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01 de Fevereiro de 2023

SIDERURGIA

Jornal de Brasília - DF   01/02/2023

A produção global de aço bruto caiu 4,2% em todo o ano passado, a 1,878 bilhão de toneladas, afirmou nesta terça-feira, 31, a Worldsteel, entidade sem fins lucrativos sediada em Bruxelas, na Bélgica. A entidade explica que seu levantamento é feito a partir dos 64 países que reportam seus resultados e que eles representavam aproximadamente 98% da produção total de aço em 2021. Apenas em dezembro de 2022, houve baixa de 10,8% ante igual mês do ano anterior.

Líder do ranking global de produção de aço, a China teve recuo de 2,1% na sua produção em 2022 ante 2021. Já a Índia, segunda colocada, teve crescimento de 5,5% na mesma comparação anual.

No Japão, terceiro colocado, houve queda de 7,4%, e nos Estados Unidos, que vem na sequência na lista, a baixa foi de 5,9% em 2022 ante 2021.

A Rússia é a quinta maior produtora global de aço no levantamento, seguida por Coreia do Sul, Alemanha, Turquia, Brasil (nono), Irã e Itália.

ECONOMIA

Globo Online - RJ   01/02/2023

O Banco Central do Brasil levou a Taxa Selic para 13,75% no ano passado. O FED americano continua subindo sua taxa de juros básica até 5% ao ano. Em geral, as altas de juros demoram entre três e seis meses para chegar à economia real. É o tempo de o custo de crédito encarecer, de os financiamentos imobiliários ficarem mais caros, de os juros de cartão de crédito e capital de giro subirem.

Essa alta generalizada de taxas de juros afeta as decisões de consumo das famílias e de investimento das empresas. Essa conta chegou para o Brasil e os Estados Unidos. Em novembro passado, o setor de varejo brasileiro apresentou queda, bem como o IBC-Br, indicador do BC que procura antecipar o PIB.

O setor de serviços, medido pela pesquisa PMS do IBGE, também ficou estagnado. São números que destoam da tendência observada até a metade do ano passado, ainda embalados pela reabertura econômica.

Nos EUA, os dados de varejo e indústria apresentaram queda no mês de dezembro quando comparados a novembro. A venda de casas despencou 33% em dezembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior. As taxas de juros de hipotecas subiram de 3% ao ano para mais de 6%.

Algo parecido ocorreu no Brasil, onde o custo do crédito imobiliário saiu de 7% ao ano em 2021 para quase 10% hoje. Existe uma grande discussão no momento sobre o tamanho da desaceleração que veremos nos EUA e no Brasil. Por aqui, o mercado espera ainda um crescimento entre 0,5% e 1% para 2023. Por lá, o temor de recessão e queda do PIB durante dois trimestres consecutivos é maior. A parada do mercado imobiliário é mais brusca. Por outro lado, o desemprego segue ainda baixo, em menos de 4% da população economicamente ativa.

Preços ao produtor nos EUA (PPI) tiveram queda de 0,5% em dezembro, trazendo a primeira deflação no atacado relevante desde a crise da Covid-19. Há quedas importantes nos preços de gasolina, carros usados, materiais de construção e aluguéis. A desinflação americana já é uma realidade.

Preços ao consumidor nos EUA (CPI) caíram 0,1% em dezembro comparados a novembro, abaixo do esperado pelo mercado. A última leitura havia sido de 0,1%. O CPI core, ou medida de núcleo, também veio abaixo do que se imaginava. Em comparação anual, a inflação cheia sobe 6,5% em termos anuais.

Esses indicadores reforçam o movimento de desaceleração de alta de juros do FED nas próximas reuniões. As dúvidas agora dizem respeito à velocidade de queda e ao prazo de convergência da inflação para a meta de 2% ao ano.

O cenário-base do mercado financeiro mundial não é de crise na Europa e nos EUA. As Bolsas estão voltando a patamares elevados, com S&P acima de 4.000. A curva de juros americana projeta forte queda de juros no segundo semestre de 2023, mas as taxas não caem muito abaixo de 2,5%, considerado o juro nominal neutro dos EUA. Numa crise, o BC teria que levar essa taxa a zero.

Outro indicador de relativa calmaria no mercado americano são os spreads de crédito mais arriscado. Esses prêmios continuam abaixo da média histórica e bem abaixo dos picos observados em recessões.

Temos, portanto, um cenário de queda de preços benigna ou, nos termos do mercado, uma desinflação imaculada que não causará grandes efeitos colaterais nas economias americana e mundial. Assim esperamos. Mas uma crise nunca pode ser descartada num cenário como o atual. Por ora, as economias arrefecem, e a inflação cede no Brasil e no mundo sem maiores estragos.

Ideias-chave
BCs do mundo todo subiram juros em 2022 para controlar a inflação Em geral, as altas de juros demoram entre três e seis meses para chegar à economia real Essa conta chegou para Brasil e Estados Unidos; são economias que estão parando Apesar disso, o cenário-base do mercado financeiro mundial não é de crise na Europa e nos EUA. As bolsas estão voltando a patamares elevados, com S&P acima de 4.000. Temos, portanto, um cenário de queda de preços benigna e uma desinflação imaculada que não causará grandes efeitos colaterais nas economias americana e mundial.

IstoÉ Online - SP   01/02/2023

A atividade industrial da China registrou crescimento em janeiro, após quatro meses de contração, com a recuperação da economia após a suspensão das severas restrições pela pandemia de covid-19, de acordo com os dados oficiais divulgados nesta terça-feira.

O índice oficial de gerentes de compras (PMI) de manufatura, um indicador crucial da produção industrial na China, subiu a 50,1 pontos este mês, contra 47 em dezembro, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE).

As medidas de prevenção pandêmicas “entraram em uma nova fase”, que permite “um retorno gradual” à vida normal, destacou em um comunicado Zhao Qinghe, estatístico do ONE.

Os dados marcam o fim da tendência de queda iniciada em setembro e levam o índice para o nível de crescimento, acima dos 50 pontos.

O PMI não manufatureiro, que inclui os setores de serviços e construção, subiu para 54,4 em janeiro, contra 41,6 em dezembro.

Pequim suspendeu em dezembro a rígida política de ‘covid zero’, estratégia que incluía confinamentos severos, medidas que afetaram a economia e provocaram protestos.

A economia chinesa cresceu apenas 3% no ano passado, o menor nível em quatro décadas – sem incluir o ano de 2020, quando o país foi afetado pela pandemia -, devido ao impacto das restrições sanitárias e à crise do mercado imobiliário.

O índice PMI “aumenta a evidência de uma rápida recuperação da atividade econômica neste mês, à medida que as interrupções da reabertura acabaram”, afirmou Sheana Yue, economista da Capital Economics para a China.

Ela acrescentou que “ao deixar para trás a ‘covid zero’, a recuperação deve ser robusta a curto prazo”.

O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Pierre-Olivier Gourinchas, declarou à imprensa em Singapura que a demanda reprimida acumulada durante três anos de controles da pandemia na China deve alimentar uma rápida recuperação da atividade econômica.

Agência Brasil - DF   01/02/2023

A perspectiva de crescimento do Brasil neste ano teve ligeira melhora nas contas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que destacou um "suporte fiscal" maior do que o esperado no país em seu relatório Perspectiva Econômica Global.

A atualização das projeções divulgada nesta terça-feira (31) mostra que o Produto Interno Bruto do Brasil (PIB - soma dos bens e serviços finais produzidos no país) deve crescer 1,2% neste ano segundo o FMI, em comparação com a alta de 1% estimada em dezembro e bem abaixo da expansão de 3,1% projetada para 2022.

Por outro lado, a estimativa para 2024 caiu em 0,4 ponto percentual, com expectativa agora de expansão de 1,5% da economia.

O cenário do FMI para este ano é melhor do que aquele esperado por analistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central, que veem expansão de apenas 0,8% do PIB segundo a pesquisa mais recente. Mas para 2024 as contas das duas instituições coincidem.

Já o Banco Central projetou em dezembro uma expansão de 1% do PIB em 2023, depois de um crescimento estimado em 2,9% em 2022. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve divulgar suas primeiras estimativas para a atividade econômica em março.
América Latina

De acordo com o relatório do FMI, o crescimento da América Latina e Caribe deve desacelerar de 3,9% em 2022 para 1,8% em 2023, com uma revisão para cima de 0,1 ponto percentual na conta para este ano em relação ao relatório de outubro.

Essa revisão reflete a melhora na conta do Brasil, bem como uma elevação de 0,5 ponto percentual na estimativa de expansão do México para este ano, a 1,7%.

Segundo o FMI, isso se deve "a uma resiliência inesperada na demanda doméstica, crescimento maior do que o esperado nos principais parceiros comerciais e, no Brasil, suporte fiscal maior que o esperado", de acordo com o relatório.
Economia global

Para o crescimento global, o FMI elevou ligeiramente sua perspectiva devido à demanda "surpreendentemente resistente" nos Estados Unidos e na Europa, alívio nos custos de energia e a reabertura da economia da China, depois que o país abandonou as rígidas restrições da política contra a covid-19, chamada covid zero.

O FMI disse que o crescimento global ainda cairá para 2,9% em 2023 de 3,4% em 2022, mas as últimas previsões no relatório Perspectiva Econômica Global marcam uma melhora em relação à previsão feita em outubro de crescimento de 2,7% este ano, com alertas de que o mundo pode facilmente cair em recessão.

Para 2024, o FMI disse que o crescimento global vai acelerar ligeiramente para 3,1%, mas isto é 0,1 ponto percentual abaixo da previsão de outubro, já que o impacto total do aumento mais acentuado das taxas de juros do Banco Central diminui a demanda.

O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, disse que os riscos de recessão diminuíram e que os bancos centrais estão fazendo progressos no controle da inflação, mas é necessário mais trabalho para conter os preços e novas interrupções poderiam vir de uma nova escalada da guerra na Ucrânia e da batalha da China contra a covid-19.

"Temos que estar preparados para esperar o inesperado, mas isso pode muito bem representar um ponto de inflexão, com o crescimento chegando ao fundo do poço e depois a inflação diminuindo", disse Gourinchas aos repórteres sobre as perspectivas para 2023.

Infomoney - SP   01/02/2023

O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos caiu de 109,0 em dezembro de 2022 (dado revisado) para 107,1 em janeiro de 2023. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas, uma vez que o consenso  Refinitiv projetava alta a 109,0.

O índice de expectativas, baseado nas perspectivas de curto prazo dos consumidores para renda, negócios e condições do mercado de trabalho caiu de 83,4 para 77,8 no mesmo período.

O Conference Board indica que o dado abaixo de 80 geralmente sinaliza recessão no próximo ano.

Já o índice de condições atuais, com base na avaliação dos consumidores sobre as condições atuais do mercado de trabalho e negócios, subiu de 147,4 para 150,9.

Money Times - SP   01/02/2023

Henrique Meirelles, que dirigiu o Banco Central por quase uma década, tem um conselho para seu ex-chefe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: pare de falar sobre taxas de juros.

Meirelles, que comandou a autoridade monetária durante os dois primeiros mandatos de Lula, tornando-se o mais longevo chefe do Banco Central no país, afirma que no final do ano passado estavam dadas as condições para o BC começar a flexibilizar a política monetária – com expectativas de inflação convergindo para a meta e operadores apostando que um corte nas taxas poderia ocorrer já em março.

A situação mudou desde então. Por semanas, os economistas aumentaram constantemente as previsões de inflação para se ajustar aos planos de Lula de elevar os gastos sociais. O clima azedou completamente depois que o presidente questionou a necessidade de um Banco Central independente em uma entrevista na TV em 18 de janeiro, sugerindo também que a meta de inflação deveria ser maior para não impedir o crescimento econômico. Agora, os operadores do mercado não esperam um corte de juros antes de setembro.

Os comentários de Lula, disse Meirelles em entrevista, estão enraizados em uma velha escola de pensamento que ficou conhecida como a “Nova Matriz Econômica” durante o governo de sua sucessora, Dilma Rousseff, e que prega que uma inflação mais alta pode permitir um crescimento mais forte.

“Evidentemente sabemos pela história e pela experiência que é o contrário: inflação mais alta reduz a taxa de crescimento”, disse o ex-presidente do Banco Central no escritório de sua casa em São Paulo, cercado por bandeiras do Brasil, do estado de São Paulo e de seu estado natal, Goiás.

Meirelles, que aceitou o cargo de presidente do Banco Central a partir de 2003 somente depois que Lula prometeu dar-lhe liberdade para definir as taxas de juros, discordou dos comentários do presidente de que a lei que dá autonomia ao banco para decidir sobre a política monetária é “uma bobagem”.

A lei é importante, disse ele, porque agora o presidente não pode fazer muito mais do que reclamar e tentar pressionar o Banco Central a reduzir as taxas de juros.

“A lei está aqui e nunca deveríamos voltar atrás”, disse Meirelles, que apoiou a campanha presidencial de Lula e, segundo especulações, estava em sua lista de possíveis nomes para o ministério da Fazenda. Ao questionar a lei, o presidente está criando “ruído desnecessário”, acrescentou.

O comando da maior economia da América Latina acabou sendo dado a Fernando Haddad, um membro do Partido dos Trabalhadores, o que frustrou muitos investidores que esperavam um nome mais favorável ao mercado no cargo.

A crítica de Lula à autonomia do BC levanta agora uma bandeira amarela para 2024, quando termina o mandato do atual presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto.

“Minha preocupação é que o presidente sugira alguém disposto a deixar a inflação subir”, disse Meirelles. “Espero que isso não aconteça.”
Meta de inflação

As dúvidas sobre o comprometimento do governo com as atuais metas de inflação — de 3,25% para 2023 e 3% para os próximos dois anos — aumentaram depois que Lula sugeriu na mesma entrevista à TV que a meta de inflação deveria ser de cerca de 4,5% ao ano. Haddad, falando ao jornal Valor Econômico alguns dias depois, disse que o Brasil precisa de uma meta que seja exigente, mas factível.

Meirelles alertou que qualquer mudança nas atuais metas de inflação, que podem ser decididas em junho durante reunião do Conselho Monetário Nacional, seria um “erro terrível” que provavelmente colocaria lenha na fogueira da inflação. A melhor solução, disse ele, seria deixar o regime inalterado e “permitir que a inflação caia gradativamente”.

Espera-se que o Banco Central mantenha sua taxa básica em 13,75% nesta quarta-feira, enquanto avalia se manter a Selic em sua máxima de seis anos por mais tempo será suficiente para trazer a inflação para a meta, que não foi alcançada por dois anos consecutivos.
Teto de gastos

Meirelles também é o pai da atual âncora fiscal do Brasil, regra constitucional aprovada em 2016, quando ele era ministro da Fazenda do presidente Michel Temer, e que limita o crescimento dos gastos públicos à taxa de inflação.

Embora a lei tenha sido descumprida várias vezes e se espera que seja substituída por uma regra menos rígida do governo Lula, Meirelles disse que um teto de gastos “cria a necessidade de reformas necessárias”, incluindo uma reforma do setor público que poderia liberar o orçamento para investimento ou gasto social.

Independentemente de qual será a nova âncora fiscal, Meirelles disse que o governo deve se concentrar em cortar despesas, em vez de aumentar a receita, uma variável que não pode controlar.

IstoÉ Online - SP   01/02/2023

A Diretoria de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulga na quarta-feira, 1º de fevereiro, às 15 horas, os dados da balança comercial brasileira no mês de janeiro. Às 15h15, o diretor de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior, Herlon Brandão, e o coordenador-geral de Estatísticas, Saulo Castro, darão entrevista para comentar os números.

A mediana das expectativas dos analistas do mercado financeiro indica superávit comercial de US$ 3,0 bilhões em janeiro, segundo o Projeções Broadcast.

As previsões do mercado para a balança comercial em janeiro vão de um déficit de US$ 2,10 bilhões a superávit de US$ 3,20 bilhões.

Correio Braziliense - DF   01/02/2023

Os comitês de política monetária do Brasil (Copom) e dos Estados Unidos (Fomc) se reúnem, hoje, para decidir sobre as taxas básicas de juros nos dois países. Os resultados não devem surpreender, segundo analistas. Mas, por aqui, o clima é de maior turbulência, devido a declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seus ministros, que têm questionado a política de juros e deixado agentes financeiros preocupados — inclusive, colocando no radar a possibilidade de o Banco Central ser levado a promover novas altas das taxas.

O consenso entre especialistas é de que, na reunião de hoje, o Copom deve manter a Selic em 13,75% ao ano, nível em que se encontra desde agosto, apesar das críticas de dentro do governo. Com autonomia para gerir a política monetária, e seguidos alertas em relação à piora do quadro fiscal, o BC não pretende baixar os juros tão cedo.

Ontem, após evento na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relatou que se reuniu na segunda-feira com o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, com o intuito de debater alternativas para reduzir o custo do crédito, Além de inusitado, por não respeitar o período de silêncio de dirigentes do BC às vésperas de uma reunião do Copom, o encontro pode ser visto como uma forma velada de crítica à política monetária.

Até o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), não poupou ataques ao elevado patamar da Selic. “Precisamos verificar por que o Brasil tem juros tão altos. O que justificaria?”, questionou, em debate promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em Brasília.

Além das críticas aos juros, Lula e Haddad andaram cogitando elevar a meta anual de inflação para 4,5% com o propósito de suavizar o aperto monetário conduzido pelo BC. A medida, segundo analistas, só agravaria o quadro.

Tiro no pé

O centro da meta de inflação é de 3,25% neste ano, e passará para 3%, nos dois anos seguintes. Não à toa, diante das sinalizações trocadas e confusas do novo governo, as projeções para a inflação deste ano e do próximo pioraram, indicando que a meta deste ano não será cumprida, a exemplo do que ocorreu em 2021 e 2022.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem até junho, como é de praxe, para anunciar a meta de inflação de 2026 e reafirmar ou modificar as de 2024 e 2025. De acordo com analistas, no atual cenário de piora fiscal por conta do forte aumento de gastos, se o governo elevar agora a meta, as expectativas de inflação tendem a subir. Desse modo, o BC seria obrigado a elevar a taxa básica de juros, em vez de reduzi-la.

É o que aponta um relatório divulgado, ontem, pelo Itaú Unibanco. Segundo o estudo, assinado pelos economistas Guilherme Martins, Julia Passabom, Natalia Cotarelli e Luciana Rabelo, se o CMN aumentar a meta de inflação para 4,5% em 2024, haverá uma desancoragem das expectativas e, com isso, “existirá o risco de o BC ter que subir a Selic para aproximadamente 15% ainda este ano”.

“Mexer na meta de inflação não é um tiro de pistola no pé, mas de metralhadora”, resumiu Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. “Se o CMN sinalizar aumento da meta, não haverá mais discussão de queda de juros neste ano, e sim de alta. Essa discussão nem deveria existir. Vai ser um passo em falso muito grande se o governo for por esse caminho”, alertou.

Sem surpresa

Na avaliação de Vale, apesar das pressões de integrantes do governo para antecipar a queda da Selic, o Copom, na reunião de hoje, não deve surpreender e vai manter a taxa básica. “Espero, porém, que o BC seja mais duro sobre esses equívocos que têm acontecido. Será preciso uma sinalização forte de que o fiscal precisa ser bem equacionado para que a taxa de juros caia”, afirmou Vale. “Por conta desses ruídos, o BC terá que sinalizar mais demora para a queda de juros, confirmando a expectativa do mercado”, acrescentou.

Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos, lembrou que a sinalização do governo do lado fiscal tem sido “dúbia”, sem um bom plano de corte de despesas, e reforçou que as críticas do presidente Lula à Selic e às metas de inflação ajudam a pressionar as expectativas do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Isso tende a deixar o Banco Central, no mínimo, mais conservador”, alertou Megale.

Apesar de o ministro Haddad afirmar que pretende entregar o novo arcabouço fiscal até abril, antes do prazo previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, há muitas arestas a serem aparadas para que o BC comece a reduzir a Selic neste ano, segundo o economista da XP, que aposta na manutenção da taxa de 13,75% até dezembro.

Em linha divergente, o economista Carlos Thadeu de Freitas Gomes, ex-diretor do Banco Central e assessor da Confederação Nacional do Comércio (CNC), diz que o BC precisa reconhecer que a taxa de juros está alta e reduzi-la em breve. Ao contrário da maioria dos analistas, Gomes não vê problema em mudar a meta de inflação, que considera muito apertada. “Sempre fui favorável a um objetivo um pouco maior, porque o Brasil não é um país rico e desenvolvido. O mercado financeiro não vai gostar, mas é preciso reconhecer que o cenário mudou após a pandemia e será preciso, sim, mudar a meta”, afirmou.

Agência Brasil - DF   01/02/2023

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu 91,2 pontos em janeiro, uma alta de 1,3% na comparação com o mês anterior e o maior nível desde abril de 2020, logo após o início da pandemia de covid-19. Os dados foram divulgados hoje (31) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O levantamento aponta que os consumidores com renda de até dez salários mínimos estão mais dispostos a gastar, com aumento de 1,9% na intenção de consumo em relação a dezembro e de 25,7% na variação anual.

De acordo com a CNC, o otimismo reflete a ampliação do programa de transferência de renda do governo, com o pagamento mínimo de R$ 600 e incremento de R$ 150 por criança até seis anos.

Por outro lado, as famílias que recebem mais de dez salários mínimos mensais pretendem reduzir o consumo, com queda de 1% na intenção. A CNC aponta como motivos do pessimismo o aumento do preço dos serviços em geral, a perspectiva profissional e o acesso mais dificultado ao crédito.

A perspectiva de consumo foi o item que mais cresceu na comparação mensal, com alta de 2,7%, decorrente do arrefecimento da inflação. Na comparação anual, o ICF subiu 23,1% em janeiro, com destaque para a alta de 25,1% no índice perspectiva profissional.
Renda atual

Quanto à satisfação com a renda atual, houve avanço de 2% no indicador em janeiro, em relação a dezembro. Em relação a janeiro de 2022, a alta foi de 31,8%. Entre os entrevistados, 39% afirmaram que receberam o mesmo valor do ano passado, 35% relataram melhora da renda e 25,6% disseram que a renda piorou.

A proporção de endividados em 2022 cresceu mais no grupo de maior renda, mas a ICF se mantém otimista para essa faixa, com 107,7 pontos, uma variação anual de 15,1%.

No recorte por gênero, entre as mulheres a intenção de consumo subiu 3,3% na comparação mensal e 26% na variação, ficando em 91,4 pontos, ainda na zona de insatisfação. Para os homens, o ICF ficou em 96,2 pontos, um aumento de 2,7% em relação a dezembro e de 23,1% na comparação com janeiro de 2022.

MINERAÇÃO

IstoÉ Online - SP   01/02/2023

Os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta terça-feira, com o preço de referência na bolsa de Dalian recuando da máxima do contrato da sessão anterior, à medida que traders avaliavam a demanda na China, maior produtora mundial de aço, e monitoravam riscos regulatórios.

O ingrediente siderúrgico, no entanto, estava a caminho de um ganho mensal de 2% na Dalian Commodity Exchange. Já na Bolsa de Cingapura, o contrato subiu 11% este mês, em um rali impulsionado por melhores perspectivas de demanda depois que a China desmantelou as restrições rígidas da Covid.

A chamada reabertura da China também impulsionou os preços spot do minério de ferro ferro, com o material com teor de 62% subindo acima de 130 dólares a tonelada na segunda-feira, o maior nível desde junho, mostraram dados da consultoria SteelHome. Nesta terça-feira, o contrato fechou a 129,5 dólares.

O minério de ferro mais negociado para maio na bolsa de Dalian encerrou o comércio diurno desta terça-feira com queda de 1,3%, a 866 iuanes (128,25 dólares) a tonelada.

Em Cingapura, o contrato de referência do minério de ferro para março caiu 0,7% para 127,25 dólares a tonelada.

“Os preços do minério de ferro podem permanecer dentro da faixa quando as siderúrgicas retomarem a produção após o intervalo do CNY (Ano Novo Lunar)”, disse a consultoria Mysteel em sua última perspectiva semanal.

Os estoques dos portos de minério de ferro na China provavelmente também se acumularam após o feriado de uma semana, disse.

As preocupações com intervenção regulatória, já que a China alertou contra a especulação excessiva do mercado, também foram vistas reduzindo os preços do minério de ferro.

Money Times - SP   01/02/2023

A Vale (VALE3) marcou nesta terça-feira (31) sua terceira sessão consecutiva de queda.

O movimento segue a queda dos preços do minério de ferro na China, com o preço de referência na bolsa de Dalian recuando da máxima do contrato da sessão anterior conforme o mercado avaliava a demanda no país asiático.

Apesar disso, a matéria-prima siderúrgica encerra o mês em alta, aproveitando o recente rali que se formou diante das perspectivas renovadas dos traders quanto à reabertura da economia chinesa após o fim da política de Covid Zero.

Na contramão da Vale, que recuou 0,49%, as ações das empresas do setor de mineração e siderurgia avançaram. A CSN Mineração (CMIN3) subiu 3,49%, dando continuidade à trajetória de alta do pregão anterior.

Mas por que a Vale engatou movimento contrário ao do setor nos últimos dias?

Preço justo

No último fechamento, que contou com uma dinâmica bem parecida com a do pregão desta terça (Vale em queda e demais mineradoras e siderúrgicas terminando o dia com ganhos), Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil, avaliou o movimento da Vale como uma correção.

As ações da Vale se recuperaram bem junto com os preços do minério de ferro, saindo dos R$ 60 em setembro de 2022 para o patamar atual de R$ 94-95.

Para o Inter Research, a companhia chegou ao preço justo e não deve subir muito mais. A casa adota uma posição de cautela em relação à Vale – na verdade, ao movimento de recuperação da economia chinesa, citando a incerteza em relação ao ritmo de retomada da atividade no país.

Gabriela Joubert, analista-chefe do Inter, explica que o que tem contribuído para a alta dos preços do minério de ferro é o otimismo que o mercado tem gerado sobre o processo de reabertura da segunda maior economia do mundo e de estocagem sazonal antes do Ano Novo Lunar.

Por isso, com a China voltando do feriado prolongado de Ano Novo Lunar, fevereiro será um mês “extremamente importante” para entender ou antecipar como será realmente a demanda chinesa para o restante do ano, acrescenta Joubert.

“A gente precisa ter dados mais contundentes para confirmar que esse processo vai dar a guinada que todo mundo está esperando”, defende a analista.

O Inter ainda tem recomendação “neutro” para a Vale, assim como o Goldman Sachs, que também menciona as incertezas ainda elevadas quanto à recuperação do mercado chinês.

Para o Goldman Sachs, é provável que os investidores fiquem desapontados com a magnitude da recuperação da demanda chinesa pós-Ano Novo Lunar. O sentimento negativo chega até o segundo trimestre de 2023, com a situação do mercado imobiliário no país ainda deteriorada.

O time de análise do Goldman Sachs está estruturalmente mais otimista com o petróleo do que com o minério de ferro.
O que dizem os otimistas?

Há quem acredite que a forte recuperação do setor de mineração e siderurgia não é precipitada. É o caso da Guide Investimentos.

Na avaliação do analista Mateus Haag, as sinalizações que o governo chinês vem dando a favor do fim da política de Covid Zero se sobressaem às restrições ainda presentes.

“Sabemos que, assim que essa crise for sanada, devemos ver um retorno à normalidade das atividades na China”, diz.

Para Haag, a ação da Vale tem potencial para mais valorização e deve “se manter firme” no longo prazo.

“É possível que a empresa sofra alguns trimestres à frente, devido a uma queda do preço do minério. Contudo, Vale é uma das mineradoras com menor cash cost do mundo e seu produto é de extrema importância na atualidade”, explica.

A Vale é a favorita da casa no setor de mineração.

A Vale divulgou hoje, após o fechamento do mercado, seu relatório de produção e vendas do quarto trimestre de 2022. O volume do período caiu tanto no comparativo trimestral quanto anual.

No ano, a produção totalizou 307,8 milhões de toneladas, abaixo da projeção de 310 milhões de toneladas do ingrediente siderúrgico para 2022.

Infomoney - SP   01/02/2023

A Vale (VALE3) produziu 307,79 milhões de toneladas de minério de ferro em 2022, 1,6% abaixo ante o ano anterior, informou a mineradora em seu relatório de produção nesta terça-feira. O volume ficou abaixo da meta recentemente revista pela companhia para o ano, de 310 milhões de toneladas, diante de atrasos em licenciamentos em Serra Norte e performance operacional no S11D, informou a gigante mineradora nesta terça-feira.

As vendas da commodity somaram 260,66 milhões de toneladas no ano passado, uma queda de 3,8% na comparação com 2021, disse a Vale.

A mineradora produziu 80,9 milhões de toneladas métricas de finos de minério de ferro no quarto trimestre de 2022 (4T22), o que representa uma queda de 1% na comparação anual e de 9,9% em relação ao terceiro trimestre de 2022.

Já a produção de pelotas totalizou 8,3 milhões de toneladas no 4T22, nível 8,9% inferior ao do quarto trimestre de 2021, mas 0,1% acima do terceiro trimestre de 2022, “impulsionada por maior disponibilidade de pellet feed para as plantas de Tubarão e a retomada da planta 5, aumentando a produção de pelotas em Tubarão, que foi compensada por manutenções na planta 7 do complexo de Tubarão e na planta de São Luis”, explica a mineradora.

A produção de níquel acabado, por sua vez, foi de 47,4 mil toneladas, um recuo de 8,5% em relação ao terceiro trimestre de 2022 e de 1,3% na base anual.

A produção de cobre foi de 66,3mil toneladas (kt) no 4T22, uma redução de 14,5% na comparação anual e de 10,8% na base trimestral.

Vendas da Vale no 4º trimestre

O volume de vendas de finos e pelotas de minério de ferro somou 81,2 milhões de toneladas no quarto trimestre deste ano, valor 24,2% maior que o do terceiro trimestre de 2022 e 0,7% abaixo do quarto trimestre de 2021.

Conforme a mineradora, o crescimento das vendas na base trimestral foi impulsionado pelo uso dos estoques em trânsito formados no terceiro trimestre.

As vendas de pelotas foram de 8,8 milhões de toneladas de outubro a dezembro de 2022, um aumento de 3,1% em relação ao terceiro trimestre de 2022, mas um recuo de 15,1% na base anual.

O volume de vendas de níquel foi de 58,2 mil toneladas no 4T22, 30,2% maior do que 4T21 e 31,2% acima do 3T22.

Já as vendas de cobre somaram 71,6 mil toneladas no quarto trimestre de 2022, um aumento de 1,6% na comparação com o terceiro trimestre de 2021 e baixa 2,8% frente ao quarto trimestre de 2021.

Máquinas e Equipamentos

Valor - SP   01/02/2023

Previsão a Abimaq é de crescimento de 8% nas vendas ao exterior em dólares

A indústria de máquinas aposta no mercado externo para retomar o crescimento da receita em 2023. No ano passado, os fabricantes atingiram receita líquida de R$ 310,4 bilhões, queda de 5,9% em relação a 2021 e interromperam uma sequência de quatro anos consecutivos de crescimento. Nem mesmo a alta de 21% nas exportações foi suficiente para anular a queda de 7,4% na receita líquida interna.

Para 2023, a expectativa é de expansão de 8% nas exportações em dólares, segundo a Abimaq, entidade que reúne a indústria no Brasil. Em 2022 as exportações somaram US$ 12,2 bilhões. Já para o mercado interno a estimativa é de alta de apenas 0,6%. A receita interna no ano passado foi de R$ 245,8 bilhões. Assim a receita total do setor cresceria 2,4% até dezembro, nas estimativas da entidade.

“Dado o elevado nível de investimento nos anos anteriores temos capacidade produtiva e tecnologia para atender o crescimento que esperamos”, afirmou Maria Cristina Zanella, diretora de Economia, Estatística e Competitividade da Abimaq. O setor estima investir R$ 12 bilhões neste ano, 21,6% abaixo da previsão do ano passado

Zanella disse que o setor não enfrenta mais as pressões de custo que marcaram a economia como um todo após a pandemia de covid-19. Ela explicou que já durante 2022 os custos se acomodaram e não há previsão de algum descontrole neste ano. “O desaquecimento da economia mundial pode acabar ajudando nesse sentido.”

Os fabricantes acreditam que o agronegócio e a construção civil têm potencial para ampliar a compra de máquinas em 2023. Já a indústria de transformação pode ter um ano mais difícil.

A diretora explicou que as estimativas do setor foram feitas com base na atual situação econômica do país. Quaisquer mudanças, como reforma tributária ou redução na taxa de juros, podem alterar as previsões.

“Mudanças que desonerem o investimento trariam ganhos de produtividade ao setor”, afirma. A diretora lembra, no entanto, que o impacto no setor de máquinas tende a aparecer mais no longo prazo.

A Abimaq ainda não fez estimativas para importações. No ano passado as importações cresceram 13,8%, para US$ 24,9 bilhões. A balança comercial do setor ficou negativa em US$ 12,7 bilhões, alta de 7,7%. Também não existem estimativas para o nível de emprego no setor. A indústria fechou 2022 com 390,8 mil pessoas empregadas, alta de 6,1% sobre o fim de 2021, com a contratação de 7.649 pessoas.

IstoÉ Online - SP   01/02/2023

A receita líquida total da indústria brasileira de máquinas e equipamentos caiu 5,9% em 2022 em relação a 2021, informou nesta terça-feira, 31, a Abimaq, associação que representa o setor. O montante total foi de R$ 310,442 bilhões. O desempenho é resultado de uma queda de 7,0% da receita líquida interna, que somou R$ 245,825 bilhões no ano, parcialmente compensada por um aumento de 21,0% das exportações, a US$ 12,185 bilhões.

Em dezembro, a receita líquida total atingiu R$ 23,187 bilhões, uma queda de 4,1% na comparação com novembro e de 9,8% em relação ao mesmo mês de 2021. A receita líquida interna somou R$ 17,003 bilhões, 10,4% menor do que a do mês anterior e 7,4% aquém de dezembro de 2021. As exportações atingiram US$ 1,179 bilhão, em alta de 19,6% na comparação com novembro e de 1,2% na base interanual.

O balanço da Abimaq mostra que o consumo aparente de máquinas no Brasil somou R$ 389,283 bilhões em 2022, uma queda de 6,8% na comparação com o ano anterior. Em dezembro, o consumo aparente atingiu R$ 29,449 bilhões, 8,1% abaixo do montante observado em novembro e 8,3% aquém do nível de igual mês de 2021.

As importações de máquinas e equipamentos somaram US$ 24,886 bilhões em 2022, 13,8% acima do observado em 2021. Em dezembro, atingiram US$ 2,219 bilhões, uma queda de 3,1% na comparação com novembro, mas 11,8% acima do montante registrado no mesmo mês do ano anterior. Como as importações superaram as exportações no ano, a balança comercial do setor mostrou déficit de US$ 12,701 bilhões em 2022.

IstoÉ Dinheiro - SP   01/02/2023

A Caterpillar divulgou nesta terça-feira queda de 29% no lucro do quarto trimestre, citando custos de fabricação mais altos e efeitos cambiais que pesaram nas margens da líder industrial.

A fabricante de maquinário para movimentação de terra tem uma forte carteira de pedidos, mas, como pares, continua enfrentando restrições de fornecimento que aumentaram os custos das matérias-primas e restringiram a produção.

A empresa sediada no Texas observou que o lucro também foi atingido por um encargo de 925 milhões de dólares relacionados a “impairment do ágio” e custos de reestruturação que corroeram as margens.

As taxas de câmbio impactaram negativamente as vendas da divisão de máquinas, energia e transporte da Caterpillar, com o dólar forte tornando os produtos menos competitivos no exterior.

Um dólar forte também prejudica as multinacionais que precisam converter os lucros estrangeiros de volta para a moeda dos EUA.

As vendas e receitas da Caterpillar no trimestre aumentaram 20%, para 16,6 bilhões de dólares, apesar das vendas mais fracas na região da Ásia-Pacífico.

AUTOMOTIVO

Money Times - SP   01/02/2023

A General Motors teve lucro líquido trimestral mais alto para o quarto trimestre e previu ganhos mais fortes do que o esperado em 2023, o que fazia suas ações subirem mais de 5% nas negociações de pré-mercado nesta terça-feira.

A montadora espera que suas principais operações automotivas tenham um desempenho consistentemente forte em 2023, com lucro líquido anual atribuível aos acionistas de 8,7 bilhões a 10,1 bilhões de dólares, lucro operacional ajustado de 10,5 bilhões a 12,5 bilhões e lucro diluído e ajustado por ação de 6 a 7 dólares. Analistas esperavam 5,73 por ação, de acordo com dados da Refinitiv.

No ano inteiro, o lucro da GM caiu de 10 bilhões para 9,9 bilhões de dólares em 2022. O lucro antes de juros e impostos (Ebit) foi recorde, de 14,5 bilhões de dólares, ligeiramente acima dos 14,3 bilhões do ano anterior.

A empresa espera um fluxo de caixa automotivo livre ajustado de 5 bilhões a 7 bilhões de dólares em 2023, com caixa automotivo líquido de atividades operacionais de 16 bilhões a 20 bilhões de dólares.

No quarto trimestre, a GM teve lucro de 2 bilhões de dólares, acima dos 1,7 bilhão do ano anterior. O Ebit foi de 3,8 bilhões de dólares, avançando sobre os 2,8 bilhões do ano anterior, já que os preços mais altos dos veículos e o aumento do volume de vendas na América do Norte mais do que compensaram custos mais altos.

O preço médio de venda de veículos da GM na América do Norte atingiu um recorde de 51 mil dólares em 2022, já que a empresa se concentrou na produção em veículos mais caros e com margens mais altas.

O lucro ajustado diluído por ação de 2,12 dólares no trimestre ficou acima do 1,99 dólares do mesmo período do ano anterior e mais alto que o 1,69 dólar esperado pelo mercado.

A GM vai investir entre 11 bilhões e 13 bilhões de dólares este ano ante 9 bilhões em 2022.

A empresa espera que a receita com veículos elétricos chegue a 50 bilhões de dólares em 2025 – cerca de 22% do faturamento total – com margens antes dos impostos de um dígito baixo a médio.

NAVAL

O Estado de S.Paulo - SP   01/02/2023

Não parece ter fim a última viagem do que sobrou do que já foi o maior navio da Marinha brasileira. Proibida de atracar por onde passa, a sucata do porta-aviões NAe São Paulo (A-12) não deixou de navegar nenhum momento desde que deixou o Rio de Janeiro, em 4 de agosto do ano passado, rumo à Turquia para desmonte e reciclagem. A embarcação desativada cruzou o oceano a reboque, teve sua atracação rejeitada pelos turcos e, na volta, também pelos portos brasileiros.

Não são muitos os cais que têm capacidade de receber o gigante de 266 metros de comprimento, mas o principal motivo da negativa é outro: a ameaça de naufrágio sob as suspeitas de carregar uma quantidade perigosa de materiais tóxicos, como o cancerígeno amianto. Agora o aposentado navio de guerra vaga exilado em alto-mar. Seu casco traz uma avaria que pode provocar um dano ambiental ainda incalculável caso naufrague, proposital ou acidentalmente.

Após três meses de tentativas frustradas de entrar no Porto de Suape, em Pernambuco, o ex-porta-aviões foi afastado para região de maior profundidade e proibido pela Marinha, no último dia 20, de se reaproximar das águas interiores ou terminais portuários do Brasil.

A determinação se baseia no “elevado risco que representa, com possibilidade de encalhe, afundamento ou interdição do canal de acesso a porto nacional, com prejuízos de ordem logística, operacional e econômica ao Estado brasileiro”, segundo comunicado da Autoridade Marítima Brasileira (AMB). Anteriormente, as restrições eram impostas apenas pelos portos, que negavam a atracação.

O casco da embarcação retornou da Turquia em outubro com uma série de avarias, corrosões e outras não conformidades. A Marinha corroborou que constatou “severa degradação das condições de flutuabilidade e estabilidade” ao realizar inspeção pericial no casco.

Os danos foram observados pela primeira vez na volta ao Brasil, já nas imediações de Suape, e constam no relatório produzido em outubro pela empresa de engenharia AWS Service, contratada pela transportadora e atual proprietária do NAe São Paulo, a estrangeira MSK Maritime Services & Trading.

O documento diz que as avarias estão provavelmente relacionadas à interação com as ondas, o sal e o vento durante os 72 dias de navegação em mar aberto entre o Brasil e a Turquia. Ainda que recomendasse o reparo do casco, o laudo afirmava que, até então, não havia comprometimento iminente da flutuabilidade.

Mas é possível que as condições tenham se deteriorado ainda mais no tempo em que ficou no litoral pernambucano, reconhece o advogado Zilan Costa e Silva, especialista em Direito Marítimo e representante da MSK no Brasil. “Foram mais de cem dias com o casco navegando sem parar”, disse ao Estadão.

Afinal, o navio tem ou não material tóxico?

Tóxico, o amianto é, sim, um dos componentes presentes no equipamento, que é antigo. O Navio Aeródromo São Paulo começou a ser fabricado em 1957 na França e serviu à frota francesa até os anos 2000, quando foi comprado pelo Brasil. Foi descomissionado pela Marinha Brasileira em 2020 e vendido em 2021 ao estaleiro turco Sök Denizcilik Tic Sti.

Na época em que o porta-aviões foi montado, o amianto ainda não era reconhecido como substância cancerígena pelos organismos de saúde e seu uso na construção era disseminado, inclusive na indústria naval. O material só foi proibido no Brasil em 2017, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

A AMB reforçou, porém, que a embarcação passou por procedimento de retirada de 55 toneladas de amianto dos compartimentos da propulsão, catapulta, máquinas-auxiliares e diesel geradores na década de 1990.

Oficialmente, a sucata do NAe São Paulo tem hoje 9,6 toneladas de amianto, além de 644,7 toneladas de metais pesados em tinta, 3,4 toneladas de substâncias destruidoras da camada de ozônio e 10 mil lâmpadas fluorescentes com mercúrio. É o que diz o Inventário de Materiais Perigosos (Inventory of Hazardous Materials, IHM), documento encomendado pela Sök e elaborado pela companhia norueguesa Grieg Green ao qual o Estadão teve acesso.

Qual o nível de risco?

A apresentação do IHM auditado por testes de laboratório credenciado e aprovado por sociedade classificadora independente com base nas Resoluções da Organização Marítima Internacional (IMO), era uma exigência do edital de licitação do navio.

A embarcação partiu para a Turquia, afirmou a Marinha do Brasil, após consentimento dos dois países envolvidos e “em perfeita observância às solicitações do Ibama e do correspondente órgão ambiental” turco.

Ou seja, ambos os governos teriam concordado com a exportação e a importação do ativo cientes da presença dessas quantidades de materiais potencialmente perigosos.

Tais componentes “não oferecem riscos diretos ao meio ambiente, a menos que a embarcação afunde”, garantiu no último dia 19, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que é a autoridade brasileira responsável por fazer valer a Convenção de Basileia, regulamentação internacional sobre transporte de resíduos.

O Ibama afirmou que o amianto presente nas placas de isolamento térmico no casco da embarcação não está exposto e nem é manipulado. A contaminação só aconteceria em um eventual afundamento, conforme a estrutura fosse se desgastando e as substâncias entrassem em contato com a vida marinha.

“Da mesma maneira, as tintas usadas na estrutura não oferecem risco enquanto o ex-navio permanecer na superfície. Essas substâncias receberão tratamento adequado caso a embarcação seja encaminhada a um país membro da Convenção de Basileia”, defendeu.

Isso porque, por serem partes indissociáveis da estrutura, os materiais só poderiam ser retirados no processo de desmantelagem e reciclagem. Atualmente, não há instalação no Brasil que realize o procedimento.

“Exportar o ex-NAe para um país com estaleiro credenciado junto à Convenção de Basileia, a fim de realizar reciclagem segura para o meio ambiente, é a medida correta para atender a padrões internacionais de destinação de resíduos dessa natureza”, reiterou o Ibama em nota.

Questionado pela reportagem se as avarias na placa oferecem ou podem oferecer perigo ambiental com o casco ainda em flutuação, o instituto respondeu que “não dispõe de informações suficientes para essa análise.”

E por que os portos se negaram a receber o navio?

A Turquia deu para trás no acordo, no ano passado, após ONGs e entidades ambientalistas levantarem dúvidas sobre a veracidade desses dados e questionarem a legalidade da operação. A acusação é de que os números não refletiriam a verdade.

A lógica por trás é de que o navio francês da mesma classe que o São Paulo, o Clemenceau I, tinha um volume muito superior de substâncias tóxicas quando foi desmantelado: “pelo menos 600 toneladas de amianto”, de acordo com as organizações.

“Comparando o inventário do São Paulo com o que a empresa Bureau Veritas fez para o Clemenceau, não só há uma grande discrepância em termos de materiais perigosos identificados como também em termos de compartimentos e tanques amostrados. No São Paulo, 12% dos compartimentos foram amostrados, ante os 82% dos compartimentos do Clemenceau”, afirmou a Shipbreaking Platform, ONG que trabalha contra a prática de demolição naval e pela reciclagem verde.

Gerente de Projetos da equipe técnica do Grieg Green, Andres M. Justad teria admitido que, com a escassez de meios de acesso e dados, a empresa pode ter “facilmente subestimado a magnitude do volume de amianto”. A denúncia foi feita em carta aberta destinada ao Ibama por Jim Puckett, diretor executivo da Basel Action Network, organização que combate a exportação de resíduos tóxicos para países em desenvolvimento.

O peso da decisão internacional mais a atuação local de ambientalistas colaboraram para que os portos brasileiros também fechassem suas portas para o ex-navio. Todos os estaleiros que a MSK procurou teriam rejeitado o atracamento. “Ninguém quis nos receber”, contou o advogado Costa e Silva.

Na capital pernambucana, organizações da sociedade civil fizeram uma manifestação em frente à Capitania dos Portos, no último 15 de novembro, contrária ao atracamento do casco. “Os ambientalistas começaram a dialogar e somar forças, não só aqui, mas também fora do Estado, para que as autoridades pudessem entender o perigo e agir conforme as normas ambientais”, relembrou Alice Gambino, co-fundadora do Movimento Amazônia na Rua Recife, um dos grupos presentes na ocasião.

De quem é a responsabilidade do navio?

Depois da negativa dos portos nacionais, a Marinha do Brasil tomou para si novamente, no último dia 20, as operações que envolvem a embarcação, depois de, segundo nota, a proprietária descumprir a ordem de realizar “as providências necessárias para a manutenção do casco em segurança, em área marítima indicada, situada a 24 milhas náuticas (cerca de 46 km) da costa brasileira, fora do Mar Territorial”.

Com isso, a embarcação contratada pela MSK para fazer o reboque foi substituída pelo Navio de Apoio Oceânico Purus, da Marinha. A troca ocorreu a 315 quilômetros (ou 170 milhas náuticas) da costa, “área marítima considerada segura, dadas as atuais condições de severa degradação em que o casco se encontra”, falou a AMB.

O porta-aviões havia deixado de ser propriedade da Marinha em 21 de abril de 2021, quando foi desativado e posto a leilão para a iniciativa privada – mas continua dando dores de cabeça à União.

A empresa que arrematou a embarcação no ano retrasado por R$ 10,5 milhões foi o estaleiro turco Sök Denizcilik Tic Sti, certificado pela União Europeia para a realização de reciclagem de navios. Em dezembro de 2022, no entanto, a propriedade do ativo passou para a transportadora MSK Maritime Services & Trading, que rebocou o NAe São Paulo do Brasil até a Europa, e de volta ao Brasil. “Por questões comerciais, se fez essa transação”, explicou o advogado.

Mas, agora, diante do imbróglio, ninguém aparenta querer assumir a responsabilidade integral pelo gigante. A Marinha Brasileira não deixou de frisar que a compradora segue responsável pelo bem; e a MSK, por sua vez, diz renunciar à propriedade do casco.

O tempo navegando sem rumo teria causado para a empresa prejuízos inicialmente calculados em R$ 5 milhões, mas que podem chegar a R$ 10 milhões, estimou Costa e Silva. “Nós ficamos solicitando, trabalhando, tentando encontrar soluções até o momento em que isso se tornou impossível de continuar”, falou.

Há solução para o imbróglio?

Um impasse torna difícil prever qual será a solução para o imbróglio. O casco não poderá entrar na Turquia nem atracar nos portos do Brasil do jeito que está, danificado e impondo ameaça ambiental. Mas os consertos exigidos têm de ser feitos com a embarcação atracada, confirmaram à reportagem o Ibama e a MSK.

“Os reparos devem ser realizados em estaleiro nacional que tenha capacidade técnica e operacional”, comentou o instituto nacional. “O Ibama não detém competência para autorizar ou desautorizar a atracação, mas determinou por notificação que a empresa apresentasse toda a documentação necessária para atracação em estaleiro brasileiro. Essa documentação também foi exigida pela Marinha e inclui seguro, contrato com o estaleiro e plano de reparos. A empresa não apresentou esses documentos ao Ibama”, apontou.

Já a MSK disse que não fez o conserto por falta de local. “O reparo só poderia ser feito em águas internas e em lugar tranquilo. No meio do mar, não havia segurança para a equipe. A gente não ia colocar pessoas em risco”, afirmou o representante legal.

Puxando a estrutura a reboque, a Marinha não respondeu o que pretende fazer com ela a partir de agora. Paira uma interrogação - oceânica - sobre o destino do velho navio de guerra.

Uma nova empresa entrou no jogo nesta semana. A saudita Sela Trading Holding Company informou que ofereceu à Marinha brasileira, nessa segunda-feira, 30, R$ 30 milhões pelo ex-navio, praticamente o triplo da cifra pela qual foi arrematado. A ideia da compra seria de levar a embarcação para um estaleiro da companhia, localizado em um país da Europa, disse o advogado representante Alex Christo Bahov ao Estadão. De acordo com ele, no entanto, a Marinha só acusou o recebimento da proposta e não deu nenhuma resposta até a noite dessa terça-feira, 31.

Já o Ibama disse, na noite dessa terça-feira, 31, estar buscando informações mais detalhadas sobre o local previsto para um possível afundamento do ex-navio “com vistas a eventual mitigação, reparação e salvaguarda do meio ambiente brasileiro”.

Mesmo assim, o órgão voltou a defender que considera a reciclagem verde em estaleiro credenciado pela União Europeia a melhor destinação ambiental para ex-navios. “Equipe técnica do instituto estima que a liberação de materiais poluentes contidos na estrutura poderia causar distúrbio na capacidade filtrante e dificuldade de crescimento em organismos aquáticos; o impacto físico sobre o fundo do oceano provocaria a morte de espécies e deterioração de ecossistemas; CFCs e HCFCs usados na insulação de salas contribuiriam, a partir da corrosão das paredes, para a degradação da camada de ozônio; a carcaça poderia atrair espécies invasoras prejudiciais para a biodiversidade nativa; e os microplásticos e metais pesados presentes em tintas da embarcação poderiam se tornar protagonistas de uma bioacumulação indesejável em organismos aquáticos. Como agravante, todos os impactos previstos poderiam ocorrer em hotspots de biodiversidade, fundamentais para a vida marinha”, listou.

O instituto ainda recomendou que perguntas relacionadas a detalhes como data e local de um eventual afundamento sejam direcionadas à Marinha do Brasil. Procurada, a Marinha não respondeu a reportagem para confirmar ou negar sua intenção de afundar a embarcação.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, para impedir que o porta-aviões seja afundado em águas brasileiras. O órgão requer à Justiça Federal que determine à Marinha a imediata suspensão de qualquer serviço voltado ao afundamento da embarcação, em alto-mar ou próximo ao litoral, sem a apresentação de estudos que comprovem a ausência de risco ambiental.

PETROLÍFERO

TN Petróleo - RJ   01/02/2023

A revisão da produção de petróleo e gás onshore, análises de sensibilidades relativas ao aumento da produção líquida de gás e aspectos da descarbonização do setor de óleo e gás. Estes são alguns dos tópicos abordados no caderno “Sensibilidade e Análise Econômica para a Previsão da Produção de Petróleo e Gás Natural”, lançado nesta segunda-feira (30/01) pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A publicação faz parte dos estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2032). O caderno, de leitura virtual, discute alternativas por meio de análises de sensibilidade, além de versar sobre o aumento da produção, com base na recuperação de campos e incremento das reservas, com foco na Oferta Permanente de áreas.

A publicação também analisa as oportunidades para ampliar a produção com o uso de “subsea tie-back” e ressalta aspectos econômicos, como a estimativa para evolução das reservas provadas de petróleo e gás natural. Também são avaliadas a previsão de investimentos em atividades de exploração e produção, a estimativa do volume excedente de petróleo e a previsão da entrada em produção de novas unidades estacionárias nos próximos dez anos.

O objetivo do caderno é detalhar as previsões apresentadas no caderno “Previsão da Produção de Petróleo e Gás Natural”, lançado pelo MME e EPE em setembro de 2022. A publicação contém as previsões para o decênio das produções de petróleo, gás natural bruto e gás natural líquido disponível para Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN).

Acesse o caderno “Sensibilidade e Análise Econômica para a Previsão da Produção de Petróleo e Gás Natural.

Valor - SP   01/02/2023

Em 2022 todo, a companhia registrou lucro líquido de US$ 55,7 bilhões, número recorde para um único ano da empresa

A ExxonMobil registrou lucro líquido de US$ 12,7 bilhões no quarto trimestre de 2022, alta de 43,7% na comparação anual. As receitas da petrolífera americana somaram US$ 95,4 bilhões entre outubro e dezembro daquele ano, crescimento de 12,3% sobre o mesmo período de 2021.

“Os nossos resultados claramente se beneficiaram de um mercado favorável, mas os investimentos contracíclicos que fizemos antes e durante a pandemia deram a segurança energética necessária no momento de oferta reduzida com a recuperação econômica”, diz Darren Woods, diretor-presidente da ExxonMobil, em nota.

Em 2022 inteiro, a ExxonMobil registrou lucro líquido de US$ 55,7 bilhões, número recorde para um único ano da empresa, ante os US$ 23 bilhões de 2021. As receitas chegaram a US$ 413,6 bilhões, crescimento de 44,8% no ano.

Segundo a ExxonMobil, a produção de petróleo e gás ficou em 3,82 milhões de barris equivalentes por dia no quarto trimestre, praticamente em linha com um ano atrás. Menores preços realizados das commodities fizeram o lucro da unidade cair ante o terceiro trimestre, apontam.

Em refino, a petrolífera aponta que vendeu 5,42 milhões de barris por dia no quarto trimestre, também em linha com o ano anterior. As margens de refino continuam elevadas, destacam, mas efeitos contábeis de estoque fizeram o lucro da unidade cair 30% na comparação com setembro.

As receitas da empresa no quarto trimestre ficaram abaixo da estimativa de US$ 97,3 bilhões dos analistas ouvidos pela agência FactSet. O lucro por ação ajustado de US$ 3,40 superou expectativa de US$ 3,29.

Valor - SP   01/02/2023

Delegados dizem que Opep+ manterá níveis de produção inalterados na reunião de amanhã

A Opep+ percorre um caminho cauteloso em sua política para o mercado de petróleo, enquanto aguarda mais dados sobre a reabertura econômica da China e novas sanções à Rússia.

Estimativas de analistas para o setor, que incluem números do Goldman Sachs e da gigante de trading Trafigura, antecipam um rali dos preços à medida que a demanda se recupera na maior economia da Ásia e o embargo europeu pressiona a oferta russa. Mas, enquanto a Arábia Saudita e parceiros estudam o próximo passo, os sinais permanecem muito opacos.

Delegados disseram que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados recomendarão deixar os níveis de produção inalterados na reunião de monitoramento na quarta-feira, mantendo os grandes cortes de oferta anunciados no fim do ano passado.

“Neste momento, precisamos tomar muito cuidado em qualquer decisão”, disse o ministro do Petróleo da Guiné Equatorial, Gabriel Mbaga Obiang Lima, que neste ano também ocupa a presidência da Opep. “A abertura da China e, ao mesmo tempo, a guerra Rússia-Ucrânia. Claramente esses são os dois fatores.”

Depois de um mês volátil, os preços internacionais do petróleo flutuam perto de US$ 85 o barril em Londres – um nível alto o suficiente para muitos países da Opep+ cobrirem os gastos públicos, mas ainda um pouco abaixo do que alguns membros com dificuldades financeiras, como o Iraque, dizem precisar.

A decisão da China de acabar com quase três anos de lockdowns rigorosos estimulou uma retomada das viagens, o que aumentou o tráfego aéreo doméstico em 80% e inundou destinos locais muito procurados por turistas. O Goldman Sachs vê um “mix altista” para as commodities, enquanto a Trafigura antecipa “muito” potencial de alta para o petróleo com a reabertura da economia chinesa.

Ao mesmo tempo, os suprimentos globais tendem a ser reduzidos, já que as sanções finalmente afetam a Rússia, um membro importante da coalizão Opep+. A Agência Internacional de Energia (AIE) projeta que a produção do país cairá 15% neste trimestre. A partir de fevereiro, a proibição da União Europeia às importações de petróleo russo passa a incluir combustíveis refinados.

Ainda assim, a recuperação pode ainda não ser tangível o suficiente para que a aliança de 23 nações da Opep+ abra as torneiras.

Apesar da recuperação das viagens na China, indicadores econômicos do maior importador de petróleo do mundo sinalizam uma recuperação mais discreta. Os temores persistentes de recessão obscurecem as perspectivas econômicas para os EUA, e as exportações russas continuam a mostrar resiliência, desafiando as repetidas previsões de queda iminente.

O governo de Riad também ficará de olho em um aumento preliminar das entregas de petróleo de um outro membro da Opep e adversário político, o Irã.

Ainda conservador

Autoridades da Opep+ indicaram que serão conservadores ao reverter a redução da produção, equivalente a 2 milhões de barris por dia e em vigor desde novembro.

No início do mês, o secretário-geral da Opep, Haitham Al-Ghais, disse no Fórum Econômico Mundial em Davos que está “cautelosamente otimista” em relação à economia global. O ministro de Energia saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, afirma que a aliança será “proativa e preventiva” para manter os mercados em equilíbrio. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, discutiram a “estabilidade” do mercado de petróleo por telefone na segunda-feira.

A Opep+ pode esperar até o segundo semestre deste ano para relaxar as atuais restrições de produção, de acordo com o Goldman Sachs. O grupo deve realizar outra reunião do comitê de monitoramento em dois meses, e uma sessão ministerial completa em sua sede em Viena em junho, quando pode haver mais dados da demanda chinesa disponíveis para análise.

“Não parece haver uma onda significativa de apoio entre os produtores para adicionar barris neste momento, até que haja indicações claras de que a reabertura foi feita para durar”, disse Helima Croft, estrategista-chefe de commodities da RBC Capital Markets.

Valor - SP   01/02/2023

A Petrobras recebeu R$ 347 milhões da Shell referente ao complemento da compensação firme (earnout) do exercício de 2022 do bloco de Atapu.

O valor já inclui a diferença de impostos incidentes relativos à participação de 25% da Shell no bloco.

Com esse pagamento, a Petrobras já recebeu todas as compensações de 2022, de responsabilidade dos parceiros dos blocos Sépia e Atapu.

A TotalEnergies pagou R$ 313 milhões, do bloco Atapu, enquanto sobre o bloco Sépia, a Petrobras recebeu R$ 1,3 bilhões referentes às participações de TotalEnergies, Petronas Petróleo Brasil e QatarEnergy Brasil.

Os earnout para os blocos Sépia e Atapu, divididos entre 2022 e 2032, foram estabelecidos pelos termos de uma portaria do Ministério de Minas e Energia e de licitação realizada em dezembro de 2021. Os valores poderiam ser cobrados a partir do último dia útil do mês de janeiro do ano subsequente ao que o preço do petróleo tipo Brent atingir média anual superior a US$ 40/bbl, limitado a US$ 70/bbl.

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