FORGOT YOUR DETAILS?

Seja bem-vindo ao INDA!

Olá, seja bem-vindo
ao INDA!

01 de Março de 2023

INDA

IstoÉ Dinheiro - SP   01/03/2023

O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) divulgou nesta terça-feira, 28, os dados referentes ao desempenho da distribuição de aços planos no mês de janeiro e as projeções para o mês de fevereiro. As compras do primeiro mês de 2023 somaram 319,8 mil toneladas, alta de 31,7% perante a dezembro e 5,7% perante a janeiro de 2022.

O aumento maior foi na compra de chapa grossa, que estava muito demandada, informou o presidente do Inda, Carlos Jorge Loureiro.

Já as vendas de aços planos em janeiro contabilizaram 311,2 mil toneladas, alta de 21,1% no comparativo mensal e de 4,3% no comparativo mensal. “As vendas foram bem melhores do que imaginávamos, e um pouco abaixo do montante de compras”, comentou Loureiro.

Para fevereiro de 2023, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma queda de 15% em relação ao mês de janeiro de 2023. O presidente do instituto justifica a queda deve-se ao fato de fevereiro contabilizar quatro dias a menos que o mês anterior (em parte devido ao feriado do Carnaval).

O estoque, por sua vez, em número absoluto, subiu 1,1% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 825,7 mil toneladas. O giro de estoque fechou em 2,7 meses.

As importações encerraram o mês com alta de 6,9% em relação ao mês anterior, em 177,2 mil toneladas. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior, houve alta de 4,3%. A origem das importações é predominantemente a China, com 70%.

“O volume não é grande, estamos tendo muito problema com o Porto de São Francisco do Sul, que é o que recebe a maioria das nossas cargas. Está tendo uma espera grande para a liberação do armazém. Isso explica porque importadores estão segurando material no porto aguardando melhores condições de desovar esses materiais. Para poder descarregar, tem que esvaziar os armazéns”, explica Loureiro.

“O prêmio do nacional frente ao importado hoje está ao redor de 10%, mas à medida que tem porto congestionado como tem hoje, acréscimo grande de frete e espera do navio pra descarregar (quem paga essa conta é o importador), esse prêmio passa a realmente desaparecer, não há grande incentivo para importação”, completa.

Enquanto isso, o “forte” das exportações foi em placas, com destino principal aos Estados Unidos, e Argentina em segundo lugar, explica o presidente.

“Estamos falando tanto de placas porque não podemos esquecer que a Usiminas comprava regularmente placa da sua usina de Cubatão e agora está tendo que comprar placa para a parada de seu alto forno (que vai durar quatro meses, entre abril e agosto). Eles vão manter isso com placa importada”, observou o presidente do INDA.

Money Times - SP   01/03/2023

Os distribuidores de aços planos do Brasil venderam cerca de 311 mil toneladas de aços planos em janeiro, alta de 21% sobre dezembro, mas volume estável na comparação com um ano antes, segundo dados da associação do setor, Inda, divulgados a analistas na véspera.

Segundo relatório de Thiago Lofiego e equipe do Bradesco BBI, as vendas de janeiro foram equivalentes a 14,1 mil toneladas por dia, em um desempenho acima do esperado pelo Inda.

Já as compras de material pelos distribuidores, segundo os analistas do Itaú BBA liderados por Daniel Sasson, subiram 32% ante dezembro e 6% na comparação ante janeiro de 2022.

Com isso, os estoques dos distribuidores recuaram 16% na comparação mensal, para o equivalente a 2,7 meses de vendas, afirmaram os analistas. O nível de inventários segue reduzido em relação à média de 2,9 meses dos últimos cinco anos.

“O Inda espera que as vendas e compras dos distribuidores caiam 15% em fevereiro ante janeiro”, disseram os analistas do Bradesco BBI.

Segundo os analistas do Itaú BBA, “o aumento nos custos de produção, combinado com os preços domésticos do aço em linha com o nível de paridade de importação, abre espaço teórico para as siderúrgicas tentarem implementar altas de preços no mercado doméstico”.

“Porém, o atual ambiente de fraca demanda não parece apoiar tal medida”, acrescentou a equipe liderada por Sasson, que espera estabilidade nos preços da liga no Brasil “nas próximas semanas”.

Diário do Comércio - MG   01/03/2023

As vendas de aços planos em janeiro apresentaram alta de 21,1% sobre dezembro, superando as estimativas do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), que previam um incremento de 15%. Frente a igual mês do ano anterior, as negociações cresceram 4,3%. Para fevereiro, mês que tem menos dias úteis, a estimativa é que a comercialização dos distribuidores de aço recue 15% frente a janeiro.

Os dados do Inda mostram que, em janeiro, o setor de distribuição comercializou 311,2 mil toneladas ante as 257 mil toneladas de dezembro. A alta é atribuída ao maior número de dias úteis do mês.

Em relação às compras, foram 319,8 mil toneladas – volume que superou em 31,7% as 242,8 mil toneladas de dezembro. Na comparação com janeiro de 2022, a alta foi de 5,7%.

De acordo com o diretor executivo do Inda, Carlos Loureiro, o volume de vendas de aço em janeiro surpreendeu o setor, que previa um aumento de 15%.

“As vendas foram bem melhores do que imaginávamos e um pouco abaixo do montante de compras. Nas compras, o aumento maior veio das chapas grossas, com alta de 87%. O produto está muito demandado. A gente acredita que, neste ano, vamos crescer aproximadamente de 1,5% a 2% nas vendas gerais, mas, vamos ver como irão evoluir ao longo do ano”, explicou.

As vendas diárias de aços ficaram praticamente estáveis com uma média de 14,1 mil toneladas dia ante 14,2 mil toneladas de janeiro do ano passado. “Para fevereiro, estimamos que as vendas do setor caiam cerca de 15%. O mês, além do período de férias, ainda teve o Carnaval. Foram praticamente quatro dias a menos que janeiro. De qualquer maneira, o mercado ainda está começando a reagir. Está parecendo aquilo que a gente sempre fala do Brasil que tudo começa após o Carnaval”.

Com as vendas pouco abaixo das compras, o estoque cresceu somente 1,1% frente a dezembro e está em 825,7 mil toneladas ante as 817,1 mil toneladas. Na comparação com igual mês do ano passado, a variação positiva é de 0,9%. O estoque das distribuidoras tem giro de 2,7 meses.

“Em janeiro, ficamos com os estoques praticamente no mesmo nível”.

No que se refere à importação de aços, os dados do Inda mostram que em janeiro foi registrada alta de 6,9% em relação ao mês anterior, com volume total de 177,2 mil toneladas contra 165,7 mil toneladas. Na comparação ao mesmo mês do ano anterior – quando foram importadas 170 mil toneladas -, as importações registraram alta de 4,3%. A origem das importações é em sua maioria da China, com 70%.

“O número está muito estabilizado, ficando entre 150 mil a 180 mil toneladas de aço mensais nos últimos meses. O volume não é grande e estamos tendo muito problema com o Porto de São Francisco do Sul, que é o que recebe a maioria das cargas. A espera ainda é grande para a liberação de armazém. Isso explica que os importadores estão segurando material no porto aguardando melhores condições de desovar esses materiais”, disse o representante do Inda.

Em relação aos preços, Loureiro explicou que no mercado externo os mesmos seguem firmes e sustentados pelas altas dos preços do carvão e do minério de ferro. A alta tem ampliado os custos das usinas, que podem tentar implementar um novo aumento. Porém, no mercado interno, com a demanda ainda retraída, o setor de distribuição tem encontrado dificuldades de repassar o último reajuste feito pelas usinas.

“No mercado externo, a gente tem preços firmes e, dificilmente, algum movimento de preço para baixo virá de fora. No mercado interno, se houver possibilidade e se tiver algum movimento de preços, será de aumento. Mas ainda não tem nada anunciado. Será um ano muito difícil para as usinas e para a distribuição também. As revendas não conseguiram passar todo o reajuste para os clientes, já que o mercado está um pouco mais fraco. Com isso, os distribuidores estão com a margem muito apertada e uma hora terão que repassar esse custo mais elevado”, disse Loureiro.

SIDERURGIA

Money Times - SP   01/03/2023

Um incêndio de pequenas proporções atingiu na manhã desta terça-feira a unidade da siderúrgica CSN em Volta Redonda (RJ), mas não houve vítimas, segundo a empresa e o corpo de bombeiros do Rio de Janeiro.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado por volta de 10h30 e o fogo já estava controlado cerca de duas horas depois. Não houve registro de vítimas por parte da corporação.

O fogo atingiu parte do sistema da torre de refrigeração da fábrica de aço longos, na Usina Presidente Vargas, disse a CSN em comunicado.

A empresa informou que o incêndio foi de pequeno porte e gerou uma coluna de fumaça. As causas do incêndio estão sendo investigadas, segundo a companhia.

Em abril do ano passado, um incêndio atingiu uma área de armazenamento de embalagens e componentes da CSN em Volta Redonda, na ocasião também sem feridos.

Exame - SP   01/03/2023

A Gerdau, maior produtora brasileira de aço, firmou acordo inédito com o The Town, festival de música dos mesmos criadores do Rock in Rio, e com a ONG Gerando Falcões para um projeto que traz soluções para o desenvolvimento social da Favela do Haiti, em São Paulo.

A iniciativa, que conta com o apoio da Prefeitura de São Paulo, pretende usar toda a potência dessa união para inspirar a sociedade civil, empresas privadas e instituições públicas a espalharem essa iniciativa por todo o Brasil, mostrando que, trabalhando em rede, conseguimos interromper o ciclo da pobreza nas favelas do país.

A Gerdau, que já destinou mais de R$ 10 milhões à ONG Gerando Falcões por meio de diversas parcerias, tem atuado de forma bastante intensa em soluções para resolver o problema da vulnerabilidade habitacional no país.

“Estamos muito felizes em nos unir à Gerando Falcões, à Town e à Prefeitura de São Paulo para impactar de forma transversal e positiva a vida de inúmeras famílias em situação de vulnerabilidade habitacional, reforçando o compromisso da Gerdau de ser parte das soluções aos desafios da sociedade”, afirma Gustavo Werneck, diretor-presidente (CEO) da Gerdau. “Essa parceria possibilitará a construção de um novo futuro por meio de um projeto transformador e indutor do desenvolvimento socioeconômico da população local.”

Outro projeto – este desenvolvido pela Gerdau dentro de casa, é o “Reforma que Transforma”. A proposta, como o próprio nome diz, é reformar 13 mil residências nas regiões onde a Gerdau atua, com investimento de R$ 40 milhões ao longo dos próximos anos.

Faz parte do projeto o Favela 3D (Digital, Digna e Desenvolvida), no qual a Gerdau e seus parceiros se unirão para interromper o ciclo de pobreza da Favela do Haiti, localizada na região Sudeste de São Paulo, por meio de uma metodologia escalável e sustentável que será implementada em prol do desenvolvimento da comunidade.

O que é o Projeto Favela 3D?

O Favela 3D é um projeto de erradicação da pobreza de maneira sistêmica da Gerando Falcões. Para isso, trabalha com base em uma mandala de impacto que contempla: moradia digna, acesso à saúde, direito à educação, cidadania e cultura de paz, primeira infância, meio ambiente, geração de renda e cultura, esporte e lazer.

O projeto está em andamento em quatro territórios: na Favela Marte, em São José do Rio Preto (SP), na Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos (SP), no Morro da Providência, no Rio de Janeiro (RJ) e em Vergel do Lago, em Maceió (AL).

Os locais possuem características e populações diferentes, permitindo que a metodologia se adeque e se consolide em ambientes distintos, que seguem com trabalhos que serão realizados ao longo dos próximos dois anos.
Como será o trabalho na Favela do Haiti?

A Favela do Haiti foi escolhida pela Gerando Falcões para ser a quinta Favela 3D do Brasil e o piloto do projeto contará com o investimento e o apoio do The Town, proporcionando uma melhor qualidade de vida para as mais de mil pessoas que moram no local.

O trabalho na região começou a ser colocado em prática desde 2022, quando foi realizado um estudo no local que identificou o percentual de pessoas que ficaram entre a “pobreza” e o início da “dignidade” na classificação da busca pela “quebra do ciclo da pobreza”.

A partir disso, o projeto iniciou um trabalho em conjunto com a comunidade para identificar as principais estratégias para o desenvolvimento das prioridades. Após o diagnóstico, iniciou-se a etapa de planejamento em cocriação com a comunidade local.

Nessa fase, foi realizada a priorização dos temas mais sensíveis para os moradores da comunidade e, agora, está sendo desenvolvido o planejamento de ações urgentes, pautado em três grandes frentes: urbanismo e moradia, geração de renda e desenvolvimento social.

Todo o projeto é realizado em conjunto com os moradores, e a meta é criar soluções de transformação física e urbana para garantir espaços públicos de qualidade e moradia digna a 290 famílias (o que equivale a cerca de mil pessoas), até outubro de 2023.

Em paralelo, são trabalhadas ações como fortalecimento comunitário, empregabilidade, empreendedorismo, capacitações profissionais e acompanhamento individualizado das famílias até dezembro de 2024.

União entre empresas

A Gerdau, parceira da Rock World desde a edição de 2022 do Rock in Rio, traz uma bagagem fundamental por já atuar com o Favela 3D na revitalização de habitações de comunidades, já que além de ser considerada a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras do material nas Américas, vem atuando fortemente em projetos focados em habitação, educação e reciclagem.

A empresa tem ainda um histórico de parcerias com a Gerando Falcões e participa do projeto Favela 3D, impactando mais de 670 pessoas da Favela Marte, em São José do Rio Preto (SP), que passarão por uma significativa mudança de vida.

“Para superar a pobreza, precisamos de uma agenda de colaboração mútua, com articulação entre todos os setores da sociedade, além de estudos extremamente técnicos e tecnologia de ponta em prol de uma transformação sistêmica nas favelas. Por isso, o Favela 3D é um projeto de interesse público, porque trata-se de uma solução baseada em dados e inovação para a superação da pobreza crônica no Brasil”, destaca Edu Lyra, CEO e fundador da Gerando Falcões.

Lyra criou o projeto por meio de uma reflexão inspirada na corrida espacial, sobre o porquê de estarmos esgotando nossas capacidades e nossos recursos para colonizar outro planeta, enquanto ainda existem milhares de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza na Terra.

A partir disso, o Favela 3D nasce para transformar essa realidade. De pessoas que vivem em territórios que são resultados da ausência de políticas efetivas, do abandono, da segregação e da desigualdade social e racial.

Um projeto de atuação sistêmica que propõe soluções de desenvolvimento, geração de renda e urbanismo social, cocriadas em participação com a população local e tendo como objetivo mandar a pobreza das favelas para o museu antes de Marte ser colonizado.

“Este é um projeto muito especial para nós. Vamos oferecer todo o potencial de mobilização que uma marca como o The Town carrega. Com a parceria com o Favela 3D, queremos inspirar as pessoas, empresas, órgãos e instituições para se juntarem ao The Town e espalharem essa iniciativa por todo o país, promovendo mudanças na qualidade de vida de milhares de pessoas. Com uma união potente entre as organizações, o ciclo da pobreza nas favelas do Brasil tem solução, tem jeito! Transformando o nosso entorno, transformamos o mundo todo”, garante Roberto Medina, presidente da Rock World (empresa responsável pelas realizações do Rock in Rio e The Town).

Ele reforça ainda o compromisso de usar toda o poder de comunicação do festival para chamar a atenção da política pública e do empresariado como um todo para que mudanças efetivas na sociedade possam acontecer. O The Town acontece nos dias 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro, na Cidade da Música, localizada no Autódromo de Interlagos.

ECONOMIA

Infomoney - SP   01/03/2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou, nesta terça-feira (28), que a decisão de reonerar os impostos federais sobre combustíveis, apesar de gerar impactos diretos sobre os preços da gasolina e do etanol, está alinhada com o que defende o Banco Central em seus comunicados sobre a política monetária em curso.

Durante entrevista coletiva para anunciar os detalhes da medida, Haddad disse esperar que a autoridade monetária reaja da forma prevista e sinalizada nas atas recentes do Comitê de Política Monetária (Copom), que em sua última reunião manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano − patamar duramente criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados.

“Lembro que essas medidas estão sendo tomadas, inclusive, porque, na ata do próprio Banco Central está dito que isso é condição para o início da redução das taxas de juros no Brasil. E as taxas de juros no Brasil estão produzindo muitos malefícios para a nossa economia. Todos nós sabemos e estamos acompanhando isso”, disse Haddad.

“As taxas de juros do Brasil são as mais altas do mundo, estão produzindo efeitos perversos sobre a economia. Existe um problema no crédito, existe um problema do horizonte de crescimento da economia. Todo mundo, o país inteiro, está unido na causa da redução das taxas de juros. As empresas estão nos procurando. O agronegócio, o comércio, a indústria. Todo o setor produtivo anseia por isso”, prosseguiu.

“Estamos dando uma resposta ao setor produtivo de que o governo vai fazer a sua parte, esperando que a a autoridade monetária reaja da maneira como prevista nas atas do Banco Central. Nosso desejo é que a política monetária e a política fiscal se harmonizem em torno de um projeto de desenvolvimento que permita garantir a segurança jurídica dos direitos sociais que foram defendidos na campanha eleitoral e que já estão sendo garantidos pelo atual governo”, concluiu.

As declarações vêm poucos dias após Haddad cumprir agenda junto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em encontro com representantes do G20, em Bangalore, na Índia.

Questionado sobre suas falas, Haddad disse que a própria ata do Banco Central aponta, em contraste com o que poderia entender o senso comum, a reoneração dos combustíveis é benéfica para o combate à inflação a médio e longo prazo, supostamente abrindo espaço para uma redução nos juros.

“Estou reproduzindo argumentos do Banco Central para dizer que o impacto sobre a inflação de médio e longo prazo são benéficos em função do problema fiscal herdado, e isso abre espaço − um absolutamente necessário − para a gente começar a reduzir a taxa de juros, sem o que nós vamos prejudicar emprego, crescimento, reajustes salariais e tudo o que a gente quer promover”, argumentou.

CNN Brasil - SP   01/03/2023

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2022 será divulgado nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com economistas consultados pela CNN, o resultado anual deve trazer um número bom, na faixa dos 3%. No início do ano passado, as projeções falavam em um crescimento próximo de zero.

Detalhes dos dados, porém, como o crescimento no último trimestre ou o desempenho de alguns segmentos, devem confirmar a expectativa de desaceleração da economia que já começou a acontecer nos últimos meses de 2022 e que deve se consolidar em 2023.

Para o quarto trimestre, as estimativas são de um número bem perto do zero considerando o resultado do terceiro trimestre, que também já tinha crescido menos.

“Não é que está escrito nas estrelas, mas está mais ou menos escrito nas estrelas: vamos crescer pouco em 2023”, diz o sócio-diretor da consultoria MacroSector, Fábio Silveira. “Temos uma taxa de juros cavalar; os juros reais devem girar em torno dos 7,2% neste ano. Isso já pesou no crédito das famílias no ano passado e vai continuar pesando neste.”

Isso, explica o economista, deve enfraquecer o consumo, um dos principais motores da economia em 2022, que conseguiu avançar graças a alguns setores que cresceram enquanto outros ficaram para trás. A estimativa da MacroSector é de um PIB de 2,9% em 2022 e de 1% em 2023.

“O crescimento de 2022 foi bastante puxado pelo setor de serviços, que cresceu 8,3%, e por alguns segmentos do agronegócio, como milho, café e cana”, diz Silveira. “Já o varejo teve um avanço muito discreto, de 1%, e a produção industrial contribuiu negativamente, ela caiu 0,7%.”

Para a economista-chefe do HSBC, Ana Madeira, parte importante da história será contada pelo desempenho do consumo privado e dos investimentos no PIB do ano passado, e em quanto eles podem desacelerar.

“O consumo privado é a maior parte do PIB, e o investimento, embora seja uma parcela pequena, tem impacto importante na geração de emprego”, disse ela.

“O consumo privado tem mostrado uma desaceleração contínua e que vem se acentuando. Ele cresceu 5,7% no segundo trimestre [na comparação anual] e, no quarto trimestre, já deve crescer 3,1%”, acrescenta.

No primeiro trimestre de 2023 a expectativa do HSBC é que esse número seja ainda mais reduzido, para uma alta de apenas 1%. A desaceleração é resultado, principalmente, do efeito das altas dos juros, que, depois de uma escalada forte e rápida, chegaram aos 13,75% em agosto do ano passado.

O Banco Central vem mantendo a taxa Selic nesse patamar desde então, mas deve ser a partir do começo deste ano que os efeitos recessivos deles devem começar a pesar plenamente sobre a economia.

“Há uma defasagem no impacto do aperto monetário sobre a economia real de até cinco ou seis trimestres”, diz Madeira. “Então, se olharmos o momento em que o Banco Central começou a subir juros e quando eles começaram a ficar de fato restritivos, estamos falando de algo entre o quarto trimestre e o primeiro trimestre deste ano, para termos o peso completo desse ajuste.”

Nas contas do HSBC, o PIB cresceu 2,9% em 2022, com um avanço de 0,1% no quarto trimestre. Em 2023, deve crescer 0,7%.

Para o diretor de pesquisa econômica para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, fatores como uma recuperação rápida do mercado de trabalho e também uma retomada mais forte do que o esperado na saída da pandemia ajudaram a tornar o PIB de 2022 mais robusto.

“Mas isso ficou para trás”, diz, “o que temos pela frente é um cenário bem mais difícil para o crescimento por várias razões.”

A expectativa do Goldman Sachs, mais otimista que a média, é de um crescimento de 1,5% em 2023, depois de uma alta próxima dos 3% em 2022.

“Dá para ter um ‘pibizinho’ acima de 1% neste ano, mas o crescimento será claramente mais modesto, porque o crescimento fácil, de recuperação ou normalização da economia, já aconteceu”, diz Ramos.

“Já recuperamos aquilo que perdemos na pandemia. Não há mais milhares de pessoas desempregadas e as empresas não estão mais operando com uma margem de utilização muito baixa. Uma vez que se exauriu essa margem de ociosidade, fica mais difícil crescer mais de 2%, e o Brasil vai ter que encontrar das pedras um crescimento mais robusto.”

Agência Brasil - DF   01/03/2023

O grande volume de títulos prefixados em janeiro fez a Dívida Pública Federal (DPF) iniciar o ano com forte queda. Segundo números divulgados nesta terça-feira (28) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 5,951 trilhões em dezembro para R$ 5,769 trilhões no mês passado, com recuo de 3,07%.

Apesar da queda, o Tesouro prevê que a DPF subirá nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro, o estoque da DPF deve encerrar 2023 entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) caiu 2,88%, passando de R$ 5,698 trilhões em dezembro para R$ 5,534 trilhões em janeiro. No mês passado, o Tesouro resgatou R$ 216 bilhões em títulos a mais do que emitiu, principalmente em papéis prefixados (com juros fixos), que costumam vencer no primeiro mês de cada trimestre. A queda na DPMFi só não foi maior porque houve a apropriação de R$ 51,77 bilhões em juros.

Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a taxa Selic (juros básicos da economia) em 13,75% ao ano, a apropriação de juros pressiona o endividamento do governo.

No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 84,56 bilhões em títulos da DPMFi. Com o alto volume de vencimentos em janeiro, os resgates somaram R$ 315,30 bilhões.

No mercado externo, a queda do dólar em janeiro reduziu o endividamento do governo. A Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 7,32%, passando de R$ 264,72 bilhões em dezembro para R$ 252,45 bilhões em janeiro. O principal fator foi o recuo de 2,27% do dólar no mês passado.
Colchão

Após dois meses de alta, o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) caiu em janeiro. Essa reserva passou de R$ 1,176 trilhão em dezembro para R$ 953 bilhões no mês passado. O principal motivo, segundo o Tesouro Nacional, foi a concentração de vencimentos em janeiro.

Atualmente, o colchão cobre 7,62 meses de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,418 trilhão em títulos federais.
Composição

O alto volume de vencimentos mudou a composição da DPF. A proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos subiu de 38,25% em dezembro para 40,49% em janeiro. O PAF prevê que o indicador feche 2023 entre 38% e 42%. Como esse tipo de papel voltou a atrair o interesse dos compradores por causa das recentes altas da Selic, a previsão é que o percentual volte a subir nos próximos meses.

Por causa da concentração de vencimentos, a fatia de títulos prefixados (com rendimento definido no momento da emissão) caiu, passando de 27,01% para 23,47%. O PAF prevê que a parcela da Dívida Pública Federal corrigida por esse indicador terminará o ano entre 23% e 27%.

O Tesouro tem lançado menos papéis prefixados, por causa da turbulência no mercado financeiro nos últimos meses. Esses títulos têm demanda maior em momento de estabilidade econômica.

A fatia de títulos corrigidos pela inflação na DPF subiu, passando de 30,26% para 31,74%. O PAF prevê que os títulos vinculados à inflação encerrarão o ano entre 29% e 33%.

Composto por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa, o peso do câmbio na dívida pública passou de 4,48% para 4,3%. A dívida pública vinculada ao câmbio está dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2022, entre 3% e 7%.
Detentores

As instituições financeiras seguem como principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 27,3% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 24,4%, e os fundos de pensão, com 23,6%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.

A participação dos não residentes (estrangeiros) subiu, passando de 9,4% em dezembro para 9,8% em janeiro. A alta ocorreu, apesar da turbulência nos mercados externos. Os demais grupos somam 14,9% de participação.

Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).

MINERAÇÃO

IstoÉ Online - SP   01/03/2023

Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura mostraram tendências divergentes nesta terça-feira devido a uma perspectiva mista do mercado de curto prazo, com os preços em Dalian continuando em baixa pela quinta sessão consecutiva, enquanto em Cingapura houve reversão para uma trajetória de alta.

O contrato futuro de minério de ferro para maio mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou as negociações diurnas com queda de 0,78%, a 888,5 iuanes (127,98 dólares) a tonelada.

“O mercado doméstico permaneceu cauteloso com o impacto das restrições de produção em (principal centro de produção de aço da China) Tangshan. As restrições de produção não devem diminuir antes das duas sessões”, disse Yu Chen, analista sênior de minério de ferro da consultoria Mysteel, referindo-se à Reunião anual do parlamento da China que começa em 5 de março.

Enquanto isso, na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em março foi negociado a 123,8 dólares a tonelada, alta de 0,87%.

“Os fundamentos (do minério de ferro) são favoráveis no momento, já que a produção diária de metal quente continua aumentando”, disse Pei Hao, analista sênior da FIS, uma corretora internacional em Xangai.

“Às vezes, os preços futuros na bolsa de Cingapura refletem mais os fundamentos.”

A oferta permaneceu relativamente apertada e a demanda será sustentada pelo aumento na demanda downstream de aço, disseram analistas da Huatai Futures em nota, alertando para a possível volatilidade crescente dos preços decorrente das incertezas políticas.

A mineradora brasileira Vale disse na segunda-feira que sua produção de aglomerados de minério de ferro de alta qualidade deve aumentar nos próximos anos, uma vez que vê o prêmio médio por melhor qualidade subindo em um mercado cada vez mais restrito.

Valor - SP   01/03/2023

Com esse desempenho, a principal matéria-prima do aço encerrou o mês com desvalorização acumulada de cerca de 3,7% no mercado transoceânico

Na contramão dos contratos futuros, os preços do minério de ferro encerraram a terça-feira com ganho no mercado à vista, sustentados pelo aumento na produção de ferro gusa nas siderúrgicas chinesas em fevereiro, apesar das recentes medidas de restrição às operações por razões ambientais.

Segundo a Mysteel, a produção diária de gusa nas 247 usinas chinesas que são monitoradas pela consultoria subiu 3,5% neste mês, para uma média de 2,32 milhões de toneladas até ontem, “com a retomada das operações em altos-fornos em diferentes regiões do país”.

No norte da China, indica o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro subiu 1,3% nesta terça-feira, para US$ 124,10 por tonelada.

Com esse desempenho, a principal matéria-prima do aço encerrou o mês com desvalorização acumulada de cerca de 3,7% no mercado transoceânico. No ano, os ganhos estão em 5,8%.

Por outro lado, os contratos futuros mais negociados na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), com entrega em maio, cederam 0,8%, para 888,50 yuans por tonelada.

Valor - SP   01/03/2023

Cerca de 40 agentes da PF foram às ruas no Distrito Federal, no Pará e em Goiás com nove mandados de busca e apreensão; serão apurados os crimes de associação criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e advocacia administrativa

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM) suspeitos de favorecer uma mineradora em troca do recebimento de vantagens indevidas. Três funcionários públicos foram afastados das funções.

Para cumprir nove mandados de busca e apreensão, cerca de 40 agentes da PF foram às ruas no Distrito Federal, no Pará e em Goiás. Além dos servidores, são alvos da operação os dois sócios da empresa ilegalmente beneficiada.

Serão apurados os crimes de associação criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e advocacia administrativa. Segundo a PF, um dos servidores da ANM envolvidos no esquema atuou como advogado da mineradora até meados do ano passado.

A investigação começou a partir de uma notícia-crime ajuizada por uma mineradora que se sentiu prejudicada pela atuação da autarquia em favor da concorrente. No decorrer das apurações, a PF constatou que a empresa investigada poderia ser de fachada.

De acordo com a corporação, a mineradora beneficiada indevidamente pelos servidores não está sediada nos endereços cadastrados, não tem frotas próprias nem possui vínculos empregatícios registrados.

A operação desta terça-feira (28) foi batizada de Grand Canyon II, pois é semelhante aos ilícitos apurados na operação Grand Canyon, de 2015, inclusive com um alvo em comum. As medidas cautelares foram autorizadas pela 3ª Vara Federal Criminal do Pará.

Money Times - SP   01/03/2023

As ações da Vale (VALE3) caminham para encerrar fevereiro com uma forte correção. Pressionada pelo noticiário menos animado no exterior, a mineradora perdeu 10% na Bolsa desde o início do mês.

Foram sucessivos pregões seguidos de queda ao longo do período, em meio a restrições de negociações nos mercados de minério de ferro na China e com temores persistentes envolvendo o ritmo de recuperação do país, uma vez que as perspectivas para a demanda da segunda maior economia do mundo ainda não se concretizaram.

Aos poucos, agentes do mercado começaram a revisar para baixo as estimativas para o minério de ferro. Algumas instituições avaliam que, nos patamares atuais, a matéria-prima siderúrgica é negociada a preços “insustentáveis”. O Bank of America é uma das casas que prevê a proximidade da queda, apesar de acreditar que a sazonalidade pode dar suporte aos preços no curto prazo.
Queda à vista

Na avaliação do banco americano, os preços do minério de ferro devem cair em direção à média projetada para 2023 de US$ 100 a tonelada, “especialmente no segundo semestre”.

Já a Genial Investimentos considera que existe certo nível de especulação em cima da curva de minério de ferro. Acima de US$ 110/tonelada, a curva não parece razoável, visto que a demanda das siderúrgicas chinesas não sustenta o nível dos preços, defende.

De fato, o recente rali da commodity foi tão acelerado que reguladores chineses mostraram preocupações com as mudanças de preços e avisaram que iam apertar a supervisão para conter o nível de especulação do mercado.

Com tais fatores pesando sobre o minério de ferro, as ações expostas à commodity têm sido penalizadas pelos mercados. Segundo Paulo Albuquerque, analista de investimentos e sócio da Quantzed, a tendência é de que o movimento de correção continue.

Albuquerque avalia, a partir de análise técnica, que existe um descasamento entre a performance de preços do minério de ferro e a cotação da Vale.

“Quando a gente olha os topos da ação da Vale, eles estão praticamente nos mesmos níveis de preço. E os topos do minério de ferro não; estão cada vez mais baixos. Se a gente olhar pelo gráfico semanal, é como se o padrão de preço da Vale estivesse formando um triângulo ascendente, que é um padrão de continuidade de alta. Já o minério de ferro parece estar formando um padrão de triângulo descendente, que é baixista”, explica.

“Existe uma contradição na movimentação dos preços entre o minério de ferro e a cotação da empresa. Isso me deixa apreensivo no curto prazo e, por isso, acho que a tendência é de que a correção continue”, completa o analista.

Vale em bom ponto de entrada?

Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, avalia que, embora exista o peso positivo dos estímulos injetados por parte do governo chinês em setores-chave da economia, mercados como os de construção civil e infraestrutura ainda enfrentam gargalos que impedem uma retomada mais forte do país.

“O que temos visto agora é uma acomodação das estimativas”, afirma Arbetman.

Na avaliação do analista, considerando os preços atuais negociados pela Vale hoje, de R$ 85-90, e os preços de minério de ferro esperados para frente, a ação da mineradora está mais do que precificada – mesmo com uma nova distribuição robusta de dividendos marcada para março.

De acordo com Arbetman, a cotação atual da Vale reflete a dicotomia de uma expectativa de retomada da economia chinesa e os gargalos que impedem a consumação dessa expectativa. Embora não veja motivos para o papel da companhia voltar às mínimas de 2022, na faixa dos R$ 60, o analista acredita que a faixa dos R$ 80-90 reflete bem a dinâmica atual.

Considerando os múltiplos justos nos patamares atuais, a Ativa rebaixou recentemente a recomendação da Vale de “compra” para “neutro”.

Pela tendência observada para o curto/médio prazo, o analista da Quantzed acredita que a ação da Vale pode ficar mais barata. A isso, ele menciona a falta de sinais convictos de alta do minério de ferro e a queda no lucro da empresa.

“Mas entendo que essa decisão [de comprar ou não a ação] é muito difícil de tomar. Se a gente olhar pelo lado dos fundamentos, para o longo prazo, a empresa tem números excelentes”, pondera Albuquerque.
Ainda a melhor escolha do setor

Albuquerque reforça que, em termos de fundamentos, a Vale é uma empresa excelente. O analista destaca a posição dominante da companhia no mercado global e seu pouco nível de endividamento, com grau de alavancagem baixa e entregando dividend yield (rendimento do dividendo) de quase 9% ao ano. E ainda sendo negociada a 4 vezes o lucro, acrescenta.

“Dá medo de ficar esperando a ação cair. Mas vai cair até onde, com a empresa negociada a 4 vezes?”, questiona o analista da Quantzed.

Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, destaca que a Vale, no Brasil, é o principal player quando se trata de qualidade, eficiência, gestão e dividendos.

“Um verdadeiro competidor de nível global, que só encontra pares internacionais como a Rio Tinto, que ainda assim fica ‘atrás’ da Vale”, defende.

Alves diz que, apesar de o preço da ação parecer caro, a Vale consegue entregar uma eficiência que poucas empresas do setor conseguem.

Para a Ativa, dois fatores lançam a Vale como a principal ação do setor: a exposição ao minério de ferro, que tem se sobressaído em relação à siderurgia e é “fonte de geração de caixa forte”, e os investimentos na divisão de metais básicos, que trazem uma “opcionalidade” à tese.

Segundo Arbetman, o investidor encontra na Vale o melhor de dois mundos: um case tanto de valor (operação de minério de ferro consolidada) quanto de crescimento (cobre e níquel).

Valor - SP   01/03/2023

Com queda de 3,8% em fevereiro, commodity acumula alta de 5,8% no ano

Os preços do minério de ferro devolveram em fevereiro parte dos ganhos acumulados desde novembro, com os participantes do mercado divididos entre expectativas econômicas otimistas para a China com a reabertura pós-covid e incertezas quanto a novas rodadas de restrição às operações siderúrgicas, por razões ambientais.

Apesar da queda de 3,8% acumulada em fevereiro, desde o fim de outubro, quando a commodity era negociada a US$ 81,50 por tonelada no mercado transoceânico, a alta até terça-feira (28) superava 50% e as cotações se sustentavam acima de US$ 120 por tonelada.

Na terça-feira, na contramão dos contratos futuros, os preços no mercado à vista voltaram a subir, embalados por dados positivos da produção de ferro gusa na China. No norte do país asiático, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro avançou 1,3%, para US$ 124,10 por tonelada.

Com esse desempenho, minério tem alta de 5,8% no acumulado de 2023 no mercado à vista. Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em maio, cederam 0,8%, para 888,50 yuan por tonelada.

Segundo a Mysteel, a produção diária de gusa nas 247 usinas chinesas que são monitoradas pela consultoria subiu 3,5% neste mês, para média de 2,32 milhões de toneladas até ontem, “com a retomada das operações em altos-fornos em diferentes regiões do país”.

Para o UBS BB, o rali recente não encontra suporte em fundamentos de mercado e é especulativo, sustentado pela aposta na retomada econômica chinesa com o relaxamento da política de covid zero.

Além disso, o noticiário recente trouxe de volta temores de maior controle sobre a produção de aço no país, com vistas a reduzir a emissão de poluentes. Segundo a agência Reuters, Tangshan, um dos principais polos siderúrgicos chineses, teve de fechar determinada capacidade de aço no sábado por razões ambientais. Medida similar teria sido implementada por outra cidade com forte presença na siderurgia, Handan, no domingo.

Em nota a clientes no início da semana, após o minério recuar mais de 3% em uma única sessão, a equipe de análise liderada por Daniel Sasson, no Itaú BBA, apontou que algumas matérias da Platts indicavam “poucas negociações de cargas, em um momento de incerteza sobre quão saudável será a demanda por minério das siderúrgicas chinesas nos próximos dias”.

“Continuamos achando que o risco x retorno para minério de ferro não é bom nos níveis atuais, e seguimos com visão mais cautelosa (upside limitado) para as empresas do setor”, escreveu o analista.

O barril de petróleo do tipo Brent, considerado a referência mundial, fechou fevereiro cotado a US$ 83,45 o segundo contrato. Com isso a commodity acumula no ano perda de 2,57%.

Máquinas e Equipamentos

Valor - SP   01/03/2023

Receita líquida interna do setor em janeiro somou R$ 14,9 bilhões, redução de 13,6% na comparação anual e de 14,2% sobre dezembro

Os fabricantes de máquinas e equipamentos começaram 2023 com redução da receita no mercado interno e bons negócios no exterior. Mas o desempenho das exportações não foi suficiente para compensar o ambiente interno mais fraco e o setor apresentou o pior janeiro dos últimos três anos.

Os números divulgados na tarde desta terça-feira (28) pela Abimaq, entidade que representa o setor, mostram receita líquida total no primeiro mês do ano de R$ 20,25 bilhões, com queda tanto em relação a dezembro (14%) como na comparação com o mesmo mês de 2022 (6,4%).

O mercado interno foi o grande responsável pelos números mais fracos em janeiro. A receita líquida interna somou R$ 14,9 bilhões, redução de 13,6% na comparação anual e de 14,2% sobre dezembro. A Abimaq destaca que já esperava desempenho mais fraco no início deste ano, em virtude da desaceleração que começou no quarto trimestre do ano passado, mas a queda de 13,6% ficou além do esperado.

Os fabricantes tiveram um ritmo de expansão que começou em meados de 2020 e continuou em 2021. Em 2022 a atividade se manteve pouco abaixo do ano anterior, mas no quarto trimestre houve uma desaceleração mais significativa.

“Janeiro começa no mesmo patamar de desaceleração [visto no fim de 2022]. Começamos o ano bem mais fraco do que o esperado. O que torna a análise do setor mais preocupante [para 2023]”, afirma Maria Cristina Zanella, diretora de economia, estatística e competitividade da Abimaq. Ela destaca que o cenário de falta de recursos e custo do crédito alto, que permanece desde o ano passado, está levando à suspensão de vários projetos. “Vivemos os efeitos da política monetária.”

O consumo aparente de máquinas e equipamentos (soma dos produtos feitos no Brasil e destinados ao mercado interno com as importações) fechou janeiro em R$ 26,6 bilhões, valor que ficou 10,1% abaixo do mesmo mês do ano passado e 10,7% menor do que em dezembro.

A associação lembra que tradicionalmente ocorre uma recuperação de vendas nos meses seguintes a janeiro, mas não há neste momento sinais que indiquem uma virada na tendência de queda. Zanella vê como positiva a postura do governo federal em relação às reformas e propostas de reindustrialização do país, mas lembra que os efeitos de eventuais mudanças demorariam para chegar ao setor.

Mercado externo

As exportações em janeiro somaram US$ 1,03 bilhão, alta de 44,3% sobre o mesmo mês de 2022, mas queda de 12,2% na comparação com dezembro. Houve expansão em todos os segmentos de máquinas na comparação anual, mas o destaque ficou para máquinas para logística e construção civil com crescimento de 59,9% e participação de 32,9% no total embarcado.

O ritmo de exportações também cresceu desde meados de 2020 com vários registros acima de US$ 1 bilhão mensal, o que é considerado um patamar histórico muito bom pelos fabricantes. Boa parte desse bom momento no exterior vem da recuperação de mercado nos países vizinhos da América do Sul, principalmente a Argentina.

Já em janeiro, o principal destino das exportações foi a América do Norte, com expansão de 80,9% na comparação anual e responsável por 34,8% da receita. A América do Sul vem em seguida com participação de 34,7%, com crescimento de 43,2%. Os embarques para a Europa caíram 4,9% no primeiro mês de 2023 e a participação da região ficou em 11,6%.

Já as importações de máquinas e equipamentos fecharam janeiro em US$ 2,13 bilhão, aumento de 15,5% na comparação anual. Em relação a dezembro houve queda de 4,1%. Todos os segmentos da indústria apresentaram expansão nas importações quando comparado com o mesmo mês de 2022. Mas o grande destaque foi o de máquinas para petróleo e energia renovável, com alta de 145,2%.

As importações da China caíram 16,8% na comparação com o mesmo mês de 2022, mas continuam liderando com 26% da receita. Desde 2021 os chineses ultrapassaram os americanos como maiores fornecedores de máquinas para o Brasil. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar com 17,3% em janeiro, seguidos da Alemanha com 13,2%.

Emprego

No fim de janeiro os fabricantes de máquinas e equipamentos empregavam 392.886 pessoas, alta de 0,7% em relação a dezembro. Na comparação com o fim de janeiro de 2022, o setor criou quase 5 mil vagas. E apenas o segmento de bens para a indústria de transformação apresenta queda de contratações na comparação anual.

O nível de ocupação da capacidade instalada do setor em janeiro ficou na média de 75,5%. O que representa queda de 2% sobre o mesmo mês de 2022. A Abimaq destaca que foi a quinta queda mensal consecutiva.

A carteira de pedidos do setor em janeiro estava em 11,2 semanas, redução de 11,5% sobre o indicador de 11,5 semanas registrado há um ano. Em relação a dezembro, a queda é de 2,4%.

IstoÉ Online - SP   01/03/2023

A China se manteve mais uma vez, em janeiro, como o maior exportador de máquinas e equipamentos para o Brasil, respondendo por 23% de todas as importações do setor brasileiro, afirmou há pouco o Departamento Econômico da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

As importações e máquinas e equipamentos em janeiro cresceram 15,5% comparativamente a janeiro do ano passado, somando US$ 2,128 bilhões. “Deste total, a China responde por quase um quarto”, disse o analista de Economia e Estatística da Abimaq, Leonardo Gatto Silva.

Os Estados Unidos ficaram na segunda posição no ranking da Abimaq para os maiores exportadores de máquinas e equipamentos para o Brasil, com 17% de todas as importações do setor no País.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   01/03/2023

A revisão da estrutura de ponderação foi feita com base em estudos sobre o setor realizados pelo FGV/Ibre ao longo dos últimos dois anos

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) efetuará a atualização da estrutura de ponderação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) e dos índices de custo da construção (ICC) de suas sete cidades componentes. O INCC e o ICC representam a inflação na construção civil apurada pela fundação. A atualização de pesos ocorrerá a partir de julho de 2023.

Em nota técnica veiculada nesta terça-feira no portal da instituição, a fundação detalha que a mudança vai abranger as versões INCC-10, INCC-M e INCC-DI. Esses são subindicadores componentes, respectivamente, do IGP-10, do IGP-M e do IGP-DI, e representam 10% do total de seus respectivos indicadores.

A revisão da estrutura de ponderação foi feita com base em estudos sobre o setor realizados pelo FGV/Ibre ao longo dos últimos dois anos, diz a instituição.

O FGV/Ibre afirma ainda, na nota, as mudanças em relação à estrutura atual. As modificações levarão a aumento do número de subitens, de 52 para 79, e de itens, de 11 para 20. No sentido oposto, haverá redução do número de subgrupos, de 10 para nove, com a saída do subgrupo serviços pessoais. O número de grupos não mudará, e permanecerá em quatro, informa a fundação.

No caso de itens, serão incluídos, na nova estrutura do INCC: instalações contra incêndio, instalações provisórias, material para instalação de gás, material para instalação de telefone/interfone; material para sistema de exaustão, vidros, material para paisagismo, material de proteção individual e elevador.

Já os 27 subitens acrescidos podem ser consultados na nota técnica da fundação sobre o assunto.

Além disso, a fundação informou que o item “Serviços Pessoais”, com seus respectivos subitens: “Refeição Pronta no Local de Trabalho” e “Vale Transporte” vão deixar de compor a estrutura do INCC.

Em junho de 2023, o FGV IBRE divulgará mais detalhes sobre a estrutura do INCC e seus componentes, acrescenta ainda a instituição.

O Estado de S.Paulo - SP   01/03/2023

O recém-lançado programa habitacional da cidade de São Paulo, chamado Pode Entrar, teve uma adesão elevada de construtoras e já tem sido apontado pela iniciativa privada como um bom exemplo a ser seguido pelo governo federal na reformulação do Minha Casa Minha Vida (MCMV). O edital do programa paulistano atraiu 56 construtoras, incluindo as maiores do ramo, como MRV, Tenda, Direcional e Plano & Plano. Juntas, as empresas encaminharam propostas de 72 empreendimentos que totalizaram 104 mil apartamentos, um montante 2,5 vezes maior do que a oferta da prefeitura, de 40 mil.

O Pode Entrar é semelhante à antiga faixa 1 do MCMV no sentido de que ambos buscam atender as famílias de renda mais baixa mediante a contratação de empreendimentos com subsídios dos cofres públicos. No caso do MCMV, a faixa 1 foi extinta pelo governo Bolsonaro por haver acúmulo de obras paralisadas ou atrasadas em governos anteriores, além de falta de verba para novas contratações. Agora, o governo Lula recriou a faixa 1 e reservou R$ 9,5 bilhões do orçamento para conclusão de obras antigas e novos projetos, mas os empresários desconfiam da viabilidade devido aos problemas enfrentados no passado.

No Pode Entrar, o foco são famílias com renda de até três salários mínimos (grupo 1) e de até seis salários mínimos (grupo 2). No grupo 1, a renda comprometida com o financiamento é de até 15%, sendo o restante do valor subsidiado. No grupo 2, o mutuário recebe da prefeitura uma carta de crédito.

Segurança

A explicação para o grande interesse das companhias está na segurança de que não vão faltar recursos do orçamento municipal para as obras e que haverá correção monetário no fluxo de pagamentos, disseram representantes do setor.

“Os riscos que víamos na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida era não ter correção do valor da obra, e o risco de perda de orçamento a cada troca de governo. Isso está endereçado no Pode entrar”, afirma o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Ronaldo Cury. “Se o governo federal quiser copiar vai ser muito legal”, sugere.

O Pode Entrar estabelece para as construtoras o pagamento de 15% do valor dos empreendimentos à vista e 85% até a entrega das moradias. A cada contratação, o dinheiro vai ser “carimbado” para o projeto em questão, evitando o risco de falta de verbas após o início da obra. “Eles empenham os recursos no orçamento e liberam de acordo com andamento da obra. É uma garantia de que o dinheiro está lá e não vai faltar”, avalia

Outro aspecto importante, segundo Cury, é que o edital já prevê a correção do fluxo de pagamentos para as construtoras com base na inflação. Isso foi importante porque reduziu o risco de prejuízo das empresas com uma disparada imprevista nos custos de materiais e serviços - assim como aconteceu nos dois últimos anos.

O economista-chefe do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Celso Petrucci, segue a mesma linha de raciocínio e frisa que o grande diferencial do programa está na comprovação do dinheiro em caixa para dar as ordens de construção. Isso ajudou, inclusive, a redução nos preços dos imóveis negociados. “Quando a construtora vende o projeto inteiro para a prefeitura, ela tem uma redução de 20% a 25% no preço porque as empresas saem do risco de venda, de inadimplência, e sabem que vão receber mensalmente, com atualização monetária”, explica Petrucci.

O secretário de habitação de São Paulo, João Farias, diz que o valor a ser pago pela prefeitura nas contratação dos imóveis será de até R$ 210 mil, um valor abaixo do de mercado, que costuma ficar perto de R$ 240 mil. “Tivemos algumas propostas de empresas que chegaram a R$ 180 mil. Na média, as contratações vão ficar perto de R$ 190 mil a R$ 200 mil”, conta. “É um negócio interessante para iniciativa privada porque a prefeitura compra o empreendimento inteiro. Isso exclui o risco de a empresa não vender os apartamentos e corta as despesas com marketing e corretagem. E o risco de a prefeitura não pagar é quase nulo”, argumenta Farias.

O secretário estima que as contratações começarão até a primeira quinzena de abril, após seleção dos projetos. Um segundo edital para contratação de mais 5 mil unidades será lançado nas próximas semanas. Neste caso, a prefeitura visará a compra de apartamentos já prontos.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, elogia o Pode Entrar e observa que ele é quase tão grande quanto a retomada da faixa 1 do Minha Casa Minha Vida). O programa paulistano tem orçamento de R$ 8 bilhões para contratar 40 mil unidades, enquanto o programa federal tem R$ 9,5 bilhões, que devem gerar cerca de 50 mil unidades. “Lá trás, chegamos a produzir 400 mil unidades no ano”, lembra Martins, citando os primeiros anos do MCMV. “Então, tem que ter vontade política para viabilizar isso. É um segmento importante da população, que concentra 90% do déficit habitacional”.

Denúncia de preços irregulares

Em janeiro, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) apresentou ao Ministério Público uma denúncia contra a Prefeitura de São Paulo por mudar a metodologia de definição do preço referencial mínimo dos imóveis do programa, o que elevou o custo de cada unidade. De acordo com a Secretaria de Habitação, a definição do preço considerou uma média dos 96 distritos da cidade abarcados pelo programa, embora em algumas regiões os valores praticados pelo mercado sejam mais altos, o que demandou ajustes na metodologia.

Procurado pela reportagem, o Ministério Público informou que, após a denúncia, “irá buscar informações complementares que possam confirmar eventuais irregularidades”. O Tribunal de Contas do Município também foi consultado se há alguma pendência sobre a regularidade do programa, mas não deu uma resposta até a publicação desta reportagem.

FERROVIÁRIO

O Estado de S.Paulo - SP   01/03/2023

A Justiça condenou a empresa ferroviária Rumo Logística a pagar indenização de R$ 9,2 milhões a moradores afetados por um “cemitério de vagões”, em Iperó, interior de São Paulo. A sentença de primeira instância foi dada em dezembro último, porém, devido ao recesso do Judiciário, a empresa só foi notificada na semana passada. Durante cerca de dez anos, a população local conviveu com mais de 300 vagões sucateados e abandonados nos trilhos da ferrovia.

Na sentença, a juíza Liliana Regina de Araujo Abdalla, da 1ª Vara de Boituva, entendeu que houve danos morais coletivos, passíveis de serem indenizados. O valor da condenação equivale a 10% da arrecadação do município em 2022. Caso a sentença seja mantida, o dinheiro será revertido para projetos de assistência aos moradores dos bairros Novo Horizonte e Vila Santo Antônio, os mais afetados. A juíza determinou que a Rumo se abstenha de usar a linha férrea e a área de concessão como depósito de vagões descartados e sucata de material ferroviário.

Reportagens publicadas pelo Estadão entre 2012 e 2013 mostraram o drama do convívio dos moradores com os vagões abandonados. Além de favorecer a proliferação de ratos e insetos, as carcaças eram usadas como abrigos de usuários de drogas e esconderijo de criminosos. Conforme o advogado Solano Camargo, que patrocinou a ação, a decisão da Justiça apontou também para a degradação ambiental causada por restos de piche, soda cáustica e outros contaminantes que vazaram dos vagões.

A sentença levou em conta ainda o risco à saúde, devido à proliferação do mosquito da dengue nas carcaças que acumulavam água. “Como se vê, por qualquer ângulo pelo qual se observe a questão, seja pela ocorrência do dano ambiental, seja pelo sofrimento da população vizinha ante o estado de abandono pelo acúmulo de vagões de trem e materiais ferroviários inservíveis nas imediações de suas moradias, com o consequente aumento da criminalidade, a conclusão é uma só: a ocorrência do dano moral coletivo”, escreveu a magistrada.

Só em 2013, quando 314 vagões velhos e algumas locomotivas se deterioravam no local, a então detentora da concessão, ALL Logística, atendendo à determinação judicial, iniciou a retirada dos vagões. Em 2015, a ALL foi absorvida pela Rumo, que hoje detém a concessão de grande parte da malha ferroviária paulista.

O que diz a Rumo

Em nota, a concessionária informou que todos os vagões inativos de responsabilidade da empresa foram retirados do local há anos. “Em relação à sentença proferida, a equipe jurídica da empresa está analisando seu conteúdo para adotar as medidas cabíveis”, disse.

Diário do Comércio - MG   01/03/2023

A VLI – companhia de soluções logísticas que opera portos, ferrovias e terminais – assinou contrato para aquisição de nove locomotivas modelo ES-43BBI da Wabtec, que irão se juntar à frota premium da companhia para o transporte de cargas na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). O negócio foi fechado ontem (28) e vai movimentar cerca de R$ 200 milhões. A previsão é de que as primeiras locomotivas sejam entregues dentro de um prazo de até 18 meses.

A aquisição atende ao incremento da demanda por transporte de cargas no corredor Centro-Leste da companhia, por onde são escoados insumos e produtos da indústria siderúrgica, do agronegócio, carvão, fertilizantes, combustível e celulose para o sistema portuário do Espírito Santo. Entre as operações recentes da VLI está o transporte de celulose solúvel para a LD Celulose, em um contrato que prevê a movimentação de 500 mil toneladas anuais do material, produzido no Triângulo Mineiro, até o porto de Barra do Riacho (ES).

“Este negócio representa mais uma contribuição da VLI para o desenvolvimento da indústria ferroviária nacional, o que também acontecerá uma vez concluído o processo de renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica, em virtude da necessidade do incremento da frota atual para atender ao aumento do volume de carga esperado com a renovação”, afirma o CEO interino da VLI e diretor de Finanças, Supply Chain e Serviços da companhia, Fábio Marchiori.

Apenas para o contrato da LD Celulose, a companhia investiu R$ 400 milhões na compra de vagões e locomotivas.

Ampliação no Espírito Santo – Além dos fluxos iniciados recentemente pela companhia, como o da LD Celulose, a VLI estuda novos investimentos e oportunidades para aumentar os volumes transportados aos portos do Espírito Santo. Exemplo disso é o recente anúncio de um memorando de entendimento com a Vports (antiga Codesa) para obras de expansão do novo Porto de Vitória com o objetivo de aumentar o volume de cargas escoado pelo local. Estudos a serem realizados em conjunto podem apontar para investimentos em ferrovia, porto e terminais que atinjam até R$ 200 milhões.

O estudo estima um aumento de cerca de 5 milhões de toneladas de granéis sólidos minerais e vegetais à matriz de carga atual nos fluxos de importação e exportação do Estado.

Atualmente, a VLI movimenta cerca de 25 milhões de toneladas anuais nos portos e ferrovias do Espírito Santo, com cargas que trafegam pela FCA, em Minas Gerais, e pela Estrada de Ferro Vitória/Minas, onde a VLI opera por direito de passagem para acesso aos portos capixabas. A operação portuária atual é concentrada nos terminais de Praia Mole, de Granéis Líquidos e de Produtos Diversos, instalados no Complexo Portuário de Tubarão. No entanto, a empresa acredita no crescimento deste corredor e estuda novas oportunidades portuárias públicas e privadas no Espírito Santo.

De acordo com o presidente e líder da Wabtec LatAm, Danilo Miyasato, a locomotiva Wabtec ES43BBi é um equipamento desenvolvido no Brasil por engenheiros brasileiros, focada no aumento da produtividade, eficiência, redução do consumo de combustíveis e emissões das ferrovias que operam em bitola métrica. Ainda segundo ele, existem mais de 50 locomotivas desse modelo em operação no País com altos índices de confiabilidade e disponibilidade.

A Ferrovia Centro-Atlântica percorre sete estados, transportando riquezas de diversos segmentos, como o agronegócio, siderurgia e construção civil para abastecimento dos mercados interno e externo. A renovação antecipada da concessão da FCA está atualmente em curso nos órgãos reguladores.

PETROLÍFERO

Valor - SP   01/03/2023

“Reduzir a oferta sem reduzir também a demanda inevitavelmente leva a picos de preços", que levariam à "volatilidade econômica, e há o risco de que a volatilidade mine o apoio popular à transição”, explicou Bernard Looney

Enquanto o som de manifestantes climáticos reverberava pela sala de conferências, o CEO da BP, Bernard Looney, defendia o argumento de que investir em mais petróleo e gás é crucial para a transição para energias renováveis.

“Reduzir a oferta sem reduzir também a demanda inevitavelmente leva a picos de preços, picos de preços levam à volatilidade econômica, e há o risco de que a volatilidade mine o apoio popular à transição”, disse ele, na Semana Internacional de Energia em Londres. “Evitamos isso investindo no sistema de energia de hoje, assim como investimos na transição.”

O discurso, em uma das maiores conferências de combustíveis fósseis, segue o recente anúncio de que a empresa cortará sua produção de petróleo e gás — e suas emissões de carbono — mais lentamente nesta década do que havia previsto anteriormente.

A mudança faz parte de um realinhamento da BP, que visa gerar retornos com os negócios existentes que contribuem para a mudança climática, enquanto constrói novos negócios que reduzem emissões. A estratégia da empresa se deve em parte à necessidade de preencher a lacuna no abastecimento de energia mundial em consequência da guerra da Rússia na Ucrânia.

Pela primeira vez no ano passado, o investimento em energia limpa se equiparou ao financiamento para combustíveis fósseis, de acordo com a BloombergNEF. Mesmo assim, o mundo está muito atrás de uma trajetória de cortes de emissões que permitiria atingir as metas estabelecidas no acordo climático de Paris de 2015, para evitar os piores impactos do aquecimento global. O uso de petróleo e gás precisaria diminuir para entrar na trajetória delineada no acordo.

Os participantes da conferência foram recebidos por manifestantes contra a indústria de combustíveis fósseis, que criticaram a abordagem de Looney.

Enquanto bloqueavam a porta de entrada da conferência nesta terça-feira (28), os manifestantes cantavam: “A crise climática é um flagelo, Bernard Looney para Haia”, referindo-se ao tribunal internacional que julga crimes contra a humanidade.

Do lado de dentro, a abordagem da BP também recebeu críticas. Simon Morrish, CEO da empresa britânica de energia renovável Xlinks, disse que os planos da BP de continuar investindo em combustíveis fósseis mostram que ela não está se movendo rápido o suficiente para lidar com as mudanças climáticas. "É uma falta enorme de ambição", disse Morrish.

Valor - SP   01/03/2023

O petróleo WTI com entrega prevista para abril fechou em alta de 1,81%, a US$ 77,05 por barril, enquanto o Brent teve alta de 1,72%, a US$ 83,45 por barril, na sessão desta terça (28)

O petróleo fechou em alta nesta terça-feira (28), mas insuficiente para reverter as perdas ao longo de fevereiro, mês marcado por temores de que o aperto monetário dos principais bancos centrais do mundo leve a economia global à recessão, sinal de menor demanda pelo óleo. Hoje, a alta foi conduzida por esperanças de que a economia da China retome o apetite pela commodity.

O petróleo WTI com entrega prevista para abril fechou em alta de 1,81%, a US$ 77,05 por barril, enquanto o Brent teve alta de 1,72%, a US$ 83,45 por barril. No mês os contratos acumularam baixas de 2,60% e 1,97%, respectivamente.

“Os preços do petróleo bruto continuam subindo e descendo conforme as esperanças de uma recuperação na demanda chinesa aconteça e as preocupações de que os bancos centrais provavelmente terão que apertar demais [a política monetária] para conter as crescentes pressões inflacionárias também aparecem no horizonte”, comenta o analista Michael Hewson, da CMC Markets.

Mais tarde, às 22h30 (de Brasília), sairá o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial chinês de fevereiro. O mercado segue curioso para saber se o recente aumento do apoio fiscal no país resultará em frutos para a atividade local em breve.

Segundo o economista-sênior da Capital Economics para China, Julian Evans-Pritchard, o governo chinês emitiu 860 bilhões de yuans em títulos especiais em janeiro e fevereiro, após emitir, em média, 105 bilhões de yuans por mês no ano passado.

“Os títulos especiais são cruciais para as perspectivas econômicas, pois representam mais da metade dos novos empréstimos fiscais e são o principal canal de financiamento para projetos de infraestrutura financiados pelo governo”, explica Evans-Pritchard. Para o analista, o ritmo elevado de empréstimos recentemente deve apoiar o cenário econômico chinês no curto prazo.

TN Petróleo - RJ   01/03/2023

Com o avanço da implantação das redes canalizadas de distribuição de gás natural na Capital e interior, e o consequente aumento do número de consumidores, estabelecer um programa estruturado com ações direcionadas que conversem com diferentes públicos é sempre necessário. Por isso, a Sulgás está intensificando e ampliando, este ano, as ações de conscientização do seu Plano de Prevenção de Danos. Entre as atividades previstas estão ações rotineiras e inéditas.

“Embora o gás natural seja mais seguro que os demais combustíveis fósseis, pois é mais leve que o ar, dissipando-se rapidamente para a atmosfera em caso de vazamento, o melhor é que não aconteçam incidentes. Trabalhar pela prevenção é fundamental para diminuir o risco de acidentes com a rede, seja na rua ou dentro dos próprios clientes”, reforça o gerente de integridade de ativos, Wagner Mecca.

Tendo a segurança como um compromisso, as redes da Sulgás são todas sinalizadas com placas e tachões, e a Companhia realiza treinamentos constantes e patrulhamento diário para identificar a presença de escavações próximas ao gasoduto. Quando acionada, a Sulgás também envia técnicos para avaliação de projetos e acompanhamento de obras próximas a rede. “É importante comunicar a Sulgás, com antecedência, sempre que houver a necessidade de se realizar uma intervenção nas ruas e calçadas em que há dutos enterrados, para que possamos destacar técnicos que fazem o acompanhamento dos serviços e tiram dúvidas sobre a localização dos nossos ramais”, afirma Luis Felipe Lucas de Oliveira, responsável pela área de Prevenção de Danos.

Mesmo assim, incidentes podem ocorrer. Na maior parte das vezes, trata-se de danos às redes canalizadas de gás natural, ocasionados por empresas que realizavam escavações nesses locais, que não solicitaram os documentos de registros das redes e que não acionaram a Sulgás para acompanhamento das obras. Outros se relacionam a furtos de estações de medição (ou parte delas) em clientes da Companhia.

Resultados alcançados em 2023 – Entre janeiro e fevereiro, a Sulgás realizou treinamento para mais de 150 profissionais de terceirizadas que prestam serviços para concessionárias de energia elétrica e de saneamento básico da Região Metropolitana de Porto Alegre e em Caxias do Sul. Do total de 14 empresas e órgãos públicos, nove trabalham para o DMAE de Porto Alegre. Além do treinamento para interferentes, vale destacar a participação da Sulgás no treinamento de atualização do Plano de Contingência 2023, promovido pela Prefeitura de Gramado para integrantes da Defesa Civil, especialmente bombeiros das cidades de Gramado, Caxias do Sul, Igrejinha, Três Coroas, Porto Alegre e Uruguaiana.

O Estado de S.Paulo - SP   01/03/2023

A medida anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de taxar as exportações de petróleo cru - ou seja, sem refino - por quatro meses, a fim de complementar a receita prevista com a reoneração parcial sobre combustíveis, foi criticada pelo setor.

Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), principal representante do setor no País, “a tributação das vendas externas, mesmo de forma temporária, pode impactar a competitividade do país a médio e longo prazos, além de afetar a credibilidade nacional no que tange à estabilidade das regras”.

Haddad informou que a cobrança de imposto de exportação sobre óleo cru, que sai de zero para 9,2%, deve gerar uma arrecadação de R$ 6,6 bilhões e terá um impacto de 1% no lucro da Petrobras.

De acordo com o IBP, a indústria de óleo e gás representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial. A estimativa de investimentos gira em torno dos US$ 180 bilhões ao ano na próxima década, com a criação de mais de 445 mil postos de trabalho diretos ou indiretos. “As exportações de petróleo são o terceiro item mais importante da balança comercial brasileira, sendo responsável por um superávit de US$ 65 bilhões nos últimos quatro anos”, informou o IBP.

“A criação desse novo imposto também afeta as perspectivas de aumento da produção de petróleo, uma vez que o produto será onerado e sofrerá uma maior concorrência de países que não tributam a commodity”, afirmou. O presidente da Enauta, Décio Oddone, também disse ao Estadão/Broadcast que a decisão é negativa e vai contra o objetivo de expandir a produção de petróleo no Brasil. “A criação de uma tributação sobre exportação pode afetar a concretização de investimentos no aumento da produção, prejudicando a arrecadação, as exportações e a geração de empregos no futuro”, disse o executivo.

O sócio da Tendências Consultoria e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega questionou a medida. “Vejo isso como uma forma disfarçada de reduzir o lucro da Petrobras”, disse o ministro. “Não faz mais sentido o Brasil ter um imposto sobre exportações”.

Valor - SP   01/03/2023

Entidade que reúne as principais petroleiras do país, o instituto vê com "grande preocupação" a medida adotada pelo governo como forma de recuperar receita perdida com a desoneração dos combustíveis

A tributação promovida pelo governo sobre as exportações de óleo cru pode impactar a competitividade do país no médio e longo prazo, ainda que a incidência seja temporária, afirmou nesta terça-feira (28) o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).

Entidade que reúne as principais petroleiras do país, o IBP disse que vê com "grande preocupação" a medida adotada pelo governo como forma de recuperar receita perdida com a desoneração dos combustíveis promovida no ano passado.

"A criação desse imposto também afeta as perspectivas de aumento da produção de petróleo, uma vez que o produto será onerado e sofrerá uma maior concorrência de países que não tributam a commodity", disse o IBP, em comunicado.

Segundo o IBP, as exportações de petróleo são o terceiro item mais importante da balança comercial brasileira, responsáveis por um superávit de US$ 65 bilhões nos últimos quatro anos.

Também representa cerca de 15% do PIB industrial, com estimativa de gerar mais de 445 mil postos de trabalho diretos e indiretos por ano na próxima década, bem como investimentos de cerca de US$ 180 bilhões no mesmo período, informa o IBP.

"O período definido para cobrança do novo imposto, por si só, não retira os efeitos de percepção negativa que podem perdurar por longo período, podendo ocasionar atraso ou mesmo cancelamento nas decisões de investimentos em exploração e produção, com potencial efeito negativo na arrecadação de tributos federais e estaduais e na geração de empregos", destacou a entidade.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciaram medidas que reoneram os combustíveis a partir de quarta (1º de março), em entrevista coletiva feita horas após a Petrobras anunciar redução nos preços da gasolina e do óleo diesel.

A incidência de PIS/Cofins será de R$ 0,47 por litro para a gasolina e de R$ 0,02 por litro para o etanol. O gás natural veicular (GNV) e o querosene de aviação tiveram a desoneração prorrogada para até 31 de dezembro deste ano, alinhando-se ao óleo diesel, ao gás natural e ao gás liquefeito de petróleo (GLP, popularmente conhecido como gás de cozinha), cuja alíquota zero de PIS/Cofins foi mantida pelo governo no início do ano.

Haddad anunciou a tributação sobre o óleo cru vendido no mercado externo por um período de quatro meses, prazo de vigência da medida provisória (MP) que será editada com a medida. Caso a medida seja aprovada pelo Congresso Nacional, que analisará projeto de lei de conversão, a tributação será mantida.

Silveira afirmou que a exportação abre expectativa de que as petroleiras invistam em refino, como forma de aumentar a produção e reduzir preços internos.

O alto preço do petróleo no mercado internacional e as sanções ao petróleo e derivados da Rússia abriram espaço para exportação da produção brasileira pelas petroleiras instaladas no país.

AGRÍCOLA

Exame - SP   01/03/2023

As vendas de máquinas agrícolas em janeiro caíram 30% em relação ao mesmo mês em 2022, disse nesta terça-feira, 28, o presidente da Câmara de Máquinas Agrícolas da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão. Essa é a primeira queda nas vendas do segmento desde 2016.

"Nos últimos seis anos vínhamos crescendo todos os anos, mas este ano vimos as vendas caírem", disse Estevão, emendando que dois fatores contribuíram para a queda das vendas de máquinas agrícolas em janeiro. O primeiro é a elevada taxa de juros no mercado, que está rodando, em média, a 16,5% ao ano.

Segundo Estevão, o agricultor costuma tomar crédito pré-fixado para períodos de cinco a seis anos e não está querendo passar muito tempo pagando taxas altas de juros. O segundo problema, de acordo com ele, é que o Plano Safra, que confere aos produtores taxas de juros menores, se tornou pequeno diante das necessidades. "O Plano Safra foi lançado em julho do ano passado e em outubro já não tinha mais dinheiro", disse Estevão.
Magazine Luíza cria programa de recompra para adquirir até 40 milhões de ações

Ucrânia 'triunfará', diz Zelensky um dia antes do aniversário de um ano da invasão

Segunda fase da Fuvest 2024 é antecipada para dezembro

Mais agravante ainda, de acordo com o executivo, é que o novo Plano Safra só ocorrerá em julho de 2023. Ou seja, haverá uma janela de seis meses sem investimentos em máquinas agrícolas. "Se não for feito nada, vamos perder todo o primeiro semestre", disse o presidente da Câmara de Máquinas Agrícolas da Abimaq.

O agricultor, segundo Estevão, até está capitalizado, com dinheiro no bolso, mas não está disposto a usar capital próprio para fazer investimentos em máquinas agrícolas. "Tem um vácuo de política pública de novembro a julho. Por falta de políticas públicas para preencher este vácuo, o produtor está esperando o Plano Safra em julho".

Ainda, segundo Estevão, não falta dinheiro para o agricultor. O BNDES, por exemplo, tem muito dinheiro em caixa para emprestar, mas a taxa elevada de juro leva o produtor a esperar para investir.

Associe-se!

Junte-se a nós e faça parte dos executivos que ajudam a traçar os rumos da distribuição de aço no Brasil.

INDA

O INDA, Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, é uma Instituição Não Governamental, legalmente constituída, sem fins lucrativos e fundada em julho de 1970. Seu principal objetivo é promover o uso consciente do Aço, tanto no mercado interno quanto externo, aumentando com isso a competitividade do setor de distribuição e do sistema Siderúrgico Brasileiro como um todo.

Rua Silvia Bueno, 1660, 1º Andar, Cj 107, Ipiranga - São Paulo/SP

+55 11 2272-2121

contato@inda.org.br

© 2019 INDA | Todos os direitos reservados. desenvolvido por agência the bag.

TOP