos escritórios da Aion em um arranha-céu em Bangkok, Ma exibiu um modelo de navio em miniatura que captura o espírito das montadoras chinesas em busca de clientes.
Nas velas do navio está escrita uma frase em chinês: “Pegue o vento, fure as ondas e retorne com uma carga completa”.
A Tribuna - SP 01/08/2024
A revisão para cima, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), da projeção do crescimento de seu setor reflete fatores positivos, que devem continuar pesando até o fim do ano, dando sustentação a esse ritmo de recuperação. Em janeiro, a CBIC previa avanço de 1,3% em 2024, elevando em abril o percentual para 2,3%. Nesta semana, a entidade anunciou expectativa de 3%. Essa posição repete a análise de economistas em relação ao Produto Interno Bruto, também com taxas sucessivamente revisadas para cima, superando os 2%.
Um dos fatores fundamentais para acelerar o setor foi a Selic, que permaneceu em 13,75% de agosto de 2022 até junho do ano passado e que agora está em 10,5%. São juros ainda altíssimos, mas o recuo de três pontos deu um certo alívio ao mercado, gerando nos bancos, nas construtoras e na população confiança em mais estabilidade na economia e disposição para dívidas longas. Ainda é preciso aguardar se o programa de renegociação Desenrola vai ter impacto positivo no setor imobiliário, com mais famílias, com seu endividamento atenuado, investindo na casa própria. Por outro lado, a Selic entrou em fase de estagnação, o que é lamentável, com potencial para desacelerar o mercado sob o aspecto do custo do crédito.
A confiança para tomar crédito habitacional também depende do mercado de trabalho, que avançou de forma muito robusta, com o desemprego caindo de 14% no auge da pandemia para atuais 7%. Neste ano, o País gerou 1,3 milhão de vagas, com aumento de salários, o que ampliou a massa de renda acima da inflação. Além disso, os programas sociais e o ganho de poder aquisitivo do salário mínimo despejaram dinheiro na economia.
Aliás, o programa econômico do governo teve grande impacto no setor, principalmente pela expansão do Minha Casa, Minha Vida, que estimulou os investimentos das construtoras do segmento popular. Porém, a habitação enfrenta um gargalo no crédito, que precisa contar com novas fontes de recursos, além do Fundo de Garantia do Tempo do Serviço (FGTS) e da caderneta de poupança. Há dúvidas se ambos darão conta da demanda em caso de crescimento da economia brasileira por períodos mais demorados.
A construção também acelerou o passo com a retomada de investimentos na infraestrutura e mais recentemente nas obras das prefeituras, considerando os prefeitos que ampliaram gastos para demonstrar resultados à população no último ano do mandato. Para os próximos meses, avalia-se o impacto da reconstrução do Rio Grande do Sul, que terá grande injeção de capital na reestruturação das cidades e na construção de moradias.
Porém, boa parte dessa retomada do setor depende do equilíbrio fiscal do Governo Lula, pois um gasto sem controle agora vai comprometer a disponibilidade de investimento público no médio e longo prazos.
Infomoney - SP 01/08/2024
Os contratos de compra de casas usadas nos Estados Unidos se recuperaram de forma acentuada em junho, uma vez que uma melhora na oferta e alguma moderação nas taxas de hipoteca tiraram os compradores da retaguarda.
A Associação Nacional de Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês) informou nesta quarta-feira que seu Índice de Vendas Pendentes de Moradias, baseado em contratos assinados, subiu 4,8% no mês passado, chegando a 74,3.
Economistas consultados pela Reuters previam que os contratos, que se tornam vendas depois de um ou dois meses, avançariam 1,5%. As vendas pendentes de casas caíram 2,6% em junho na base anual.
“O aumento no estoque de imóveis está começando a levar a mais assinaturas de contratos”, disse o economista-chefe da NAR, Lawrence Yun.
As taxas de hipoteca recuaram e os aumentos nos preços das casas estão desacelerando. Mas é improvável que haja uma recuperação acentuada nas vendas de moradias.
Uma pesquisa do Conference Board na terça-feira mostrou que a parcela de consumidores que planeja comprar uma casa nos próximos seis meses caiu em julho para o nível mais baixo desde fevereiro de 2013.
Veja - SP 01/08/2024
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai conversar com os diretores da estatal que controla o Metrô de São Paulo nesta quarta-feira, 31, para tentar angariar apoio ao projeto de concessão das linhas que ainda estão sob gestão da empresa pública. A reunião está marcada para as 17h30 no Palácio dos Bandeirantes e vai contar com a presença do secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini.
Chefiada pelo presidente Antonio Julio Castiglioni Neto, a diretoria do Metrô de São Paulo – composta por Alfredo Falchi Neto (Assuntos Corporativos), Paulo Menezes Figueiredo (Finanças e de Relações com Investidores), Fábio Siqueira Netto (Operações), Paulo Sérgio Amalfi Meca (Engenharia e Planejamento) – estará do outro lado do balcão. A companhia gere as linhas 1- Azul, 2- Verde e 3- Vermelha do metrô paulistano. A linha 4-Amarela é concedida à empresa ViaQuatro e a linha 5-Lilás é operada pela Via Mobilidade, ambas empresas do Grupo CCR.
O projeto inicial do governo paulista é conceder a linha 1-Azul à iniciativa privada e a empresa responsável pela gestão construirá, em contrapartida, a linha 20 de trens metropolitanos. A nova ferrovia deve ligar os bairros de Pinheiros, Lapa, Itaim Bibi e Moema, nas zonas Oeste e Sul de São Paulo, a Santo André. O projeto é conectar o centro financeiro da capital paulista à área industrial do ABC.
A longo prazo, a gestão de Tarcísio de Freitas deseja avançar na privatização das linhas 2-Verde e 3-Vermelha. No entanto, fontes do governo admitem que, devido à complexidade do projeto, a conclusão do processo de concessão de toda a malha ferroviária do metrô paulistano só seria factível em um próximo mandato.
Plano de Tarcísio para ferrovias
A ampliação da malha ferroviária é quase uma obsessão de Tarcísio de Freitas desde os tempos de Ministério de Infraestrutura, nos governos de Jair Bolsonaro e Dilma Rousseff. Em São Paulo, o governador tem colocado o projeto em curso.
As audiências públicas para a transferência das linhas 11- Coral, 12- Safira e 13- Jade, geridas Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, à iniciativa privada já foram concluídas. O governo pretende fazer o leilão ainda neste ano. O projeto para as linhas 10- Turquesa e 14-Ônix ainda está em fase de estudos.
O Trem Intercidades (TIC) que ligará a capital até Campinas já foi leiloado e a C2 Mobilidade Sobre Trilhos será responsável pela operação por 30 anos. Há ainda projetos de um trens de São Paulo a Sorocaba e, outro da capital à Baixada Santista.
O Estado de S.Paulo - SP 01/08/2024
O quarto leilão promovido pela estatal Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) para venda de óleo superou os esperados R$ 15 bilhões e arrecadou R$ 17 bilhões com a venda de 37,5 milhões de barris referentes à participação da União nos campos de Mero e Búzios, na Bacia de Santos, divididos em quatro lotes. A Petrobras arrematou os lotes 1 e 4, ficando com 14,5 milhões de barris de petróleo. A Chinesa CNOCC levou o lote 2, com 12 milhões de barris; enquanto a Petrochina, o lote 3, com 11 milhões de barris.
Foi o primeiro leilão da PPSA no ano organizado pela B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Além das vencedoras, participaram a Refinaria Mataripe, Galp, Prio, Shell e TotalEnergies. Dos quatro lotes, três foram definidos em disputa a viva-voz, e em todos a Petrobras participou da disputa.
No leilão, a referência mínima da primeira etapa para os lotes de Mero foi igual ao valor do Brent do dia com desconto abaixo de US$ 4,40, enquanto o limite mínimo da primeira etapa do lote de Búzios era igual ao valor do Brent datado, menos US$ 4,25.
A Petrobras arrematou o lote 1 com desconto de US$ 1,85 em relação ao Brent, para cada um dos 12 milhões de barris de petróleo estimados, e o lote 4 também com desconto de US$ 1,85. A chinesa CNOOC arrematou o lote 2 com desconto de US$ 1,59 . A Petrochina arrematou o lote 3 com desconto de US$ 1,35.
O montante de óleo estimado para o certame é o maior já licitado e equivale a uma entrega de aproximadamente 66 cargas de 500 mil barris em 2025, que estarão disponíveis nos navios-plataformas (FPSOs, da sigla em inglês) Guanabara, Sepetiba, Duque de Caxias e Pioneiro de Libra, em Mero, e nas plataformas P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso, em Búzios.
Esses volumes são estimativas da futura parcela de petróleo da União nesses campos, que contemplam incertezas inerentes ao processo de produção. Ao arrematar um lote, o comprador terá à disposição toda a carga nomeada em 2025, que pode ser maior ou menor do que o volume estipulado no edital.
Infomoney - SP 01/08/2024
Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta, com um salto de mais de 4% do WTI, diante do recuo do dólar e da piora das tensões no Oriente Médio. O movimento também foi respaldado pelo relatório semanal que mostrou queda mais acentuada do que a esperada dos estoques de petróleo nos Estados Unidos. Os ganhos interromperam três sessões consecutivas de queda dos contratos.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 4,26% (US$ 3,18), A US$ 77,91 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 3,55% (US$ 2,77), a US$ 80,84 o barril.
No pregão eletrônico, após o fechamento do mercado, a alta do WTI chegou a superar 5% e o avanço do Brent acelerou para mais de 4% depois que The New York Times informou que o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, emitiu uma ordem para o país ataque Israel em retaliação pelo assassinato, em Teerã, do líder do Hamas, Ismail Haniyeh.
O movimento acontecia em meio ao recuo do índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de divisas fortes, após a decisão do Federal Reserve (Fed) de manter as taxas de juros inalteradas, em linha com as expectativas, conforme anúncio feito nesta tarde.
Circulam relatos de que Estados Unidos estão “muito preocupados” que o assassinato do líder do Hamas possa atrapalhar as negociações sobre o acordo de cessar-fogo e reféns em Gaza e aumentar o risco de uma guerra regional.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que “os próximos dias serão desafiadores” e que está “preparado para qualquer cenário”.
Os estoques de petróleo nos EUA caíram 3,436 milhões de barris, na semana encerrada em 26 de julho. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda de 200 mil barris.
Infomoney - SP 01/08/2024
Os estoques comerciais de petróleo bruto dos Estados Unidos – excluindo os da reserva estratégica do país – caíram 3,4 milhões de barris na semana encerrada em 26 de julho em relação à semana anterior, informou nesta quarta-feira (31) o Departamento de Energia.
A retração foi maior do que a estimada pelo consenso LSEG de analistas, que previa uma queda de 2,333 milhões de barris.
Aos 433,0 milhões de barris, os estoques dos EUA estão cerca de 4% abaixo da média de cinco anos para esta época do ano.
Ainda segundo os dados, os estoques totais de gasolina diminuíram em 3,7 milhões de barris em relação à semana passada e estão cerca de 3% abaixo da média de cinco anos para esta época do ano.
As importações de petróleo atingiram uma média de 7,0 milhões de barris por dia na semana passada, um aumento de 82 mil barris por dia em relação à semana anterior.
Nas últimas quatro semanas, as importações de petróleo bruto tiveram uma média de cerca de 6,9 milhões de barris por dia, 5,9% a mais do que no mesmo período de quatro semanas do ano passado.
As refinarias operaram a 90,1% de sua capacidade operável na semana passada.
A produção de gasolina diminuiu na semana passada, com uma média de 10,0 milhões de barris por dia.
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